DE VOLTA A LONDRES
CAPITULO 2 – De volta a Londres
Depois que recebeu a carta da Escola Brasileira, Gabi e sua mãe receberam uma visita do diretor da mesma, esclarecendo tudo a elas, que não acreditaram logo de cara, mas com o tempo começaram a acostumar-se com a idéia de Ter uma bruxa em casa. A instituição ficava em uma linda ilha na costa, as aulas eram no período da manhã e a tarde eram as matérias extracurriculares, nos fins de semanas podiam ir para casa ou ficar no colégio, os alunos eram divididos por 2 grupos( em uma casa ficavam as garotas, e em outra os garotos), seus uniformes eram saia/bermuda azul marinho com blusa branca.
Em meados de julho, depois das férias, no primeiro dia de aula, uma garota com 10 anos(faria aniversário de 11 anos em setembro), com o bermudão da escola, cabelos negros em um coque frouxo, tomava seu suco de melancia quando duas corujas pousaram em sua frente.
- De quem é a coruja Gabi? – perguntou, em inglês, curiosa Yumi, sua amiga, esta japonesa possuía cabelos castanhos longos e olhos amendoados.
- Não sei, minha mãe não me manda corujas.. – respondeu pegando as cartas de aparência oficial, leu e olhou para a amiga com os olhos esbugalhados – são cartas de dois colégios da Europa, uma tal de Hogwarts e outra de.. – leu novamente a carta e respondeu incerta - Beauxbatons ?!
- Uauu! Que inveja! – respondeu animada – esses colégios são os melhores de Londres e Paris! Sua sortuda!- terminou com um tapa leve no braço da colega.
“Será que meus pais eram de um desses colégios..” pensou com uma ponta de esperança.
Com o ocorrido ela começou a procurar saber tudo que podia das escolas de bruxaria, sempre ia a biblioteca, perguntava aos professores, mas nunca deixando de aprontar as suas, como usar uns feitiços de sua autoria em garotas fúteis e esnobes, e consequentemente ganhando castigos um atrás do outro e nesse ritmo passaram-se alguns anos, e foi em um dia ensolarado de julho que a verdadeira história começa..
5 anos depois..
Era Sábado, quando a adolescente aparatou na sala de estar(a partir dos 15 anos já se pode aparatar, é o Brasil ne!), com os cabelos lisos até a cintura (negros com algumas mechas roxas), trajava uma saia plissada preta, camiseta branca com desenho de um dragão cinza, all star preto e como retoque final um óculos escuro estilo aviador(Ray ban).
- Mãe? – chamou olhando para os lados, foi procura-la na cozinha, e encontrou-a sentada séria lendo uma carta – que cara é essa mãe?
A senhora levou um pequeno susto, escondeu rapidamente o papel e olhou nos olhos azuis da filha, respirou fundo e respondeu.
- Sente-se filha.. – esperou a garota se acomodar para continuar – como você sabe eu fui transferida á cinco anos para cá, mas uma escola de dança de Londres está me oferecendo uma ótima oportunidade, e por isso vamos Ter de voltar..- odiou Ter de mentir para a filha.. mas era preciso.
- Mas.. e.. e eu? – perguntou triste – meu amigos, minha escola, minha vida é aqui no Brasil, mãe! O ano letivo já começou, eu vou para lá na metade do ano?
- Lembra das cartas que recebeu há alguns anos? – Gabi assentiu – as aulas em Londres começam em setembro, e também eu enviei uma carta pela tsuki(uma bela coruja negra com olhos azuis quase bancos e algumas penas azuis na cabeça) ao diretor e ele adoraria tê-la em sua escola.. o que me diz?
- Se não tem outro jeito..- disse segurando as lágrimas – quando nós partimos?
- Segunda feira querida– disse abraçando-a.
Domingo foi um dia triste para a morena que arrumava suas coisas, pegou seu álbum com fotos dos amigos, seus pertences e o que iria precisar por esses dias, o resto iria com a mudança.
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Gabrielle não possuía um estilo definido, adorava andar de calças largar, blusas de bandas trouxas, todavia também usava de vez em quando saia e bota plataforma, mas não gostava muito de maquiagens, roupas com “frufrus”, blusas degotadas e justas, e principalmente de rosa, não tinha nada contra essa cor mas não tinha jeito de ela usar. Apesar de ser engraçada, espontânea, inteligente, nunca havia namorado, já tinha ficado com alguns garotos, mas nunca gostou de nenhum de verdade, todos seus amigos eram garotos exceto pela melhor amiga Yumi, uma japonesa meio “doidinha” de cabelos curto e pintados de roxo com roupas coloridas e nem um pouco “discretas”. As duas viviam se metendo em confusões, nunca se via uma sem a outra, passavam as férias juntas, onde Gabi e a mãe festejavam o natal com a família de Yumi, os Hirosue, o senhor Yuri e a esposa Katherine davam todos os anos uma grande festa de natal onde a família de ambos se reuniam na mansão que possuíam no Brasil.
Sua mãe, Marina Smith, era uma das melhores bailarinas do mundo, trouxa, é claro, nasceu no Brasil, mas aos 20 anos mudou-se para Londres, onde conheceu John, este era músico, após alguns meses casaram-se, quando perderam o filho, resolvem adotar uma menina. Quando Gabrielle tinha 5 anos mudaram-se para França, onde moraram durante 2 anos, depois ficaram 3 anos na Itália, mas com a morte de John resolveram “voltar” para o Brasil, que , segundo ele , era um dos locais mais seguros para a adolescente.
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Chegando em Londres, após pegar as bagagens e resolver toda aquela burocracia, pegaram um táxi e foram para casa que tinham comprado. Era uma casa simples, de dois andares num bairro residencial trouxa, Rua dos Alfeneiros.
Quando Gabi estava tirando sua mochila e a gaiola de kyo (um rato de pêlos roxos que havia ganhado de presente de Yumi) de dentro do táxi, um garoto alto, meio magricela, cabelos pretos desalinhados, e óculos redondos, estava do outro lado da rua sentado na calçada, enquanto um garoto meio “bola” o amolava e ameaçava, os olhos verdes do rapaz encontraram os azuis dela, ela sentiu uma sensação estranha, como se conhecesse ele de algum lugar.. alguns segundos se passaram mas que pareceram horas, ela escuta sua mãe a chamar, ela da um pequeno sorriso ao moreno e entra em casa.
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A nova casa até que era espaçosa, e ela poderia Ter um lugar para por sua bateria, e saco de areia (fez aula de boxe com seus amigos por 6 meses), subiu as escadas e entrou na primeira porta, colocou suas coisa no chão e desceu para ajudar sua mãe com os móveis que iriam chegar.
Era tarde da noite quando terminaram de arrumar o essencial, como a cozinha, a sala, e a suíte da mãe, o resto arrumariam com calma ao passar dos dias. Deitaram-se na cama de casal e dormiram rapidamente de cansaço.
Gabi acordou no dia seguinte tarde, ainda não se acostumara com o fuso horário, levantou e foi ao banheiro lavar o rosto e escovar os dentes; descendo as escadas sentiu o cheiro gostoso de bolo, quando entrou à cozinha pode ver o banquete que sua mãe estava botando.
-(Bom dia, mãe!)- falou em português enquanto beijava-a.
-(bom dia filha, dormiu bem?)- respondeu enquanto sentavam-se a mesa- (vai demorar um pouco até se acostumar ao horário daqui, não é? Vai arrumar seu quarto hoje?)
-(vou sim, quero Ter o meu cantinho..)- respondeu antes de dar uma bela mordida na torrada coberta de uma vantajosa camada de nutella que segurava.
-(quer ajuda para arrumar?)- perguntou já imaginando a resposta.
-(Não, eu me viro!)- respondeu rindo antes de subiu correndo.
Entrou no local arrastando uma mala extremamente grande, pegou uma chave do bolso e abriu o cadeado, como o guarda-roupa e a cômoda já estavam montados tratou de arrumar as roupas primeiro; 2 horas depois terminou de arrumar, não que tivesse tantas roupas assim, mas como suas coisas estavam tudo “emboladas” umas nas outras demorou um pouco para achar e ajeitá-las.. desceu as escadas correndo e pegou em baixo da mesma uma caixa de metal onde guardava-se as ferramentas de seu pai, e voltou ao quarto para tentar montar a cama.. 1 hora depois e a cama continuava do mesmo modo que chegou, desmontada. Bufando, eu um tapa na própria testa pegando a varinha que estava no cós da bermuda, apontou para a cama e com um gesto rápido estava montada a cama de casal com lençóis cinza escuro, depois de admirar o trabalho bem feito jogou-se na mesma e ligou o aparelho de som que estava em cima da cômoda, ouvindo Rolling Stones ela começou a despir-se para tomar uma ducha , quando estava abrindo o zíper da bermuda ouviu um barulho na janela, correu ate ela a abriu, deixando uma coruja parda sobrevoar o quarto e largar uma carta de aparência oficial perto da jovem , e sair pela janela se perdendo no horizonte.
-(Nossa, mal nos mudamos .. que..)- resmungava em português enquanto abria a carta, a cada linha fechava a acara mais ainda – (Como é que eu ia saber que não se pode fazer magia nessa lugar?! E ainda vem me ameaçar que da próxima vou ser expulsa de um colégio que nem queria ir!!) –reclamou amassando a carta e jogando-a sobre os ombros para qualquer lugar do quarto - (que saudades do Brasil..)- suspirou enquanto ia ao banheiro do quarto para tomar banho.
Gostaria de pedir desculpas pela demora..
como estou estudando para o vestibular nao tive muito tempo..
e também queria agradecer aos comentários!
fiquei "altus" feliz por ter alguém lendo essa fic!! eu to com essa história na cabeça ja fez um tempo.. então obrigada mais uma vez e espero que gostem do capitulo!
bjos
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