O atraplhado Lupin



A comilança tardou a acabar e quando acabou Albus sentia que o cinto de sua calça, havia ficado um tanto apertado. Ele e Chris se juntaram as aglomerações de alunos e desceram para as masmorras, indo para o Salão Comunal da Sonserina. Albus e Chris pararam em frente a uma parede de pedra lisa e úmida:
- Astúcia Astuciosa! – e o quadro se abriu na hora
Albus ficou impressionado e adentrou o Salão Comunal junto com Chris. Foram diretamente para o dormitório, que ficava no subsolo. Albus logo se jogou em sua cama e começou a arrumar suas coisas. Colou um pôster de quadribol na parede e exibiu para Chris, sua vassoura nova.
- Eu... Não... Acredito! – disse Chris excitado, voando para a cama de Albus – Uma Firebolt 500! Isso é o máximo! Posso pegar?
Albus se sentiu superior por um momento e entregou sua vassoura ao Chris, enquanto terminava de tirar algumas coisas de dentro de seu malão, que estava mais cheio do que o normal.
- Mal posso esperar pelas aulas a manhã... – disse Chris enquanto se levantava e encostava a vassoura de Albus na parede – Muito legal sua vassoura, vai tentar entrar para o time?
- Ah, com certeza! – exclamou Albus num tom de “É óbvio” – Espero que eu passe, meu pai vai ficar orgulhoso...
- Passar? – repetiu Chris sorrindo. Ele pulou em sua cama e deitou, se cobrindo – Com essa vassoura ai, você não precisa nem de teste se quer saber...
Albus sorriu envergonhado e colocou alguns de seus pertences no chão, para que ele pudesse se deitar. Então, quando se cobriu, Scorpius passou por ele se jogou em sua devida cama. Albus não ousou olhar para ele, mas alguma coisa lhe dizia que estava sendo observado.
Scorpius resmungou baixo e se despiu, colocando logo em seguida seu pijama (Um tecido de alta qualidade e verde, com algumas serpentes que passeavam sem rumo) e se deitou rabugento.
Albus foi o primeiro a acordar de seu dormitório. Ele colocou suas vestes e saiu para o Salão Comunal sorrateiramente, para não acordar ninguém. Lá também estava vazio, exceto por um casal de quintoanistas que se beijavam em um sofá largo. Ele passou sem ser notado e saiu de lá.
Subiu até o hall e foi direto para o Salão Principal, que estava no mesmo estado que a noite anterior, exceto pela claridade matinal que entrava sem pedir licença. Albus andou rapidamente até a mesa da Sonserina e se jogou lá. Ele espiou na mesa dos professores e não viu quase ninguém ali, exceto pela Profa. McGonagall que conversava baixinho com Jack Covalline, que parecia ser um homem muito simpático.
Albus se lembrou subitamente que seu tio Charlie não havia mencionado, na noite anterior, quem ocuparia o lugar de Vice Diretor, uma vez que ficara vago com a saída da Profa. Lovegood. Mas com certeza haveria uma resposta para isso.
Aos poucos, o Salão Principal começou a se encher e Chris foi apressado em direção ao Albus, se sentando ao lado dele.
- Por que não me acordou? – perguntou Chris
- Ah sei lá – disse Albus sincero
- Bem, não importa... – disse Chris olhando excitado para a mesa dos professores – Tomara que não peguemos horários difíceis para esse segunda feira?
- Não faço a mínima idéia...
Mas essa pergunta foi respondia quando o Prof.Slughorn passou pela mesa da Sonserina, entregando os horários para os alunos. Albus pegou o seu, com medo do que veria, mas até que não eram horários muito pesados.
- Duplo de Feitiços... Herbologia... Mais um duplo de Poções e História da Magia... Ah! Hoje não temos DCAT!
- Pena... – disse Albus olhando para Jack – A aula desse Jack deve ser bem legal, afinal, ele era um auror...
- Mas nosso dia vai chegar – disse Chris sorrindo agradavelmente, enquanto guardava o pedaço de papel no bolso – Mas pensa bem, teremos aula com o Teddy hoje...
- Vai ser bem legal, suponho – respondeu Albus.
O café da manhã foi silencioso em todo o Salão, mas logo após, uma onda de excitação envolveu todos os alunos e eles começaram a se dispersarem. Albus e Chris iam subindo as escadas para a aula de Feitiços, quando James o abordou.
- Qual seu primeiro horário? – perguntou
- Duplo de Feitiços – respondeu Albus
- Sorte! – exclamou o irmão – Peguei duplo de Transfiguração... A McGonagall já está um tanto velha para ser professora, em minha opinião, achei muito bom ela ter cedido seu cargo ao Charlie!
- Boa Sorte então... – desejou Albus – Mas se eu fosse você, não falaria das pessoas em voz alta...
James se virou para trás e viu McGonagall o encarando friamente. Ele deu um adeus ao irmão e se afastou, indo ao encontro da professora e se dirigindo a sala de Transfiguração. Albus inesperadamente, bateu a mão em sua testa.
- Droga... – disse ele – Os livros! Não precisa esperar por mim, volto rápido...
Dizendo isso, Albus saiu correndo escada abaixo, em direção ao Salão Comunal da Sonserina. Ele correu escadas abaixo e rumou para as masmorras, ignorando os protestos dos alunos que esbarrava, então, sem cerimônias, parou em frente à parede lisa e úmida.
- Astúcia Astuciosa! - disse ele e uma pedra escondida na parede deslizou. Albus entrou rapidamente e desceu veloz até seu dormitório, para seu completo descontentamento, encontrou Scorpius.
Sem querer dar atenção, Albus pegou sua mochila e enfiou o livro de Feitiços, Herbologia, Poções e História da Magia e jogou a mochila nas costas, saindo velozmente do dormitório. Scorpius o seguiu.
- Esqueceu os livros? – perguntou
- Não é da sua conta! – respondeu Albus saindo do Salão Comunal – E a propósito, me deixe em paz e não dirija a palavra a mim...
- Ok Sr. Potter! – disse Scorpius sarcasticamente, enquanto andava ao encalço de Albus – Vamos perder pontos por seu atraso...
- E você está fazendo o que aqui então, Sr. Certinho? – disse Albus a altura, iniciando sua caminhada pelas escadas – Que eu saiba, você nunca foi um aluno tão exemplar quanto parece...
- Seu...
Albus continuou a subir as escadas e nem deu atenção às palavras em protesto que Scorpius começara a distribuir atrás dele. Logo, Albus chegou à sala de Feitiços, onde a porta estava totalmente trancada. Ele respirou fundo e bateu. A maçaneta girou revelando uma sala cheia e Teddy Lupin, cujos cabelos estavam azuis.
- O Sr está atrasado... – disse ele – Menos cinco pontos para a Grifi... Digo Sonserina!
- Obrigado! – respondeu Albus sarcasticamente e se sentou no fundo da sala, ao lado de Chris, que anotava freneticamente tudo que estava escrito no quadro. Albus decididamente não gostara da confusão que Teddy havia feito na hora de dizer a casa que estava tirando pontos.
Minutos depois alguém tornou a bater na porta e Teddy mais uma vez foi abrir. Era Scorpius, que perdeu mais cinco pontos. Albus tirou seu livro, uma pena e um pergaminho e começou a anotar tudo que estava escrito no quadro.
- O Feitiço da Desilusão, como eu estava dizendo antes dos Sr.Potter e o Sr.Malfoy atrapalharem a aula, pode ser muito útil... – disse Teddy parecendo nervoso – Ele pode fazer varias coisas...
Ele acenou para um aluno da Corvinal se levantar e sacou sua varinha.
- Prestem bem atenção... – disse ele
Ele deu um toque simples com a varinha na cabeça do garoto e seu cabelo mudou repentinamente para cor-de-rosa, fazendo a sala romper em risos e Teddy ficar corado e super desconcertado.
O garoto ficou vermelho no mesmo momento e fechou as mãos. Teddy ficou desesperado, observando toda a sala explodir em risos. Claro que Albus e Chris não podiam deixar de rir também.
- Calma... – disse Teddy erguendo a varinha mais uma vez – Isso pode ser resolvido com um simples feitiço...
Mais um toque e o cabelo do garoto ficou azul claro e mais um toque, o nariz dele ficou arrebitado e mais um toque o cabelo e o nariz voltou ao normal, para o alivio do garoto.
- Me desculpem! – disse Teddy – Me desculpem mesmo... Sinto muito! Que lástima... Não podia ter usado-o como cobaia! Sinto muito Sr. Floper!
- Não foi nada... – respondeu o garoto de má vontade
O resto da aula inteira foi teórica. Albus suspeitava que Teddy estava com medo de dar aula pratica, pois o que tinha acontecido no inicio da aula não fora muito legal para a imagem do garoto da Corvinal. A sineta tocou e todos começaram a arrumar seus materiais.
- Quero que na próxima aula me tragam trinta centímetros de uma explicação completa sobre o feitiço Desilusório....
- Mas Prof. – disse Chris – Isso é realmente muita coisa, o Sr. Não poderia diminuir o tamanho não?
- Oh claro! – respondeu Teddy sem graça – Então, me tragam uma explicação boa sobre o feitiço... Tem que ser realmente boa!
Todos os alunos, inclusive os da Corvinal sorriram em agradecimento para Chris, que não retribuiu. Ele e Albus se dirigiram para fora do Castelo, para a Estufa numero dois, onde o Prof.Longbottom já os aguardavam com plantas realmente feias.
- Hoje iremos aprender sobre as mandrágoras... Alguém poderia me dizer para que elas servem?
A mão de Chris ergueu-se no ar instantaneamente, mais rápido do que todos os outros. Prof.Longbottom analisou a turma inteira (Lufa-Lufa e Sonserina) e pediu para que Chris respondesse.
- São ótimas para reverterem as pessoas de uma petrificação permanente, como a de um basilisco por exemplo...
- Ahá! – disse o Prof. Longbottom admirado – Dez pontos para o Sr.Carter... Perfeito! Ele respondeu corretamente... As mandrágoras podem despetrificar as pessoas basicamente...
O resto das palavras do Prof.Longbottom não penetraram na mente de Albus, que estava profundamente interessado no jardim lá fora. Ele não sabia o porquê, mas Herbologia nunca fora sua área.

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