Lágrima no Escuro



Capítulo 07 – Lágrima no escuro


 


Rony tinha acabado de sair do banheiro das meninas, agora Harry estava observando o túnel que dava entrada para a Câmara Secreta, apreensivo. Não havia tempo para buscar ajuda, ele tinha que fazer aquilo sozinho, queria fazer aquilo sozinho, só ele e Draco. O que Harry não sabia era que Malfoy teria companhia. Tentou imaginar como Draco havia aberto a câmara, pois só alguém que soubesse falar a língua das cobras poderia fazê-lo. Aproximou-se da entrada do túnel e sentiu um cheiro mais forte de podridão. Sem hesitar, pulou no buraco.


Sentiu a parede lisa passando com velocidade por suas costas. Após algumas curvas e solavancos o túnel acabou e Harry foi jogado, caindo numa enorme pilha de esqueletos de rato. Rapidamente ele se levantou, sacando a varinha e olhando para os lados. Não viu ninguém à primeira vista. Murmurou “Lumus” e pôde ver à sua volta. Não havia nada perigoso, só montes de esqueletos apodrecidos, sujeira e pedra. Alguém tinha feito uma abertura na barreira de pedregulhos feita pela de Rony no segundo ano. Era larga o suficiente para até mesmo Hagrid passar e parecia estável. Harry se aproximou com precaução, medindo cada passo, prestando atenção ao mínimo barulho que pudesse ouvir.


Ao passar pelo buraco nas pedras, Harry sentiu um forte aperto no peito. Lembrou-se da última vez que passara por aquele lugar. Fazia quatro anos, ele tinha acabado de salvar Gina e ela estava agarrada à sua perna. Ele mal poderia imaginar que quatro anos mais tarde iria estar tão apaixonado por aquela garotinha. Seguiu adiante pelo corredor sombrio sem ver sinal algum de Malfoy, que devia já ter chegado ao final da câmara. Aquele caminho lhe trazia várias lembranças, o fazia perceber que há muito tempo ele já tinha sentimentos por Gina. Tanto quatro anos atrás quanto naquele momento ele fazia o trajeto para salvar a ruivinha que tanto amava. Ia dar tudo certo no final, ele tinha certeza, assim como deu da outra vez. Dessa vez, Malfoy não ia escapar.


O portão de pedra, que dava entrada ao salão principal da câmara, já estava aberto, era possível ver o caminho negro até a estátua de Salazar Slytherin. Estava tudo muito escuro, Harry não enxergava quase nada além da estátua e daquilo que sua varinha iluminava. Começou a andar vagarosamente, procurando por algum sinal de Malfoy. O salão era amedrontador, cheio de figuras de cobras em alto-relevo nas paredes, decorações em esmeralda e esqueletos diversos por todo o chão. Alguns metros à frente Harry pôde perceber o esqueleto do basilisco, que jazia no canto do salão, quase totalmente apodrecido.


— Expelliarmus! – Harry mal conseguiu ver de onde vinha o raio vermelho, foi lançado contra uma parede e sua varinha lançada para o outro lado da câmara. Seus óculos caíram ao seu lado, deixando sua visão completamente turva. Ele conseguiu ver um vulto se mexendo ao longe, arrastando algo ao seu lado. Com dificuldade, Harry apalpou o chão à procura dos óculos, até achá-los alguns metros à sua direita. – Hahahaha... Que patético, Potter, se arrastando pelo chão, com medo de morrer!  Não veio aqui salvar a sua namoradinha? – Draco levando a garota seu lado, agora já acordada, e beijou os lábios dela à força, quase arrancando sangue.


— TIRE AS SUAS MÃOS NOJENTAS DELA, DESGRAÇADO! – Harry, que agora estava com os óculos e via a cena desgostosa, saiu correndo e pegou sua varinha no chão, enquanto Malfoy se divertia com a garota em seus braços – Expelliarmus!


— Protego! – Draco fez uma expressão de falsa irritação – Calma aí, Potter, você não tem medo do que eu posso fazer com a sua querida namoradinha? – ele apontou sua varinha para o pescoço de Gina – Acho bom você ficar quietinho aí.


— Você é mesmo um covarde, Malfoy. Vai ficar se escondendo atrás de uma mulher porque está com medo de mim? Fique calma Gina, vai dar tudo certo, logo a gente já vai estar longe daqui.


A expressão de Draco ficou realmente irritada dessa vez – Não, Potter, eu não tenho medo nenhum de você. Só quero que você se divirta um pouco, enquanto esperamos o meu mestre. Não acha que vai ser ótimo assistir a um showzinho da sua namorada aqui? – Gina apenas chorava, olhando para o chão.


— Seu filho da... – Harry tinha perdido a calma novamente – Tarantallegra!


— Protego!


O feitiço de Harry chocou-se na barreira e ricocheteou contra ele mesmo, fazendo suas pernas ficarem moles e dançantes. Harry caiu no chão e suas pernas ainda balançavam enquanto Malfoy ria escandalosamente. Após alguns momentos este conseguiu controlar as próprias pernas, levantando-se, com raiva.


— Eu disse – Malfoy ainda estava entre gargalhadas –, você não deve se engraçar comigo! Agora, que tal começarmos a brincar? – Draco soltou Gina e a empurrou para a direção do garoto de óculos, que imediatamente saiu correndo ao encontro da namorada. Porém, antes que os dois se encontrassem, ouviram Malfoy gritar – Império!


Harry parou no meio do caminho ao ouvir aquela palavra. Seu corpo gelou pensando nas implicações daquilo. Gina tinha parado também, estava estática, olhando para o vazio. Ele não podia acreditar no que via, lembrou-se rapidamente da aula sobre maldições imperdoáveis e de como o falso Moody tinha feito aquela aranha quase se matar. Draco ria da expressão de pavor estampada no rosto de Harry.


— Calma, Potter, eu não vou matá-la – disse o garoto rindo e quase lendo os pensamentos do outro –, pelo menos não ainda. Quero brincar um pouco antes. – Gina levou o braço para dentro das vestes e puxou sua varinha, apontando-a para o próprio pescoço, depois passando por seu peito e sua cintura, até chegar à saia, onde ela parou, olhando para Harry. Este não acreditava no que via, sua namorada à mercê das vontades de um maluco e ele sem poder fazer nada. Tentou avançar e agarrá-la à força, entretanto, antes que pudesse, ela levantou a varinha apontando-a na direção do garoto. – Woa! Eu disse pra ficar longe, Potter. Agora vamos ter que parar de brincar de boneca e começar a brincar de duelo, que tal?


— Nem ouse, seu... – antes que pudesse terminar a frase ele ouviu a voz de Gina saindo esganiçada.


— Petrificus Totalus!


Harry se desviou por pouco do feitiço, que acabou atingindo a parede atrás dele. Rolou para o lado, desviando de outro feitiço igual, e levantou-se a tempo apenas de receber no peito um feitiço das pernas dançantes. Novamente Harry ficou cambaleando pelo salão, enquanto Draco se dobrava de rir. Gina ficou estática durante esses momentos, concedendo a Harry um tempo para se estabilizar e levantar. Ele lançou um feitiço estuporante contra Malfoy, mas este fez Gina conjurar um escudo, rebatendo o feitiço de Harry para uma estátua ao longe. Harry já não sabia o que fazer, se continuasse assim, poderia machucar a garota de algum jeito, era isso que Malfoy queria. Tentou mais uma vez atacar e mais uma vez foi retaliado.


Várias gotas de suor já escorriam pela testa da cicatriz, a respiração do garoto estava descompassada, mas ele sabia o que fazer. Olhou fixamente para a garota e começou a andar para o lado, fazendo um círculo, obrigando os outros dois a começaram a seguir o movimento. Após alguns momentos, Harry parou repentinamente e gritou “Serpensotia” três vezes, apontando a varinha para três lugares diferentes. De cada feitiço, uma cobra de dois metros saiu da ponta da varinha dele e avançou contra a garota. Na língua das cobras Harry ordenou que as serpentes não a atacassem, apenas a ameaçassem, e assim elas fizeram. Deu certo. Enquanto Draco fazia Gina atacar as cobras, Harry aproveitou a brecha, gritando “Petrificus Totalus”. O feitiço atingiu em cheio o peito da garota, que caiu dura, com um baque surdo, no chão.  Ele sentiu uma pontada no coração por fazer isso com ela, mas era preciso. Draco ficou furioso e resolveu atacar ele mesmo.


— Bombarda!


Harry não teve tempo de desviar, recebeu o feitiço na altura do estômago e voou contra a parede, batendo a cabeça na pedra fria.  Sua varinha tinha caído a metros dele, mas seus óculos não saíram do lugar. Seu corpo inteiro doía por causa o impacto, podia sentir um filete de sangue escorrer da sua cabeça, se misturando com o suor e invadindo seu olho, deixando sua visão embaçada e ardente. Não tinha forças para se levantar, ficou ali esperando a tontura passar enquanto sua cabeça latejava. Malfoy se aproximou dele, com um sorriso sarcástico no rosto.


— Ah, Harry... Eu mandei você não me provocar. Olha no que deu. Se você continuar assim, vou ter sérios problemas com o meu mestre, ele quer matá-lo pessoalmente, não posso matá-lo. Matarei uma pessoa hoje, mas não será você, pode ter certeza. Só que isso não significa que nós não vamos brincar um pouquinho... CRUCIO!


Cada músculo do corpo do garoto se contorceu de dor. Sua cabeça, que já estava latejante, parecia explodir, sua cicatriz ardia, todo centímetro do corpo dele pedia por clemência. Malfoy ria sadicamente, apontando para o corpo do garoto. Quando a dor começou a diminuir, o garoto em pé gritou novamente “Crucio” e toda a dor voltou, com ainda mais intensidade. Isso se repetiu por vários minutos, Harry se contorcia, não agüentando mais a dor, Draco continuava gargalhando, deliciando-se com o sofrimento de seu arquiinimigo.


Harry já estava enlouquecendo, quando sua tortura foi interrompida.  Gina, libertada da Maldição Imperius, conseguiu se livrar da azaração de Harry. Levantou-se e desarmou Draco, lançando-o para o lado. Ela disse alguma coisa para Malfoy, mas Harry não conseguiu entender, sua cabeça doía demais.


— Harry! Meu amor... Desculpa por ter feito você passar por isso – Gina o abraçou –, vai ficar tudo bem agora.


Apesar de estar sendo abraçado, Harry ainda se sentia sozinho, perdido, parecia que a sua namorada não estava lá. Nem aquele perfume floral, nem o calor de seu abraço, nada ele conseguia sentir. Apenas um abraço frio, que não minimizava em nada seu sofrimento.


— Calma, amor, vamos sair daqui agora.


— Mas não vão sair mesmo – disse uma voz estranha, vinda do fundo do salão – Draco, levanta logo, inútil, eu achei que você ia conseguir fazer isso sozinho.


Um homem alto e truculento, vestido com uma túnica preta e uma máscara prata, saiu das sombras do salão, andando na direção do casal. Draco se levantou e apanhou sua varinha. Gina se virou ficando na frente de Harry, apontando a varinha para o comensal da morte.


— Estupef... – começou a garota.


— Expelliarmus – o comensal foi mais rápido, desarmando a garota, que caiu ao lado de Harry. Apontando a varinha para o garoto caído no chão, ele declamou – Incarcerous!


Várias cordas brotaram da varinha do homem encapuzado e rapidamente enlaçaram Harry, imobilizando-o por completo. Ele tentou se soltar, mas não conseguiu, tanto pelas cordas apertadas quanto pela dor que ainda sentia em seus músculos. O comensal murmurou alguma coisa e Harry foi transportado até os pés da estátua de Slytherin. Estava ajoelhado, com os braços presos atrás do corpo e a cabeça baixa.


— Dolohov! – exclamou Draco – Eu disse pra você que cuidaria disso sozinho!


— Cala a boca, moleque, você foi derrubado pela sua amiguinha ali. Nós não podemos deixar o garoto fugir hoje, o Lorde não nos perdoaria dessa vez.


— Eu estava cuidando de tudo, não estava? Aquela vaca só me pegou desprevenido.


— E se eu não estivesse aqui, aquela vaca teria fugido com a nossa presa. Eu pensei que você tinha a enganado direito.


— Eu enganei, mas...


— Enganou mesmo, desgraçado! – Gina tinha se levantado e agora olhava com raiva para os dois – Você não disse que ia fazer isso, Draco! – Harry não estava entendendo nada da conversa.


— Ah, cala a boca! É bom você ficar quietinha, senão a gente vai esquecer o plano e matar vocês dois agora mesmo.


Gina abaixou a cabeça e se calou na hora. Harry realmente não entendia nada. Aquela não era a Gina que ele conhecia, alguma coisa estava errada. Envolto em pensamentos, observou as três cobras, que ele havia conjurado, num canto da câmara. Dolohov e Draco ainda discutiam, então, fazendo o menor barulho possível, Harry ordenou que as cobras atacassem os dois. As três serpentes deslizaram pelo chão escuro do salão, furtivamente, já colocando as presas para fora. Alguns segundos antes delas atingirem seu objetivo, Dolohov às percebeu. Harry o entendeu gritando para elas pararem, antes de apontar a varinha e gritar “Evanesco”. As cobras sumiram instantaneamente e os dois olharam para o garoto ajoelhado.


— Você acha que ia conseguir nos atacar com seus bichinhos, Harry? – Draco dizia sarcasticamente, enquanto Dolohov andava na direção do garoto – O Dolohov também é ofidioglota, ou você não se perguntou como eu entrei aqui? – o comensal chegou à frente de Harry e lhe deu um soco no rosto, fazendo-o cair no chão molhado.


— Não! Pára! – Gina voltou a gritar – Pára, Draco, já chega! Você não disse que ia fazer isso!


— Cala a boca! – gritou Malfoy, depois baixando o tom – Assim você vai estragar tudo.


— Como assim, o que está acontecendo, Gina? – disse Harry tentando se ajoelhar novamente – Estragar o quê? Você armou alguma coisa com esse imbecil?


— Não, eu não...


— Shiii! – Draco fez um sinal para eles se calarem – Eu ouvi alguém vindo. Aqueles idiotas, eu disse pra não descerem antes da hora! – Draco foi em direção ao corredor que levava ao salão principal da câmara. Estava tudo escuro, não era possível ver quase nada. Ele chamou, mas ninguém atendeu. Olhou por mais alguns momentos e então desistiu, se virando para os outros – Deve ter sido impressão, não tem ning...


— Bombarda! – gritou uma voz vinda do corredor escuro. Draco voou para frente, caindo quase onde Harry estava – Expelliarmus! – dessa vez o feitiço atingiu o comensal, que teve sua varinha jogada longe.


Gina se virou assustada e desviou por pouco de um feitiço estuporante. Harry esperava ser atacado também, entretanto isso não aconteceu, Gina foi o alvo novamente, e mais uma vez se desviou.  Harry não conseguia ver o atacante implacável, quem ainda se escondia nas sombras do corredor. Mais uma vez Gina foi atacada, e dessa vez usou o feitiço escudo que rebateu o ataque contra o corredor, fazendo o recém chegado soltar um palavrão.


— Pare, por favor! – gritou Harry – Ela não está com os comensais, ela está do meu lado!


— Tem certeza? – disse uma voz que Harry conhecia muito bem.  Finalmente a pessoa saiu das sombras e Harry não acreditou no que via. Lá estava Gina, com seus cabelos ruivos brilhando à luz das velas, com a expressão decidida, empunhando a varinha. Agora sim o garoto não entendia mais nada – Então porque ela está fingindo ser outra pessoa?


— Ah! Weasley! – gritou a outra Gina – Será que você sempre vai me atrapalhar?


— Se você continuar tentando roubar o meu namorado, sim, sempre. Petrificus Totalus!


— Expeliarmus! – os dois feitiços se chocaram e explodiram no meio do caminho – Estupefaça!


— Protego!


— Parem! – exclamou Harry horrorizado – Quem é quem afinal?


As duas não deram ouvidos e continuaram duelando. Quem respondeu foi Draco, rindo como sempre.


— Potter, Potter... Você caiu como um patinho. Não sabe como foi engraçado ver você morrer de medo pela Chang, achando que era a sua namoradinha. Mas calma, você não foi o único idiota aqui, a Cho acreditou que eu ia deixar você para ela quando acabasse tudo que eu tinha que fazer. – ele gargalhou, junto com Dolohov – Só que aí eu ia ter que devolver um cadáver pra ela!


O ódio que crescia no peito de Harry dava-lhe uma força inexplicável, ele estava prestes a romper as cordas que o prendiam. As duas Ginas continuavam lutando, mas agora já não era possível saber quem era quem, as duas estavam exatamente iguais, com as mesmas roupas, mesma aparência.


— Malfoy – começou Harry, transbordando raiva –, pode ter certeza, assim que eu sair daqui, eu vou te caçar e vou te matar, nem que eu precise ir até o inferno!


— Hahaha, Harry, você é um fanfarrão... Mas me diverte muito, sabia?


  — Draco! – chamou Dolohov, que já tinha apanhado sua varinha. As garotas já tinham abandonado a luta com varinhas e agora se atracavam no braço – Dê um jeito nessa palhaçada, se não eu mesmo vou acabar com isso.


— Está bem... Chang! Saia da frente! Pára com isso, droga! Solta logo essa daí se você não quiser se machucar. – mas nenhuma das duas parou, continuavam se batendo, era impossível lembrar qual Gina era a real ou a falsa. – Pára logo, droga!


— Ah, Draco, quer saber? Dane-se. – disse Dolohov irritado, apontando a varinha para as duas – AVADA KEDAVRA!


— NÃO!!! – Harry gritou com todas as forças que tinha, não acreditando no que tinha ouvido. Não pôde impedir que uma lágrima escorresse por seu rosto.


Então, naqueles milésimos de segundos, tudo voltou a fazer sentido. Todas as imagens perdidas voltaram como um furacão na cabeça de Harry, um filme pareceu passar por seus olhos. Ele se lembrou de tudo, a visita ao ministério da magia; Voldemort lutando com Dumbledore; o novo ministro da magia, Rufo Scrimgeour; Slughorn, o novo professor de poções; Fleur na casa dos Weasleys; Draco o prendendo na cabine do trem; o livro do Príncipe-Mestiço; Gina namorando Dino Thomas; Cátia Bell amaldiçoada; as aulas com Dumbledore; as lembranças de Tom Riddle; o Felix Felícis de Slughorn; o namoro de Rony e Lilá; as aulas de aparatação; a lembrança que ele arrancou de Slughorn; os Horcruxes; o feitiço Sectusempra e quando ele o usou contra Malfoy; o jogo que iriam ter contra a Corvinal; a detenção com Snape; e, finalmente, o momento que ele voltou para a sala comunal da Grifinória. Lembrou-se perfeitamente da sala explodindo em alegria, de Gina correndo em sua direção e do beijo deles, o primeiro beijo, inesquecível. Como ele podia ter esquecido?


Voltando ao presente, Harry viu o raio verde, que saíra da varinha de Dolohov, atingir uma das garotas, que caiu inerte no chão, sem vida.

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