O primeiro beijo
Naquela mesma tarde Hermione recebeu a visita de seus pais e sr e sra Weasley, o que só serviu para ela ter mais certeza de que realmente namorava Rony, embora ninguém tenha tocado no assunto. O medi-bruxo responsável veio vê-la mais tarde e garantiu que ela estava bem, fisicamente pelo menos. Hermione passaria aquela noite no hospital, em observação, mas receberia alta no dia seguinte se tudo corresse bem. Rony concordou que os pais deveriam permanecer no hospital aquela noite. Ele queria ir para casa o quanto antes e se livrar de Harry, mas não pôde.
_Que história é essa de namorado, Rony?
_Ãh? Namorado de quem? – perguntou tentando, em vão, disfarçar o rubor de seu rosto.
_Não me venha com essa! – Harry falou impaciente. – Por que você não contou para ela que vocês não são namorados?
_Ah, Harry! Aconteceu tanta coisa que eu nem...
_Foi você quem falou isso para ela, não foi?! Ela não deduziria isso sozinha! – ele perguntou incrédulo.
Rony não respondeu.
_Eu não acredito! – Harry bateu uma das mãos na testa. – Por que você fez isso?!
_Eu não sei, ok?! Eu não sei o que me deu! Mas a culpa foi dela! – falou sem encarar o amigo.
_Dela?! – Harry repetiu impaciente. – E como poderia?! – ele abriu os braços, nervoso. – Trate de desmentir essa história, Rony! Você sabe muito bem que isso não pode ficar desse jeito! Como vai ser quando...
_Eu sei! Eu sei! Mas... Foi o jeito que ela me perguntou quem eu era, sabe? Foi a primeira coisa que me veio à cabeça.
Foi Harry quem ficou sem fala dessa vez. Caminhando lado a lado com o amigo ele tentou absorver aquela história. Sabia há algum tempo, ou imaginava, que os amigos sentissem algo mais que amizade um pelo outro. Até entendia a atitude de Rony, sabendo que dificilmente os dois conseguiriam conversar sem discutir tempo suficiente para se declararem. Mas de qualquer maneira aquilo não era certo.
_De qualquer maneira... – Rony começou. – Quando ela recuperar a memória vai saber que é mentira e aí tudo volta ao normal.
_E qual seria o normal dessa história?! Hermione extremamente furiosa com você? Você sabe o quanto a Hermione é correta! Ela nunca vai te perdoar, Rony! Você não deveria ter feito isso! Se gostava tanto da Hermione por que não falou antes...
_É fácil falar, Harry... – ele confessou. – Eu já pensei em fazer isso várias vezes, mas sempre que eu e a Hermione ficamos sozinhos para conversar eu perco a coragem, ou então a gente começa a brigar! É difícil confessar essas coisas! Você sabe disso! Aí depois... Bom... Você sabe o que aconteceu...
_É... – Harry concordou. – Sei mesmo... Bom... Só não continue com isso muito tempo. Aproveite que a Hermione desmemoriada parece bem mais calma que a Hermione que conhecemos e desfaça logo essa confusão, ok? Não é certo Rony, com ninguém! E eu não vou sustentar essa história...
_Umhum... – Rony respondeu baixo, escondendo do amigo sua intenção de seguir em frente com essa “mentirinha”.
Hermione teve um sono agitado durante a noite, com alguns sonhos desconexos, algumas imagens confusas, mas Rony, Harry e pessoas estranhas apareciam na maioria delas. Ela deixou o hospital logo cedo na manhã seguinte. Não se sentia completamente à vontade na presença dos pais, mas esforçou-se para ser agradável e lembrar-se de qualquer coisa sobre eles. Aquela sensação de não ter um passado começou a incomodar mesmo conforme observava as ruas da janela do carro. Misteriosamente ela não se esquecera de que era bruxa, mas achou estranho estarem saindo de um bairro bruxo de carro e indo para um bairro trouxa.
Em seu quarto ela ficou bem à vontade. Mesmo sem se lembrar dele sentiu que aquele era seu canto. Observou todo o local tentando reconhecer algo por ali, mas não pôde. Leu os nomes de alguns livros na estante ao lado da escrivaninha e teve certeza de conhecer todos eles de cabo a rabo, mas nada além de conhecimentos adquiridos com estudo. Pegou com carinho um dos maiores livros de sua estante: “Hogwarts, uma história”. Foi até a cama e sentou-se para folhear. Distraiu-se quando viu um foto se mexendo sobre o criado mudo. Havia dois porta-retratos. No que estava mais escondido uma foto trouxa dos pais. O retrato mais a frente se mexia e mostrava Harry, Rony, ela, e uma moça ruiva que ela imaginou que fosse “sua cunhada”. Perguntou-se por que não havia uma foto apenas de Rony, ou só com os dois juntos, mas não se prendeu muito a essa dúvida. Vasculhando mais uma vez o quarto achou o que procurava: um mural. Nele havia várias fotos dela com diversas pessoas. Ás vezes sozinha com um desconhecido, às vezes acompanhada de várias pessoas e dos amigos, mas nada de fotos só dela com Rony.
Um ruflar de asas anunciou a presença de um pássaro em seu quarto. Olhou em direção a janela e viu um borrão castanho muito pequeno passar voando e pousar na cabeceira de sua cama. Achou engraçada coruja tão pequena, principalmente se comparado ao tamanho do envelope que ela trazia. Presa a carta havia uma flor do campo, dessas que são facilmente encontradas em jardins bem cuidados pela cidade. Pegou a carta com um sorriso largo, torcendo para que fosse de Rony. Seus olhos brilharam quando viu o remetente. Soltou a flor e sentiu seu perfume. Com um feitiço simples conjurou um copo com água e depositou o mimo. Abriu com carinho o envelope e leu, com alguma dificuldade, o garrancho carinhoso de Rony:
“QUE BOM QUE JÁ ESTÁ EM CASA! QUERIA TE VER, SABER COMO VOCÊ ESTÁ. POSSO TE VISITAR MAIS TARDE?. UM BEIJO. R.W.”
Ela sorriu e em seguida pegou pena e tinta para responder o bilhete.
“VOU ADORAR SUA VISITA. VENHA PARA JANTAR, MAS CHEGUE ANTES, ASSIM PODEREMOS CONVERSAR A VONTADE. OUTRO BEIJO. H.G.”
Releu o bilhete achando-o muito curto, mas não sabia o que mais deveria escrever. Viu a flor que ele havia mandado e achou que deveria retribuir de alguma forma. Sem muita opção ela foi até a penteadeira, escolheu um batom discreto e o passou nos lábios. Depois beijou a carta e a fechou. Amarrou novamente o bilhete na perna da coruja e levou-a empoleirada em seu braço até a janela. De lá ficou observando-a voar.
Hermione não sabia por que, mas o tempo que se passou até a pequena coruja voar de seu quarto e a campainha finalmente tocar, pareceu uma eternidade. Ela desceu as escadas, animada e viu sua mãe receber Rony na porta.
_Como vai, Rony? – a sra Granger perguntou. – Que bom que veio! Cadê o Harry?
_O Harry? – perguntou confuso. – Não sei. Não falei com ele hoje.
_Achei que ele viria com você. Vocês três estão sempre juntos! – ela disse desconfiada.
_Oi Rony! – Hermione cumprimentou da escada.
_Oi! - ele respondeu sem jeito.
A mãe de Hermione olhou de um para outro sem entender direito a situação. Hermione mais confusa ainda perguntou: - Algum problema... mãe?
_Não querida! É só que... Não importa! Vou terminar o jantar! – ela voltou para a cozinha. – Eu não quero ouvir nenhuma discussão aqui hein?! Por favor!
Rony ficou envergonhado e Hermione olhou para ele confusa: - Por que discutiríamos?
_Hum... Não faço idéia! – mentiu.
Os dois continuaram parados onde estavam. Acordar de um acidente e descobrir que tem um namorado sem se lembrar dele não estava sendo nada fácil. Vendo o desconforto dele ela perguntou:
_Onde é que nós costumávamos ficar?
_Como assim? – ele perguntou.
_Quando você vem aqui! Onde nós namorávamos? Aqui na sala ou lá no quarto? – ela perguntou tentando parecer o mais normal possível.
Pego de surpresa Rony não soube o que responder de imediato. Depois de ver o sorriso divertido de Hermione e ter certeza de que deveria estar parecendo um pimentão ele falou: - Acho que seu pai não ia gostar muito se fôssemos para o seu quarto, sabe?
_Menos mal! – ela respondeu indo até o sofá. Rony continuou parado sem entender direito o comentário dela. Percebendo ela explicou, enquanto esticava a mão chamando-o para se sentar também. – Eu sei que isso deve ser horrível para você, mas também não é fácil para mim. Eu senti uma afinidade muito grande por você desde que acordei e te vi lá no meu quarto, mas sabe? É como se você fosse um completo desconhecido para mim! Você vai ter que ser muito paciente. Vai ser como se tivéssemos que começar do zero...
_Eu entendo! – ele respondeu conformado. – Não vou te cobrar nada. – Agora ele se sentia um pouco mal por fazer Hermione se sentir mal com aquela situação.
_Bom... Fale-me de você, e do Harry. Conte-me como foi que nós nos conhecemos e tudo mais!
Os dois permaneceram conversando ininterruptamente até o pai de Hermione chegar do trabalho. Falaram da escola, dos jogos de quadribol, da guerra, Rony contou toda a história de vida de Harry, mas em nenhum momento tocaram no assunto namoro. Aquele ainda era um assunto complicado para Hermione, que se sentia mal por não se lembrar do namoro com Rony. Este, por sua vez, começara a se arrepender da mentira, achando que estava agindo de má fé com a amiga.
_Bom... – Rony falou depois do jantar. - ...acho que já vou indo Hermione. É tarde...
_Claro. – Hermione respondeu. – Nos vemos outro dia!
_Por que você não vem almoçar em casa fim de semana? Harry vai estar lá também! Mamãe quer te ver, ter certeza de que você está bem! – riu.
_Eu vou sim! – ela respondeu feliz com o convite. – Mas você vai ter que me buscar, afinal... – completou.
_Não se preocupe, eu venho! Ás 11, pode ser?
_Pode... – sorriu com um brilho nos olhos.
_Bom... – ele falou. – Eu vou indo. Tchau sr e sra Granger! – acenou para os dois que ainda conversavam na cozinha.
_Tchau, Rony! – a mãe respondeu. – Apareça mais vezes!
_Obrigado! – ele foi até a porta acompanhado de Hermione. – Tchau, então...
_Tchau... - os dois ficaram um tempo se olhando, sem saber como se comportar.
_É... Tchau...
_Tchau... – sorriu de novo. Aproximou-se dele decidida a se despedir direito, mas sem saber se dava um beijo no rosto ou nos lábios. Decidiu-se pelo rosto mesmo. Sorriu divertida quando percebeu o rubor que surgiu no rosto dele antes de ir embora.
Seu corpo estava um pouco cansado, mas ela estava feliz. Havia passado aquele dia inteiro n’A Toca. Seus pais também foram, estavam muito preocupados e não queriam deixá-la sozinha. Era a primeira vez que eles visitavam a casa dos Weasley, mas ficaram muito a vontade lá. Hermione sentiu-se feliz por achar que fazia parte daquela família.
Em sua cama, esperando o sono chegar, ela relembrava alguns momentos engraçados que havia passado naquele dia. Eles quase não falaram sobre o acidente. Tentaram fazê-la não pensar no assunto, apenas relaxar.
Flashback
_Hei, Hermione! – um dos gêmeos a chamou.
Ela se virou para ele fazendo esforço para descobrir se se tratava de Fred ou Jorge, mas percebeu que sua falta de memória não era o motivo para não saber quem era quem. Além dos pais, ninguém mais sabia direito. – Sim! – respondeu prestativa.
_Será que você faria a gentileza de provar um desses bolinhos para mim? – Jorge perguntou.
_É do que? – ela perguntou segurando o bolinho que tinha uma aparência realmente muito boa.
_Frutas vermelhas! – Fred, que chegava naquele instante, respondeu.
_Não sabia que vocês sabiam cozinhar! – falou sentindo o cheiro doce do bolinho.
_Mamãe comentou sobre a “Gemialidades Weasley”? Estamos montando uma rede de restaurantes! Só falta você experimentar! – Jorge sorriu com expectativa.
_Tudo bem então! – Hermione levou o doce à boca, mas não pode saboreá-lo.
_Não coma isso Hermione! – Rony chegou de repente arrancando o doce das mãos dela. – Eu acabo com vocês! – gritou jogando o bolinho nos irmãos que agora corriam.
_Calma Roniquinho! – Fred gritou escondendo-se atrás da escada.
_É só um bolinho! – Jorge protestou.
_MÃE! – Rony gritou impaciente. Os gêmeos sumiram no mesmo instante.
_O que houve, Rony?! – Hermione finalmente falou, sem entender nada, mas achando muito engraçado.
_Nunca mais aceite nada que esses dois te oferecerem! – falou carrancudo levando-a pela mão até o quintal.
_Por quê? – perguntou seguindo-o imaginando que ele estava com ciúmes.
_Por que só pode ser algum tipo de logro!
_Mas eles disseram que era para o restaurante! – falou parando-o para poder conversar direito.
Rony parou abruptamente ficando muito próximo dela. Perdeu um pouco da pose quando percebeu que ela sorria para ele: - Hum... É que eles não têm um restaurante, Mione! Eles têm uma loja de logros!
_Como é? – perguntou realmente confusa.
_Olha lá! – Rony apontou para Harry que agora se contorcia em baixo de uma árvore. Ao lado dele Gina o observava assustada. Rony então olhou para a janela do quarto dos gêmeos e lá estavam eles, rindo prazerosamente.
_O que está havendo com ele? Nós não deveríamos ajudá-lo?
_As invenções deles nunca fizeram muito mal às pessoas. Só algum incômodo passageiro.
Voltando a observar Harry eles o viram se endireitar e então observar as próprias mãos. Com cara de assustado ele as viu adquirir uma coloração azul, depois cor-de-rosa, laranja e assim foi até seu corpo todo ficar parecendo um arco-íris. Enquanto Hermione ria timidamente Harry vasculhava as janelas da casa em busca dos autores da brincadeira. Quando seus olhos cruzaram com os dos gêmeos ele disparou para dentro da casa e os irmãos sumiram de vista.
_Viu só? – Rony falou.
_E agora? – Hermione perguntou enquanto ria. – Ele vai voltar ao normal.
_Depois que mamãe arrancar as orelhas dos gêmeos vai...
Sem perceber eles voltaram a andar. Ficaram um bom tempo caminhando de mãos dadas, sem ouvir os berros da sra Weasley com os gêmeos, depois os berros de Gina com os gêmeos, os berros de Harry com os gêmeos e finalmente notar Harry e Gina saindo da casa de mãos dadas, sendo que Harry já voltara a sua coloração normal.
Como que interligados magicamente, escolheram uma determinada árvore do quintal, onde se sentaram em silêncio, e ficaram observando a movimentação dos gnomos, sem prestarem atenção realmente. Tudo que sentiam naquele momento era o toque de suas mãos entrelaçadas, os dedos se movendo suavemente, sentindo o calor da mão do outro.
_Rony?
_Hum?
_Por acaso meus pais têm alguma coisa contra você?! – ela perguntou fitando-o.
_Não que eu saiba! – ele respondeu pressentindo o perigo. – Por quê?
_Eu estava conversando com eles outro dia e quando toquei no assunto namoro eles pareceram tão surpresos! Nós não estamos namorando escondidos, estamos? – ela falou preocupada.
_Claro que não! – ele respondeu nervoso.
_Que bom... – ela passou o braço dele por seus ombros e encostou-se ao corpo dele, continuando a brincar com os dedos do rapaz. – Porque eu tive a impressão que sua família também não sabia...
Ele estava confuso com aquele gesto dela. Sentiu todo seu corpo esquentar e tinha certeza que ela estava sentindo as batidas nervosas de seu coração. Era a primeira vez que os dois ficavam tão próximos. Era tudo que ele queria há meses, mas agora não sabia como se comportar.
_Rony? – ela chamou percebendo a inércia dele.
_O quê?!
_Sua família sabe, né? Que nós estamos namorando? Eles agem como se fôssemos apenas amigos! Parece que acham estranho quando estamos juntos. Por quê?
_Sabem! Sabem sim! É que eles já estão tão acostumados que é como se você fosse mais uma Weasley, entende?
_Quer dizer que é como se eu já fosse parte da família?! – perguntou feliz.
_É! – ele respondeu satisfeito. – Já era assim antes de namorarmos... – ele parou vermelho.
_Por que você fica vermelho toda vez que fala sobre nosso namoro? – ela sorriu divertida com o jeito dele.
_Não sei... – ele falou mais sem graça ainda, mas dessa vez não desviou o olhar.
Os dois ficaram um tempo apenas se olhando, sem notar que se aproximavam lentamente um do outro. Rony sentiu o coração acelerar. Seus olhos oscilavam entre os olhos e a boca de Hermione. Viu um tênue sorriso se formar nos lábios dela. Ela queria beijá-lo, ele queria, mas sabia que não era o certo. Mas a vontade falava mais alto que a razão. Era assim com Rony Weasley. Às vezes sabia que era errado, mas acabava fazendo para só depois pensar nas conseqüências. E foi o que ele fez: aproximou-se dos lábios de Hermione suavemente. Quando suas bocas se tocaram foi como se uma corrente elétrica passasse por seus corpos. Rony aproximou-se mais dela, não contendo o desejo guardado por tanto tempo.
Hermione, por sua vez, tinha a sensação de que aquele era seu primeiro beijo. Entregou-se totalmente àquele carinho, sentindo seu corpo corresponder intensamente a cada movimento dos lábios de Rony. O que mais a espantou foi o fato de que não se sentia como se estivesse “ficando” com um cara que tivesse acabado de conhecer. Tampouco sentia que estava beijando um namorado de longa data. Era como se aquele beijo tivesse sido esperado, desejado por muito tempo, mas só agora estivesse acontecendo. Ela não sabia explicar aquele desejo contido que sentia por aquele rapaz de quem ela não se lembrava absolutamente nada.
Quando respirar começou a ficar difícil, os dois decidiram, a muito custo, separar seus lábios. Abriram os olhos lentamente e ficaram se encarando ternamente. Hermione riu-se do rubor que tomara conta do rosto do rapaz, mas sabia que estava do mesmo jeito. Rony sorriu de volta, passando por cima do nervosismo que o invadiu. Ele depositou carinhosamente uma das mãos no rosto de Hermione e a puxou para mais um beijo, que não aconteceu...
_Rony! – Gina chamou assustando os dois.
_O que você quer aqui, Gina?! – ele gritou levantando-se de um pulo.
_Eu... Eu... Rony você...
_O que você quer?! – ele repetiu.
_Os pais da Hermione estão indo embora. Pediram-me para chamá-la! – ela respondeu olhando confusa para os dois.
Hermione olhou para o relógio: - Nossa! Já é tarde mesmo! – ela sorriu. – É melhor eu ir até lá...
Hermione tomou a dianteira, mas Gina impediu que Rony continuasse: - O que estava acontecendo aqui?!
_Não é da sua conta! – ele respondeu rispidamente.
_Eu sempre imaginei que você sentia alguma coisa pela Hermione, mas agora estou achando que você está se aproveitando dela, Ronald! – ela disse colocando as mãos na cintura e batendo o pé.
_Qual o problema? – Hermione perguntou quando viu que os dois não a acompanhavam.
_Já estamos indo! – Rony falou. – Isso não é da sua conta, Ginevra! – ele falou para ela.
_Não é da minha conta?! – ela perguntou aturdida. – Como você tem coragem de dizer isso? Eu sou sua irmã e me preocupo! Você sabe que está cometendo um erro que pode se tornar irreparável, não sabe? – mas ele a deixou falando sozinha.
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