Capítulo 7



Cap. 7 Pós Baile

- Ah...! Desculpe Merlin, eu... Não era minha intenção... Eu, não pude...Evitar...- não conseguiu pronunciar sequer mais uma palavra, seu nervosismo interior fazia um medo desconhecido congelar no seu estômago lhe causando um frio repentino. Ela tinha acabado de beijar Merlin, e foram maravilhoso, e surpreendente, e devastador, e agora ela simplesmente não sabia o que dizer ou como se desculpar... Percebeu o som de um sorriso vindo dele, pôde imaginar aquele sorriso de canto debochado. – Você está rindo!? – ela falou irritada, ela estava se roendo por dentro e ele estava rindo? Rindo dela.

- Estou.- ele falou na maior naturalidade o que só fez concretizar a sua irritação.

- Seu... Seu...- ela pretendia dizer grosso, mas foi interrompida antes de terminar.

-Você sempre pede desculpa quando um cara te beija?- ele perguntou.

Ela não sabia o que responder,como ele poderia ter feito aquela pergunta? Ainda por cima numa hora daquelas?

- Não, eu... Eu estou, estava nervos...- se conteve antes de pronunciar toda a palavra de forma gaguejante e incerta.

- Nervosa. – ele completou a frase para ela. Ela sabia que ele ainda estava rindo. – Você fica engraçada quando esta “nervosa”, Morgana.

- Eu não ia dizer “nervosa”... – ela mentiu de forma precária. – Não, não ia, e eu não fico “engraçada” quando estou “nervosa”.- ela falou fazendo sua voz se sobre-sair o suficiente para ser ouvida no meio daquele barulho todo.

- Você fica sim, mas eu gosto.- ele falou segurando-lhe novamente a cintura, e continuando a guiar ambos na música.

Sentiu suas pernas amolecerem consideravelmente com aquele ato, mas algo no seu interior desejava por tudo que ele não a soltasse, ela queria que ele ficasse ali, com ela. Não queria que ele fosse embora

Ela não pôde evitar o sorriso, não conseguia enganá-lo. Era como se ele soubesse perfeitamente o que fazer.

- Você gosta?- ela perguntou incerta.

-Gosto.- ele respondeu.- Alguém já disse que você fala demais?- ele disse continuando a rir. Ela iria lhe dar uma resposta atrevida, por ele parecer estar se divertindo ao vê-la assim, mas eu já estava novamente tão perto que era difícil formar frases. Era difícil se sustentar, mas a mão na sua cintura parecia cuidar disso enquanto ela estava ali, ela sabia que não iria cair. Bom agora ele estava realmente muito próximo, ela poderia tocar o nariz dele com o seu.

- Eu... Eu... Estou...

- Você está...? – ele encorajava-a a dizer olhando fundo nos olhos castanhos dela, divertindo-se em ver como ela ficava sem jeito. - Nervosa?

- Não... Eu... Só...- ela balbuciou qualquer coisa enquanto se sentia fisgada pelos olho de Merlin que a encaravam como se ela fosse uma atração única em todo o baile.

- Você...?- ele repetiu, tocando seu nariz ao dela.

- Eu...- por alguns segundos ela sentiu-se tola, mas antes que pudesse sentir qualquer outra coisa ele sorriu uma última vez, e voltou a beijá-la. Então ela só sentia ele.

Who's to say

What's impossible

Well they forgot

This world keeps spinning

And with each new day

I can feel the change in everything

And as the surface breaks reflections fade

But in some ways they remain the same

And as my mind begins to spread its wings

There's no stopping curiosity

Depois do oitavo, (ou seria o décimo?) beijo, ela havia desistido de contar, estava perdida nos braços dele,e definitivamente não queria se encontrar, alheia a tudo, à música, às pessoas a sua volta, às luzes, ao baile. Então pela milésima vez alguém esbarrou nas suas costas, empurrando os dois, com força, e os fazendo cambalear vários passos. O beijo se desfez, e Merlin a segurou firmemente, caso contrario teria sido um queda feia.

- Filho de uma...!- ele disse irritadíssimo. Segurou a mão dela e cutucou as costas do sujeito.

- Não Merlin!- ela tentou impedir e argumentar, mas pelo que ele poderia ver ele estava possesso, e bom não era para menos, mas ela ainda assim não queria confusão.

- Não, Morgana!- ele falou para ela segurando sua mão firmemente, enquanto o homem de roupas púrpuras que havia esbarrado nela se virava para ver quem o cutucava. –Você é cego ou idiota? Escuta, você quase esmaga ela!- ele falou apontando para ela ao seu lado.

- Não foi nada, eu estou bem. – ela dizia tentando apaziguar a situação.

- Olha só, até que essa fadinha é bem charmosa. – falou o homem de roupas púrpuras.

Foi a gota d’agua para Merlin.

- Olha só, esse ogrotem o nariz quebrado!- ele disse espumando de raiva, quando desferiu um soco com toda sua vontade na máscara no outro que caiu no chão, levando a mão ao rosto e gemendo. Instantaneamente abriu-se um pequeno espaço a volta deles e algumas pessoas, as mais próximas, se viraram para olhar o que estava acontecendo.

- Calma Merlin! –ela falou sentindo-se novamente nervosa. Enquanto as pessoas ao redor se viravam para ver o que acontecia.

- Que calma o que Morgana! Esse retardado, tem coragem de falar com você assim na minha frente!

- Vamos embora daqui. – ela disse e sem lhe dar tempo para fazer qualquer outra coisa saiu puxando-o pela multidão antes que todos dessem contado pequeno tumulto a se formar.

Eles haviam saído do baile, saído do hotel e agora estava no meio da rua esta permanecia na penumbra a fraca iluminação do poste não permitia e identificação de nada, não é claro que houvesse algo a ser identificado ali, eles pareciam completamente sozinhos, ambos em trajes de gala e máscaras.

- Seu maluco, você não devia ter batido nele!- ela ralhou com ele.

- E o que? Ele iria achar que poderia fazer e dizer o que quisesse com a mulher que estava comigo?!- ele falou ainda soando irritadiço, e soltando a sua mão e dando alguns passos

Ela sentiu-se amedrontada imediatamente, uma sensação ruim tomou conta do seu estômago e de repente ela pareceu perceber como a rua estava escura ou havia se tornado mais escura, e as vielas ao redor eram escuras e sinistras. Olhou ao redor, não poderia acreditar que ele tinha ido embora! Ele não poderia ir embora assim, deixando-a no meio da rua! Sentiu suas pernas fraquejarem, os prédios e casa antigos de um lado e do outro da rua, parecia se fechar sobre ela sufocando a luz do poste e da lua.

Estendeu as mãos à frente do corpo tentando alguns passos inseguros. Não queria se separar dele, não queria ficar sozinha. Era algo ridículo, mas ela sentia aquela sensação ruim que a dominava em lugares escuros se apossar lentamente dela misturada a outra sensação ruim, que ela se atrevia a associar a ele ter soltado sua mão. Sentiu-se infantil, como uma criança mimada.

- Merlin...?- ela chamou, não obteve resposta e a segunda sensação ruim cresceu. - Merlin...

Ouviu passos.

- Merlin é você?!- agora a primeira sensação ruim também crescia como a segunda, em progressão geométrica. - Merlin!- ela gritou.

- Morgana! Calma!- ele falou indo até ela, que tentava achar de onde vinha sua voz. – Calma sou eu. - ele disse segurando os ombros dela.

- Nunca mais faça isso! Ou eu mato você!- ela falou indo de encontro a ele e desferindo irritados socos com os punhos pequenos no peito dele.

- O que... Do que...?- ele balbuciou sem parecer entender direito, ou sequer sentir os punhos dela. - Ah, eu quase esqueci que você não gosta de ficar sozinha em lugares escuros. - ele se permitiu sorrir.

- Não ria!- ela disse irritada virando de costas para ele irritada, mas sem se afastar, ainda receosa em ficar só.

- Já disse, fica calma, você está comigo. - ele disse segurando ela, pela cintura.

- Você tem prazer em me irritar!- ela disse virando-se de frente.

- É bem verdade, tenho que confessar.

- E ainda admite!

- Vocês mulheres não dizem que gostam de homens sinceros? Estou apenas tentando agradar.

- Eu devia te matar por isso. - ela falou estreitando os olhos, mas sem conseguir impedir o um leve sorriso que torcia seus lábios.

- Mas não vai. - ele falou seguro

- Você pode me dizer por que?

- Porque se você me matar, quem é que vai aparecer toda vez que você estiver sozinha no escuro? Sem contar que eu não vou mais poder te beijar. - ele falou sorrindo cheio de si aquele meio sorriso de canto que já lhe era característico.

- E quem disse que eu quero que você me beije. – ela disse falsamente orgulhosa.

- Você.

- Mentiroso.

- Disse sim quer ver?

- Quero.

Foi o suficiente para ele beijá-la novamente.

I wanna turn the whole thing upside down

I'll find the things they say just can't be found

I'll share this love I find with everyone

We'll sing and dance to Mother Nature's songs

I don't want this feeling to go away

Who's to say

I can't do everything

Well I can try

And as I roll along I begin to find

Things aren't always just what they seem

Os dois estavam no telhado do hotel, literalmente no telhado, não na cobertura, olhando as estrelas no céu que pareciam encará-los fixamente. Ele não conseguia acreditar no que estava acontecendo, ela era a coisa mais surreal que já havia lhe acontecido. Ele já havia passado a noite com várias mulheres diferentes, em várias circunstâncias diferentes, mas jamais daquela forma. Se não a conhecesse diria que ela era louca. Mas isso faria dele um louco igualmente, não sabia sequer porque havia levado ela ali.

Ela era engraçada, de uma forma excentricamente atrapalhada, e ele sabia mesmo sem saber que ela era linda, encantadora. Sorriu dos seus próprios pensamentos, e pensou que se Blás estivesse ali para ouvi-lo dizer aquilo, diria que Draco havia perdido a pegada, e que estava se “de coleira”. Mas é claro Zabini não sabe do que fala. Ele “de coleira” seria algo quase impossível, para não dizer impossível. Agora ele só estava... No telhado.

Ela falou afastando os outros pensamentos de sua mente.

- Então, você traz todas aqui?- ela disse soando um pouco antiquada.

Não pôde deixar de rir daquela pergunta.

Isso era outra coisa que acontecia com uma freqüência impressionante enquanto estava com ela, digamos que ele não era alguém muito dado a sorrisos.

- Não só aquelas que eu não conheço.

- Você me conhece, não é como se eu fosse uma desconhecida. - ela argumentou.

- Eu só não sei o seu nome. - ele disse.- Mas acho que talvez você tenha razão Morgana.

- Acho eu já disse que gosto que você me chame de Morgana não é?- ele respondeu que sim com um aceno da cabeça. - Mas creio que você queria saber o meu nome. - completou incerta.

- Aquilo não foi uma pergunta. – ele disse voltando a encarar as estrelas.

Ela apoiou o cotovelo no telhado e apoiou assim a cabeça para poder olhá-lo.

- Você gosta que eu te chame de Merlin?

Ele parou para pensar sobre o assunto e respondeu:

- Não me incomoda.

- Gosto dos seus olhos. - ela falou fazendo com que ele desviasse seus olhos para ela ao seu lado.

- Você não pode vê-lo agora. – ele falou simplesmente.

- Mas eu sei como eles são.

- Tudo bem, é normal você não é a primeira mulher a me dizer isso.

Ela detestou o comentário.

- Mas pelo contrário, seu ego é o primeiro que eu vejo nessas proporções.

- Para o seu azar, eu já nasci com ele. Eu sou único. - disse debochado.

- O único chato. - ela completou dando risadas divertidas. Ele gostava do som do riso dela, ficava gravado na sua mente, assim como o cheiro de alfazema que exalava do corpo ela e só agora ele percebia.

- É, masvocê parece gostar do chato aqui. - ele retrucou.

- Impressão sua. - ela disse.

- Você... - ele começou a falar, mas ela o interrompeu rolando os olhos como se já soubesse o que viria a seguir.

- Ta, eu já sei: “eu falo demais”. Tudo bem então vamos partir para a ação!- falou soando divertida roubando um beijo enquanto ele estava deitado.

Ela era pura risadas e sorrisos, olhos alegres e expressivos, a voz macia, de certa forma ela poderia ser adjetivada como contagiante.

Interrompeu o beijo rapidamente e disse, invertendo as posições, com um braço ao lado da cabeça dela. Poderia apenas vislumbrar os contornos de seu belíssimo vestido e máscara, e então disse:

- Vejam só, ela até que está aprendendo rápido.- disse rindo debochado.

I want to turn the whole thing upside down

I'll find the things they say just can't be found

I'll share this love I find with everyone

We'll sing and dance to Mother Nature's songs

This world keeps spinning and there's no time to waste

Well it all keeps spinning spinning round and round and

- Ginny acorda!- uma voz que soou terrivelmente alta aos seus ouvidos lhe arrancou de suas lembranças da noite anterior.

- O que foi Izzie? – ela respondeu quase irritada.

- Você não vai terminar de arrumar as suas coisas? O trem não deve demorar a sair, e nos deixar para trás, ele sai às 12 horas em ponto.

- Que horas são agora?

- Agora são exatamente 11h e 10 minutos. E só falta você. - ela acrescentou, com o intuito de fazer suas palavras surtirem algum efeito sobre a ruiva avoada.

Upside down

Who's to say what's impossible and can't be found

I don't want this feeling to go away

Ginny andava assim avoada desde que levantara forçada da cama por Izzie açulando Cissy para cima dela dizendo que a ruiva escondia chocolate em baixo do lençol. Esfinge fizera em frangalhos o lençol fofinho macio e quentinho no qual ela se enrolava, então não teve outra alternativa se não finalmente se por de pé e enfrentar as malas.

Ela não havia sido informada que o trem partiria na manhã seguinte, imaginou que deveria ter sido algo decidido de última hora ou ela fora simplesmente desatenta. Mas enquanto ela deveria estar conferindo se estava dobrando todas as roupas e pegando todos os perfumes e cremes, maquiagens e etc, ela estava tendo deliciosas divagações sobre a noite anterior.

Era fisicamente, quimicamente, biologicamente, geograficamente, historicamente, artisticamente, filosoficamente, matematicamente, e principalmente, psicologicamente impossível de tirá-lo da cabeça. O fato de ela não saber quem ele era, ou qual era o seu nome, não faziam-na receá-lo. E ela sabia quem ele era, ele era Merlin, o cara que sempre estava por perto quando ela estava a beira de uma semi-crise, quando tudo parecia literalmente escuro e amedrontado demais para ela (no sentido literal da frase), o cara cuja capa ela havia estragado na primeira vez que havia esbarrado nele, ele era o homem que as coincidências parecia ter colocado no pódio.

Isso a fez lembrar de algo que ele havia dito antes de descerem do telhado.

- Adorei o baile.- ela disse entorpecida, pela mão dele que acariciava seu rosto de leve. Ela ainda estava deitada no telhado, com as costas torturadas pelas telhas, ela nem sequer sentia. Ele estava debruçado sobre ela apoiado em um dos cotovelos ao lado do seu rosto, ele estava sério, e parecia concentrado. – Isso foi um incentivo para você dizer o mesmo. - ela esclareceu, arrancando um inicio de riso dos lábios dele a sua frente.

- Como posso dizer o mesmo, nós estivemos tão pouco tempo no baile em si, e este pouco tempo, foi o suficiente, para sermos empurrados umas trinta vezes, um retardado vestido de roxo chamar você de fadinha charmosa, e eu me sentir na obrigação de meter um soco no nariz daquele trasgo montanhês. É, acho que a senhorita terá que concordar comigo que o baile em si não foi propício a uma boa impressão.

Desta vez ela não segurou o riso.

- Tudo bem, deixe-me reformular a frase: Eu adorei esta noite. Vai, agora é sua vez.

- A noite ainda não acabou. - foi tudo que ele comentou.

Ela bufou impaciente, custava ele dizer aquilo, nem que fosse para agradá-la?

- Sinto que estou sendo enrolada...

- Se você quer saber, eu também estou gostando da noite, ela está muito estrelada, o céu está bonito. - ele disse se fazendo de bobo.

Ela lhe deu um leve soco no ombro.

- Merlin!- ralhou.

- Tudo bem! Eu confesso a companhia também é encantadoramente agradável.

- Agradável?

- Você é muito exigente sabia?- ele retrucou. - Tudo bem, eu posso resumir tudo dizendo que posso me considerar um homem de relativa sorte está noite.

Ela sorriu feliz.

- Por que relativa sorte?

Ele ficou em silêncio por um tempo como se estivesse pensando, olhou para o céu, e por fim, com um inicio de sorriso no canto dos lábios que não demonstrava alegria disse.

- Porque a noite não demora a acabar...

Foi a vez dela de adotar o silêncio como bandeira. Não sabia o que dizer, ela queria terrivelmente que tivessem mais algumas horas, mas isso lhe parecia impossível, o céu parecia clarear a cada segundo em uma velocidade anormalmente alta.

Ela podia ver o brilhos das estrelas diminuindo e os contornos dele se tornando cada vez mais nítidos o efeito Cinderela estava para acabar.

- Eu me pergunto se iremos nos encontrar novamente...?- ela deixou escapar com a voz levemente falha, mas ele não percebeu, aquela era exatamente a pergunta que ele vinha fazendo a si mesmo havia alguns minutos, mas simplesmente se recusara a externá-la.

- Creio que o acaso se encarregara de nós Morgana.- ele falou sério sem desviar os olhos dos dela.

Ela pensou durante alguns segundos.

- Acho que você está certo, ele tem feito um ótimo trabalho até agora, espero que continue com as suas coincidências brincalhonas...

- É, são interessantes estas coincidências brincalhonas que o acaso tem providenciado, não iria ser eu a reclamar em esbarrar com você mais vezes.

- Você provavelmente irá, só não vai estar vestido de palhaço. - ela disse rindo ao lembrar-se da cena do circo. – E também provavelmente não saberá que sou eu. - acrescentou sem saber se seria uma coisa boa ou ruim a se dizer.

- Eu saberei. - ele afirmou, despreocupado.

- Como? Por acaso sabe de algo que não sei que você sabe?- ela disse confundindo-se levemente no meio da frase.

- Não. – ele disse simplesmente

- Então como?

Ele a deixou no suspense por alguns segundos que pareceram séculos enquanto a olhava distraído. Então suspirou fundo inalando aquele cheiro que ele tinha certeza estar em cada canto da sua roupa, que passava dela para ele ao simples toque ou simplesmente pela proximidade. Talvez simples, mas sutilmente envolvente.

- Alfazema. - ele disse.

Ela compreendeu, fechando os olhos, e se deixando ser quase totalmente dominada pelo sono.

Please don't go away

Please don't go away

Please don't go away

Is this how it's supposed to be

As quatro estavam embarcando, Lucy já havia embarcado, Julia e Izzie lutavam para trazer Ginny do seu universo alternativo particular, e fazê-la apressar o passo antes que o trem partisse e as deixasse para trás. O Sol estava forte, e Izzie já podia sentir seus ombros descobertos pela simples lusinha de alças arderem. Ela desejou do fundo do seu coração que a amiga se apressasse caso contrário ela achava que ficaria mais frita que um camarão, no alho e óleo, o qual ela havia provado recentemente no hotel.

Julia estava preocupada com a amiga, que estava muitíssimo aérea, mais que o normal. Ela estava agindo assim desde que a encontrara depois do baile, e isso a deixava nervosa, geralmente era a mais ativa, a mais observadora de todas.

No atual momento, poderia passar um cruza de mamute com quimera e fênix na sua frente voando com uma melancia pendurada no pescoço que ela nem sequer iria notar.

- Izzie você tem certeza de que ela está bem?

Izzie rolou os olhos já estava sem paciência.

- Bem eu posso garantir que ela não está, mas isso não quer dizer que ela estava mal, aposto como ela ainda está lembrando do tal Mago Merlin e do baile perfeito do qual ela sumiu no meio da noite.

- Tem certeza que é só isso?

- Acho que sim, mas como posso ter certeza se ela mal fala direito!

- Isso que me preocupa. - disse Julia olhando de forma cúmplice para Izzie.- Você já viu a Ginny calada?

- Realmente isso é estranho tenho que concordar. Ginny Weasley calada, é de admirar, talvez esse Mago Merlin seja realmente um Merlin, para fazê-la ficar calada quase que o dia inteiro.

- É verdade. – falou a outra com um leve sorriso.

- Ginny, entre neste trem agora ou eu vou deixar você ficar plantada em Veneza o resto da sua vida! – esbravejou izzie, chamando a atenção dos passantes ao redor.

- Calma!- responde a outra apressando levemente o passo.

- Em fim sinal de vida inteligente nessa cabeça ruiva.- disse Izzie aliviada.

- Acho que você foi abduzida, ruiva. - disse Julia.

- Só se foi pó um extraterrestre chamado Merlin. - alfinetou Izzie.

- Ham.. Que? Merlin? Onde?- ela perguntou saindo do transe.

- O ET. – disse Julia começando a se irritar com a amiga presente-ausente.

- Cala a boca Julia!- ela falou dando um leve empurrão em Julia fazendo as duas rirem, percebendo que as amigas estavam brincando com a sua cara, mas sem conseguir evitar um sorriso ao ouvir o nome dele.

Mas ela sabia perfeitamente que estava totalmente aluada no momento, e até chegou a se lembrar de uma amiga Luna Lovegood, rindo de si mesma ela arrastou a mala pesada pelos corredores do trem. Não demorou muito a encontrarem seu antigo quarto, não tão luxuoso quanto o do hotel, mas ainda assim confortável.

Atirou-se na cama deixando a mala no chão próximo, e Cissy, aninhou-se no travesseiro.

- Ginny por Merlin volte à Terra!- disse Izzie se irritando.

- Que...?- ela respondeu, e pela cara emburrada da amiga logo percebeu que tinha dado uma bola fora – Ai, Iz, você não sabe o quanto é difícil não pensar...!

- Foi tão maravilhoso assim?- perguntou a outra incrédula.

- Não...- ela disse pensativa como se avaliasse a situação sem deixar o riso sonhador escapar de seus lábios. Izzie pareceu não entender nada. – Foi diferente... Diferente de tudo que já havia experimentado antes! Não sei explicar direito.

- Realmente, você nem sabe quem é ele!

- Eu sei! Ele é Merlin, e ponto final.

- Claro...! Como quiser, não está mais aqui quem falou.

- Algum cara já te levou pro telhado?- ela perguntou de supetão.

- Telhado?! Um tanto exótico não acha?

- É isso que eu quero dizer!- ela disse empolgada imaginando que a amiga tivesse finalmente começado a entender.

- Sexo no telhado? É isso? Francamente nunca imaginei que você tivesse esse tipo de fetiche.

- Não! Não sua retardada! – ela falou sem conseguir evitar o riso. – A gente ficou olhando as estrelas...

- Deixa eu adivinhar, ele te de alguma?

- Alguma o que?

- Alguma estrela!

- Não. – ela falou simplesmente. – Eu preferi os beijos...

Izzie riu.

- Você vai me contar tudo e com detalhes Srta. Weasley.

- Outra hora Iz. Talvez depois... - ela disse deixando se olhar se perder na paisagem lá fora e sua mente se perder em lembranças.

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