Capítulo 17



Cap.17 Errar.. Hum... Faz bem às vezes

6 meses

A minha raça de prodígios vai ter alguém de quem se envergonhar. Pela primeira vez eu admito, cometi uma exorbitante burrada, e o pior é que eu sinceramente não sei se vai ter volta. E sei que isto vai me custar mais caro do que eu posso pagar, e olhe eu posso pagar muito, mas desta vez vai custar a minha vida, de certa forma.

Eu levantei tarde neste dia, muito tarde comparado à hora que eu costumo me levantar. Só para dar uma idéia já tinha passado do café da manhã, já era quase na hora do almoço quando eu acordei, na verdade... Fui acordado.

- Malfoy? Você está bem?- devo acrescentar que desde a cena que ela ia embora e eu não deixei, ela me chama pelo sobrenome e não pelo nome de batismo, me incomoda um pouco às vezes, acho que me acostumei com ela me chamando de ‘Draco’, poucas pessoas o fazem. Ela me chamava assim não sei por que perdeu o habito, ta, tudo bem, eu sei sim. Para alguém que já chegara a me dar a alcunha de amigo, quilo em soava um tanto quanto estranha, na verdade era muitíssimo incomodo... Parecíamos meros conhecidos morando na mesma casa, desde aquele maldito dia no ateliê, naquele dia eu perdi as duas de uma vez só, eu sei que perdi Helena, estava explícito no jeito como nós nos relacionávamos desde então e isso bom, incomoda, uma alfinetada dolorosa toda vez que ouço. De maneira inexplicável eu sinto um corte que se abriu lenta e dolorosamente em mim, pensando bem dois, a julgar pela dor.

- Malfoy acorde já está na hora do almoço.

Eu continuei deitado tentando não ouvir, tentando com todas as minhas forças resultantes não acordar para a dura realidade e manter o meu sono anestésico.

- Malfoy acorde por livre e espontânea vontade e não me obrigue a arrombar a porta e ter que fazer isso por mim mesma.- ela disse vontade? Livre e espontânea vontade? Oh... Desculpe, ela quis dizer pressão. Livre e espontânea pressão seria mais exato. Mas eu respondi:

- Estou acordado.o ouvir, tentando com todas as minhas forças resultantes nue ouço. dito dia no atelierdade era muito fazem minha vda.

- Ótimo, não volte a dormir.- e eu pude ouvir os passos como sempre de pés descalços indo embora, se distanciando aos poucos. Aquele barulho em deixava louco, porque ela simplesmente não poderia ficar parada?! Céus, qual era o meu problema já era meio dia! E onde havia ido parar o “Levante-se e venha apreciar o delicioso almoço que eu fiz especialmente para você, querido.Tudo isso porque eu te adoro muito.” ? Então eu me lembrei, nunca havia existido um “Levante-se e venha apreciar o delicioso almoço que eu fiz especialmente para você, querido blah, blah,blah...” E eu tinha acabado com todas as possibilidades de que viesse a haver um no futuro, tudo isso naquele dia sabe? Aquele maldito dia lembra? Lógico que eu lembrava.

- Humpff... – eu bufei irritado, me arrumei e na demorei a descer, meu estômago clamava nada humildemente por alimento, mas lá embaixo não encontrei almoço nem nada comestível servido a mesa, mas de qualquer forma não daria tempo mesmo de almoçar eu ainda tinha que passar na sede da Ordem da Fênix para avisar que havia sido descoberto, mas lógico como eu preso muito a minha reputação a parte do rato não iria aparecer, não era mesmo relevante.

Helena estava sentada lendo na sala tranquilamente enquanto apreciava o meu desespero de fome.

- Eu não vou almoçar em casa estou indo para a Ordem.- eu avisei para ela caso ela não me visse em casa e se preocupasse ela não precisava arrancar os cabelos como Virginia fazia tantas vezes, digo no sentido literal da expressão, eu sempre via alguns fios cor de cobre espalhados pelo chão quando chegava muito tarde.

- Ótimo. - foi tudo que ela respondeu sem desviar os olhos castanhos profundos sequer um instante do livro para me encarar. Por acaso eu matei alguém importante e não sabia? O que eu tinha feito para merecer aquilo? “Ótimo.” Ela estava agindo como Virginia quando eu esquecia alguma data importante, onde foi que ela achava que eu tinha errado?

Eu sabia onde... Sabia muito bem onde, bem até demais para o meu gosto. Acho que por um ou dois segundos minha expressão demonstrou o que eu realmente senti , mas a máscara fria de sempre tomou conta do lugar novamente, Então eu saí pelo portão entalhado da mansão, sem dizer um palavra sequer, tendo apenas os jardins úmidos pelo orvalho e um pouco cinzentos de neblina como companhia.

- Eles sabem.

- Como assim eles sabem.- disse o Potter cabeça rachada francamente, só um idiota deficiente mental para me perguntar uma coisa deste tipo. Qual é o problema em entender o que eu falo? É implicância?

- Eles sabem que existe um espião. – eu simplifiquei para os de menor capacidade mental.

Então todos se calaram como eu previra, e eu detestei , sabia o que estavam pensando “Agora que eles sabem, o Malfoy covarde e traidor vai querer salvar própria pele e dar o fora.” Aquilo me irritou e eu já não estava tendo um dia muito bom.

- Então suponho que você não queira mais trabalhar para a Ordem e decidiu se juntar definitivamente aos seus amiguinhos comensais. – eu sabia! E adivinhe quem disse isso? Potter frustrado cabeça podre! Aquele corno enrustido, ele é um frustrado porque quando eu e Virginia começamos a sair quando ele e ela estavam juntos, e ai ele perdeu ela para mim. Eu daria tudo para ver a cara dele quando ela terminou, e quando ela confessou que vinha saindo com outro, lógico ela não disse que era eu, mas ele deve ter descoberto sozinho ou ele é incapacitado o suficiente para isso?

Vamos esclarecer a situação tudo bem? Eu estava tendo um dia péssimo, Helena estava me tratando como a última azeitona do vidro, uma ameba infeliz , era tudo culpa minha e eu ainda não tinha almoçado (e veja bem eram 16h ), e eu estava correndo mais risco de vida do que antes, ai só para completar um infeliz ainda vem me provocar?! Não era meio demais para uma pessoa só, não?!

Eu não consegui agüentar essa não mesmo, minha mão apertou a varinha no meu bolso com força e eu vi o olhar de potter recair sobre o meu punho, mas ele se enganou, eu parti para o ataque físico mesmo, cheguei a conclusão que com a raiva que eu estava eu acabaria partindo a minha varinha ao meio de tanta força que eu imprimia sobre ela, entre a minha varinha e a cara do Potter, preferi quebrar a cara dele.

Dei um soco, o melhor soco que já dei em toda aminha vida, acertei em cheio o nariz dele, senti os ossos dele estalarem com prazer tamanha foi a minha força . Quebrei o nariz dele. Aquilo fazia eu me sentir imensamente melhor. Potter caiu para trás no chão e várias pessoas soltaram exclamações de susto enquanto algumas foram ajuda-lo, eu fiquei apenas parado onde estava sentido a exorbitante satisfação de olha-lo segura-lo o nariz que jorrava sangue vermelho o mesmo que sujara meu punho.

Então eu vi que Dumbledore estava saindo sorrateiramente dali e com um aceno quase imperceptível, pediu discretamente para que eu o seguisse. Por um momento fugaz eu pensei em simplesmente ir embora, aparatar dali na entrada dos terrenos na mansão e fingir que não havia visto nada, mas por algum motivo desconhecido por mim mesmo eu não o fiz. Segui Dumbledore até a sala ao lado.

- Explique-se.

Então eu comecei a falar:

- Olhe eu não estou nos melhores dias e estou de saco cheio de todos desconfiarem o tempo todo de mim entendeu? Eu não gosto nem um pouco de ninguém aqui desta maldita Ordem e isto é um sentimento mútuo. Francamente eu nem sei por que eu ainda trabalho para você se eu não gosto, definitivamente ser herói não é o meu estilo, e ninguém ao menos toma consciência de que a cada vez que eu vou a aquele maldito cemitério eu estou trabalhando para salvar a vidinha mal agradecida de um deles, pois como bem foi lembrado hoje, eu poderia muito bem me juntar aos meus “amiguinhos comensais” e viver a minha vida como sempre foi planejada alem de ser incontavelmente mais agradável eu não arrisco a minha pele e todos finalmente podem confirmar o que vêm especulando desde que eu entrei por aquela porta imunda!- eu explodi com o velho e o que dava mais raia é que enquanto eu descontava a minha raiva nele ele ficava parado apenas me olhando com um olhar profundo com as pontas dos dedos unidas na frente do rosto como se contemplasse a algo soberbo. Eu tinha que descontar em alguém ou eu mesmo enlouqueceria.

- Não era exatamente sobre isso que eu queria explicações. - ele falou sério depois que eu estanquei o jorro de palavras frustradas que invadiam minha garganta como um vômito venenoso.- Mas já que você tocou no assunto “ninguém gosta de mim e eu odeio a biosfera” devo responder-lhe as perguntas retóricas que o senhor fez agora a pouco, o senhor está aqui trabalhando não para mim, mas para você mesmo, todos aqui somos dependentes de algo, e lutamos incansavelmente para proteger aquilo do qual somos dependentes, seja o mundo bruxo como ele existe, seja um lugar especial, seja uma pessoa especial, arriscamos a nossa própria vida para proteger algo a que amamos e nos vemos incapacitados de viver sem. No caso do Senhor, Sr. Malfoy, o senhor luta pelo que? Acho que não preciso lhe responder está pergunta não é. A abrindo um pequeno parênteses uma exceção inegável a sua afirmação de que todos na Ordem nutrem um sentimento negativo em sua relação, a Srta. Zatknis parece gostar um bocado do Senhor não? E a mim parece... Como é mesmo o termo que o Senhor, usou...? Ah, sim, ‘mútuo’, o sentimento da Srta. Parece ser mútuo não?- Não por favor para tudo e alguém da um tapa nesse velho. Como é que um velho beirando aos 160 anos creio eu, consegue ficar sabendo de tudo? Legimência não pode ser, pois eu sou perito em Oclumência desde o quinze anos de idade, e eu duvido muito que Helena tivesse contado a ele.

Neste momento eu pensei seriamente em fazer uma busca na mansão a procura de objetos suspeitos, como ele poderia saber daquilo? Isso era um mistério espantoso.

Mas continuando com o que ele disse: - Eu estava me referindo sobre a sua reunião com os comensais e Lord Voldemort sobre ele ter conhecimento do fato de que existe um espião entre eles.

Fiquei estático, demorei um tempo para responder, é claro que Dumbledore me conhece, e sabe perfeitamente bem que não sou como o Potter, que quando ele espreme conta até a cor das cuecas, não que Dumbledore fosse perguntar isto a ele, e muito menos a mim, quer dizer; na verdade eu não posso afirmar nada, nunca me intrometi em uma conversa de ambos, mas em fim, a cor das minhas cuecas não é o assunto de prioridade. Não, ele sabe que eu conto apenas o necessário, então ele não estava esperando um relato completo do que cada ser vivente no momento falou ou fez incluindo a sinfonia entoada pelos grilos aquela noite como eu sei que Potter faz. Eu disse:

- Ele não sabe que sou eu o espião.

Ouve uma pausa.

- Então ele sabe do espião, mas não sabe que é você... – acho que o idoso de cabelos prateados e óculos de meia lua que interceptavam um olhar penetrante vindo de olhos extremamente azuis, falou isto mais para si mesmo do que para qualquer um. Dumbledore parecia compenetrado, ainda sustentando as pontas dos dedos unidas.

Permanecemos ambos em silencio durante o que julgo ter sido uma meia hora até que ele continuou:

- Então como o Sr.Potter quis dizer, nós da Ordem não temos o direito de lhe pedir que continue a se arriscar por nós, a decisão é toda sua Sr. Malfoy, o Senhor tem algo que valha o risco que sua vida corre?

Aquela pergunta fez um calafrio correr ligeiro e atordoante por todo o meu corpo, pelo que e arriscava a vida? Por Virginia é claro. Alguma parte da minha mente confusa perguntou com a voz fina dentro da minha cabeça, “Ela vale a sua vida?”. Aquela frase era redundante como flashes de uma máquina fotográfica me segando e atordoando continuamente. No fim das contas eu lutava por puro egoísmo, é verdade. Eu luto por Virginia, por que eu sei que se não continuar com isso, ela não passará de mais uma pessoa para as listas crescentes de desaparecidos, apenas mais uma cuja alma e corpo estão perdidas para sempre em meio a uma história de guerra. E é incrível como ela já se tornou parte atuante em mim, inseparável e inevitável, acho que no final das contas sem ela eu também me tornaria apenas mais uma alma corrompida e perdida no meio de uma história de guerra perdida no meio dos dois lados. Então é egoísmo, luto puramente por mim, por Virginia, mas no fundo é por mim, simplesmente porque sem a idéia de ter ela eu também me perderia nisso tudo.

Mas o mais impressionante, é que mesmo quando o Potter comete uma burrada assumida, ele arranja um jeito e acoberta-lo e fazer as suas intenções parecerem nobres, até parece que era exatamente aquilo que ele queria dizer com “Então suponho que você não queira mais trabalhar para a Ordem e decidiu se juntar definitivamente aos seus amiguinhos comensais.”. Duvido muito que ele quisesse dizer qualquer coisa agradável com isso, mas de qualquer forma ele iria ter dificuldade para falar o que quer que fosse com o nariz quebrado.

- Quis é?- ele disse irônico.

- Exatamente, a escolha é sua.- ele disse aquilo serenamente, como se realmente fosse uma escolha, se eu não continuasse seria o covarde da vez. E se eu continuasse iria ser apenas no idiota de sempre, o talvez depois de morto pudesse ser o herói morto da vez... Morto ou covarde? Inteligente, eu prefiro, embora essa não seja uma das opções. Então: definitivamente Morto. Morto sim, é claro porque isso não vai durar por muito tempo, logo eles irão descobrir que o rato sou eu. E mesmo que não me agradasse ser o herói , me agradava desafiar o idiota do Potter.

- É claro que eu vou continuar. - o que seria deles sem mim? Nada.

- Ótimo. - era o terceiro ‘ótimo’ que eu recebia aquele dia e não estava gostando disso.

- Agora coma.

A princípio eu não tinha entendido, mas depois eu vi o chá com biscoitos em cima da mesa e percebi o quanto estava com fome, afinal já era noite. Eu comi e logo depois Dumbledore me dispensou, não sem antes dizer:

- Você faria melhor uso das suas habilidades físicas se as usasse contra as pessoas certas Sr. Malfoy, mas apesar de tudo, foi um belo soco.

Cheguei em casa tarde já havia passado das dez horas da noite, fui direto para o meu quarto, não vi nem sinal de Helena pela casa. Eu abri a porta do quarto e lá estava ela agachada coma mesma blusa preta e o mesmo short curtíssimo preto usando as várias ligas nas pernas com venenos e facas presos a elas. Eu estranhei o que ela poderia estar fazendo daquele jeito no meu quarto? Era algum tipo de brincadeira? Então ela se virou e me perguntou.

- Ah, Oi. Você viu uma das minhas facas dentadas? Eu acho que eu deixei aqui no dia em que você estava doente. - ela me perguntou casualmente como se aquilo fosse normal.

- Está no armário do banheiro.- eu tinha guardado ela lá, mas para que ela queria uma faca agora? Não estava indo matar ninguém; ao menos que eu soubesse. Observei ela desaparecer pela porta do banheiro e voltar logo depois ajeitando a faca na liga da coxa direita. Então minha curiosidade falou mais alto.

- Você vai sair?

- Vou embora... – ela disse sem olhar nos meus olhos.

- O que...?

- Malfoy, a minha última semana aqui acabou. – ela disse me olhando inexpressiva. Não acreditei, tudo pareceu desabar na minha frente, não ela ainda não podia ir embora, onde ela iria ficar afinal? Aquele core no peito pareceu aumentar e latejar mais ainda com doloridas pontadas. Abriu-se um vácuo em algum lugar dentro de mim, e na minha mente duas palavras ressoavam, “Vou embora”. Todo o restinho de alegria que ainda poderia existir dentro de mim se esvaio como areia levada pelo vento forte, era como se alguma coisa retirasse o oxigênio ao meu redor e me impedisse de respira-lo.

Eu estava perdendo ela.

Então eu fiz a única coisa que me pareceu sensata naquele momento eu beijei Helena. O ar pareceu voltar de chofre aos meus pulmões e tudo pareceu voltar, naquela sensação conhecida. A encostei na parede do quarto ao lado do guarda-roupa enquanto, ela saía de sua inércia de susto, e passava a mão lentamente pelas minhas costas. Estava buscando ela tão fundo dentro de mim, que não me dava conta do que acontecia ao meu redor, o toque dela queimava a pele, mas eu não queria que parasse, logos nossas mãos se confundiam passeando rapidamente e ágeis pelos corpos colados.

E o resto não são coisas que se possa descrever, mas o pior ou melhor de tudo, é que eu não me arrependo mesmo que seja errado.

N/A: gente so sorry pela demora, mas era por causa de cbm.. mas como agora ela jah tem um fim eu tirei uma folga pras outras fics durante esse mÊs e mês que vem eu começo a trabalhar no novo capítulo de cbm.. mas não se preocupem naum vai mais demorar assim, a não ser q minha net pife oq eh bastante comum.. mas vou fazer de tudo pra que naum se repita.. obrigado mesmo

louv you!!!!!

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