Capítulo 18
Cap. 18 Como as coisas ficaram...?
6 meses e 2 semanas
Bom, depois de tudo, é quase impossível permanecer indiferente, eu tive um ataque de culpa extremamente doloroso, mas não demonstrei nada afinal Helena não tem culpa de nada. È que quem tem que arcar com a culpa, sei que naquela noite (não me arrependo), eu perdi uma das coisas mais importantes da minha vida. Eu perdi Virginia.
Sabia plenamente que não poderia esconder isto dela, ela iria acabar descobrindo de qualquer maneira, e eu não seria perdoado, não a culpo, afinal eu não culpo ninguém a não ser eu mesmo, doía bastante, então eu tentava a duras penas manter este pensamento afastado. Eu sabia que iria acontecer, sabia as conseqüências, mas não sabia o por que de ter feito aquilo.
Algo naquela mulher me atrai imensamente me faz ser dependente dela assim como Virginia. São essenciais, preciso delas, só agora eu percebo. Mas não é possível... Francamente não sei... Eu não sei... Preciso necessito de ambas como se fossem uma só.
Mas não é sobre isso que vou falar, e sim sobre o dia depois...
Eu estava deitado, senti o sol penetrando sobre minhas pálpebras, com planos de me acordar contra minha vontade, mas eu me recusava a abri-los e acordar, estava tão bom onde eu estava, quentinho e confortável estabelecendo um contraste violento com a temperatura gelada lá fora, o inverno havia chegado. Senti um peso aconchegante sobre o peito, apenas latejava um pouco, levemente dolorido. Eu sabia o que estava ali, ou melhor quem; sorri satisfeito. Uma de minhas mãos repousava sobre sua cintura delicada, e a outra estava enlaçada nos cabelos negros que caiam sobre os meus ombros.
Eu queria fiar ali para sempre seria perfeito. Então Helena se mexeu de leve nos meus braços, mas sem acordar, eu senti uma pontada ias intensa de dor e quando ela se virou de bruços ao meu lado, eu desisti de tentar manter-me dormindo e sentei-me na ama , olhei para ela de costas para mim, as costas dela eram tão lindas, não resisti em beijar a curva do pescoço e seguir pelo caminho traçado por sua coluna até cintura, ela soltou uma leve exclamação ainda sem acordar, irresistível. Olhei para os lençóis que a cobriam e vi que estava com grandes marcas vermelhas, devido ao sono que ainda atuava sobre mim eu demorei um pouco a associar. As manchas vermelho vivo eram sangue, corri os olhos assustado para Helena, e percebi que uma de suas faces também ostentava manchas de sangue. Olhei para os meus lençóis, estes também tinham sangue em algumas partes. Mas o que...? eu não entendia atordoado, havia machucado ela?
Levantei-me rapidamente e fui ao banheiro, lavei o rosto e me olhei o espelho, levei um susto. Descobri porque meu peito estava latejando tanto e dolorido, eu tinha um corte na transversal, que ia do peito até o abdômen. Era eu e não ela quem estava sangrando. Não era um corte muito fundo, mas definitivamente não chegava a ser superficial, aquilo significava uma coisa: eu não tinha conseguido tirar todas as facas de todas as ligas em suas pernas, e olhe eu havia trabalhado avidamente nisto, arrancando tudo que minhas mãos encontravam . Mas evidentemente havia sobrado uma.
Virei de costas diante do espelho e vi as marcas inconfundíveis de unhas, por que todas adoram fazer isto comigo? Me deixar com marcas inconfundíveis de unha pelo corpo. Que coisa selvagem! Da ultima vez que Blás viu as marcas nos meus ombros perguntou se eu dormia com uma onça, aquilo quase lhe custou um pé, não me lembro o que estávamos fazendo, mas eu lembro da planta carnívora que eu havia enfeitiça-lo o perseguir durante horas nos jardins da mansão até agarra-lo pelo pé e Virginia chegar para salva-lo e ralhar comigo.
Mas meus pensamentos logo fora desviados deste rumo perigoso e eu voltei para o quarto e vi um bolo de lençóis com um cabeleira negra e olhos brilhantes sorrindo preguiçosamente para mim. Esqueci instantaneamente dos cortes dos arranhões de tudo e voltei para a cama com o intuito de lhe dar bom dia. Enrolamos um pouco deitados, com a preguiça dominando cada parte de nosso ser, até que Helena se levantou e foi ao banheiro levando os lençóis consigo, mas meus olhos capturaram uma parte descoberta da pele morena de suas pernas e eu pude ver a responsável pelo meu corte no peito presa precariamente em uma liga preta, mas eu realmente não estava me importando, agora nem latejava tanto.
Ela passou algum tempo no banheiro então eu ouvi:
- Draco sua criatura perversa!
Na mesma hora eu imaginei o por que do grito, provavelmente ela havia visto as marcas roxas no pescoço, costas e barriga. E bom, aparentemente ela estava reagindo como eu esperava, ou seja, nada bem.
- Você me deixo marcada! – acertei em cheio sorrindo comigo mesmo enquanto ela aparecia aos pés da cama de pé apontando para um ponto no pescoço.
- Foi só uma...- disse eu me levantando e beijando de leve a marca arroxeada, a abraçando para desviar a sua atenção do resto do corpo com esperança de que ela não visse as outras.
- Na verdade são cinco ao todo seu canibal! Uma na barriga, duas nas costas e duas no pescoço. – ela parecia realmente irritada, então eu tive que apelar para o melodrama barato, apontei para o corte no peito e disse:
- Você não pode falar nada, já deixou a sua marca em mim. Imagine a cicatriz que isto vai deixar!- deu certo, ela passou de irritada para preocupada, tão rápido que não daria tempo para piscar.
- Oh, meu Merlin, como foi isso Draco?- ela falou me puxando pela mão até o banheiro onde ela pegou um frasco de líquido azul e começou a passar cuidadosamente no corte, ardeu um pouco, mas eu estava concentrado em observa-la com aquela expressão séria e preocupada.
- Uma de suas adoradas facas... - eu disse.
Depois de limpar ela pegou minha varinha em cima da pia (já é um costume deixa-la naquele lugar)e deu um toque no ferimento que começou a se fechar, mas deixando uma fina cicatriz branca ao longo de sua extensão.
- Então a culpa não foi minha, você que ficou encarregado de tiras-las como bem estava fazendo, lembra? Acho que esqueceu esta aqui. – disse tirando a responsável da liga e me mostrando-a deixando-a em cima do criado mudo e continuando – Ainda dói?
Eu fiz que sim com a cabeça usando a minha melhor cara de coitado, ela acreditou, e perguntou:
- Onde?- passando a mão pelo meu peito.
- Aqui.- eu disse abraçando e beijando-a rapidamente antes que ela pudesse reagir, e quando eu parei :
- Sendo assim, você ainda me paga por me deixar marcada.
- Você acha que estas marcas de unha irão sumir facilmente?- eu disse em virando e mostrando as costas.
- Ok, então estamos quites, me dou por satisfeita.- ela falou com um sorriso nos lábios.
Adoro quando ela sorri.
N/A: antes de qualquer coisa, quero dizer para não me matarem ainda. Ta, eu sei que muita gente vai me xingar e me odiar, por algum tempo, e bom se quiserem mandar reviews me xingando não tem problema. Mas eu tinha que fazer isso ok? Só esperem até o capítulo 20 sair, ai você pode me matar tah legal? Eu entendo a raiva de todos, até porque eu ficaria da mesma maneira, mas quem ou eu? Apenas faz parte da história, e bom quero dizer também que o capítulo vinte, é o último capítulo... Snif Snif mais uma das minhas filhas acabando, vou sentir falta dela, mas fazer o que logo, logo tah vindo outra pro ai. Desculpem qualquer coisa. Muito obrigado por tudo.
Ps: o que seria de mim sem vocês??
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