Capítulo 11



Cap.11 Garganta doendo, Febre e Perigosas Alucinações.

4 meses e duas semanas

“DROGA! Eu estou doente.” Foi a primeira coisa que pensei quando acordei e senti a minha garganta queimar, irritada, e dolorida.

Ou seja, o dia já começou ruim para mim, e para quem estava a minha volta. Eu mal conseguia mexer a língua sem sentir dor. E pelo que parece meu corpo quis entrar em sintonia com a garganta, e logo depois de quarenta minutos, tudo doía até o cabelo, se analisar bem...

Fiquei deitado na cama, na esperança que fosse apenas um mal estar passageiro, mas como eu sabia, não era. Tentava dormir, mas é claro que não obtive sucesso e um frio desumano se apoderou de mim.

Senti meus olhos pesados e quentes o corpo mais mole e indisposto ainda, se isso é possível, ai mesmo que não levantei, passei a manhã toda deitado e enrolado, os calafrios chegaram e tomaram meu corpo de assalto me fazendo tremer todo, parecia que eu iria morrer.

Vamos deixar tudo bem claro, eu odeio ficar doente, não é que eu simplesmente não goste ou me incomode com isso, não é isso, eu odeio ficar doente, detesto adoecer, insuportável, inaceitável ficar doente. È um estado em que você fica vulnerável, e precisa sempre de alguém por perto para cuidar de você! E isso para mim é inaceitável, até porque depois fico em dívida com esta pessoa.

Nas poucas vezes que eu adoeço quem cuida de mim é Virginia, mas eu nunca fico muito tempo de cama, não me importo quando é ela quem cuida de mim, até porque assim ela fica só comigo, posso ficar com ela só para mim, durante um bom tempo.

Para completar tudo eu sempre sinto dores horríveis na garganta, tanto que às vezes perco a voz e fico rouco e fanho por um bom tempo, com a voz horrorosa.

Resumindo para minha lista de coisas que eu odeio e detesto, ficar doente está em primeiro lugar. Não! Segundo, pois tomar banho frio está em primeiro lugar.

Sim, mas voltando ao assunto eu estava sofrendo com violentos calafrios percorrendo o meu corpo, e certamente estava com febre alta.

Então ouvi alguém batendo na porta, e Helena entrou, eu não consegui ver o rosto dela, porque estava de costas para a porta, mas ela disse:

- Draco... Eu posso entrar?- na hora eu não estava atento a isto, mas agora me recordo que sua voz possuía um tom leve de hesitação. Naquela hora o mau-humor falou mais alto e eu pensei, pois falar estava fora de cogitação, “Quem pensa que é, já entrou mesmo!”. Mas não disse nada, apenas tremi e gemi em resposta.

- Draco... Você não vai se levantar...? Já são quase duas horas da tarde. - eu não fazia idéia de que era tão tarde assim, mas continuei sem fazer nada, então eu ouvi os passos de pés descalços no carpete, chegando cada vez mais perto.

- Você está bem?- agora ela soava preocupada.

Como eu continuava sem responder, ela chegou mais perto, provavelmente ouviu meus gemidos e viu o bolo de lençóis tremendo. Sentou-se na beirada da cama e virou meu rosto com cuidado, delicadamente, para eu poder encará-la, então eu abri os olhos. Ela tocou a minha testa e disse preocupada.

- Você está ardendo em febre! Oh, eu Deus!

Continuei tremendo enquanto ela me olhava assustada e extremamente preocupada.

- Você tem alguma poção para febre aqui? No armário lá de baixo não tem nenhuma! Espere aqui eu vou ver no armário do banheiro!- no momento eu não percebi nada, mas depois pensando bem, e analisando o que ela disse, fiquei um pouco intrigado, como ela poderia sab... Mas deixando isto de lado ela levantou e voltou com um vidro de liquido azul e me fez tomar tudo. Gemi e fiz uma leve careta, afinal nem o mais forte dos humanos não agüentaria aquele gosto horrendo.

O remédio não demorou muito a fazer efeito, acho que apenas demorou dez minutos, infinitos dez minutos. Enquanto isso Helena estava sentada na cama e me olhando da mesma forma preocupada enquanto eu tremia e gemia eventualmente de desconforto (o remédio é cruel, causa náuseas, e por três vezes quase vomitei.) até que ela finalmente perguntou o que estava ansiosa para saber:

- Você está melhor?- realmente eu fui melhorando lentamente tirando a garganta que ainda doía bastante, mas eu fiz um esforço e falei depois de tanto tempo calado gemendo.

- Um pouco, mas a garganta ainda dói. - disse eu com uma voz soprada e fraca um pouco falhando.

Ela me pareceu mais aliviada e respondeu:

- Dói é...?- pensativa – Ao menos a febre abaixou um pouco, logo terá passado. Mas para a dor da garganta você não pode tomar nada ainda, tem que esperar oito horas para não misturar com a poção para febre.

Oito horas! Era pedir demais para alguém que estava definhando de dor como eu, mas quem disse que eu tinha escolha?

- Durma quando der a hora eu lhe acordo.- Helena falou enquanto passava a mão lentamente pelo meu cabelo, deste jeito eu não demorei nada a dormir

Dormindo ao menos eu não sentia tanto assim o mal estar, e ainda tentava relaxar um pouco. Era estranho ela cuidando de mim, não era igual a Virginia, ela parecia receosa do que dizer, e preocupada com o que eu poderia achar. Mas o que a atormentava mais estava escrito nos seus olhos, era se eu ficaria bom ou não, enquanto ela passava a mão cuidadosamente no meu cabelo, eu pensava como a situação era inusitada, uma amiga que cuidava de mim doente, ninguém acreditaria se eu dissesse. Nem mesmo Blás, e olha que aquele ali não é muito normal.

Se alguém dissesse a Zabini isso, ele mandaria a pessoa direto para um manicômio e mandaria aplicar doses altas de remédios controlados. Se fosse ele no meu lugar, com certeza já estaria dando em cima dela, quer dizer; não... Pensando bem... Já estaria agarrando ela. Ele não tem jeito, lembro que ficava mandando indiretas para Virginia quando eu estava com ela, só para me provocar. Então a vontade de sorrir me fez estremecer de olhos fechados, enquanto eu imaginava ele levando um tapa depois de se aproveitar da situação, e tentar a garra-la.

- Você está bem Draco?- ela perguntou ao sentir meu estremecimento.

- Uhum.- eu respondei, quando uma nova onde de calafrios e dores no corpo, me atacou novamente. Na verdade eu não estava bem, mas o que eu diria a ela, ela já aparentava estar preocupada o suficiente.

Não demorou muito e eu caí no sono profundo esquecendo todos os pensamentos anteriores.

LISTA DAS COISAS QUE EU MAIS ODEIO:

1º Tomar banho frio.

2º Ficar doente...

3º Sentir saudades.

4º Grinfinórios. (Indiscutível)

5º Lufa-Lufas (Perdedores)

6º Traidores do sangue.

7º Trouxas.

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