Capíítulo 4 - Lembranças (1 mê



Cap4. Lembranças (1 mês e meio depois que ela se foi)

Depois do acontecido a algumas semanas, nada mais de interessante tem acontecido, nenhuma missão, nada, tenho sido apenas uma sombra a vagar pela casa. Mas pensando bem é melhor ser uma sombra mesmo e passar despercebido enquanto o Lord anda tão irritado por causa do plano que falhou, não era para menos. Outro dia me peguei sorrindo sozinho, eu estava me lembrando de antes, um tempo não muito distante, mas que parecia estar a 40 anos atrás; claramente não estava, já que eu tenho apenas 21 anos.

Uma das lembranças, talvez a mais feliz, merece ser retratada aqui, e se possível imortalizada.

Baile de natal do ministério da magia:

Fazia apenas dois anos que eu havia deixado à escola, mas para ela fazia apenas um ano, e também um ano que estávamos juntos. Virginia estava linda, perfeita seria mais exato, usava um vestido longo prateado com o decote reto, mas nas costas, tinha um... Na verdade não tinha costas, como eu posso dizer...? Era como um decote em forma de “V” que ia até um pouco antes da bunda, e era transpassado por finas correntes de prata.

Absolutamente bela, o vestido lhe caía perfeitamente bem, mas eu só podia estar em um daqueles meus lapsos de loucura quando o comprei para ela e dei de presente junto com os brincos de brilhante em forma de lágrimas para ela. Mas eu apenas percebi isto quando ela pôs o sapato com salto feito especialmente de cristal no chão, todo o núcleo masculino da festa se virou para olhá-la.

Neste momento eu me dei conta de como a costa, ou melhor, a falta de costa do vestido era grande, ela definitivamente chamava muita atenção, era a pessoa mais cara e bem vestida do lugar, eu fiquei feliz em constatar a segunda parte, mas ela não aprecia ligar muito para isso; cumprimentou e falou com todos igualmente.

Eu sempre ao seu lado enlaçando-a pela cintura, afinal eu tinha que defender o que é meu, e mostrar para todos ali presentes que eu sou de tudo aquilo. Lembro de um tal de Thomas, Dino Thomas babava tanto que parecia que iria morrer de desidratação. Eu intensifiquei mais ainda o abraço nela e eu a ouvi sussurrar baixinho para mim.

- Eu vou quebrar... – mas eu estava muito ocupado decidindo de que maneira eu iria matar aquele imbecil ali olhando, então eu apenas respondi:

- Ham? Que? – oh, dúvida cruel. Eu estava na dúvida entre fritar no óleo quente ou torturar e depois esquartejar, tudo bem devagarzinho, para ele sofrer bastante.

- Se você continuar neste ritmo, você vai me quebrar, me partir.

- Ham? Como?- disse eu não dando muita atenção ao que ela dizia, e me decidindo por frita-lo no óleo quente e depois tortura-lo e se ainda estivesse vivo iria esquarteja-lo, seria imensamente divertido. Será que era o suficiente? Eu não estava sendo muito piedoso? Eu a apertei mais ainda contra mim.

- Do jeito que você me aperta parece que quer que eu atravesse seu corpo ou no mínimo que eu parta ao meio. - ouvindo isto eu folguei mais um pouco o abraço, mas não a soltei. Sentamos em uma mesa juntos e tomamos algumas cervejas amanteigadas (Virginia não bebe e não suporta que eu o faça). Pouco depois ela viu uma amiga, uma mulher que tinha feito o mesmo treinamento que ela para hibrida ou coisa parecida. E foi falar com ela me deixando sozinho (na companhia apenas de Zabini) na mesa. Eu podia ouvi-las conversar de longe. Elas falavam sobre vários assuntos banais (Mulheres!), até a outra; acho que se chamava Pámela perguntar:

- Você está acompanhada?

- Sim. - ela respondeu.

- Quem?

- O homem mais ciumento daqui. - ela disse e as duas começaram a rir desesperadamente (francamente qual era a graça? Não estava tão na cara assim).

- Draco Malfoy! Eu não acredito! Você é um anjo! – Pámela disse a elas começaram a rir de novo, então minha atenção foi desviada.

- Você ainda não a pediu em casamento?

- Que? – perguntei de volta para Zabini eu ainda estava meio distraído.

- Suponho que não, então se você pretende realmente ficar com ela só para si acho melhor se apressar, se não vai acabar perdendo ela para outra pessoa. – ele disse insinuante, então eu olhei para ela e vi-a conversando com um cara alto e moreno, levantei na mesma hora e arranjei urgentemente uma desculpa para tirá-la de lá.

Uma semana depois eu a levei em uma joalheria e disse para escolher um anel para ela.

- Não precisa Draco, você me deu um conjunto, anel, brinco, colar e pulseira de natal, lembra? - ela dizia.

- Virginia não discuta e escolha. - eu disse a ela, e imediatamente me virei para o atendente que se encontrava do outro lado do balcão assustado pela minha mera presença e disse:- Deixe-nos a sós. – claramente ele sabia quem eu sou e não piscou duas vezes ao obedecer à ordem.

Sem olhar muito, apenas passando o olho, como diz ela, de forma superficial, terminou como eu esperava, ela escolhendo um anel totalmente sem graça e normal.

- Este. – ela disse; simplesmente eu olhei dela para o anel e conclui imediatamente:

- Você não vai levar isto.

- Agora eu estou realmente confusa, você pede para eu escolher um anel, e insiste mesmo eu dizendo que não é preciso, e quando eu me dou por vencida e decido aceitar a sua boa ação do ano, você decide que não vai levar! – mas eu já tinha virado a costa enquanto ela falava e não estava prestando muita atenção as suas palavras, procurava um anel descente para uma Malfoy.

- Responda, diga alguma coisa!- ela me cobrou, e eu respondi, peguei o anel mais bonito da loja, era todo cravejado de esmeraldas e brilhantes do tamanho da cabeça de um alfinete, todo de prata. Perfeito para ela, combinava, tinham sido feitos um para o outro.

- Você vai levar este aqui. – então eu o tirei da estante de vidro, e mostrei para a ruiva, que ficou abismada.

- Mas este é muito caro!

- Você gostou? Ou não gostou?

- Amei, mas é muito caro! Não posso pedir que compre este. - disse tocando o anel que estava em minha mão, e eu depositei na palma da sua. – Não, Draco.

- Não diga asneiras, Virginia.

- Não são asneiras. – disse ela colocando o anel de volta na prateleira. – Nós não vamos levá-lo.

- Do que você está falando...?

- Do anel, é obvio. – ela disse enquanto eu andava em direção a prateleira na qual ela colocara de volta o anel e o pegava novamente.

- É claro que nós vamos levá-lo. – eu disse olhando para ela.

- Não vamos não, é muito caro! – ela protestou.

- Pare com isto Virginia, você ainda não entendeu que a partir do momento em que você está comigo não precisa se preocupar com estas coisas?

- Mas o anel é realmente... - eu não deixei tempo vago para ela argumentar.

- Você gostou não foi?

- Sim, mas...

- Esqueça isto, é claro que eu posso pagar.

- Mas...

- Sr. Norland!- eu disse em auto e bom som chamando o vendedor, e ele veio como um cachorrinho abanando o rabo. – Eu vou levar este aqui, e grave o nome Virginia Malfoy por dentro.

O homem com um aceno na varinha fez surgirem as palavras gravadas em uma letra rebuscada na parte de dentro do anel, estava realmente muito bonito.

Nós saímos da loja com o anel dentro de uma caixinha preta de veludo, e Virginia acho, que ainda não tinha entendido direito ou estava muito pasma para falar qualquer coisa.

- Segure-se em mim vamos aparatar. - eu disse, e ela arregalou mais ainda os olhos se é que isto é possível.

- Para onde? Draco o que está acontecendo...?

- Apenas faça o que eu digo. – e esta foi a primeira vez que ela não discutiu.

Dentro de alguns instantes estávamos no jardim da nova Mansão Malfoy um pequeno castelo totalmente mobiliado que eu havia comprado a pouco tempo para dar de presente a ela. Não chegava a ser do tamanho de Hogwarts, não era tão grande, tinha apenas 4 andares sem contar com as duas torres. Ela abriu a boca e exigiu:

- Draco me explique o que está acontecendo agora!

- Nossa nova casa, a Mansão Malfoy.

- Casa? Como assim? Não estou entenden...

- Casa comigo Virginia?- eu não deixei ela terminar a frase e falei antes estendendo o anel para ela e colocando delicadamente em seu dedo. Ela sorriu radiante e pulou no meu pescoço me abraçando, girei-a no ar; aquele momento vale tudo que já vivi. Vale uma vida, ver ela daquele jeito.

- Eu te amo. – ela sussurrou no meu ouvido.

- Eu também... - disse antes de beijá-la. Esta foi a terceira vez que eu disse que amava ela.

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