Capítulo 3 - Lapsos e Assassin



Cap. 3 Lapsos e Assassinatos

Três semanas depois que ela se foi

Além de hipocondríaco, dependente de Virginia e ainda por cima sofrer de enxaquecas terríveis eu descobri mais um mau para a lista.

Eu sofro também de lapsos, não de memória, nem de outra coisa mais normal e aceitável, mas de lapsos de loucura. E com certeza estava passando por um desses lapsos de loucura quando Virginia me pediu para escrever os dias que passássemos longe aqui, ela disse que assim saberia o quanto eu penso nela por dia quando nos encontrássemos de novo.

Da vontade de rir, ela disse que se eu não tivesse pensado o suficiente ela iria fazer eu me arrepender. Realmente eu estava em um momento de loucura, delírio, sei lá, quando eu aceitei; agora ela está lá no nosso apartamento na Alemanha, e eu escrevendo idiotamente aqui.

Agora entendem? Escrever um diário! Que coisa mais tola de se fazer! E ainda pro cima queria que eu escrevesse todos os dias, imagine que perda de tempo. A única vantagem é eu deixar registrada a minha nobre existência, como eu já disse.

Estou definhando visivelmente, até os comensais estão percebendo; Nott até comentou que pareço estar perdendo minhas antigas habilidades “Uma cabra só é mantida viva no nosso rebanho enquanto for prestativa”, ele disse me provocando, que coisa mais imbecil, cabras...

Mal sabe ele, que ele já não é mais prestativo para o nosso lado e este é o meu trabalho. Enquanto eu escrevo neste maldito diário eu estou desperdiçando um tempo precioso no qual eu deveria estar planejando como executar meus deveres, mas não. Estou sendo irresponsável, mas eu já estou cansado de tudo isso, cansado de ter que ficar longe dela (não consigo nem dormir direito!), de ter que me arriscar por outras pessoas que nem ao menos reconhecem isto, cansado de andar nesta corda bamba e poder ser pego e morrer a qualquer instante, principalmente se esta porcaria de diário cair em mãos erradas.

As vezes almejo ser apenas um estudante e poder me livrar de todas estas responsabilidades, de proteger e de agir, que eu possuo no momento. Eu nunca pensei que fosse dizer isto, mas o fato é que eu preciso de um pouco de paz.

II Parte (Cinco semanas depois que ela se foi)

Não tenho idéias para um título e não sei se devo escrever aqui o que aconteceu nas ultimas semanas, sendo que o objetivo de eu perder meu precioso tempo escrevendo é Virginia poder ler isto tudo depois. Mas receio que as cenas sejam muito pesadas para qualquer um sem sangue frio o suficiente. Na noite passada após uma missão (a mim designada para liderar) perfeitamente ditada pelo Lord Estávamos apenas nós, Nott Macnair, Snape, Grabbe, e Goyle, depois de causar uma explosão em certa Rua de Londres onde supostamente estaria Rufus Scrimegeor (claro que ele não estava lá, eu mesmo me encarreguei de que o informante secreto que passou os detalhes como hora e lugar fosse Tonks sob efeito da poção polisuco, ela pode ser metamorfoga, mas ainda não consegue mudar de sexo sozinha).

Logo depois de fazer o que fomos mandados, eu me deixei ficar para trás, e o idiota do Nott também, justo como eu imaginava. Agora meu estômago tinha aquela sensação fria como gelo que sempre me ocorre quando estou prestes a matar algo ou alguém.

Minhas mãos estavam geladas e eu estava levemente mais pálido, mas nunca em hipótese alguma eu deixaria transparecer nenhuma das minhas emoções. Eu já tinha a varinha dele nas mãos, o idiota tinha sido besta o suficiente para deixá-la em um bolso da capa, não tinha sido difícil tomá-la.

- Hei Nott! – eu chamei e ele se virou e reconheceu sua varinha na minha mão, ele arregalou os olhos, estava visivelmente preocupado ao ver onde sua única proteção estava, não confiava nem um pouco em mim, e arrisco dizer que já sabia também que não era mais tão prestigiado quanto antes para o Lord. Ele tinha cometido alguns erros, e para Lord Voldemort erros são inadmissíveis.

- Minha varinha, Malfoy. – disse ele ainda olhando para os lados procurando alguém a quem recorrer caso eu partisse para um ataque direto.

Mas é obvio que eu não preciso nem dizer que todos já tinham se encaminhado para o local que deveriam aparatar.

- Você se lembra das cabras prestativas?- eu perguntei.

- Cabras? Que cabras? Ficou maluco? Devolva-me minha varinha. - ele disse visivelmente nervoso, suava como um porco que corre com medo da lâmina do abatedouro.

Eu não disse nada, continuei calado e apenas comecei a girar a varinha nos dedos, esperando ele perder totalmente o que ouso chamar de “estribeiras”; o que não demorou nada.

- Malfoy devolva a minha varinha agora, e pare com esta brincadeira de cabras... Ou eu... - agora a brincadeira tinha realmente começado, ele estava tentando me ameaçar, e é claro não estava conseguindo nenhum efeito, sendo que eu estava com a faca e o queijo na mão por assim dizer.

Eu tinha as duas varinhas e ele apenas os punhos o que não era de muita valia em uma hora destas. Eu não o deixei terminar de falar.

- Ou você o que? – meio clichê eu admito, mas fazer o que? E quando acabei de falar ele investiu contra mim e eu me desviei rapidamente.

- Parece que temos um animalzinho aqui que não é mais útil... Não é mais necessário. – provoquei francamente, aquela história de cabra era ridícula, mas ele que tinha começado tudo aquilo, eu só estava dando continuidade, deixando-o preso em sua própria teia.

- Você está louco, Draco. – ele olhou para mim e disse isso com um desprezo visível na sua expressão, logo após cuspiu no chão perto aos meus pés.

- Eu vou lhe devolver a varinha porque nunca matei homem nenhum desarmado. - eu lhe disse em voz baixa com um sorriso torto.

- O que vemos aqui, nobreza?- disse o homem ali na minha frente desesperado tentando se agarrar a qualquer coisa, até a mais clichê das distrações.

- Uma coisa que você nunca teve. - eu disse jogando a varinha para ele, o infeliz a agarrou no ar, mas eu não de tempo para que ele sequer abrisse a boca para proferir uma sílaba sequer.

- Avada Kedavra. – e Nott caiu no chão no chão, jogado, molemente, encostei nele com a ponta do meu sapato e é claro ele não se mexeu.

Pronto, tinha feito a minha obrigação. Tinha apenas que dar um fim no corpo, mas isto não era problema, simplesmente usei a técnica mais comum do mundo: transfigurei-o para um osso pequeno, abri um buraco por perto e o enterrei ali no meio daquela confusão que ficara o que antes era uma rua.

Este era apenas mais um.

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