Fuga frustrada



Com dificuldade, Rony abriu os olhos. Estava num local mal-iluminado que não conseguiu identificar. Era úmido e suas paredes feitas de grandes blocos de pedra. Lembrava um pouco as masmorras de Hogwarts. Ele não sentia direito seus membros. Mais acordado, percebeu que estava sentado com as pernas esticadas e que tinha alguém atrás dele.
- Hermione...? – Ele tentou.
- Sinto despontá-lo, garanhão, mas não sou sua musa dos cabelos cheios.
- George! – exclamou um Rony enrubescido e exaltado.
- É sim. Receio que haja só nós dois aqui...
- Onde estão papai e mamãe? O resto? Gina? Luna?...
- ... Hermione?
- Sim, claro!
- Tenho poucas informações a mais que você, meu caro e lento irmão. Atrás daquela porta – George puxou o corpo para sua esquerda – Tem dois comensais grandalhões que, não intencionalmente, me deram alguns levantamentos sobre o jogo...
- Jogo? JOGO? – Repetiu Rony, incrédulo.
- Modo de expressão, cara, você acha mesmo que eu considero tudo aquilo um jogo? – a voz de George estava séria e chocada.
- Desculpe, eu sei que não, eu só...
- Não importa, mané. Bom, Hogwarts foi tomada. Alguns membros da Ordem foram torturados e muita gente sumiu, o que inclui, para nosso terrível espanto, um certo Percy Weasley... Weasley, Weasley... Quem era esse cara mesmo? – Havia um tom de mágoa indisfarçável em seu irmão – Desgraçado! Vem para ajudar e depois foge! Espero que ele esteja fazendo algo bom, senão será o cúmulo do desgosto! Já basta para a mamãe disso... – sua fala reduzira-se a um quase choramingo. Isso era realmente estranho vindo de George Weasley, mas Fred justificava tudo.
- Espero mesmo...
- Vai ser meu estímulo para continuar nisso aqui! Saber o que o heróico Percy pretende fazer... e, se ele não fizer nada, bom, terei respirado um pouco a mais! Quem sabe não encontro um aroma encantador?
- Boa sorte, mas eu preciso sair daqui!
- Realmente, é um desejo incrível esse o seu! Original Quem gostaria de sair daqui? – a velha ironia foi interrompida por um sussurro ríspido e urgente - Você acha que não tentei? Esse feitiço está bem apertadinho, companheiro. Estamos praticamente imóveis! O único jeito é alguém vir aqui e nos salvar...
Ouvindo dois baques surdos das paredes, eles se viraram para a porta. Ela destrancou, e Rony e George encararam Draco Malfoy. Mais pálido do que nunca, estancado à frente da porta, ele demorou um pouco até sair de seu olhar de receio e desprezo e encontrar suas palavras:
- Te devo uma, Weasley. Alguém aí sabe obliviate? Vou precisar para esses dois. – Ele falava lentamente, mostrando seu temor, embora, ao mesmo tempo, procurasse expressar uma simpatia estranha a ele.
- Não, mas conheço alguém que sabe, Malfoy! – Ele falava, enquanto Draco cortava as cordas – Obrigado. Realmente agradeço por isso, cara, mas essa sua dívida era com o Harry, não comigo.
- Com certeza, mais para o Potter, mas não pude fazer nada. Uso em você, preciso sentir minha carga de culpa menor... – Malfoy parecia sentir raiva de si mesmo. Seria pelo que estava fazendo ou pelo que fizera? Rony estava com pressa demais para ocupar seu cérebro com isso.
- Depois discutimos pagamentos, rapazes. Acho melhor irmos andando antes que alguém nos veja – George empurrava os dois para a fora da cela.
- Muito bem, só preciso do obliviate e ficarei mais tranqüilo. Então, Weasley, quem?
- Hermione Granger – Rony respondeu de imediato. Ele ouviu um grunhido de divertimento de seu irmão.
- Não tem mais ninguém, Weasley? Não será muito fácil alcançar a prisão dos sangues-ruins – Malfoy, mesmo depois de tudo aquilo, mostrava a mesma arrogância e menosprezo aos nascidos-trouxas. Cruzara os braços, esperando uma resposta melhor.
- Não fale assim! – Rony tentou conter a fúria que lhe subira. Ele não queria outra opção. Queria vê-la logo. Contudo, talvez houvessem jeitos mais seguros. – E, não, não sei. George?
- Talvez papai saiba...
- O pai de vocês morreu. – A voz de Malfoy era fria, mas ele estava cabisbaixo.
Rony sentiu uma bigorna atingir lhe o estômago. Cada entranha sua ardeu com o peso da noticia. Estava sem ar. Não podia ser verdade. Todos sabiam dos riscos de participar dessa guerra, mas a ver pela perspectiva do pior nunca deixaria de ser amedrontador. Era seu pai! O homem de olhar complacente, curioso da inventividade trouxa, honroso até o último fio de seu já pouco cabelo. George parecia sentir o mesmo. Juntos, exclamaram:
- Como é?
- Vocês ouviram, não me façam repetir. Membro da Ordem da Fênix, patriarca da família mais traidora do sangue que o mundo bruxo já viu e ainda se negou a dar informações sobre o resto de seus colegas perante o Crucius... Estava claro, não? Ele irritou até o Lord das Trevas... – Malfoy listava tudo como se estivesse repassando a matéria escolar.
- Onde o... onde ele está? – perguntou George, contendo a água que fazia seus olhos cintilarem.
- O corpo foi passado pelo Véu da Morte. Pessoas condenadas por altos crimes de traição são consideradas contaminadoras. Não podem pertencer a terra onde os bruxos orgulhosos pisarão...
- Isso... isso é um absurdo! – disse Rony, em lágrimas, enquanto George abafava os soluços, de punhos cerrados.
Aquilo era muito contraditório! Os Weasleys condenados à vergonha por lutar contra toda a demência e a indignidade daqueles que defendiam o puro-sangue bruxo e as empurravam ao mundo. Um mundo cujo o caminho que se traçava sob o domínio das Artes das Trevas era infeliz e autoritário. Isso não poderia acontecer. De maneira alguma.
- Sinto muito, Weasley – disse Draco, um pouco fraco – Então, quem mais?
- A mamãe, Rony! Como ela está, Draco? – o desespero tomara conta do sorridente George.
- Torturada. Neste momento. Não acho apropriado interromper a sessão, a não ser que queiram perder a cabeça...
- Não, ela não! Ela não merece...
- Não creio que ficaram pensando em quem merece o quê, Ronald. – O gêmeo tentava se recompor – E os professores?
- Os professores estão em Hogwarts, encarcerados lá. O Lord das Trevas não quer que a escola acabe... Talvez ele tente substituí-los, mas, enquanto isso, os manterá vivos. Certo, Weasley, vamos fazer do seu jeito. Já aviso que não vai ser muito fácil e talvez... – Draco o analisou dos pés a cabeça – talvez você fique chocado.
O medo subiu a garganta de Rony. Ele não queria pensar, não queria imaginar... Seu corpo tremeu involuntariamente. Uma imagem repentina de Hermione num lugar escuro, podre, com os cabelos desgrenhados e o corpo cheio de hematomas... Seu rosto sujo e ressecado, num contraste com o brilho de seus olhos, que mostravam força e dor ao mesmo tempo... Não, pare agora, Ronald, antes que isso piore. Ele balançou a cabeça inconscientemente:
- Onde, Malfoy? Onde está? – Só faltava sacudi-lo com a pressão de suas mãos no ombro do outro.
- Calma, Weasley... – Draco ergueu a sobrancelha, desconfiado – Não é muito longe daqui. Vamos ter que amarrar esses dois... Tomem, suas varinhas.
Ao terminar, colocaram os dois carcereiros na cela e prenderam suas línguas para não gritarem, o que Rony finalizou lançando Abaffiato ao redor.
- Ninguém ouve o que se diz além das paredes – respondeu, à cara de interrogação dos dois – Vamos logo!
Draco guiou-os pelos corredores, tomando cuidado com os comensais que patrulhavam. Eles saíram da construção que estavam e, à frente, havia uma outra, cheia de limo em suas paredes externas. Apesar das janelas quebradas, parecia um casarão de pedra, do tipo que se vê nos campos ingleses... Campos... Eles entraram. Rony sentiu aquele ar gélido, aquela perda de felicidade inconfundível... Dementadores! Sem pestanejar, sacou sua varinha, pensou em quando largou as garras do basilisco e gritou:
- Expectro Patronum!
Um cão, perfeitamente corpóreo e com uma luz prateada extremamente brilhante afastou os vultos. Rony sentiu o calor voltando ao seu corpo. George não pôde deixar de comentar, após um assovio:
- Mas que beleza, heim, irmão?
As orelhas de Rony ficaram vermelhas. Ignorou o comentário e se virou para Malfoy:
- E agora?
- Bom, é procurar, não sei exatamente.
Rony fitou-o perdido. Achara que Malfoy daria o caminho direto. Deixou seu braço esquerdo cair com o próprio peso, após um movimento de decepção. Ele ouviu um barulho metálico... Era o apagueiro. Funcionaria? Ainda funcionaria sem Harry? Teria Hermione que dizer seu nome mesmo, ou será que bastava desejar muito? Não funcionara assim antes... Na dúvida, focado em querer encontrá-la, abriu o apagueiro, mas ele não funcionou.
- Vamos! Vamos! Onde ela está? – sussurrou em desespero - Mostre-me onde ela está!
A luz no apagueiro reluziu. Ele ouviu Hermione perguntar:
- Rony? Rony, é você?
Ela parecia o ter ouvido. Dava para se comunicar? Ele tentou, em vão. Por fim, resolveu aproximar-se da luz que saíra do objeto. Ela entrou no seu peito, como antes. Em poucos instantes, sem dar atenção às vozes de George e Draco, estava correndo pelo segundo corredor à direita, com seu patrono afastando os dementadores. Ele se deparou com um antigo empregado do Ministério dormindo na porta, o seu patrono gaivota ao lado. George surgiu atrás de Rony, atacando o homem, petrificando-o. Eles vendaram seus olhos para evitar reconhecimentos.
O cheiro ali realmente não era dos melhores, num misto de comida podre e suor, mas pouco importava. Ele abriu a porta com um alohomora, aflito. Tinham três corpos na sala. Um estava preso com as mãos nas costas e a cara no chão, outro estava pendurado pelos braços no teto, e o terceiro encontrava-se algemado na parede, com pernas e braços separados e presos ao concreto. Rony lançou o patrono para iluminar os vultos e lhes trazer calor. A sombra da parede se mexeu com a movimentação.
- Rony! Rony, você está bem! Que bom! – Era Hermione, abrindo um largo e bonito sorriso no seu rosto sujo e inchado, com os olhos marejados.
- Meu Deus! O que fizeram com você? – Ele já correra ao seu encontro e a tocara gentilmente, trêmulo. – Quem são essas duas pessoas?
- Nascido-trouxas. Ex-membros do Ministério. Sabe, eles realmente não gostam de nós! Aquele papo imbecil... Somos sujos, os ladrões da magia! Se não dissermos da onde tiramos nosso poder mágico, eles nos batem. Receio, portanto, que seja inevitável... – A ironia e a raiva transbordavam da sua boca – Acho que eles se divertem...
Ele a beijou, frustrado por ter deixado aquilo acontecer, emocionado por tê-la por perto de novo. No entanto, teve de ser rápido, pois Malfoy e George fizeram questão de pigarrear para demonstrar sua presença. Um pouco constrangido, ele cortou suas algemas com a varinha. Livre, ela o envolveu num forte abraço.
- Eu ouvi a sua voz... Não sei da onde... parecia... dentro de mim.
- Eu também, mas eu sei da onde – Ele mostrou o apagueiro. A garota deu um sorriso fraco.
- Pensei que... aqui era o fim.
- Só será o fim se estivermos juntos! – ele tentou se mostrar alegre, mas o ar de espanto dela com tais palavras o fez enrubescer quase escarlate.
- Tocante, irmãozinho, nunca esperei que uma avestruz como você fosse capaz de tal amabilidade! Agora... que tal irmos andando?
- Para onde? – guinchou Hermione.
- De volta a cela desses dois. Você tem trabalho a fazer lá, sangue-ruim.
Hermione sobressaltou-se ao ver que Malfoy estava presente, mas conteve sua exclamação de surpresa ocultando a boca.
- Explico depois, mas precisamos de um obliviate para os comensais que estavam guardando nossa cela... Eles viram Malfoy – respondeu Rony ao cenho franzido de interrogação dela.
Eles quebraram as correntes dos outros que estavam na cela e os carregaram até a floresta ao lado do terreno da prisão, pondo suas respectivas varinhas , que estavam com o guarda da porta, próximas a eles.
Voltaram à cela depois de muita cautela. Hermione executou o feitiço e se virou para os três querendo respostas mais claras. Explicado tudo, Draco saiu sem muita cerimônia, falando para eles irem embora logo. Na floresta, disse, poderiam desaparatar.
Os três ficaram em silêncio por uns instantes. Então, Hermione resolveu falar, com um ar preocupado:
- Não devíamos salvar todos que estão aqui? O que farão com os prisioneiros?
- Tivemos sorte agora, Hermione, mas não vai ser fácil liberar todo mundo – George estava incerto se ele mesmo concordava com o que estava querendo dizer.
- Libertá-los agora pode significar morte... – disse Rony
- ... E eles não querem sangue bruxo derramado, ok. Mas e os nascidos-trouxas? – Hermione insinuou. Os dois ruivos se entreolharam.
- Isso é um grande problema...
- Problema? Isso é o caos! – retrucou George.
Eles estavam apreensivos. O que fazer? Não queriam recomeçar a guerra naquele momento, não tinham forças para isso... Mas se ninguém fizesse nada... Em poucos dias eles massacrariam os nascidos-trouxas, era fato.
- E se não fizermos alarde? E se libertarmos silenciosamente que nem vocês me libertaram? Sem guerra? Só às escondidas...?
- Eles iam perceber que George e eu saímos com todos os nascidos-trouxas! E se isso acontecer, não sei o que acontecerá com o resto da nossa família...
- E se ficarmos, Rony? – George estava se concentrando em bolar um plano – Hermione, você vai. Fuja com eles, porque, se você ficar, com essa fuga em massa, é em você que irão descontar...
Rony não podia se manter silencioso:
- Mas... Você quer dizer para ela ir sozinha, sem ninguém?
- Sem você, você quer dizer, né, meu esperto irmão?
O garoto sentiu suas bochechas quentes. Ele olhou para Hermione, que suplicava para a parcialidade não contaminá-lo só com a expressão nos olhos, sem esconder o carinho por sua preocupação.
- Eu... Mas nós... Quero dizer, é perigoso!
- Ronald, você realmente acha que não posso me virar sozinha depois de tanto tempo? Se for mais seguro para todos, então, é o que faremos e...
- Com certeza haverá amigos entre eles! Combinemos um lugar, e quando formos capazes de salvar os outros, atacaremos juntos! – Completou George, angustiado com a demora para tomar uma decisão.
- Sinto muito, mas vocês não atacarão ninguém! – Era Lucius Malfoy, postado no escuro corredor, observando da porta e carregando Draco como um saco de lixo – Sua pequena fuga também não ocorrerá...
Os três sacaram suas varinhas, mas Lucius foi mais rápido:
- Avada Kedavra!
O lampejo verde acertou George, que se metera na frente de Rony. Com a cabeça sem nada racional para controlá-lo, Rony gritou furiosamente:
- Avada Kedavra!
Pego de surpresa, sem esperar que algum amigo de Harry Potter usasse a Maldição da Morte, Lucius foi atingido em cheio no peito. Draco congelara.
- Rony! O que você fez, Rony?! – Hermione não sabia se ajoelhava perto de George ou sacudia Rony.
- Eu quem pergunto, Weasley! Sorte a sua meu pai não estar a pessoa mais adorável do mundo! Não vou te denunciar, mas não espere meu perdão! – Malfoy estava frio e, aparentemente, vazio.
- Perdão? E George?! Eu perdi o George! – Rony ajoelhara no chão, com as mãos sobre o rosto, ainda atônito – Eu... eu matei! Como pude... eu o matei! – faltava pouco para ele gritar.
Draco saiu, a passos lentos, deixando-os a sós. Hermione, um tanto trêmula, pôs as mãos em seu ombro.
- Foi sem pensar! Foi horrível, não dá para te julgar! – Rony soluçava, sem olhar para ela – Ah, Rony! Tenha calma! Isso não te faz menos humano!
- Faz, faz sim! – ele respondeu com ferocidade, claramente contra si, por de baixo das mãos – N-nunca, nunca, eu me prometi, usaria essa... coisa!
- Você estava se defendendo, Rony!
- Poderia ter nos defendido com outro!
- Eles certamente iam atrás de nós! Não que isso justifique, mas foi um impulso, Rony! Membros da Ordem às vezes usavam o feitiço! Lupin sugeriu a Harry que no meio de uma guerra não dá para não usar...
- Mas agora dava!
Os argumentos de Hermione não conseguiam que ele se sentisse melhor.
- E... E... E George? O que faremos?
- Nada! – Um vulto surgiu. A única coisa que Rony viu foi um lampejo verde e seu último impulso foi segurar a mão de Hermione. Ele a ouviu gritar. E mais nada.






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N/A: Vcs vão perceber, as emoções do Draco estão bem obtusas. Por dois motivos principais: um, eu não to interessada em ficar falando como o Draco está se sentindo, pq não tem importância para a história (Sinto mto, fãs do Draco, ele não está nem perto de fazer parte do meu grupo de personagens favoritos). Motivo dois - eu achei q essa falta de descrição com relação a isso do Draco se encaixaria perfeitamente na aflição do Rony, q está mandando td para o espaço desde salve logo a Hermione. Cute! ;-)

Se querem minha visão sobre como o Draco está, eu diria q ele está um pouco mais seguro agora que Voldemort está feliz. Mas, óbvio, está terrívelmente nervoso com o seu ato. Ele sente como se fosse uma obrigação fazer aquilo, mas, se não soubesse q lhe tiraria um peso, deixaria de fazer.
E, claro, ele não está nem um pouco afim de transparecer isso para os "Weasleys", agora que pode pensar em transparecer sentimentos ou não de novo.


AHHHHHHHHHH!!! Bom, eu sei q pensar "Q, droga! O mal vai triunfar?" passa pela cabeça de mta gnt, mas o q eu posso fazer? Só matando eu consigo fazer minha fic! XD
Brincadeiras à parte, eu me pronuncio indiretamente sobre o q penso sobre isso mais pra frente... Um nome para lembrar: Lawrence.

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