A Dor do Amor Incorrespondido
N/A: aii quee dooor, esse doeeo de fazeeer! muitoo **.**
comeeenteeeeem
Acordei meio atordoada, a briga das duas não saiu de minha mente e sonhei com aquilo a noite inteira. Levantei com um certo remorso, não deveria ter deixado a Alicia sozinha, mas agora já era tarde, so restava saber o resultado.
No corredor a caminho do café da manhã a visão de Remo John Lupin se aproximando de mim me gelou a alma, agora era a hora definitiva.
- Branquinha! Onde esteve? - disse, me dando um beijo, no qual desviei
- Remo precisamos conversar.
Ele estranhou minha reação mas me seguiu até os jardins, onde o vento assobiava por estar chegando o inverno, sentamos em uma muretinha:
- Remo nos, eu, nos temos que...
- Tarin? - disse com preocupação
- Remo eu não quero mais ficar com você
Olhei para os primeiranistas que brincavam pelos jardins, não quis ver a reação dele, mas para meu espanto, pude escutar, ele soluçava como se quisesse chorar:
- Tarin, por que? Eu quero namorar com você... - disse com a voz baixa
- Remo não posso mais fazer isso, não quero que você sofra.
- Eu sofro muito mais longe de você, branquinha!
- Não me chame assim, porque se ferir dessa maneira?
- Porque eu a amo, eu mataria e morreria por você a qualquer hora!
- Mas eu não - disse de impulso, me arrependendo logo depois ao ver lágrimas cairem de seus olhos
- Tarin não faça isso, a gente pode dar certo, eu não quero ficar longe de você - disse entre soluços
- Não Lupin!
- Será que não sou digno de seu amor?
- Pare! Pare de se humilhar, você não é assim!
- Por você eu me transformo em qualquer coisa...
- Não adianta, eu não o amo Remo, será que não entende?
- Não entendo pois eu a amo!
- Mas eu amo Sirius Black!
Eu respirei fundo, meu coração acelerado denunciava a dor que senti ao vê-lo sair.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Fiquei sentada ali por mais um tempo, quando Jaliniie e Maria apareceram, desviando meus pensamentos
- Tarin me perdoe - disse a primeira me abraçando, lágrimas escorriam de seus olhos
- Não há do que lhe perdoar Jaliniie, como já lhe disse antes você so fez o que lhe é de costume, a unica pessoa que você tem que se desculpar é Alicia - disse abraçando-a - E depois, eu e todas nós -disse olhando Maria que confirmou com a cabeça- queremos saber de tudo, definitivamente
Ela chorava abraçada a mim, Maria veio e nos abraçou também.
Me levantei, sentia um aperto no peito e ao mesmo tempo um alívio, fui até o salão a procura de Alicia, deixando-as para trás, mas só encontrei Havenna que chorava
- Hav você se encontrou com a Alicia já? Hav? O que houve? - disse passando a mão em seus cabelos mechados
- Por que você terminou com o Remo,Tarin? Ele a ama tanto! - disse ela me abraçando forte
- Como assim? Você sabe quem amo.
- Então Tarin, você sente a mesma dor que eu. E a dor que Remo sentiu agora, a dor do amor não correspondido.
Aquela frase entrou em meus ouvidos, batendo em meu coração, agora ficava claro a inquietação de Havenna ao ver Remo se aproximar de mim e a mesma quando Tiago chegava.
- Hav, por que não contou antes?
- Eu nunca quis vê-la se afastando dele por mim, isso so o faria sofrer, mas agora que o inevitável aconteceu, me senti no dever de lhe confiar os meus sentimentos.- disse deixando lágrimas escorrerem de seus grandes olhos verdes
- Ah Hav! - disse deixando que o choro se apoderasse de mim - Por que não podemos escolher quem amar?
- Porque só o amor sabe o que é verdade!
Ao dizer essas palavras nossos choros se cessaram e nessa hora estavamos, juntas, encontrando a força que presicisaríamos muitas e muitas vezes, ao ver os nossos amores seguindo outras direções, no deocorrer de toda as nossas vidas.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Eu e Havenna tivemos as nossas aulas da tarde e logo no início da noite nos encontramos com Alicia.
- Li! Onde esteve? - perguntou Havenna
- Como você esta? Estamos preocupadas... - disse, tentando reconhecer alguma característica da antiga Alicia mas para meu total desespero não encontrei nem réstia em sua feição
- Preocupadas? Perderam seu tempo, eu estou bem- disse sem emoção
- Lii! Onde esteve? - disse com ância de choro
- Se acalme Tarin, eu estive nas aulas como você, espero.
- E o Douglas? - atreveu-se Havenna
Ela torceu os lábios, como se quisesse controlar o choro, mas respondeu sem a menor sombra da vontade:
- Não existe mais!
Fomos a velha ponte, logo após Maria e Jaliniie surgiram
- Alicia, docinha como você esta? - perguntou Maria com seu tom carinhoso de sempre, abraçando-a, mas ela sequer respondeu, de onde estava vi seu olhar que mirava Jaliniie
- Li... - ela suspirou, Alicia empunhava a varinha em sua direção
- É Jaliniie meu mundo "cor-de-rosa" caiu, você tem toda a razão. Mas agora você vai falar tudo se não quiser que o seu caia também.
Nos não nos movemos em defesa de Jaliniie, sabíamos que ela merecia, mas eu particularmente temi, sabia que Alicia nunca a machucaria, mas quem estava com a varinha empunhada não era a Alicia que conhecia.
Jaliniie tinha seus olhos marejados quando começou a falar:
- Eu sei que você pode não entender o que fiz, só espero que me perdoe....
- Cale-se! Eu não quero suas desculpas, quero respostas - disse Alicia com a mão firme em sua varinha
Ela estremeceu, e assim como eu, Hav e Maria já haviamos descoberto, aquela não era mais a nossa Alicia.
- Eu sempre amei o Douglas, por toda minha vida. No dia em que ia lhe falar, você revelou que sentia o mesmo mas para minha decpção percebi logo depois que você era a única correspondida! Depois de alguns meses veio o namoro,os planos e a felicidade. Eu nunca faria nada para ter a dor ou o ressentimento de qualquer um de vocês dois, mas quando ele se mostrou interessado foi mais forte que eu, não sabia como agir, o que fazer e acabei caindo em tentação. O gosto do amor que sentia a cada beijo cada toque abafava a dor de enganá-la tão cruelmente. Você não sabe como é a dor de um amor não correspondido Alicia, e nunca vai saber, pois quem você ama te ama com a mesma intensidade. Era apenas isso que eu queria!
As palavras de Jaliniie me atingiram muito mais que atingiram Alicia, ela também sentia o que eu e Hav tinhamos que aguentar dia após dia, isso era reconfortante, não por ela também sofrer, mas por podermos perdoá-la.
- Quem eu amo Jaliniie? Quem? - continou Alicia, em um tom indiferentemente seco - Eu não amo ninguém Jaliniie, eu não sei o que é o amor, para minha e talvez para a sua sorte. Se eu soubesse o que esse sentimento quer dizer eu não estaria aqui, eu estaria morta. Pois como dizem o amor é a essencia da vida, mas se esse ditado for verdadeiro eu vou contra ele em todos os sentidos. Primeiro, eu estou aqui e viva e segundo eu não acredito no amor entre dois seres diferentes, sim com certeza há amor naquela mãe que dá a vida por seu filho, há amor por aquele filho que abraça sua mãe, mas não há amor quando assim declara um homem a uma mulher, nesse caso há apenas a paixão que destroça o ser, que o faz fraco e cruel, que traí valores, trai quem deposita a total confiança, como no seu caso, faz uma pessoa tornar-se um ser desprezível. Mas foi bom Jaliniie, foi bom você fazer eu despertar dos meus sonhos, pois depois de ter me entregado a ele eu estava até pensando em me casar, mas definitivamente eu estou melhor do que nunca. Estou mais viva do que nunca e melhor vendo as coisas mais claras, como nunca antes. Como você fez questão de esfregar na minha cara, o mundo não é cor-de-rosa, as pessoas não são felizes e a vida não é perfeita. - ela suspirou friamente, abaixando a varinha e então continuou - Se você deseja tanto, está perdoada e tenho que lhe agradecer por ter me acordado, você me fez um favor. Bem se for só isso, vou indo, tenho mais o que fazer. - disse saindo
Nos ficamos aparentemente perplexas, aquelas palavras feriam qualquer um que as ouvisse, era seco e cruel, impróprio dela.
Ela estava muito magoada, ou pelo menos deveria estar, mas não demonstrava o que sentia, pelo contrário demonstrava sentir nada.
Um barulho, vi que Jaliniie havia caído no chão, desmaiada. Maria correu chamar Madame Rosmerta e logo depois ela se encontrava, ainda desacordada na ala hospitalar. Ficamos com ela até a hora de nos dirigirmos aos dormitórios. Pedi para dormir com ela e Madame Rosmerta concedeu relutante. Fiquei horas admirando a feição de minha amiga. Lembrando do dia que a conheci, quando estavamos no primeiro ano, tão espivetada e animada, logo viramos amigas, no segundo ano começaram seus relacionamentos precoces, ela era desejada por muitos, envejada por várias e agora estava alí, deitada em uma cama, quase mais pálida do que eu esperando um filho de um amor proibido, um amor que nunca deveria ter acontecido, mas eu não podia culpá-la afinal sofria do mesmo mal, só quem sente na pele pode saber como é a dor do amor icorrespondido mas no caso dela so quem passa pode saber como é a dor de ferir quem realmente se ama. E ela, pro meu eterno pezar, sofrera com a dor dos dois.
Estava sentada em seu lado, revivendo cada palavra de Alicia, quando ela despertou.
- Tarin? Onde estou?
- Estamos na ala hospitalar, você teve um desmaio.
- O que? Aconteceu alguma coisa com meu bebe? - disse sentando-se
- Não, nada sério. Madame Rosmerta disse que você sofreu uma emoção muito forte e por isso teve um desmaio, como proteção para seu filho.
Ela contraiu o rosto tristemente me fazendo sentir um sentimento muito profundo de compaixão. Como ela era importante para mim, sempre do meu lado, sempre me ajudando, e agora ela estava precisando de mim e eu não sabia nem o que dizer em seu consolo:
- Niie, eu quero que saiba que você não esta sozinha, nos sempre estaremos ao seu lado.
- Ah! Tarin, eu sou muito idiota! Eu preferi fazer uma amiga minha sofrer em meu lugar. Eu sou um monstro! - disse, enquanto lágrimas escorriam de seus olhos
- Não, não diga isso! Você foi fraca mas soube assumir o que fez, tardiamente, mas assumiu. Eu.. e Hav também, nos sabemos o que você sente! E eu ouso dizer que não sei qual seria minha reação numa hora dessas.
- Eu sou fraca sim mas com pessoas como você ao meu lado me sinto o mais forte dos gigantes. - disse abraçando-me- Só não sei o que vou fazer quanto ao meu filho. O diretor Dumbledore me deu uma semana para eu mesma avisar meus pais, ele respeitou muito meus sentimentos e eu so tenho a agradecer, Maria me ajudou em relação a Douglas, ele disse que sabe que o filho dele e ficou até feliz, demais na minha opinião, so tenho que esperar ele voltar.
- Voltar?
- É, Alicia quebrou seu nariz, isso arumaram na escola mesmo e não sei como lançou-lhe um estranho feitiço confudidor de mente, ele teve que se enternar no St. Mungus, e também recuperar seu... - disse olhando para baixo
- O quê? Alicia não fez isso...
- Fez!
- Que louca!
- É sim e eu sou a causadora disso! - disse com novas lágrimas em seus olhos - Ele falou que vai casar comigo. Eu não sei o que fazer Tarin!
- Ora, case-se com ele, você vai consertar seu erro em vez de criar mais e mais erros. O bebe que esta aqui dentro merece ter um pai e uma mãe ao seu lado - disse passando a mão em sua barriga
- Mas a Li?
- Ela deixou bem claro o que sente em relação ao Douglas a todas nós. Você o ama e ele não vai fazer mais do que sua obrigação casando-se com você.
- Mas ele não me ama.
- Você lidou com isso muito bem até agora e, como mãe, você tem que pensar em seu filho.
Ela calou-se, lágrimas escorriam de seus olhos negros, eu sei que parecia má em minhas palavras mas era o melhor a ser feito.
- Agora Niie - disse enxugando seu rosto - Você não vai derramar mais nenhuma lágrima por isso, você já resolveu tudo com Alicia e com Douglas, e como você tem sorte, o fim foi um dos melhores possíveis. E em relação ao bebe, um filho é motivo de sorrisos e não de lágrimas, você esta gerando uma vida dentro de você e isso é mais mágico que qualquer bruxaria. Você vai construir sua vida e não pode ser sobre lágrimas e choros.
Jaliniie sorriu um sorriso puro e inocente e demonstrou entender o que eu quis dizer com minhas palavras. Ela não seria nunca mais a mesma do que antes, mas a sua mudança ia ser positiva ao contrário da mudança de Alicia, mas quem poderia dizer? Quem sabe o que é melhor para cada um é o cada um de cada um e ninguém mais que isso.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!