Será o fim?
N/A: tá demoraaandoo, mas a imaginaçãoo tá melhoraandoo :D
esperooo |o|
Abri os olhos e vi que não me encontrava mais no saguão do castelo. Estava em um beco escuro e úmido, com várias espécies de rélogios pendurados nas paredes rochosas. Aquele tic-tac ecoava pelo corredor em que seguia, mas nada via ao não ser a escuridão.
O barulho dos rélogios começavam a me pertubar quando avistei um vulto a frente, me aproximando devagar distingüi um homem com uma longa capa negra. Um estranho arrepio percorreu meu corpo, e contornando-o fiquei de frente para ele. A única coisa que pude ver eram seus grandes olhos negros que observavam alguma coisa mais a frente de mim, ele sequer reparou em minha presença.
Me virei lentamente e então avistei o que o homem observava, um outro homem mais alto e com uma capa ainda mais negra o encarava com sua varinha empunhada, antes de qualquer reação minha ou do homem as minhas costas ele lançou um feitiço
- Avada Kedrava
Eu me abaixei mas a réstia da luz do feitiço se quer me machucou, mas fez o atingido cair atrás de mim, morto.
- Seu tempo está acabando -disse aquela mesma voz fria e irônica que o matara mas agora o dono dela me encarava tortuosamente.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Me levantei, estava na enfermaria. Remo e Tiago estavam ao meu lado junto a Havenna e Maria.
- O que aconteceu? - perguntei, percebendo que a enfermaria estava cheia de feridos.
- Você desmaiou no saguão de entrada - disse Maria com um ar preocupado, enquanto Remo me beijava as buxexas
- Com que você estava sonhando? - perguntou Hav assustada - Algo muito terrível, suponho pelos seus gritos.
- Foi de verdade? - disse sem pensar
- O que Tarinha? - perguntou Tiago curioso
- Não, nada não. Foi só um sonho - disse tentando tirar a atenção daquele assunto que realmente estava me assustando - Cadê o Sirius? Alicia? E a Jaliniie? Pedro?
- A Alicia está junto a Douglas, logo ali, ele machucou a perna- disse Remo apontando para uma cama no final do corredor, onde Alicia cuidava dele carinhosamente- Pedro esta comendo na sala comunal, Sirius está ali -disse apontando outra cama, cheia de meninas por volta
Eu não pude conter a minha exagerada preocupação
- O que aconteceu? Ele se feriu?
- Ele foi atingido por um feitiço, Sectusempra, ele está cheio de cortes mas está bem... Por que?- continou Remo me encarando sem entender
- Não, eu pensei que poderia ser algo mais sério e a Niie?
- Amor, a Niie também se feriu
- Meu Merlin o que houve com a minha amiga, eu vi a libélula está inteira... cadê ela?!
Remo e Tiago pareceram não entender o que eu disse
- Ela está bem Tah, calma! Aluado,amor vocês podem dar uma licencinha? Preciso conversar com ela- disse Hav calmamente
Tiago deu um beijo nela e saiu, Remo hesitou um pouco mas depois o seguiu me dando um leve beijo.
- Tah a Jáli foi atingida por um Cruciatus!- começou Hav
- Oh! Merlin, onde está ela? - perguntei muito temorosa
- Ela está bem, está conversando com Dumbledore.
- Ué? Por quê?
- Pára menina! Deixa eu te contar, então, quando ela foi atingida, o feitiço foi fraco e nem a machucou, na verdade atingiu outra pessoa, mas ela veio até a enfermaria e descubriram...
- Descubriram?
- Descubriram que ela está esperando um filho!
Fiquei sem reação, mas depois de alguns instantes eu e Havenna começamos a rir.
A noite chegara, eu teria que dormir mais uma noite na enfermaria, Madame Prince me medicara eu logo adormecera.
Aquelas imagens voltaram a percorrer meus pensamentos durante toda a noite. Na manhã seguinte recebi alta e segui direto ao Salão Principal. Remo estava com um aspecto muito cansado e meio doentio, Tiago e Havenna estavam a nossa frente mas ninguém mais aparecera.
- Remo o que houve? Você está bem? - perguntei olhando-o
- Estou bem, só passei a noite estudando, não esquenta! - disse alegre demais, tentando disfarçar
- Niie?-perguntei olhando Hav
- Dormindo, ganhou licença das aulas hoje. Maria e Pedro estão ajudando a professora Marta com as carteiras. Alicia está com Douglas, ele ainda não recebeu alta.
- Hum- encarei Hav deixando claro quem faltava
- E eu estou aqui - disse Sirius, sentando ao meu lado com o braço meio roxo - E estou muito bem, obrigado por perguntarem.
- Que bom que melhorou! - disse sorrindo para ele, ele olhou em meus olhos fazendo meu coração disparar e seu sorriso foi o mais lindo que eu já tinha visto.
Depois do café Dumbledore pronunciou:
- Alunos de Hogwarts, sinto em informar que o ataque ocorrido em Hogsmeade não passou sem vítimas. Dois vendedores da vila vizinha tiveram suas vidas tiradas com o poder maligno de Voldemort- todos se manifestaram- e seus comensais deixaram mais de 35 alunos feridos, amenizando um pouco, nenhum foi gravemente atacado. Sinto-me na obrigação de, em primeiro lugar, citar os alunos que não deixaram esse número ser maior, apenas dez digniram-se a prestar ajuda aos seus colegas, sendo eles: Albert Frederick da Corvinal, Alicia Bergamasco, Cassiano Mürvel, Emiliana Hullman, Havenna Fletenner, Maria de Souza, Remo John Lupin, Sirius Black, Taringoni Pucc e Tiago Potter, todos de Grifinóra. Esses não pouparam esforços, arriscando até a própria vida em função da do próximo,por isso merecem 50 pontos cada para suas respectivas casas, meus cumprimentos e palmas a eles- disse levantado-se e aplaudindo-nos, nós em nossos lugares sorríamos orgulhosos enquanto todos levantaram-se e nos aplaudiram- E em segundo lugar declarando luto oficial nessa escola. Gostaria de informar que as devidas providências já estão sendo tomadas, agora um minuto de silêncio.
Ao dizer as palavras de respeito todos se silenciaram, um minuto passado, Dumbledore liberou-nos para a aula, mas mesmo assim o silêncio não deixou o salão.
Durante a tarde não tive nenhuma aula em conjunto com as marotas ou com marotos, sendo então a tarde consideravelmente longa e sem nenhum acontecimento de grande importânica. Desde do ocorrido em Hogsmeade não havia falado com Jaliniie e sobre o fato de ela estar esperando um filho, aquilo era ao mesmo tempo assustador e acolhedor, minha amiga, dezesseis anos, como seria o seu destino? O que aconteceria com ela? E com o pai... quem é o pai?! Meu Merlin não perguntei a Havenna?! Nossa, quem será? Será que vai assumir? Mesmo no mundo bruxo existe esse tipo de coisa, pais adolescentes não querem largar suas festas, mas numa situação dessa ele tinha que.... Fui interrompida de minhas perguntas por outra figura pálida e alta que se encontrava parada em minha frente:
- O que você quer Malfoy?
- Eu quero admirar o que é belo - disse Lucio Malfoy me encarando
Argh! ele falou isso mesmo?
- Você chega a ter graça com suas "tiradas"
- Taringoni, será que você não entende?
- Não entende o que Malfoy? E quantas vezes tenho que dizer que ODEIO QUE ME CHAMEM DE TARINGONI??- disse aumentando um pouco o tom da voz na úlitma frase, chamando atenção de alguns alunos e do professor
- Senhorita Pucc sem escândalos em minha aula, Malfoy sente-se agora. - falou, voltando a atenção ao aluno no qual explicava a matéria
- Você ainda entendera Taringoni, um dia, entendera. - disse indo ao seu lugar
Bufei para ele revirando os meus olhos, entender o que meu Merlin? Já não basta o que está acontecendo com a Niie e eu ainda tendo que enganar Remo, sendo que gosto de Sirius, me flagrei dando a resposta a um aperto que sentia em meu peito sempre que estava com Aluado desejando Sirius, eu não o amo, porque enganá-lo? Eu amo Sirius Black porque estou com Remo Lupin?!
Preciso falar com ele, não posso enganá-lo nem por mais nenhum dia.
Ao bater dos sinos anunciando que as aulas de s0egunda-feira haviam acabado fui em direção a velha ponte, havia marcado com as meninas no nosso lugar preferido da escola.
- Niie como você está? -perguntei abraçando-a
- Estou bem, porque não estaria? - respondeu um pouco nervosa
Havenna e Maria estavam falando sobre quadribol mas ao perceberem o clima entraram no assunto.
- Ni você vai nos dizer quem é o pai agora?- perguntou Alicia anciosamente alegre
- Vocês também não sabem? - estranhei - pensei que tinha esquecido de perguntar
- Ela não nos contou docinho. - disse Maria mexendo em seus cabelos
- E não foi por falta de perguntarmos- afirmou Havenna- fale Niie, se não confia nem em nós que somos suas amigas, confiara em quem?
Ela hesitou, parecendo que queria estar em qualquer lugar menos ali, mas depois de um longo suspiro começou:
- Eu não sei nem como dizer, tenho medo que não me entendam - Maria encarou-a, como se dizesse com os olhos que sempre estaríamos juntas, então ela se encorajou e disse- O pai do filho que estou esperando é o Douglas.
Por um instante ninguém se quer se mecheu, ninguém acreditou no que havia falado, mas sabíamos que não era mentira, afinal quem brincaria com isso? Estar esperando um filho do namorado de umas das melhores amigas não deve ser muito engraçado, Alicia levantou-se com uma lágrima escorrendo de seus olhos:
- Jaliniie como você se atreve a brincar com algo assim? - disse com a voz trêmula
- Não é brincaderia Li - disse levantando-se - Eu e Douglas saímos faz seis meses, desde o aniversário de meio ano de namoro de vocês.
- Como você se atreve a falar isso do meu namorado? Ele nunca faria isso comigo - Ela estava desesperada, lágrimas caíam de seus olhos e parecia que estava sem chão, que ia cair a qualquer hora.
- Não me atrevo, pois é a verdade.
- É verdade? Então eu mudo minha pergunta, como você se atreve a fazer isso comigo? - disse, agora, com uma voz mais firme
Eu, Hav e Maria estávamos pasmas observando a cena. Se qualquer um tivesse nos contado não acreditaríamos, Jaliniie e Alicia eram amigas desde os quatro anos de idade, e agora vendo essa cena, uma ferindo a outra, era no mínimo as piores palavras de se ouvir.
- Não é atrevimento Alicia, era sempre você e Douglas, Douglas e você, e eu? E a nossa amizade? - disse Jaliniie em um tom que estranhei muito, ela parecia esnobe
- Nossa amizade? Como você pode falar em amizade, Jaliniie, depois de me revelar que tem um caso há seis meses COM MEU NAMORADO E QUE AINDA POR CIMA ESTÁ GRÁVIDA, DELE! - disse aumentando o tom e com uma raiva que não era própria da "mãezona" do nosso grupo
- Seu namorado Alicia? Seu namorado, no seu mundo cor-de-rosa? Pois bem querida, seu mundo caiu
Alicia desmoronou
- Cala a boca Jaliniie - gritei, abraçando Alicia
Ela se calou, em seus olhos voltaram aquele brilho natural dela, so que agora inundado por lágrimas. Havenna me ajudou a levantar Alicia e saímos de lá, deixando Maria e ela para trás.
Levamos ela até um corredor que a essa hora estava vazio. Nos sentamos no peitoral da janela, ela olhava em direção aos jardins sem parar de chorar.
Depois de um tempo que me pareceu uma eternidade ela se levantou, enxugou suas lágrimas, sua feição era seca, sem sentimento.
- Está na hora de resolver isso! - disse sem aquela docura na voz e saiu, deixando-nos perplexas
Havenna foi sem encontrar com Tiago no Salão Principal, me fazendo lembrar de Remo, por mais um dia essa tortura tinha sido adiada, mas de amanha não passaria. Não quis jantar e fui me deitar, esse dia nunca mais saíria de minha memória com certeza; já em minha cama no dormitório, procurei o símbolo de nossa amizade, a libélula, que para meu espanto estava mais negra do que nunca, eu sorri e tive a certeza que aquilo não seria nosso fim.
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!