Capítulo 20



Capítulo 20



Música: To Love You More, Celine Dion.





Take me, back into the arms I love

(Me abraça, eu gosto de voltar nos braços)

Need me, like you did before

(Precise de mim, como você fez antes)

Touch me once again

(Me toque mais uma vez)

And remember when

(E lembre-se quando)

There was no one that you wanted more

(Não havia ninguém que você mais queira)




Piscou os olhos várias vezes perante sua própria conclusão.

Amava a irmã mais nova do seu melhor amigo? Quase gargalhou perante essa idéia. Não queria amá-la. Não queria! E não iria.

Tudo bem que sentia como se sua vida dependesse de cada respiração que ela dava; que sua própria existência dependia somente de um sorriso dela; como se mais nada no mundo fosse importante para manter alguém vivo: somente a existência dela fazia isso.

Seu coração batia apressado contra seu peito, como que querendo saltar para fora do seu peito; seus olhos ardiam e seus machucados latejavam.

Mas nada disso fazia diferença; não até que aquela ruiva estivesse melhor. Não até que pudesse vê-la brava consigo.

Senhor! Como adorava ver as íris amêndoas brilhando em pura malicia quando ela lhe desafiava verbalmente; principalmente nos treinos de Quadribol.

Se isso não tivesse a oportunidade de ver tudo isso de novo, sabia que seu mundo ruiria perante seus olhos, sem que nada pudesse fazer; como se o simples respirar daquela ruiva doida fizesse ele se manter em pé.

Passou uma mão pelo rosto abatido e suspirou pesadamente; daria todo o outro que possuía no seu banco de Gringotes para poder trocar de lugar com ela.

Passou uma mão pelos cabelos, antes de balançar a cabeça para afastar esses pensamentos.

Devia estar tão cansado a ponto de começar a delirar em relação a tudo o que acontecia ao seu arredor e, inclusive, ao que acontecia com seus sentimentos. É, devia ser isso. Tinha que ser isso!

Mesmo porque, tinha coisas mais importantes para pensar, tais como: entender esse maldito coma, no qual a ruiva entrara e achar um jeito de tirá-la daquele estado; nem que tivesse que se trancar na biblioteca pelo resto da vida para achar um antídoto.

-Morrer? – Hillary repetiu em um murmúrio tremulo, enquanto lágrimas caiam por seu rosto, tirando-o de seu devaneio.

Madame Pomfrey suspirou e concordou com um aceno de cabeça, antes de olhar para Gina.

-É um coma causado por alguma doença. – ela olhou para os amigos da ruiva. – O problema é que há várias doenças, com diferentes formas de contágios e não há como descobrir qual a doença especifica da Srta. Weasley para que possamos medicá-la e salvá-la.

-Não há como salvá-la. – Melissa murmurou num fio de voz, enquanto o semblante estava contorcido em uma expressão de uma dor profunda. – Não há mais como. – Brian caminhou até o lado da namorada e passou um braço sobre seus ombros.

-Talvez o Joe saiba algum outro jeito. – ele murmurou, acariciando os longos cachos loiros. – Deve ter um jeito. – Melissa balançou a cabeça de um lado para o outro, negando.

-Você sabe que não, Brian. – murmurou, encarando o moreno nos olhos. – Joe conseguiu descobrir como retardar o efeito, não como tirá-la do coma que, mais cedo ou mais tarde, aconteceria. E parece que foi mais cedo. – completou, fazendo o namorado puxar o ar com força e abaixar a cabeça, para esconder os olhos marejados.

-Será que vocês poderiam parar de falar em códigos e nos explicar o que a Srta. Weasley tem, já que parece que os senhores sabem bastante. – Madame Pomfrey falou num tom de quem não aceitava demoras.

Melissa suspirou e, ajeitando-se sobre o colchão, jogou as pernas para fora da cama, de modo que pudesse balançá-las, tristemente. Brian sentou-se ao seu lado.

-É uma história muito longa. – Melissa murmurou, olhando janela a fora. – E como o tempo é curto... – suspirou e desviou os olhos, de modo que pudesse encarar Harry. – Potter, faça algo que nos ajude, por favor. – o moreno ergueu uma sobrancelha em confusão. Porque notara um certo sarcasmo na voz da loira, o qual parecia dizer que ele não fazia absolutamente nada de útil. – Primeiro, escreva uma carta para Joe, contando brevemente o que aconteceu e peça para que ele venha o mais rápido que puder. – Harry fez uma careta, mas ainda assim concordou. – E conte ao Weasley o que aconteceu e peça que ele avise a família da Gina. – Harry suspirou e voltou a concordar com um aceno de cabeça, antes de sair correndo da enfermaria.

Brian e Melissa se entreolharam, antes de suspirar profundamente, mas permaneceram em silêncio por alguns segundos, nos quais ninguém parecia ser capaz de falar qualquer coisa.

-E então...? – Madame Pomfrey murmurou, olhando de Brian para Melissa e de volta para o moreno.

-Tudo começou quando a Gina foi amaldiçoada... – Melissa murmurou, no que Madame Pomfrey soltou uma exclamação.

-Amaldiçoada? – ela repetiu. – Por qual maldição? – Brian bufou.

-Se você não nos interromper a cada sete palavras, chegaremos no final bem rápido. – murmurou, mal humorado, cruzando os braços em frente ao peito.

A enfermeira bufou e cruzou os braços sobre o peito, também, mas não falou nada para contestar o moreno, que continuou a história.

-A Gina foi amaldiçoada por aquela vaca da Emily Talbot, somente porque essa filha da...

-Brian! – Melissa exclamou, impedindo o namorado de falar o palavrão. Brian puxou o ar com força e o soltou pela boca, enquanto passava uma mão pelos cabelos, deixando-os mais desgrenhados do que já estavam.

-Desculpa. – murmurou. – A Talbot somente amaldiçoou a Gina, porque achava que, por ser a primeira amiga que a Gina teve em Wizard, possuía o direito de decidir por ela com quem a ruiva poderia ou não andar. – Melissa resmungou algo inteligível, antes de continuar.

-Mas a merda dessa maldição não fez o efeito certo. – riu sem humor. – Foi ela quem nos ensinou Maldições Holandesas no final do nosso terceiro ano e tentou usar uma delas contra a Gina, como algo melodramático do tipo, “se não é só minha, não é de mais ninguém”. – Brian sorriu pelo canto dos lábios, desdenhoso.

-Ela tentou conjurar a “Vloek van de Godin”, cuja finalidade é lançar todo o tipo de feitiço mortal, doenças e pragas. – ele suspirou, antes de sorrir irônico. – Era tão burra que não conseguia nem conjurar um feitiço que todos os seus alunos já dominavam com perfeição, como a Gina.

-O bom, talvez, dessa maldição é o fato de que uma vez dominado, sua imunidade contra ele cresce a um ponto que você não morre, somente adquire uma doença que pode, ou não, ser fatal. – Melissa murmurou, trocando um breve olhar com Brian. – O que deu na Gina foi a incrível facilidade de ter problemas no estômago e qualquer doença relacionada a ele. – suspirou. – Ela teve tantas doenças no estômago, que isso acabou criando um tumor, que somente foi agravado pela maldição.

-Os curandeiros do St. Mungos de Los Angeles conseguiram retirar o tumor, mas não foi totalmente; eles não tinham como tirar a parte mágica do tumor, a qual somente sumirá quando a Gina conseguir realizar o contra feitiço. – o moreno levantou-se, indo postar-se, ajoelhado, ao lado do leito da amiga, acariciando seus cabelos e olhando para sua face atentamente.

Melissa o seguiu, sentando-se no espaço vazio do colchão.

-O problema dessa doença, é que quando se fica muito nervoso, você passa mal, o que é sempre um risco para um possível coma. – ela suspirou e encarou a enfermeira. – Quando você fica nervosa, mas não demonstra, não se livra da raiva, isso vai fazendo o tumor ir aumentando. – voltou a olhar para a face pálida da caçula dos Weasley’s. – Quando a Gina não se permitia passar mal, fazia o tumor crescer um pouco. – suspirou novamente. – Quando ela se permitia se livrar, temporariamente, disso, ela vomitava sangue, o que era relativamente bom, porque significava que o tumor havia se desfeito, saindo em forma de sangue.

-O irmão da Melissa, Joe, descobriu uma poção que faz o mal estar passar, o pouco de tumor que apareceu sumir, simplesmente evaporar. – Brian olhou para a enfermeira e voltou para a cama onde estava antes. – Mas nesses últimos dias, principalmente hoje, a Gina ficou extremamente nervosa e não se livrou da raiva, o que a fez passar mal em algum momento da tensão que tivemos hoje, mas por estar no meio de uma batalha, ela não podia se dar ao luxo de sentar e relaxar. – ele riu, inconformado. – E cá estamos, com ela a beira da morte.

-E com o melhor fato que poderíamos saber; não há medicamento conhecido para tal doença. – Melissa finalizou, com o olhar perdido. A loira jogou a cabeça para trás, os olhos fechados. Puxou o ar com força. – De modo que somente tenhamos que esperar as setenta e duas horas passar e vê-la definhar lentamente, a não ser, é claro, que Joe consiga achar um modo de salvá-la.

-Qual é o contra feitiço? – Hillary, que até então estivera quieta, somente ouvindo e chorando silenciosamente, perguntou, as íris brilhando em pura preocupação.

-Ninguém sabe. – Brian respondeu, sorrindo tristemente.

Após essas palavras, seguiu-se um silêncio profundo, no qual todos pareciam tentar achar alguma solução para a situação.

Melissa suspirou e olhou para a face da amiga; seriam longas e sofridas setenta e duas horas de espera.



Don't go, you know you will break my heart

(Não vai, você sabe que partirá meu coração)

She won't, love you like I will

(Ela não deseja como eu amei você)

I'm the one who'll stay

(Eu sou a única que estará aqui ainda)

When she walks away

(Quando anda afastado)

And you know I'll be standing here still

(E você sabe que estarei aqui ainda)




-ELA, O QUÊ? – o grito de Rony fez os poucos alunos que estavam no Salão Comunal se calarem e olharem para o trio; Harry, Rony e Hermione; para ver o que estava acontecendo.

-Ela... – Harry começou, lentamente, olhando para os lados, como que querendo dizer que não era melhor amigo daquele ruivo louco. – Ta em coma. – completou num murmúrio, que foi seguido por uma risada histérica do seu melhor amigo.

-Como isso foi acontecer? – Hermione perguntou, levantando-se em um salto e passando um braço ao arredor da cintura do namorado, tentando fazê-lo parar de rir. – Rony, isso não é coisa para se achar graça. – mal essas palavras saíram da boca da monitora, Rony parou de rir e fechou a cara para Harry, que engoliu em seco; apostava tudo o que tinha que a culpa ia sobrar para si.

A pergunta da amiga era algo que não queria calar na cabeça de Harry; como Gina, uma pessoa aparentemente saudável, iria entrar em coma assim, do nada? Não que fosse tolo a ponto de continuar a achar que ela não tinha nada, mas somente não conseguia entender como uma coisa desse tipo poderia acontecer.

Seu coração batia apressado contra o seu peito, parecendo que ia pular para fora do seu corpo, enquanto a garganta estava seca.

A verdade nua e crua era que após verbalizar o verdadeiro estado de Gina, foi que sua ficha finalmente caiu; não havia como negar mais. A amava mais que tudo e sabia que não poderia fazer nada para ajudá-la, quando não podia fazer nada para ajudar a si mesmo a superar o fato de que aquela ruiva poderia fugir de si para sempre, sem a menor chance de voltar para seus braços. Sem a menor chance de poder fazer algo para tê-la para sempre.

Céus! Se ela morresse, morreria junto e não havia mais como negar, como tentara fazer na Ala Hospitalar.

-Eu espero... – a voz de Rony chegou num murmúrio perigoso a seus ouvidos, tirado-o de seu devaneio. Ergueu a cabeça para que pudesse encarar o amigo. – Que você tenha uma boa explicação para isso. – cerrou os olhos, transformando-os em uma fina linha castanha.

-Quê? – murmurou, arregalando os olhos.

Como assim, ter uma boa explicação? O que Rony esperava que fizesse? Pegasse sua bola de cristal e tentasse adivinhar? Oh, céus; devia estar mais doido do que achara.

-Você ouviu muito bem. – ele sorriu desdenhoso. Harry bufou; estava realmente demorando a sobrar para si. – Quero saber porque você permitiu que isso acontecesse! – fora a vez de Harry rir histericamente.

De fato, era só isso que faltava para seu dia ficar perfeito; primeiro, descobrira que amava a irmã do seu melhor amigo justo no momento em que ficara sabendo que ela poderia morrer.

Depois, era injustamente acusado de ser o culpado da ruiva estar no estado que estava.

E, por último, não conseguia lidar com seus sentimentos conflitantes; os quais somente faziam com que ficasse cada vez mais confuso.

Isso era demais para uma pessoa só; era demais para um único dia.

-E como você esperava que eu impedisse? – perguntou, quando se recuperou do ataque de riso. O ruivo ergueu uma sobrancelha, em sarcasmo.

-Não sei o que ela tem para poder te falar como fazê-lo. – deu de ombros, no que Harry sorriu vitorioso.

-E eu tampouco sei. – murmurou, fazendo Rony cerrar os punhos e crispar os lábios.

-Ora, vamos, Rony! – Hermione exclamou, colocando-se entre os dois; o tom mandão de quando era pequena voltando para sua voz. – Você realmente acha que o Harry poderia impedir algo que não há como ser previsto? Francamente! – exclamou ao ver que era exatamente isso que o namorado achava.

Harry suspirou e permitiu-se cair sobre a poltrona que havia atrás de si, enquanto os dois melhores amigos discutiam.

Afundando-se na poltrona, fechou os olhos e permitiu sua mente vagar por tudo o que acontecera entre si e a irmã mais nova do seu melhor amigo.

Senhor! Que ela conseguisse sair daquela situação e voltar a ser a garota que era; alegre, que se permitia rir com vontade das piadas dos amigos.

Queria que ela voltasse para poder dizer a ela que a amava; que a queria; a desejava.

Passou as mãos pelo rosto abatido, afundando ainda mais na poltrona.





I'll be waiting for you

(Eu esperarei você)

Here inside my heart

(Aqui dentro do meu coração)

I'm the one who wants to love you more

(Sou a pessoa que mais quer te amar)

You will see I can give you

(Você vai ver que eu posso lhe dar)

Everything you need

(Tudo o que você precisa)

Let me be the one to love you more

(Me deixa ser alguém para te amar mais)




Nunca pensara que pudesse se sentir assim em relação a alguma garota; nunca sequer pensara que poderia sofrer porque a irmã mais nova do seu melhor amigo estava na Ala Hospitalar.

Permitiu que uma risadinha sem humor escapasse por seus lábios, mas esta não fora ouvida por seus amigos, que falavam cada vez mais alto.

Nunca sequer imaginara que amaria alguém! E, agora, ali estava ele, amando e sofrendo por uma garota!

-Eu me pergunto... – começou, num tom baixo, mas suficientemente alto para fazer Rony e Hermione pararem de brigar. – O que vocês fariam se descobrissem que se amam, quando o outro está na Ala Hospitalar, a beira da morte. – completou, no que os amigos se entreolharam, confusos.

-Harry... – Hermione começou, o tom de voz cauteloso. – Você ta bem? – o moreno sorriu, mas não respondeu, somente jogou a cabeça para trás, encostando-a no espaldar da poltrona, encarando o teto.

Claro! Como pudera ser burro em falar de amor com os amigos? Obvio que eles iam estranhar, uma vez que esse era um assunto que sempre evitara. Mas o problema era que não sabia o que fazer ou o que pensar em relação ao que sentia.

Suspirando, passou as mãos pelo rosto.

-Fala, Mi... – murmurou. – O que você faria e pensaria se percebesse que ama o Rony somente no momento em que ele corre o risco de morrer? – Rony sentou-se no sofá, onde estivera antes do amigo chegar.

-Eu... Eu não sei, Harry. Talvez ficasse desesperada e tentasse achar uma maneira de ajudar o Rony. – ela respondeu, temerosa, enquanto sentava-se ao lado do namorado.

-E se não houvesse como o ajudá-lo? – perguntou, sem encarar os amigos.

-Onde você ta querendo chegar, Harry? – Rony perguntou, curioso.

O moreno ficou em silêncio e puxou o ar com força, antes de soltá-lo pela boca. Fechou os olhos, como que querendo se fechar para o mundo ao seu arredor; como tendo esperanças de que, quando os abrisse, visse que tudo não passava de um sonho.

-Harry... – Hermione chamou, hesitante. Harry abriu os olhos e girou a cabeça, de modo que pudesse encarar a amiga, que se assustou ao ver tantos sentimentos diferentes nas íris verdes do amigo. – Você... Ta amando alguém?

Harry voltou a suspirar e olhou para o outro lado do Salão, antes de sorrir pelo canto dos lábios, sarcástico.

-O que é amar, Mi? – perguntou, fazendo Hermione abrir e fechar a boca várias vezes, mas sem emitir som algum.

Hermione fechou os olhos brevemente e puxou o ar com força, antes de voltar a abrir os olhos e encarar o amigo.

-Amar é a força da razão; é quando os momentos são eternos. – ela murmurou, olhando intensamente para o amigo. – Amar é ser adulto e se sentir criança. Amar é amar todas as horas; amar sempre. Amar é sentir-se livre. – levantou-se e caminhou lentamente até o amigo, ajoelhando-se na frente dele, que sustentou seu olhar. – Amar é algo que se é sentido, Harry, é algo que queima no seu peito e que faz você ter certeza de que vale a pena se sacrificar pela pessoa amada.

-E porque não podemos escolher por quem nos apaixonar? – ele perguntou, a voz mais rouca que o normal, os olhos marejados, fato que passou despercebido pelos amigos. Hermione suspirou pesadamente.

-Eu não sei, Harry. Ninguém pode escolher por quem vai se apaixonar, somente aceitamos e vivemos esse amor. – Harry puxou o ar com força e se afundou mais ainda na poltrona.

-Certo. – murmurou, num tom de quem encerra o assunto.

Hermione trocou um breve olhar com Rony, antes de se levantar e voltar a se sentar no sofá. O ruivo ajeitou-se e, coçando a nuca sem jeito, olhou para o amigo.

-Porque você está falando sobre isso, Harry? – perguntou, fazendo o moreno dar de ombros.

-Por falar. – Rony girou os olhos.

-Não me convenceu. – Harry suspirou e se levantou, parando na frente do amigo, deu de ombros novamente.

-Tenho que mandar uma carta, ainda. – suspirou novamente e forçou um sorriso. – E eu falei sobre isso porque... – começou a caminhar na direção do retrato da mulher gorda. – Sua irmã tem me dado muitas duvidas sobre o assunto. – e saiu.

Rony ainda ficou olhando para o fundo do retrato, tentando entender o que o amigo falara. Hermione, ao seu lado, só faltava dar pulinho tamanha era sua excitação.

-Oh, meu Deus! – ela exclamou, se levantando e obrigando o namorado a fazer isso, antes de começar a rodar ao arredor do próprio corpo, fazendo Rony imitá-la.

-Qual o motivo da felicidade? – Hermione deu alguns risinhos, fazendo Rony franzir o cenho; sua namorada era estranha. Estranhamente bela, tinha que admitir.

-Harry ta apaixonado. – e soltou uma gostosa gargalhada de felicidade.



See me, as if you never knew

(Veja-me, como se você nunca soubesse)

Hold me, so you can't let go

(Me prende, assim você não pode ir)

Just believe in me

(Apenas acredite em mim)

I will make you see

(Que te farei ver)

All the things that your heart needs to know

(Todas as coisas que seu coração precisa saber)




-Tem certeza de que é isso que você quer? – Bella Flory perguntou, recostando-se no alto espaldar de sua cadeira, enquanto observava seu aluno com intensidade.

Às vezes, não gostava muito de dirigir uma escola, mas esse sentimento sempre era substituído por orgulho por ver seus alunos se saírem bem e, os que já haviam se formado, seguirem suas carreiras com espantoso sucesso e habilidade.

Não entedia o que levava aquele, em particular, estar pedido transferência no meio do trimestre, mas não via motivos para que ele ficasse ali; era um aluno exemplar, não devia detenções para a escola. Não tinha, por mais que quisesse, motivos para segurar Joe Watson ali.

Suspirou; estava perdendo seu melhor – e mais aplicado - aluno.

Joe sorriu levemente pelo canto dos lábios, antes de ajeitar-se sobre a caldeira a frente da mesa da diretora.

-Certeza absoluta. – respondeu, antes de passar uma mão pelos cabelos, deixando-os desarrumados. – Não que eu não goste daqui... – abaixou levemente a cabeça, antes de forçar um sorriso e encarar Bella. – É só que... – desviou o olhar, sentindo a nuca esquentar, o sorriso tornando-se sem jeito. – Eu tenho algumas coisas para resolver lá. – deu de ombros, esperando não ter que dar maiores detalhes do seu súbito desejo de ir para outro colégio.

Bella sorriu; inclinou o corpo para frente, de modo que pudesse apoiar-se sobre a mesa, um brilho de preocupação nas íris castanhas.

-Nenhum motivo grave, espero. – murmurou, por fim, fazendo Joe suspirar aliviado; adorava a discrição da diretora. Sorriu.

-Nada grave, realmente. – ela sorriu satisfeita, antes de voltar a se recostar no espaldar de sua cadeira.

-Pois bem... – ela sorriu; definitivamente, amava aquela mulher. – Por enquanto, as burocracias serão enviadas para o seu pai, assim que ele assinar a parte dele, enviarei a sua. – Joe concordou com um aceno de cabeça. – Sabe, normalmente você teria que esperar toda essa papelada ser assinada, mas serei boazinha com você, somente porque você é bonzinho comigo. – e deu uma piscadela para o loiro, que gargalhou.

Mal sabia ela que ele era um dos principais culpados dos recentes ataques de bomba de bosta nos dormitórios dos primeiranistas. E o único culpado pelo maravilhoso jogo de fogos que haviam explodido no banheiro feminino do sétimo ano.

-Devo me sentir honrado por esse privilégio? – perguntou desdenhoso, fazendo-a rir irônica.

-Privilégio? – ela repetiu, sorrindo divertida. – Isso é uma exceção, pois alunos não podem mudar de colégio no meio do trimestre. – Joe gargalhou e se levantou.

-Não podem ou a diretora tem medo de que eles façam uma revolução na escola? - fora a vez de ela gargalhar e dar de ombros.

-Os dois, talvez. – respondeu; Joe somente balançou a cabeça de um lado para o outro, num gesto inconformado.

-Com todo respeito, mas você é doida. Estou admirado que consiga dirigir uma escola, sem se juntar a seus alunos em suas brincadeiras. – ele concluiu, fazendo-a soltar uma gostosa gargalhada.

-Saia daqui, antes que eu mude de idéia! – ela exclamou, rindo, enquanto jogava um papel amassado nele, que gargalhou, antes de sair da sala da Diretora.

Arrumando o sobretudo do uniforme sobre os ombros, começou a caminhar em direção ao Hall de Entrada, de modo que pudesse ir para os jardins e, desses, para os dormitórios.

Assim que alcançou os jardins, pôde ver que o sol brilhava intensamente, enquanto algumas alunas estavam sentadas na fonte que havia na direção da porta, jogando água uma na outra.

Alguns primeiranistas corriam de um lado para o outro, brincando de alguma brincadeira trouxa.

Ao longe era possível ver as ondas do mar quebrarem-se na areia, antes da água voltar, enquanto alguns alunos do sexto ano corriam na beira do mar.

Sorriu; ia sentir falta das festas que eram permitidos fazer na praia todas as sextas-feiras. Ainda mais; ia sentir falta da paz que aquele lugar passava.

Molhado os lábios com a pontinha da língua, afastou esses pensamentos e se dirigiu ao seu dormitório, onde havia alguns poucos alunos fazendo seus deveres.

-Chegou uma coruja pra você, Joe. – um de seus amigos, Ryu, falou, apontando para uma coruja das neves encarrapitada no alto de uma cadeira; parecia que a coruja estava com o peito estufado em orgulho de ter conseguido achar a pessoa certa. As íris âmbar miraram Joe, com algo como reprovação pela demora.

-E pelo jeito ela tem personalidade. – resmungou, fazendo Ryu rir divertido e a coruja piar indignada, antes de esticar uma pata, onde havia um pergaminho amarrado às pressas. Franziu o cenho e caminhou até a coruja, pegou o pergaminho, abriu-o e começou a lê-lo.

A cada palavra que lia, fazia seu coração bater cada vez mais descompassado; o ar se perdia a caminho de seus pulmões e a face ficava cada vez mais branca.

Como assim, em nome de Merlin, comensais haviam atacado Hogsmeade? E como assim Gina estava em coma ?

Pior; como Melissa pedira para Harry Pato Potter lhe escrever a carta? Onde sua irmã estava com a cabeça? Tinha que ser a cabeça de vento da Melissa para não se tocar que não gostava daquele moreno folgado que vivia beijando sua garota – que, ele repetia, estava em coma, com uma enfermeira idiota, que não sabia o que fazer.

Amassando o papel, olhou mal humorado para Edwiges, que bateu o bico, como que pedindo algum tipo de recompensa.

-Já fez a entrega, pode sumir daqui. – resmungou e Edwiges piou mal humorada, antes de lançar um olhar reprovador e levantar vôo.

Jogando o pergaminho em um canto qualquer, puxou o ar com força, tentando manter a calma, antes de pegar um pergaminho, uma pena e um tinteiro na sua mesa de cabeceira e rabiscar um bilhete para Bella.

-Entregue para a Flory pra mim, Ryu. – pediu, passando correndo pela cama do amigo, jogando o pergaminho sobre o colchão fofo e sair do dormitório, batendo a porta atrás de si com tanta força, que fez as janelas tremerem.



I'll be waiting for you

(Eu esperarei você)

Here inside my heart

(Aqui dentro do meu coração)

I'm the one who wants to love you more

(Sou a pessoa que mais quer te amar)

Can't you see I can give you

(Não vê que posso lhe dar)

Everything you need

(Tudo o que você precisa)

Let me be the one to love you more

(Me deixa ser alguém para te amar mais)




Correu o mais rápido que suas pernas agüentavam. Será que Gina não podia esperar para entrar em coma até que ele tivesse certeza de que daria certo? Será que era pedir demais?

Lógico que não, concluiu, enquanto abria as portas da biblioteca com um estrondo, fazendo-as bater na parede e voltar, mas não se importou para a cara de reprovação de todos que estavam ali – principalmente da bibliotecária -; caminhou a passos largos e pesados até a seção de Antídotos e pegou um livro fininho, cuja capa era de um verde escuro; segurando-o com força entre os dedos, caminhou mais depressa ainda até fora dos terrenos de Wizard; era nessas horas que agradecia a todos as santidades – bruxas e trouxas - que conhecia por ser maior de idade e já poder aparatar.

Saiu no meio de um monte de pessoas, as quais não pareciam se importar com o fato de que Joe aparecera do nada.

Olhando ao arredor, Joe sorriu satisfeito ao ver que saíra no lugar que queria; Transportal – uma espécie de aeroporto de chaves de portal.

Suspirando pesadamente, começou a caminhar rapidamente até um longo balcão de mogno polido, onde atrás havia vários funcionários vendendo passagens de Chave de Portal; agradeceu a Merlin por sempre carregar um saquinho de dinheiro consigo.

Parando no final da fila, abaixou a cabeça de modo que pudesse observar seu tênis, como se ele fosse a coisa mais interessante do mundo.

Seu coração ainda batia rápido e sabia que não era por causa dos exercícios físicos que fizera nos últimos dez minutos; e, sim, pela grande probabilidade de perder Gina para sempre; suportaria tudo – até vê-la nos braços de outro -, mas nunca suportaria a idéia de vê-la inerte e sem vida dentro de um caixão.

Teve que piscar várias vezes para que as lágrimas que enchiam seus olhos permanecessem onde estavam.

Amava-a demais para sequer cogitar a possibilidade de nunca mais poder ver o sorriso doce dela; de nunca mais por ouvir o som suave e contagiante de sua risada.

Céus! Somente Merlin sabia o tamanho de sua preocupação naquele momento, porque nem ele mesmo a compreendia.

Suspirou pesadamente, enquanto dava um passo para frente, no que a fila havia andado.

Porque aquela ruiva tinha que ter voltado para Hogwarts estando doente? Porque não pudera esperar até ter se curado? Agradecia a Merlin por Brian e Melissa terem ido juntos, assim eles podiam, ao menos, tentar controlar o temperamento explosivo da ruiva.

Quase riu disso; controlar o temperamento de Gina era uma coisa impossível, concluiu. Somente ela própria poderia fazer isso e, sabia, ela dificilmente se controlaria, perante uma situação que significasse levar desaforo pra casa.

Puxando o ar com força, ergueu a cabeça e se surpreendeu ao ver que a fila já havia avançado muito.

Caminhando até onde o último bruxo estava, tentou ler os preços e horários da próxima chave de portal para a Inglaterra, no grande quadro negro que estava suspenso no ar, atrás do balcão, por meio de magia.

Bufou ao perceber que a próxima chave seria para dali uma hora; ao menos teria tempo de ler o livro novamente antes de partir.

Mas, senhor, ler aquilo que chamavam de livro de vinte páginas não demoraria nem cinco minutos. O que ficaria fazendo enquanto esperava os próximos cinqüenta e cinco minutos passarem?

Passando uma mão pelos cabelos, sorriu perante a idéia que lhe surgira.

Oh, sim! Isso iria poupar muito tempo.



And some way, all the love that we had can be saved

(E de alguma maneira, todo o amor que a gente teve pode ser)

Whatever it takes, we'll find a way

(Seja o que acontecer, eu vou dar um jeito)




Passando uma mão pelos cabelos, abriu cuidadosamente a porta da Ala Hospitalar, entrando sorrateiro.

Madame Pomfrey cuidava de Brian, enquanto a cama onde Gina fora colocada era escondida por uma cortina.

Bufou; adoraria saber se a ruiva havia melhorado ou não, mas parecia que no queria que ninguém sem autorização pudesse vê-la.

Seu coração ainda batia apressado devido a preocupação, mas ele tentava ignorar esse fato, pensando que se não fosse atendido logo pela enfermeira, estaria ferrado e seria uma coisa bonita de se ver por quem não gostava de si.

-Eu estava me perguntando quanto mais você demoraria em aparecer, senhor Potter. – Madame Pomfrey resmungou, sem erguer os olhos do machucado do rosto de Brian, que fazia uma careta de dor cada vez que a mulher passava um algodão banhado em alguma poção muito fedida.

-Eu estava fazendo o que me pediram para fazer. – resmungou fechando a porta atrás de si e começando a caminhar na direção da enfermeira, que finalmente ergueu os olhos para olhá-lo de cima a baixo.

-E foi entregar a carta pessoalmente? – ela revidou, fazendo-o giras os olhos. – Sente-se na cama ao lado da senhorita Rivendell, que assim que eu terminar aqui eu irei ver o que posso fazer pelo senhor. – bufando, Harry obedeceu.

Sabia que tinha demorado demais para voltar, mas o que podia fazer se a cada tentativa sua de esquecer o que acontecia com Gina, a imagem da ruiva inconsciente aparecia diante seus olhos?

O que podia fazer se tudo o queria naquele dia era trocar de lugar com Gina? Se queria pegar para si o que quer que fosse que ela tivesse?

Puxando o ar com força, sentou-se onde a bruxa mais velha havia mandado e, olhando para o lado, pôde ver Hillary lendo atentamente algum livro que a enfermeira lhe emprestara.

-Rivendell. – chamou com a voz mais rouca que o normal, fazendo a morena erguer os olhos das páginas amareladas.

-O quê? – perguntou, com um leve quê irritado na voz; o fato era que queria esquecer o que acontecera entre si e seu pai mais cedo e somente o conseguia se distraísse sua mente com algum livro. Definitivamente, Potter não era algo que pudesse classificar como; interessante.

-Como ela ta? – ele perguntou, ignorando a irritação dela, enquanto apontava o leito de Gina com a cabeça. Hillary cerrou os olhos, enquanto um sorriso desdenhoso surgia no canto de seus lábios.

Sabia que Potter não era o culpado de sua irritação, mas o fato era que sempre que seu pai somente olhava para si, ficava tão furiosa a ponto de ser pior que um sonserino, tamanha era a frieza com que trata as pessoas ao se arredor.

E depois do choque inicial de ver Gina chegar carregada por Brian na enfermaria, essa frieza viera com uma força total.

-Oh, você não está vendo que ela está ótima? – comentou sarcástica. – Daqui a pouquinho ela vai sair saltitando dali. – Harry franziu o cenho, confuso.

-Olha... – começou, passando as mãos pelo rosto, num gesto cansado. – Não sei o que você tem para estar sendo tão sarcástica, mas eu só quero saber se a Gina está bem ou não. – cerrou os olhos, transformando-os em duas fendas verdes. – Não acho que você seja tão burra a ponto de não saber o que responder. – Hillary sorriu irônica.

-Como você acha que ela está? – perguntou, ignorando o que ele falara.

-Não sou adivinha, certo? – resmungou, cruzando os braços sobre o peito.

-Eu muito menos. – deu de ombros. – E depois, para que você quer saber? Nunca se importou com ela realmente. – Harry abriu a boca para responder, mas nenhum som foi emitido.

Fechando a boca, desviou os olhos e ignorou a morena ao seu lado. Sabia que o que ela falara era verdade; nunca se importara realmente com Gina, mas daí até não querer saber se ela estava viva ou não eram outros quinhentos.

Puxou o ar com força, antes de passar a mão pelos cabelos e voltar a olhar para a morena, que havia voltado sua atenção para o livro sobre suas pernas, cruzadas em pernas de índio e cobertas por um fino cobertor branco.

Oh, céus, será que teria que gritar a todos que finalmente se tocara que amava a irmã mais nova do seu melhor amigo para que alguém percebesse que se importava mais com a ruiva do que se permitia demonstrar?

-Como você pode saber? – perguntou simplesmente, fazendo Hillary levantar a cabeça e olhá-lo confusa.

-Do que você ta falando? – perguntou num sibilo. Harry sorriu pelo canto dos lábios.

-Como você pode saber se eu realmente nunca me importei com a Weasley? Como você vai assumindo coisas por mim, Rivendell? – Hillary só ficou olhando para o moreno, esperando ele continuar. Era impressão sua ou ele realmente estava sofrendo com tudo aquilo. – Você não sabe o que eu sinto, então, Rivendell, é melhor você calar a boca e somente me dizer se ela melhorou.

Hillary puxou o ar com força, antes de soltá-lo pela boca e sorrir com pouco caso.

-Descubra por si só. – resmungou, fechando o livro e deitando-se. Ficou de costas para o moreno e fingiu que dormia.

Harry bufou; qual era o problema daquela garota, afinal? Suspirando pesadamente, voltou a olhar para onde Madame Pomfrey estava, terminando de curar os ferimentos de Brian, que a cada momento, lançava um olhar mal humorado para a enfermeira.

-Dá pra ir mais devagar? – pediu num resmungo, fazendo a mulher bufar.

-Não tenho culpa se o senhor praticamente arrancou sua cabeça fora. – Brian quase rira daquilo, somente não o fizera porque ela estava mexendo na sua garganta.

-Arranquei minha cabeça? Por Deus, mulher, foi só um arranhão. – ao ouvir isso, Madame Pomfrey ergue-se e atacou o algodão dentro do balde com a poção que estava usando.

-Já que é só um arranhão, vou cuidar do Senhor Potter, que está com alguns machucados mais sérios que “só um arranhão”. – e continuou a resmungar, enquanto caminhava até o leito de Harry.

Brian e Melissa se entreolharam, surpresos.

-Louca. – Melissa resmungou baixinho, enquanto se levantava e ia terminar de fazer o trabalho da enfermeira, no que Brian resmungava qualquer coisa na língua dos feiticeiros. – Agora, cale a boca, se não deixo você a própria sorte. – a loira completou num resmungo, que fez o namorado se calar na mesma hora.

-Eu deveria processar essa enfermeira louca? – ele lhe perguntou, quando Melissa acabou de limpar seu machucado. Deu de ombros.

-Eu acho perda de tempo. – Brian deu de ombros e olhou para o canto da enfermaria, onde Hillary estava deitada, toda encolhida sob o cobertor. – O que ela tem, Brian? – o moreno suspirou pesadamente, mas qualquer coisa que ele fosse dizer foi esquecido com o barulho da porta da enfermaria se abrindo de qualquer jeito e por ela entrava um Joseph Watson todo atrapalhado.

Melissa piscou algumas vezes, confusa.

-Você chegou bem... Rápido. – murmurou, surpresa. Quanto tempo fazia que o irmão havia recebido a carta? Meia hora no máximo? E ainda assim ele conseguira atravessar o oceano Atlântico. Céus. Devia se orgulhar de ter um irmão assim; à jato, como diriam os trouxas.

O loiro ofegou ainda por um tempo, mostrando que ele correra muito para chegar ali o mais rápido que suas pernas permitiam.

-Me... Lembre... De nunca... Mais... Correr... Do jardim até... Aqui. – ele falou, entre uma puxada de ar e outra.

Brian olhou para o cunhado, com o cenho franzido.

-Faz quanto segundos que você recebeu a carta do Potter? – o moreno perguntou, fazendo Joe caminhar até sua cama lentamente e sentar-se no pé desta, enquanto olhava no relógio em seu pulso.

-Dez minutos. – respondeu, por fim, quando conseguiu recuperar o ar.

-Dez minutos? – Melissa e Brian perguntaram juntos, mas quem continuou foi Melissa. – Joe... – caminhou até o irmão, aproximando seu rosto do dele. – Você é louco ou você bebeu umazinha hoje? – o loiro riu sem jeito.

-É da Gina que estamos falando. – ele pareceu recuperar sua disposição quase que imediatamente. – Por falar nela, onde ela ta? – perguntou, ficando sério.

Melissa apontou para a cama com a cortina ao arredor e, puxando o ar com força, Joe foi para o lado da ruiva, no que seria uma longa tarde de feitiços e contra feitiços para tentar tirá-a daquele coma sem ter a necessidade de fazer a outra coisa que tinha em sua mente.

Céus. Somente o fato de que a vida de Gina dependia de si agora, era assustador a ponto de fazê-lo esquecer como se pronunciava as palavras corretamente.

Puxando o ar com força, começou a rezar para todas as santidades que conhecia, tentando manter a cabeça fria.

Esperava que Merlin estivesse de bom humor e lhe ajudasse a salvá-la.

Seriam longas setenta e duas horas.



I'll be waiting for you

(Eu esparerei você)

Here inside my heart

(Aqui dentro do meu coração)

I'm the one who wants to love you more

(Sou a pessoa que mais quer te amar)

Can't you see I can give you

(Não vê que posso lhe dar)

Everything you need

(Tudo o que precisar)

Let me be the one to love you more

(Me deixa ser alguém para te amar mais)






Continua...



N/A: Final meio sem noção? Eu sei! Pela primeira vez, em vinte capítulos, eu não sabia o que escrever. u.u O que mostra que eu sou péssima em “corridas de tempo melodramáticas”.

Bah, mas quem se importa? XD Vocês queria saber da doença da Gina e já sabem, meus queridos, pensem por esse lado. xD

Agora, o mistério do momento: o que é essa outra coisa que o Joe tem em mente? Será que ele vai conseguir salvar a Gina? Não percam o próximo capítulo, não sei quando porque ainda nem comecei a escrevê-lo! XD

Mas e aí? O que acharam desse capítulo? Péssimo? Horrível? Aceitável? Deplorável? Trasgo? Comentem! ^^

Agora, os comentários:



Tammy: Tamara Bárbara Silveira! ^^

Setenta e duas horas, Tammy! Três dias! Entendeu?^^

Próxima sepultura vai ser a minha? Detalhe: você mora, praticamente, do outro lado de São Paulo.

Ama mesmo a vdm?

Bah, o Harry é o Harry, né?

Beijocas.



Clare: Sim! Eu a-d-o-r-o deixar todos vocês curiosos! \o\

Meio revelador? E esse? Foi totalmente? =P

Bah, eu sei que em relação ao capítulo dezoito esses estão menores, mas veja bem, o dezoito é mais fácil, pois é ação e ação da pra fazer cenas novas e talz... Esses são mais sentimentos, e isso se muito falado fica repetitivo, porque o cara não vai descobrir que ama alguém e no momento seguinte amar outro alguém, entende?

Mais H/G? Meio complicado no momento não? Mais R/Hr? Pode ser que eu o faça no próximo capítulo.

Beijos.



Miaka: Sim! Rony revoltado.

Oh, essa história da ex-professora eu já te expliquei no MSN.

Está se apaixonando? Tenho certeza que em algum momento eu coloquei uma frasezinha que muda esta se apaixonando.

Sim; Rony foi patético.

NOSSA! XD

Beijos.



Sukii: Santa preguiça, hein?

Poxa! Duas semanas? Podia ser pior!^^

Viajar? Pra onde?^^ Eu vou ficar em casa, mofando mesmo! xD

Obrigada e igualmente!^^

Beijos.



Srta. Wheezy: Lindo? Porque lindo?XD

Agora você não vai mais me “aperriar” para saber qual a doença, certo?XD

Sim, Cacilda! Finalmente!

E tua voz é linda! *.*

Beijos.



Gina Potter Weasley: Que doença ela tem? Pensei que tinha ficado claro que eu responder nesse capítulo! i.i mas TUDO BEM! ^^ A resposta ta ae! =] Mais clara que água!^^

Lesão é sinônimo de Harry, minha querida! XD

Nunca mais pare o capítulo assim? Tarde demais o aviso, não?^^

Mostra? Só o fato de ser cor de rosa, já piora a situação! XD Sim, eu odeio rosa! U.u

Beijos.



Carol Malfoy Potter: Até no inferno? Pode ser que eu faça algum lá! XD Que você acha?^^

AUHUAHA... Então dizer que o Harry a ama, compensou não dizer o que ela tem? E isso é bom?XD

Beijos.



Marta Santos Weasley Malfoy: Olá!^^

Fico feliz que esteja gostando da fic! =]

Pois é... Harry é tapado, precisa achar que vai perder algo pra notar o que sente! u.u Idiota.

Beijos.



Lucas Grã 7: Olá!^^

Sim! Isso é coisa que se faça, seja lá ao que você está se referindo! XD

Harry leu a mente dela por um motivo que vamos descobrir depois! =P eu acho!^^”

Eles vão ficar juntos, no dia que tiver luz solar iluminando o planeta! XD Zuera, se eu responde perde a graça!^^

Beijos.



Mari: Porque você sempre faz perguntas que se eu responder tira a graça da fic?! =[

Beijos.



Nick Malfoy: Olá! =]

Gostou dessa parte, né? Eu não resisti em deixar a professora McGonagall no vácuo!^^” Mas ABAFA!

Sim! Sofre Harry Idiota! SOFRAAAA! XD

Beijos.



Juli-Chan: Sim! Menina má, que voltou a terminar o capítulo numa parte “assustadora”; o que será que o Joe vai fazer?^^

Sabe que eu num sei se você já havia comentado? Embora eu tenho a ligeira impressão de que já vi seu nick por aqui!^^”

Fico feliz que esteja gostando!^^

Beijos.



Carol: Que bom que gostou da fic! =]

A doença que ela tem? Você realmente quer que eu a reescreva aqui?XD

Obrigada!^^

Beijos.



Giovana-Castro: Fic maravilhosa? Obrigada!^^

Eu escrevo bem romance e ação? *.* Será que eu faria tanto sucesso quanto a J.K se eu publicasse algum livro?

Sério que o beijo do capítulo dezoito deu vontade?^^”

Quanto ao fato de eles terem lido o pensamento um do outro; isso acontece no capítulo dois e algumas pessoas me cobraram isso novamente. ^^”

Hillary participar mais? Hum, pode ser!^^ Acho que quanto ao Joe voltar esse capítulo respondeu sua pergunta, certo?

Quanto a morte da Emily ter sido morta pouquíssimo tempo depois, era essa a intenção mesmo. Se você ler com atenção, vai ver que não foram exatamente os “heróis” que os mataram; eles não têm culpa de ela não ter percebido que havia um tipo de espelho ao arredor da Gina.

Porque auto critica? O.o

Não se preocupe por causa do tamanho do comentário; o que realmente me importa é o conteúdo e não o tamanho, okay?^^

Beijos.



Loli Black: Sim! Ele descobriu que a ama! \o\

“q q ela tem afinal?”, foi respondida no começo do capítulo, né? =]

Beijos.



Cláudio P. Ribeiro: Olá! =]

Os capítulos são incrivelmente gigantes? O.o A gente conversou pelo MSN, mas esqueci de perguntar qual o tamanho dos seus capítulos. xD

Fico feliz que tenha gostado dos novos personagens!^^

Principalmente a Melissa? Algum motivo em especial?^^

Que bom que gostou da minha fic, isso me deixa feliz! =]

Nos seus favoritos? Nhai, que bom!^^

Beijos.



Virgin Potter: Sim! Ele finalmente descobriu! \o\

Se a Gina vai acreditar quando o Harry se declarar? Hum, não sei também! xD

Sim! Harry deu uma de super man! XD

Má? Estou começando a concordar com vocês!XD Mas é divertido!^^

Beijos.



Magic World Lover: Perfeitoso isso né?^^

Porque você não gosta da Hillary? i.i Ela foi criada com tanto carinho! x.x

Você gosta de pressionar os autores, é? O.o Devo me considerar perdida? u.u

Histérica? Viciada? Fanática? O.O

Beijos.



Lua Potter: Aí está mais um capítulo!^^ Acho que o que ta escrito lá em cima responde todas as suas duvidar – ou parte delas -, não? =D

Beijos.



Daniela: Calma! Tudo ao seu tempo! XD Eu sei que vocês estavam ansiosos, mas convenhamos que entregar um monte de coisas de bandeja em um único capítulo, não dá muito certo pra mim.

Beijos.



Miizitcha Radcliffe: Oie! =]

Perfeita? Obrigada!^^

Já revelei o que a Gina tem! =P

Acho que não repararam não, né?

Chorou? i.i Me sinto tao culpada quando alguém fala que chorou. x.x

Bom, o Harry é um jegue da melhor categoria! xD

Um capítulo todo H/G? i.i Certo, eu amo esse casal, mas não é pra tanto! x.x

Te adicionei! \o\

Beijos.



*KisYu*Black*: Que bom que gostou do outro capítulo!^^

Conseguiu entender a doença da Gina? =]

Beijos.



LuLuTi Potter: Olá! =]

Que bom que gostou da fic! ^^ Espero que você entenda que a personalidade de alguns personagens teve que ser mudado para que combinassem com a trama da fic!

Tem poucas partes H/G? Que triste, mas é essa a trama! XD Posso ser sincera? Não era pra ter nenhuma a fic toda. XD

Também que nos livros Harry e Gina vão ficar juntos! \o\ Eles tem que ficar juntos se a J.K presa sua vida. xD

Beijos.



Jubs: Que bom que está gostando da fic!^^

Beijos.



Laurinha: Oie sumida! xD Tudo certinho e você? =]

Que bom que está gostando da fic!^^

Beijos.



Gina Potter: Oie! =]

Se eu demorar vou me ver com você? Sim, senhora! Só uma duvida: você mora longe de Sampa, né?^^’ *medo*

Ninguém é normal, minha cara!^^

Beijos.



Alguém com muito bom gosto: Olá! O.o Tipo, será que posso pedir pra da próxima vez você colocar um nick ou o seu nome?^^”

Bom, entenda que eu sempre posto conforme eu termino os capítulos, a fic não está toda no papel, senão já teria postado há muito tempo! =P *não tem paciência para esperar alguns dias quando a fic já está pronta*.

Harry e Gina always!

Beijos.



Mari_Black: Oie!^^

Que bom que gostou do capítulo... retrasado! O.o

Pelo jeito, não errei ao colocar a cena do esgoto! XD

Beijos.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.