Scorpius contra ataca
Alvo já havia perdido faz tempo seu grande senso de humor adquirido repentinamente pela pastilha vermelha que Scorpius lhe dera, com más intenções. Alvo realmente não entendia o porquê de tanta maldade em uma pessoa só. Mas o bom é que não acontecera nada do que Scorpius imaginara o que ia acontecer e Alvo saíra por cima de tudo isso. Contudo, ninguém parecia notar que Alvo não estava mais com seu “grande humor”, pois elas ainda continuavam seus amigos e sempre andavam com ele. Neville e McGonagall já haviam o perdoado pelas piadinhas que fizera sobre eles e tudo estava seguindo bem.
Ele não podia estar se saindo melhor nas aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas e em Feitiços. Luna sempre o elogiava e lhe dava pontos pelos seus feitos, de modo, que todos seus colegas do primeiro ano o admiravam. Já Neville, parecia se divertir muito quando alguém tocava no nome de “Bobobottom”, ao invés de dar detenção. Mas Alvo e Scorpius ainda estavam num clima péssimo. Evitavam ao máximo se desencontrarem e um não ousava olhar para a cara do outro. Também, depois de tudo que acontecera.
Alvo se sentia muito bem na companhia de Brian. Eles conversavam sobre muitas coisas e Alvo o admirava muito, pois Brian conseguira uma vaga no time de Quadribol da Sonserina. Artilheiro. Se Alvo pudesse jogar no primeiro ano, com certeza ele pediria para Slughorn. Já havia evoluído muito nas aulas de vôo de acordo com Jorge. Mas Alvo sabia muito bem que alunos do primeiro ano não podiam participar do time de quadribol, a única excessao que abriram fora para seu pai.
Alvo estava sentado à mesa da Sonserina no Salão Principal, que estava parcialmente vazio. Ele estava rabiscando um pergaminho, que era para ser seu dever de Feitiços, mas ele não estava com a mínima vontade de fazê-lo. Fazia um sol escaldante lá fora. Uma coruja invadiu o Salão Principal e pousou graciosamente diante de Alvo, que surpreso, deixou cair o tinteiro na mesa.
- Scourgify! – murmurou ele
A tinta que caíra sumira rapidamente e Alvo levantou o pote quase vazio. A coruja deu um pio agudo e estendeu a pata, a qual carregava um envelope pardo. Alvo pegou e acariciou a cabeça da coruja. Ela por sua vez deu outro pio agudo e levantou vôo, saindo pela janela do Salão Principal. Alvo abriu o envelope:
Querido Al...
Estou aflita esperando a resposta da professora McGonagall, se é que você já perguntou não é? Bem, espero que sim, pois estou muito ansiosa, ainda não comentei nada com o Tio Rony e com a Tia Mione e nem pretendo se a McGonagall não deixar. Agora se ela deixar, já é outra historia.
Aguardando ansiosa...
Lilly
Alvo guardou a carta em seu bolso ligeiramente irritado com os olhares surpresos que os poucos alunos presentes lançaram a ele. McGonagall ainda não havia lhe comunicado sobre sua decisão, se é que havia alguma decisão. Ele se levantou e foi para o jardim tomar um ar puro.
- Oi Alvo! – disse Rosie pulando nas costas dele e lhe dando um beijo na boca – Tudo bem?
- Tudo! – disse Alvo – Um pouco cansado...
Eles andaram até a margem do lago e ficaram deitados na grama, deixando seus rostos exposto ao sol forte que iluminava toda a parte externa do castelo. Os tentáculos pegajosos da Lula gigante emergiram por um momento na água, mas logo afundaram novamente. Alvo deu um selinho em Rosie.
- Sabe... – disse Alvo – As coisas melhoraram muito pra mim desde daquele duelo que eu tive com o Scorpius...
Rosie ficara totalmente indignada quando Alvo lhe contara sobre o duelo que tivera com Malfoy e todas as vezes que eles passavam perto do Scorpius, ela ameaçava pendura-lo no ar de cabeça para baixo.
- Como melhoraram Alvo? – disse Rosie – Se não fosse o tal de Brian, você estaria machucado não estaria? Quem sabe na ala hospitalar numa hora dessas...
- É impressão minha ou você me chamou de fraco em Srta Weasley? – disse Alvo enrubescendo – Você achou que eu ia perder aquele duelo não é?
- Eu? – disse Rosie em tom ofendido – Imagina...
Alvo sorriu sem graça, enquanto Rosie começou a lançar debilmente pedrinhas dentro do lago. Varias pessoas conversavam a margem dele e consequentemente, Rosie acertava algumas pedrinhas nas pessoas inocentes, que xingavam.
- Bem... – disse Rosie – Você se saiu bem pelo o que me contou, mas também não podemos deixar de lado que o Malfoy tem um grande potencial para duelos...
Alvo sorriu ironicamente.
- Bem, ele tem! – disse Alvo – Mas idai?
- Ah... – disse Rosie se aproximando carinhosamente de Alvo – Mas eu tenho certeza que você é bem melhor que ele... – e lhe deu um beijo.
Levantaram-se novamente e se despediram, pois ambos tinham aulas distintas naquele horário. Alvo se dirigiu para a Sala de Historia de Magia e Rosie para as Estufas, para ter aula de Herbologia. Geralmente, Alvo cochilava nas aulas de Historia da Magia e essa não foi diferente. Não suportava o fantasma chamado Binns, explicando sobre a Revolução dos Duendes, ou então, A perseguição das Bruxas feita por trouxas. A Aula pareceu passar voando. Alvo colocou sua mochila nas costas e foi diretamente para uma exaustiva aula de Feitiços, porem, ele gostava.
- Bem... – disse Luna quando os alunos da Sonserina e da Corvinal já estavam acomodados – Hoje iremos aprender sobre um feitiço particularmente engraçado, ele se chama Juleon ... Alguém sabe o que ele faz?
Uma mão fina foi levantada ao ar. Alvo se virou e viu Katerine Chang. Alvo sabia de todas as historias envolvendo a mãe dela com seu pai. Claro que fora Rony que lhe contara, pois se Gina pegasse seu pai comentando sobre a Cho Chang...
- Esse feitiço cola os joelhos da vitima no chão Professora Lovegood! – disse a menina determinada. Sua voz era firme – Muito útil para duelos...
- Dez pontos para a Corvinal... – disse Luna olhando encantadoramente para a Chang – Muito bem Srta... Então, já que você sabe, poderia nos demonstrar...?
Katerine se levantou e sacou sua varinha, indo até a outra ponta da sala. Luna fez sinal para um aluno da Sonserina levantar. McTripe foi o escolhido e ele levantou rapidamente, mantendo uma distancia considerável de Chang.
- Quando eu falar três... Um... Dois... Três!
- Juleon! – bradou Chang sacudindo a varinha
PAFT
McTripe bateu com os joelhos no chão e ficou ali, parado, imóvel, como se suas pernas tivessem sido totalmente petrificadas. Os alunos da Corvinal explodiram em risos. Scorpius se levantou e apontou a varinha para Chang.
- O que está fazendo? – perguntou Luna entrando na frente da garota – Está louco Malfoy? O que iria fazer...
- Ela humilhou a Sonserina! – disse ele – Humilhou!
- Não humilhou não! – disse Alvo se levantando também – Ia atacar a menina a troco de nada?
- Cale a boca traidor do sangue! – berrou Malfoy
- Não... Me. Chame... Desse... Jeito! – disse Alvo cerrando os dentes. Ele sacou sua varinha instintivamente e apontou para Scorpius, que se virou e apontou para ele.
- Então vem Alvinho! – disse Scorpius
Alvo avançou com a varinha em punho.
- Parem! – gritou Luna – Agora!
A Sala ficou em completo silencio. Os alunos da Corvinal olhavam apreensivos para os dois alunos da Sonserina que estavam de pé, um apontando a varinha para o outro, com expressões determinantes em seu rosto. Kemily se levantou.
- Parem! – disse ela – Por que estão brigando? Scorpius, deixe o Al em paz!
Scorpius gargalhou sombriamente.
- Então agora deu pra chamá-lo de apelidos íntimos não foi Parkinson? – disse ele friamente – Ele ainda não aprendeu o que os traidores do sangue merecem...
- Sentar! – berrou Luna
Scorpius foi imediatamente pressionado contra a cadeira e Alvo se sentou por livre espontânea vontade, guardando sua varinha em seguida. Luna livrou McTripe do feitiço da Chang e foi até a sua mesa. Chang e McTripe voltaram aos seus lugares, claramente assustados.
- Scorpius... – disse Luna finalmente – Detenção às dezenove horas amanhã... Aqui na minha sala... E Alvo... Sua atitude foi muito nobre...
Scorpius olhou mortalmente para Alvo e depois encarou Luna com completo desprezo. Luna o encarou também e disse:
- O que você tem contra o Alvo Scorpius?
- Tudo! – disse Scorpius – Tudo mesmo!
Todo mundo olhou horrorizado.
- Dispensados! – disse Luna claramente balançada
Alvo jogou a mochila nas costas, se levantou e saiu da sala. Scorpius saiu logo atrás, acompanhado de três meninos grandes e fortes. Alvo foi andando depressa, pois tinha que terminar urgentemente um dever de Transfiguração. Ele ia descendo para as masmorras em um corredor deserto. Quando ele foi dobrar a esquina, alguma coisa prendeu seus pés e ele caiu no chão. Ele levantou novamente e sacou sua varinha, mas já estava perdido. A sua frente, Scorpius e os outros três, incluindo McTripe, apontavam as varinhas para ele.
- Me deixem em paz! – gritou Alvo – Covardes!
- Não... – disse Scorpius – Você vai ver... Expelliarmus!
Alvo desviou e saiu correndo. Ele olhava de vez em quando para trás, quando inúmeros raios multicoloridos passavam raspando pelo seu corpo. Estava realmente perdido se não conseguisse escapar. Ele virou outro corredor e começou a subir as escadas novamente, os quatro em seu encalço. Scorpius gritava inúmeros feitiços em direção a Alvo. Estava com sede de vingança.
- Everte Statum!
O Feitiço atingiu suas costas e ele voou para frente, dando muitas piruetas no ar, até cair de pé no chão. Suas pernas tremeram fortemente e ele apontou a varinha diretamente para Scorpius, que se aproximava mais e mais. Alvo foi tentar se afastar, mas ele acabou encostando em uma parede as suas costas.
- Malfoy... – disse Alvo – Que covardia...
- Covardia foi o que o Brian fez... – disse Scorpius – Ele, um aluno do quinto ano, atacar um aluno do primeiro ano, isso sim é covardia...
- E você acha justo quatro contra um? – disse Alvo tremendo dos pés à cabeça, olhava o tamanho dos amigos do Malfoy – Covarde!
- Não me chame de covarde...
Um estampido e Alvo gemeu de dor.
- Para! – suplicou – Agora!
Scorpius zombou da cara dele, dando uma risada maquiavélica.
- Petrificus Totalus!
Alvo caiu duro feito pedra no chão. Scorpius se aproximou dele e apontou a varinha e a ultima coisa que Alvo conseguiu ver, foi um raio violeta o atingindo no meio do rosto.
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