A notícia do Profeta



CAPITULO NOVE
A NOTICIA DO PROFETA

Alvo, agora que conhecera Brian, passava a maior parte do tempo com ele e sua turma. Só quando Brian ia conversar com James que ele evitava ir junto. Brian era muito popular e legal também. Já até ensinara a Alvo alguns feitiços de ataque.
- Esse se chama Estupefaça... – disse Brian sacando a varinha, eles estavam em uma sala de aula vazia – Estupefaça!
Um flash vermelho saiu instantaneamente da varinha de Brian e bateu na parede, rachando-a ao meio. Ele correu até ela a reparou com um simples toque da varinha.
- Muito útil... – disse ele – O mais usado em duelos...
- Ele é parecido com Expelliarmus! – exclamou Alvo
- Uhum! – disse Brian – Agora vamos para o Salão Principal...
Eles trancaram a sala de aula e foram para o Salão Principal. Tiveram dificuldades para chegar até lá, pois Pirraça ficara tacando copos cheios de água enquanto eles passavam. O Salão não estava cheio. Havia algumas pessoas jogando xadrez bruxo e outras colocando a matéria em dia.
Alvo e Brian atravessaram o Salão se se sentaram à mesa da Sonserina, onde havia uma porção de alunos estudando e alguns jogavam xadrez também.
- Oi! – disse Alvo
- Olá Potter! – disse todos em uníssono
Brian tirou um livro de sua mochila e começou a lê-lo rapidamente. Alvo admirava muito ele, pois era muito estudioso e inteligente, além de saber fazer feitiços muito bem.
Alvo se virou e observou o Salão. Ele levou seus olhos à mesa da Grifinória, a procura de James, mas nem sinal dele, então, quando foi se virar, ele capturou um olhar mortífero de Scorpius, que estava sentado na mesma mesa, não muito longe.
Mas Alvo sentiu uma vontade imensa de socar a cara dele até sair sangue. Ele estava abraçado com a Kemily Parkinson, que sorria alegremente para todos que passavam. Ele se virou novamente e viu que Brian ainda lia.
- Eu vou um pouco ao jardim... – disse Alvo
- Ah ok! – disse Brian sem parar de ler
Alvo se levantou e saiu andando pelo Salão. Passou pelas mesas e saiu. Andou rapidamente pelo Saguão de Entrada e finalmente chegou à parte externa do Castelo. Logo, ele avistou a pequena cabana de Hagrid. Fazia algum tempo que eles não se falavam.
Ele desceu o enorme jardim correndo a toda velocidade e chegou ao canteiro de abóboras ofegante. Ele deu três batidas na enorme porta. Hagrid imediatamente abri.
- Pequeno Al! – exclamou ele – Entre... Entre...
Alvo entrou na cabana e sentiu um forte cheiro de carne queimada. Ele tampou o nariz e pulou para uma cadeira gigante, que ficava em frente a mesa circular.
- Como você vai? – perguntou Hagrid indo até o fogão e tirando de lá, uma fornada de carne queimada – Ah não! Queimei de novo... Pena... Pena...
- Vou bem! – disse Alvo – E você?
- Não muito... – disse Hagrid – Desde que seu pai desapareceu, eu ando muito preocupado sabe...
- Uma coisa eu não entendo... – disse Alvo ficando serio – Todos os adultos, quando me vêem, fala que está preocupado com meus pais...
Hagrid jogou toda a carne lá no canteiro de abóboras, onde um Hipogrifo muito velho estava preso. Alvo ouviu o som da carne sendo estraçalhada pelo animal.
- É que você é filho dele Al! – disse Hagrid sentando-se em frente a ele – Sabe...
- Para o James vocês não fazem essa pergunta! – disse Alvo antes que Hagrid pudesse continuar a dizer alguma coisa – Será que eu sou pequeno demais?
Hagrid pegou a chaleira e encheu duas xícaras e estendeu uma a Alvo, que pegou e deu um gole, mas quase engasgou.
- Calma Alvinho... – disse Hagrid rindo – Eu sei que eu não faço um bom chá... Pena!
Alvo colocou a xícara cuidadosamente em cima da mesa, quase não estava agüentando o peso dela, de tão grande.
- Bem... – disse Hagrid bebendo todo o chá em um único gole – Seu irmão não tem vindo me ver ultimamente... Soube que ele está brigado com você...
- As coisas se espalham rápido por aqui não é? – disse Alvo ligeiramente irritado – Todos sabem da minha vida, é incrível...
- Bem... – disse Hagrid – Você é famoso!
Hagrid pegou as duas xícaras e colocou num canto da mesa.
- Não sou! – respondeu Alvo – Meu pai é, eu não!
- É bem... – disse Hagrid – Mas você é filho de Harry Potter não é mesmo? Você carrega Potter no sobrenome e também...
Hagrid respirou fundo.
- O nome de Alvo Dumbledore e Severo Snape! – disse Hagrid finalmente – Esses também eram famosos... Oh! Muito famosos!
Alvo encarou Hagrid interessado.
- É verdade que Dumbledore foi diretor de Hogwarts Hagrid? – perguntou curioso
- Oh sim... – disse Hagrid dando um triste sorriso – Foi sim... Um dos melhores e mais populares, durou muito tempo na direção... Até que... Bem, o resto você sabe...
- Até que Lorde Voldemort o matou não foi?
- Shh! – disse Hagrid – Não fale esse nome... E não foi Você-Sabe-Quem que matou ele, foi Severo Snape...
Alvo ficou pálido.
- Snape?
- Sim Snape... – disse Hagrid rapidamente – Todos nos pensávamos que ele era um Comensal da Morte depois desse assassinato terrível... Mas, Harry descobriu tudo... Dumbledore havia pedido para Snape mata-lo... Ele já não tinha muito tempo de vida!
Alvo encarou Hagrid, fascinado.
- Meu era corajoso não era? – perguntou Alvo
Hagrid deu uma risadinha e disse:
- Corajoso? É pouco... Ele conseguiu derrotar o maior Bruxo das Trevas de todos os tempos meu caro Alvinho... Ele salvou o mundo bruxo!
- Nossa! – disse Alvo
- Claro que você já sabe de toda essa historia não é?
- Ah mais ou menos... Papai nunca me contou assim, na integra... – disse Alvo
- Harry nunca fora de se gabar de suas ações... – disse Hagrid pensativo – Hm... Você quer me ajudar a alimentar Bicuço?
- Er... – Alvo levantou da janela e espiou o Hipogrifo, que naquele momento, devorara uma abóbora inteira – Eu tenho aula agora...
- Oh é mesmo... – disse Hagrid – Quase me esqueci que estamos em Hogwarts... Como anda as aulas de Defesa Contra as Artes das Trevas com Carlinhos?
- Ele explica muito bem! – disse Alvo – E deixa nós fazermos muitos feitiços também... Esses dias ele levou uma Salamandra para derrotarmos...
- Sempre gostou de fogo Carlinhos... – disse Hagrid encarando o vazio, como se estivesse lembrando de algum acontecimento – Ele cuidava de Dragões lá na Romênia...
- Que legal! – exclamou Alvo
- É... – disse Hagrid
Ele abriu a porta da cabana e Alvo saiu.
- Mas outra hora eu lhe conto mais historias Alvinho...
- Pode deixar que eu vou ouvir! – disse Alvo rindo
Hagrid saiu também e fechou a porta atrás dele. Alvo se despediu e subiu o jardim em direção ao Castelo, enquanto Hagrid jogava algumas doninhas mortas para Bicuço – O Hipogrifo.
Ele passou no seu dormitório, pegou seu material para a aula com Carlinhos e subiu rapidamente para a Sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Não havia nenhum aluno ainda, apenas Carlinhos Weasley sentado atrás de sua mesa, corrigindo alguns pergaminhos.
- Olá Alvo! – disse ele se levantando – Já?
- Er... – disse Alvo – É que eu não tinha nada pra fazer e então vim aqui, não falta muito tempo pra aula não é mesmo?
- É – disse Carlinhos – Sente-se!
Alvo nunca vira um Professor tão musculoso quanto Carlinhos. Ele era baixo e com braços grandes e com músculos enormes. Alvo queria ficar daquele jeito quando crescesse.
- Muito dever pra fazer? – disse Carlinhos fechando as janelas.
- Não muito – disse Alvo
Carlinhos terminou de fechar a janela e se sentou atrás de sua mesa novamente. Guardou os pergaminhos em uma única gaveta e jogou suas costas para trás. Aos poucos os alunos foram entrando. Aquela aula seria Sonserina com Corvinal.
- Sentem-se, por favor... – disse Carlinhos
Todos se sentaram e jogaram o livro de Defesa Contra as Artes das Trevas em cima da mesa, depois pegaram pergaminhos e penas. Scorpius sentou-se ao lado de Alvo.
- Onde você estava? – sussurrou
- Com Hagrid... – respondeu Alvo
- Aquele meio gigante? – disse Scorpius enojado
- É, ele mesmo... – disse Alvo irritado
Carlinhos levantou e fez acenos com a varinha. Palavras surgiram no quadro negro.
- Hoje iremos aprender sobre feitiços defensórios... – explicou ele – Sei que está muito avançado para a idade de vocês, mas só vou dar uma base ok?
Todo mundo concordou.
Carlinhos guardou a varinha e disse:
- Alguém sabe o principal feitiço de desarmamento?
- Eu! – Alvo levantou a mão
- Sim?
- Expelliarmus!
- Perfeito! – exclamou Carlinhos animado – Dez pontos para a Sonserina pela resposta certeira de Alvo...
- Muito bem! – disse Malfoy
- Ah! – disse Alvo – Obrigado!
A aula transcorreu muito bem para Alvo. Ele conseguira executar o feitiço de desarmamento muito bem. Na verdade, ele fora o melhor da sala, mas não queria admitir isso.
- A Spinnet foi melhor... – disse Alvo enquanto saia da sala feliz da vida – Você viu como ela derrubou aquele boneco?
- Você fez o mesmo e o boneco voou longe! – argumentou Scorpius – Você está evoluindo bastante Alvo...
- Deve ser – disse Alvo – Eu venho treinando alguns feitiços diariamente nas salas de aula vazias...
- Com quem? – perguntou Scorpius desconfiado
Eles dobraram um corredor deserto.
- Com Brian! – disse Alvo
- Ah não Alvo! – disse Scorpius – Para de andar com esse menino... Ele não é uma boa companhia pra você, me escuta...
- Como se você fosse a melhor companhia do mundo não é? – disse Alvo parando de andar de repente
Scorpius também parou e o fitou estranhamente.
- O que você quis dizer com isso?
- Eu disse que você não é a melhor companhia que alguém pode ter... – disse Alvo recomeçando a caminhada
Scorpius, indignado, disse:
- Eu te salvei daqueles meninos!
- Obrigado! – disse Alvo – Mas depois fez algumas coisas que eu não gostei e que um amigo de verdade não faria... Sinceramente...
- O que eu lhe fiz? – gritou Scorpius
- Pense... – disse Alvo – Pense bem, você não é tão burro assim é? Eu acho que não... Agora eu tenho que ir...
- Pra onde? – perguntou Scorpius
- Conversar com o Brian! – disse Alvo rindo e dobrou outro corredor, deixando Scorpius andando sozinho pela escola.
No dia seguinte, Alvo levantou cedo e foi logo para o Salão Principal tomar Café da Manhã. Estava realmente faminto. O Salão tinha poucas pessoas. No momento em que ele se sentou, a comida apareceu na sua frente e ele começou a comer.
Aos poucos o Salão foi se enchendo e as corujas começaram a chegar. Scorpius pegou o Profeta Diário e começou a ler.
- Ei Alvo! – exclamou Scorpius – Leia!

O Fim dos Potter

Foi constatado pelo Ministério da Magia que na noite de ontem, um grupo de Aurores, acharam os corpos de Harry James Potter e de Ginevra Weasley Potter. Estavam sem marcas pelo corpo, aparentemente foram mortos com a maldição da morte. O Profeta Diário deseja prestar solidariedade aos filhos de Potter e de Ginevra, mais conhecida como Gina Weasley.

- NÃO! – berrou Alvo – Não pode ser...
James levantou de sua mesa e foi correndo até o irmão, quando todos os olhares se voltaram para ele. Ele pegou o jornal e leu imediatamente.
- Merlin... – e abraçou o irmão

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