O Segredo de Neville
Alvo voltou a Hogwarts no dia seguinte. A viagem foi rápida, pois ninguém estava tão ansioso para finalizar aquela partida de Snap Explosivo, que teve Marília como ganhadora.
Ninguém parecia surpreso com os óculos de Alvo, mas aquilo era estranho comparado há alguns dias, que não havia óculos a colocar toda hora.
Após Alvo guardar sua nova vassoura, ele desceu ao jardim, onde Rapha o esperava. Ela se virou, alegre como sempre, exibindo um esplêndido sorriso.
Os dois ficaram ali na beira do lago até anoitecer, conversando como fora as férias de cada um e observando a Lula Gigante brincar na superfície.
Logo no dia seguinte começaram as aulas. Alvo, Rosie e Chris se dirigiam a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas quando Scorpius Malfoy e seus capangas apareceram no corredor.
- Olhem só! – exclamou Scorpius para os outros. – O Menino-Quatro-Olhos voltou a Hogwarts! Que prazer em vê-lo!
Com um olhar de desprezo Alvo se desviou de Malfoy e seguiu para a sala de aula.
- Boa tarde classe! – falou Jorge animadamente alguns minutos depois. – Hoje vamos aprender o Feitiço do Desarmamento: o Expelliarmos. É recomendado, em um duelo, usá-lo antes de qualquer coisa. Depois disso, vocês podem usar o Flipendo para atingir o adversário. Bom, antes de treiná-lo vamos aprender sua história, como deve ser usado e como foi composto. Vamos trabalhar, porque isso pode levar o ano inteiro!
Naquela aula Jorge só contou um quarto da história do feitiço Expelliarmos, que, para Alvo, era melhor que História da Magia, que foi as duas próximas aulas.
O tempo passou devagar. Logo todos estavam indo ao Salão Principal para o almoço, mas alguém o puxou para o lado.
Tudo ficou escuro, até uma voz lá longe ordenar “Enervate”e Alvo conseguir abrir os olhos. Neville o olhava de um jeito assustadoramente misterioso.
- Prof. Neville... – começou Alvo, mas foi interrompido pelo professor.
- Al, você precisa destruir a varinha! – falou ele. – Você tem que ir rápido!
- Mas por que destruir a varinha? – perguntou Al, fitando o professor. – Ela contém um segredo...
- E esse segredo está na varinha! – falou Neville, suando para todo lado. – Dentro dela!
Alvo olhou para a varinha depois para Neville.
- Professor, não vou destruí-la enquanto não houver uma explicação...
- Está bem! – exclamou o professor. – Sente-se, vou lhe contar tudo...
“Quando houve o ataque, eu a vi sendo amaldiçoada pela Maldição Cruciatus. Cheguei e a liberei, mas rapidamente o homem a pegou e a levou para a Torre de Astronomia. Eu os segui, e quando cheguei lá me escondi. Ouvi o homem dizer que o Lord das Trevas deixara uma luz, uma única esperança, e escondeu ali, na Torre de Astronomia. Eu tomei coragem e o ataquei.”
- E então? – perguntou Alvo, depois que Neville recuperou o fôlego.
- Ele jogou Minerva pela janela. – respondeu ele. – Eu sabia que ela era velha demais para conseguir se safar dessa, então pulei atrás dela e consegui me pendurar com o feitiço Carpe Retracto.
“Ajudei-a a pular em uma janela, e juntos fomos atrás de um dos seguidores de Você-Sabe-Quem...”
- Neville, ele está morto, pode chamá-lo de Voldemort!
- Ah, desculpe-me... Bom, o seguimos até a Floresta Proibida. Ninguém nos viu. Minerva o fez confessar tudo.
- Tudo o que?
- Ele disse que alguma coisa continha a última esperança, a pessoa que iria substituir Você... opa, Voldemort. Bom, deixamos fugir, então Minerva virou-se a mim e me contou o plano.
- Que plano? – Alvo percebeu que Neville sabia de coisas que o ajudaria muito.
- O plano era, para Grifinória, fingir estar morta para não ser como a dois anos atrás quando ela deu licença e os alunos foram atrás dela. Para o resto da escola ela se aposentara. Mas ao invés das duas coisas, Minerva foi descobrir mais coisas sobre essa coisa. Ficou todo esse tempo lá, até descobrir que Voldemort deixou, no meio de sua varinha, uma lembrança que mostraria quem seria o herdeiro dele.
Alvo tampou a boca para abafar seu grito. Voldemort tinha um herdeiro, que poderia substituí-lo e trazer novamente as Trevas de volta ao mundo. Ele não poderia deixar isso acontecer, teria de achar primeiro o herdeiro e... o matar.
- Vamos ter de invadir o escritório de Noami para colocar a lembrança na penseira? – perguntou Alvo.
- Isso mesmo Alvo, mas é muito arriscado. Preciso fazer uma distração muito forte para que você, Rosie e Chris consigam ir para o escritório de Noami e ver a lembrança. Sozinho eu nunca conseguiria fazer uma distração tão grande para chamar atenção suficiente!
- Tem alguém que pode ajudar! – falou Alvo, dando meia volta e indo a direção a porta da estufa.
- Então quer dizer que Voldemort tem um filho? – perguntou Rosie incrédula, minutos depois. – E está na varinha?
- Isso mesmo. – respondeu Alvo, virando para olhar Brian, Marília e Rapha. – Preciso da ajuda de vocês. Neville não consegue chamar atenção suficiente para toda a escola. Vocês poderiam ajudá-lo?
- Claro! – respondeu Brian – Vou chamar o Jorge, ta na hora dele voltar a mexer na caixa de logros e brincadeiras!
Todos correram, cada um para o seu lado. Aquela história estava perto de seu fim...
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