O teste de Quadribol



O sábado havia chegado como num passe de mágica. Alvo acordara de manhã, muito ansioso para seu treino de quadribol, e se conseguisse, teria finalmente uma Minueto. Colocou o Mapa do Maroto no bolso e saiu do dormitório.
Chris ensinava alguma dança diferente á rosie, que se divertia muito. Ambos olharam e viram a cara animada de Alvo, descendo a pulos a escada.
- Olá pessoal! – falou Alvo animado. – Acordaram cedo hoje!
- Chris está me ensinando uma dança trouxa, o ura-ura! – falou Rosie, abraçando o amigo. – É tão divertido!
Eles se soltaram quase imediatamente. Alvo saiu meio que rindo do dormitório, e deu de cara com Elma Marion.
- Olá Al! – falou ela.
- Olá, Sra. Marion. – retribui Alvo. – A senhora deseja alguma coisa?
- O Prof. Crédulos disse que você queria me mostrar alguma coisa... – Ela fitou os olhos de Alvo. Aquilo parecia que era leitura de mente. – Muito bem Al, não esconda nada de mim.
Alvo a fitou também. Contaria ou não contaria sobre a Marca Negra? Claro, ela tinha mais chances de descobrir a verdade do que ele. Finalmente Alvo resolveu falar:
- Anteontem eu, Chris e Rosie saímos para encontrar pistas, e achamos a Marca Negra na Torre de Astronomia.
- Acharam o quê? – perguntou Elma indignada.
- A marca de Voldemort. – respondeu Rosie, passando pelo retrato com Chris.
Elma olhou os três, e depois saiu correndo em direção norte. Alvo preferiu não pensar nisso, mas sim em Quadribol. Virou-se para Chris e exibiu um exuberante sorriso.
- Ansioso para o teste Chris? – perguntou ele, dando um tchau para Rosie que ia nadar no lago.
- Mais do que ansioso, um caco! – falou Chris, desviando de um balão de água que caíra no teto. – Hei, quem jogou isso?
Ambos olharam pra cima. O famoso Pirraça, o poltergaist, ria e flutuava para todo lado. Ele não era como um fantasma comum: podia pegar coisas e não era branco-pérola como a maioria dos fantasmas comuns.
- Sai pra lá Pirraça! – falou Alvo, desviando de mais um balão de água. – Ninguém quer chamar o Barão Sangrento né?
- Você nem é da Sonserina seu grande imbecil! – falou Pirraça lançando mais um balão de água que errou por centímetros o nariz de Rosie.
- Mas sou o diretor da casa Pirraça! – ouviu-se a voz de Slughorn atrás do trio. – E se você não quiser que eu chame o Barão Sangrento é melhor dar caminho para todos.
Com uma risadinha sem graça, Pirraça saiu voando em direção a escadaria. Alvo, Chris e Rosie agradeceram e voltaram a andar. Estavam quase no Pátil de Entrada quando ouviu-se a voz de Rapha:
- Hei Alvo! Espere!
Alvo parou, dando sinal para os dois prosseguirem. Rapha chegou mais perto mais sorridente que nunca.
- Adivinha! Não precisa... Estou como artilheira no time da Sonserina! É uma pena que eu vou jogar com o Luigi e contra você, mas assim é a vida, não é? Você está indo para o teste da Grifinória?
- Estou! – respondeu Alvo, sentindo um calor debaixo da camisa. – Er... Você quer vir comigo? Tenho algumas coisas para falar.
Alvo sabia que podia confiar em Rapha, então contou tudo sobre a morte de McGonagall e a Marca Negra enquanto passavam pelo gramado.
- Isso é terrível! – exclamou ela horrorizada. – O Prof. Longbotton esconder a morte de McGonagall! E ainda tem essa Marca Negra de Você-Sabe-Quem...
- Por que você não fala o nome dele? – perguntou Alvo, avistando Hagrid.
- Er... Acho que como minha mãe fala assim eu também falo...
Alvo não a esperou terminar a frase. Correu até o guarda-caça Hagrid.
- Ah, olá Al! – falou ele. – Olá Rapha!
- Hagrid, me esqueci de vir aqui ontem...
- Não tem problema Al! – respondeu ele, cortando mais uma abóbora gigante. – Com todos esses problemas até eu esqueceria. Soube que seu pai está incapacitado de trabalhar... Coitado.
- Bom, agora eu tenho que ir. – falou Alvo. – Sabe, o teste. Até mais Hagrid!
Alvo e Rapha desceram juntos até o campo, onde Scorpius, Crabb, Goyle e Luigi esperavam alguma coisa. O garoto avistou Alvo, e começou a chamá-lo.
- Hei Potter! O que você veio fazer aqui?
- Não te interessa Malfoy! – retrucou Alvo.
- Não me diga que vai fazer teste? – falou Scorpius. - Potter, você não tem talento!
- Escolha melhor suas palavras, Scorpius! - falou Neggy, o capitão do time da Grifinória, chegando ao lado de Alvo. - Ele com certeza tem mais talento que você e seu pai juntos!
- Como você pode saber se ele nem jogou? – perguntou Luigi, chegando mais perto. – Walks, melhor você escolher melhor seus jogadores ou vai continuar perdendo.
- Para sua informação Barros, Potter jogou conosco porque foi o melhor na aula de vôo. – respondeu Neggy feliz.
Luigi empunhou sua varinha em direção a Neggy, que também empunhou a sua. Mas, por sorte, nesse exato momento, Marília veio correndo e esbarrou com Luigi, que caiu e perdeu a posse da varinha.
- Bem feito! – falou Marília, erguendo-se. – Você ia atacar novamente não é Barros?
- Melhor você sair do meu caminho Garcia! – falou Luigi. – E deixe-me em paz!
- Você não vai ter paz enquanto não deixar de atacar ao próximo! – retrucou Marília, com a voz autoritária igualzinha a de McGonagall.
- Então acho melhor você esperar sentada! – falou Luigi, dando meia volta e correndo em direção ao castelo junto com Malfoy, Crabbe e Goyle.
Marília suspirou tristemente, e entrou no campo junto com Neggy, seguida de Alvo e Rapha.
O campo de quadribol era amplo, com riscos no gramado e três aros gigantescos nas duas pontas. As arquibancadas eram divididas em cores: vermelho para Grifinória, azul para Cornival, amarelo para Lufa-Lufa e verde para Sonserina.
Alvo, Rapha, Marília e Neggy entraram no campo. Os testes da Lufa-Lufa haviam acabado naquele momento, com dói times prontos saindo do campo.
- Time reserva. – explicou Neggy, percebendo a indignação de Alvo. – O diretor Noami achou melhor colocar um time de reserva caso acontecesse alguma coisa com o outro.
- Então quer dizer que os escolhidos do primeiro ano vão ser um time reserva? – perguntou Alvo, pegando uma velha vassoura encostada ao lado.
- Isso mesmo. – confirmou Neggy para a infelicidade de Alvo. – Mas fique calmo Potter, dependendo do empenho do reserva ele fica jogador principal.
Alvo abaixou a cabeça. Seu irmão já está em seu sexto ano e era mil vezes melhor que ele. Alvo só teria chance de passar de seu irmão em seu terceiro ano.
Os testes começaram. Primeiramente, os três artilheiros foram escolhidos com os três que fizeram mais gols (Cláudio McMilan, Joana Jones e, felizmente, Chris). O goleiro (Osmar Bott) foi escolhido porque defendeu o maior número de gols. Os batedores (Jimmy Thompson e Tina Hawen), os que rebateram mais bolas. Agora chegara a hora do apanhador ser escolhido.
Alvo pegou uma vassoura encostada na parede e foi para a roda formada no meio do campo. Tiago o observava ao lado de Neggy, que começara a dar as instruções.
- Quando eu soltar o pomo, vocês terão de levantar vôo e pegá-lo. O primeiro que o pegar será o apanhador reserva da Grifinória. Não nos responsabilizamos por nenhum acidente. Quando eu falar “já”... um... dois.... três... AGORA!
Um pomo quase invisível saiu do caixote, seu brilho se destacando na visão das arquibancadas. Em uma fração de segundo ela foi visível, mas logo desapareceu. Alvo deu impulso e levantou vôo. O pomo logo foi localizado, e um garoto foi atrás dele.
- Se apresse Al! – berrou Tiago no chão.
Alvo empurrou seu corpo para frente e a vassoura acelerou. Não era muita coisa comparada a velha Firebolt de seu pai, mas dava pra conseguir se o adversário possuía o mesmo tipo de vassoura. Ele se desviou da arquibancada, deu impulso para o lado e logo ficou bem perto do colega, que olhou para trás e deu um impulso. O pomo brilhava tanto que chamou a atenção de todos, e logo os quatorze candidatos estavam grudados perto da bolinha com asas. Alvo foi mais rápido, passando por uns cinco, mas foi chutado por um deles. Neggy apitou o apito e apontou para o menino, que desceu de cara amarrada.
Logo só sobraram três competidores. O pomo ia a direção para a Floresta Proibida, na parte mais escura. “Isso não vai dar certo” falava uma voz na cabeça de Alvo, que deu um impulso tão forte que disparou na frente.
Estendeu o braço, com o pomo enrolando em seus dedos, mas um uivo ecoou pela floresta escura. Os outros dois competidores saíram voando, enquanto Alvo tentava se equilibrar. Mas infelizmente desequilibrou, e apartir daquele momento o garoto não entendeu nada.
Caiu da vassoura, mas parecia estar pendurado. O pomo havia sumido, mas em seu bolso alguma coisa se remexia. Alvo tentou subir, mas aquilo era praticamente impossível. A vassoura endoidou, começou a voar de um lado a outro descontroladamente, fazendo-o dependurar aos poucos. Logo Alvo só tinha uma mão pendurada na vassoura, que se remexia sem parar. Ele deu um impulso e subiu na vassoura, voltando para o campo onde os quatorze competidores o esperavam.
- Al! – gritou Chris, correndo em direção do irmão. – Você está bem Al?
- Estou! – disse Alvo, pegando a coisa em seu bolso. Era o Pomo de Puro, que agora estava imóvel.
- Que captura esplendida! – falou Neggy, chegando mais perto. – Só seu irmão conseguiu fazer uma melhor três anos atrás! Alvo, bem vindo ao time!
Chris, Rosie, Rapha e Marília o pegou e o colocou em seus ombros. A comemoração foi á beira do lago, com suco de abóbora e torradas roubadas da cozinha por Brian. Aquela tarde foi a melhor que Alvo passara desde que entrara em Hogwarts.

O tempo passou como uma leve brisa, e dezembro chegou. As aulas, cada vez mais pesadas, cercaram Alvo que não teve mais notícias da investigação da Marca Negra. Brian fora escolhido para o mini Torneio Tribruxo, mas as provas só começariam depois do natal. Denis Dylan fora escolhido pra representar a Sonserina, Lina Ruchet da Lufa-Lufa e Richard Negwith da Cornival.
Não houve mais surpresas pelos meses que se passaram. Alvo olhava o horizonte ás vezes, pensando quando seu pai iria mandar a vassoura, já que ele escrevera uma carta contando as novidades após conquistar o cargo de apanhador do time reserva da Grifinória. Estava tudo normal, por enquanto...

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