Scorpius Malfoy



Alvo acordou cedo no dia seguinte. Chris já levantara, talvez estivesse tomando banho também. Ele olhou na janela e achou seu amigo, na orla da floresta, olhando para as árvores que balançavam com o vento.
Alvo se trocou, desceu correndo as escadas e bateu em Rosie.
- Olha pra frente, Alvo! – falou ela nervosa. – por que você está assim? É super cedo!
- Chris é sonâmbulo! – falou Alvo. – Ele está lá em baixo na orla da floresta. Se ele entrar, ou ele não volta mais ou a Grifinória perde um monte de pontos! Temos de acordá-lo, pois a qualquer segundo ele pode entrar lá!
Os dois se puseram a correr, empurrando o retrato e parando de repente.
- O que foi? – perguntou Rosie.
- Como vamos chegar lá? – perguntou Alvo. – Não sabemos o caminho!
- Eu posso guiá-los. – falou uma voz atrás deles.
Ambos se viraram. Um homem flutuante branco-pérola olhava para Alvo e Rosie com um sorriso transparente. De repente sua cabeça quase rolou, só ficou pendurada. Ele o arrumou e voltou a sorrir.
- Você é o Sir. Nickolas? - perguntou Rosie, enquanto o fantasma flutuava a frente deles em direção a escadaria.
- Sim! – falou Sir. Nickolas. – Mas pode me chamar de Nick-Quase-Sem-Cabeça.
- Mas eu achava que você não gostasse de ser chamado assim, Nick. – falou Alvo, descendo a escadaria.
- Mas o tempo passou, e fui me acostumando. Hum, também não é pra menos. 524 anos sendo chamado assim.
O resto do caminho teve um silêncio rápido e insuportável. Logo Nick se despediu e Alvo e Rosie se puseram a abrir a porta, encontrando Chris lá longe. Correram para lá, e quando chegaram mais perto, notaram que o garoto estava completamente acordado.
- Ah, e aí pessoal! – falou ele, desgrudando os olhos da floresta. – Ontem a noite vi alguma coisa aqui... E não eram esses bichos ou monstros. Era alguém voando numa vassoura!
- Talvez fosse o bicho papão! – falou uma voz atrás deles.
Os três se viraram e deram de cara com Scorpius Malfoy. Exibia um sorriso irritante, e parecia muito satisfeito de encontrá-los ali sozinhos.
- O que você quer? – perguntou Alvo, pegando disfarçadamente sua varinha.
- Seu tolo, não sae jogar um feitiço sequer! – debochou Malfoy. – Sabe que eu não fui com a cara dos três! E por isso vocês receberão um castigo.
- É melhor calar essa boca, Malfoy! – falou Alvo, agora empenhando a varinha.
- É melhor virar essa varinha para outro lado Potter! – falou Malfoy, também empenhando sua varinha. – Não iria querer duelar comigo não é?
- Tanto faz. – resmungou Alvo irritado. – Deixe-nos em paz!
- Isso é uma coisa que vocês três nunca terão nessa escola! – urrou Malfoy. – Expelliarmos!
O feitiço passou por de baixo do braço de Alvo e bateu no peito de Chris. Não era possível que Malfoy soubesse um feitiço que provavelmente só seria ensinado no segundo ano.
- Você vai pagar por isso Malfoy! – urrou Alvo, pensando no único feitiço que seu irmão lhe ensinara. – Flipendo!
O feitiço atingiu Malfoy no estômago, o fazendo voar para trás. Ele rapidamente se levantou e ficou fitando o trio.
- Aprendi esse feitiço sem varinha! – falou Alvo orgulhoso.
- Mas este eu aprendi de um livro! – falou Malfoy. – Estupefaça!
Alguém apareceu na frente de Alvo naquele exato momento e gritou “Protego”. O feitiço foi revidado, mas errou por centímetros de Malfoy.
- Não se intrometa se tem amor pela própria vida! – falou Malfoy.
- Não obrigado irmãozinho! – falou Brian Anderson, se revelando tirando o capuz.
Malfoy arregalou os olhos. Empunhou a varinha novamente e fitou o irmão bastardo por um momento.
- Agora sim vou destruir você, sua aberração da natureza! Estupefaça!
- Protego! – o feitiço de Malfoy foi revidado, o fazendo voar para trás. – Você não pode comigo irmãozinho! Vocês três, saiam daqui!
Alvo ficou parado, junto com Rosie e Chris. Os três estavam com as varinhas empunhadas. De repente começou um duelo entre os dois irmãos. Feitiços voavam para todos os lados, e alguns quase atingiram o trio. Uma estranha poeira impedia a visão dos dois, mas pelos gritos de Brian ele estava perdendo.
- Temos de ajudá-lo! – falou Rosie. – Ele nos salvou!
- Eu vou, vocês fiquem aí! – falou Alvo, mas isso foi como falar “venham comigo”.
Os três atravessaram a poeira. Brian se encontrava inconsciente no chão, enquanto Malfoy ria. Chris empunhou a varinha e ordenou “Estupefaça”, fazendo Malfoy voar e cair inconsciente no chão.
- Como você fez isso? – perguntou Rosie.
- Puxei do meu pai o talento de copiar feitiços. – falou ele. – vamos levar Brian daqui antes que Malfoy acorde.
Alvo e Chris pegaram Brian e levaram ele até o Pátil Principal. Lá, Nick Quase Sem Cabeça cantarolava “Sou um fantasma, fantasma velho, de cabeça pendurada!”
- Nick, você precisa nos ajudar! – falou Rosie. Malfoy atacou Brian, e ele ficou assim!
- Mas eu sou um fantasma! – falou Nick, deixando sua cantoria. – Ali vem Hagrid! Talvez ele possa ajudá-los.
Hagrid vinha vindo levando carnes, assobiando alegre.
- Olá Al, olá Rosie, olá Chris! – falou ele.
- Você conhece Chris? – perguntou Rosie.
- Bom, conversamos de madrugada. E esse daí, quem é?
- Brian Anderson, irmão bastardo do Malfoy. – explicou Alvo. – Não sabemos onde é a enfermaria, você pode nos ajudar?
- Claro, mas expliquem o que aconteceu com esse jovem no caminho. – falou Hagrid, colocando Brian nos braços.
Do pátil a enfermaria Chris, Rosie e Alvo explicaram toda a história. Logo o trio percebeu que estavam com fome, e resolveram ir tomar o café da manhã, enquanto a velha Madame Pomfrey cuidava de Brian.
O diretor finalmente estava no café da manhã, junto com os outros professores. Ele exibia um sorriso magnífico de tão branco.
- O nome dele é Albert Noami. – falou Chris, pegando um pedaço de pudim. - Foi nomeado pela própria McGonagall.
- Esse Scorpius Malfoy não é flor que se cheire. – falou Rosie, pegando seu horário com McGonagall. – Olhem, dois tempos de poções, dois tempos de DCAT e mais uma aula de História da Magia. Depois não teremos mais aulas por hoje. Tomara que os professores não passem muita lição, assim eu poderei aproveitar o dia para aprender mais feitiços!
Os três, após tomarem o café da manhã, se dirigiram para Poções, que seria Grifinória com Sonserina. Scorpius Malfoy estava a porta, com Paola Parkinson, Jimmy Goyle e Manny Crabb.
- Você se safou desta vez Potter, mas da próxima nenhuma aberração vai salvá-lo. – falou Malfoy, com um sorrisinho malicioso.
- Não estou com nem um pouquinho de medo de você, Malfoy. – falou Alvo, fazendo cara feia.
Ele se virou e avistou Brian, que aparentemente estava totalmente curado. Alvo se aproximou, enquanto Rosie e Chris discutiam sobre o dom de Chris de copiar feitiços.
- Você está bem? – perguntou Alvo.
- Estou sim, obrigado. – falou Brian, exibindo um sorriso. – Obrigado por me levar á enfermaria.
- Não foi nada! – falou Alvo.
- Bom, tenho que ir pra minha aula. – falou Brian, se afastando.
Agora Alvo tinha razão que aquele era o começo de uma longa amizade.

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