A caminho da escola



Alvo Severo Potter olhava para o nada. A janela de sua cabine no Expresso de Hogwarts estava totalmente molhada. Gotas de chuva escorriam até o fim, desaparecendo de vista.
- Alvo? – perguntou Rosie, o olhando com um olhar preocupado. – Você está vivo?
- Mas é claro que estou! – falou Alvo, acordando de seu encanto com as gotas da chuva. – Eu só estava pensando... E se eu ir para a Sonserina?
- Eu ouvi seu pai falar, Al! – falou Rosie, parecendo extremamente nervosa. – Pare com essa idéia boba! Você é que faz suas próprias decisões, e não um chapéu bobo e velho!
Alvo fitava Rosie. Talvez ela estaria certa. Não haveria o porque se preocupar. Se endireitou na poltrona e olhou para a porta de sua cabine. Scorpius Malfoy estava comprando sapos de chocolate e varinha de alcaçuz com um galeão. Ele era um dos bruxos mais ricos da Grã Bretanha, pois com a herança de seu avô, ele pôde viver do bem e do melhor.
- Aquele não é o menino Malfoy? – perguntou Rosie.
- É. – respondeu Alvo. – Eu vou comprar sapos de chocolate para nós ok?
- Ok. – respondeu Rosie. – Vou ler O Pasquim. Tem umas coisas interessantes nele.
- Como o que? – perguntou Alvo, abrindo a porta da cabine. – Bichos que não existem?
- Luna Lovegood e seu pai provaram que existem sim! – disse ela. – E são fantásticos!
Alvo atravessou a porta de sua cabine. Scorpius o olhou com uma cara feia, de quem dizia “não fui com a tua cara”.
- Dez sapos de chocolate, por favor. – pediu ele, entregando um galeão á mulher.
Alvo os colocou em seu bolso, com muita dificuldade. Quase deixou a maioria cair ao abrir a porta, pois, mas conseguiu segurar.
- Rosie, me ajuda! – pediu ele.
- Agora não Al! – falou Rosie, empenhando um exemplar do Profeta Diário. Você sabia que um bruxo anda roubando artefatos trouxas?
- Do ministério? – perguntou Alvo, despejando os sapos de chocolate no banco.
- Não é do ministério... – começou Rosie. É da casa deles mesmo! Está roubando coisas que os trouxas usam como segurança. Olha, até conversaram com ele na página 4!
- Não sei de você, mas acho que não devíamos nos preocupar com isso. – falou Alvo. – Vamos comer!
Alvo pegou um sapo de chocolate, mas antes de colocá-lo na boca, o sapo voou, passando pela porta e pulando por aí.
- Eu não perdi um sapo até hoje, e nunca perderei! – avisou Alvo, correndo em direção do sapo.
O corredor do trem ecoava conversas. Todas as portas, sem exceção, estavam fechadas. O sapo atravessou uma porta que estava sendo fechada, e quando Alvo tentou passar por ela, bateu a cabeça.
Caiu ajoelhado no chão, passando a mão na cabeça. A porta novamente se abriu, e um menino de cabelo loiro atravessou-o com o sapo de chocolate.
- É seu? – ele perguntou.
- É. – respondeu Alvo, erguendo-se e pegando o sapo. – Sabe, não gosto de deixar os sapos de chocolate fugirem de mim. Você é novo em Hogwarts?
- Sou! – respondeu o garoto animado. – Meu nome é Christian, mas pode me chamar de Chris!
- Meu nome é Alvo! – falou Alvo, apertando a mão do garoto. – Alvo Severo Potter!
- Você é filho de Harry Potter? – perguntou Chris. – Aquele que destruiu Voldemort?
- Sou sim! Você não tem cabine?
- Está cheia. Todas pelo visto. Já ia ficar com o maquinista quando seu sapo pulou para dentro do vagão dos monitores.
- Você entrou no vagão dos monitores? – perguntou Alvo, lendo na porta “entrada permitida para bruxos permitidos”.
- Não vi essa placa. – falou Chris. – Bom, acho melhor eu ir ao encontro do maquinista.
- Espere! Minha cabine só tem duas pessoas! Vamos!
Alvo e Chris começaram a caminhar. Alvo viu Tiago com um grupo de colegas, mas virou a cara. Se o visse ali com certeza falaria que estava o espionando.
Finalmente eles chegaram na cabine certa. Rosie ainda lia o Profeta Diário, na página cinco.
- Esse caso é complicado... – começou ela, que só agora percebeu a presença de Chris. – Ah, olá! Meu nome é Rosie Granger Weasley!
- Meu nome é Christian Montov! Na verdade meu nome é muito complicado sabe... E esse caso? É sobre uma fuga em Azkaban?
- Não. – respondeu Alvo. É só um caso de um demente que rouba segurança trouxa...
- Mas não é só isso! – exclamou Rosie. – o guarda trouxa Denny Carter disse que o homem matou uma detetive e desapareceu com o corpo dela! Ele não consegue a descrever, e parece que ela não tem ninguém no mundo! Nem os grandes telepatas conseguem localizar o corpo dela ou alguém com nome Doham!
- Bom, meu pai consegue alguma pista. – falou Alvo. – Não quero assuntos paralelos.
- Como assim “assuntos paralelos”? – perguntou Rosie.
- Simples: assuntos que não digam a respeito de Hogwarts! Olhem! Meu pai na figurinha do sapo de chocolate!
Todos olharam para a figurinha. Harry Potter sorria alegremente para todos, com seus óculos arredondados. Abaixo havia a descrição:


Harry Potter
1980 – presente

Harry Potter, o único a sobreviver a uma maldição da morte, derrotou há dezenove anos atrás Lord Voldemort, considerado o bruxo mais cruel, mais temido e o terceiro mais poderoso do mundo.

- Eles não sabem de muita coisa! – falou Alvo. Meu pai fez muito mais do que isso!
- Relaxa Alvo! – falou Chris. Alguém aqui sabe jogar xadrez para passar o tempo?
- Ótimo! – falou Rosie. – Vamos fazer um pequeno torneio. Quem vencer leva esses três sapos de chocolate!
E os três começaram um pequeno torneio, que durou algumas horas, com Chris como vencedor.

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