Numa noite gélida



Era uma noite gélida em Destic’s Bros. Denny estava atento a qualquer movimento naquele bairro cheio de trombadinhas. Já era demais ter de aturar os moradores reclamando de suas maçanetas ou cadeados terem sumido misteriosamente. Tudo se encaixa com os moleques que roubam os minimercados.
Denny não agüentava mais esperar. Nada ali parecia estranho, somente o barulho que as árvores faziam ao se mexerem diante ao vento frio da noite.
- Denny, já está tarde. – falou uma voz feminina ao seu ouvido.
Denny se virou rapidamente. Parada em sua frente estava Marilene Doham, detetive particular de um dos moradores.
- Nunca é tarde para quem está a favor da lei. – falou Denny, a fitando nervosamente. – Mas para uma jovem senhoria como você... Devia estar em casa não eh?
- Estou a trabalho, Denny. – falou ela. – Não importa minha idade, só minha profissão. E acho que o sumiço das maçanetas e cadeados está bem além de trombadinhas de minimercados.
- Como o que, Srta. Doham? – perguntou Denny, com uma voz zuativa – Uma... Força sobrenatural?
- Talvez Denny. Agora, se me dá licença, preciso juntar pistas...
Um forte lampejo verde invadiu aquela pequena rua. Denny correu e viu os olhos verdes de Marilene sem vida fitando o céu azul-marinho, cheio de brilhantes estrelas.
Um vulto se encontrava parado em frente a um lampião. Tinha o braço direito erguido, e um pedaço de pau em sua mão. Dentes brancos apareceram em frente a sua face escura, e ele murmurou alguma coisa como “Crucio”.
Denny caiu no chão. Parecia estar sendo torturado...
- Nunca mais um trouxa terá proteção se depender de mim... – falou uma voz em seu ouvido. – Você deve ser um tipo de Auror... Nunca gostei de Aurores, sabia?
- Não sei do que você está falando! – urrou Denny em meio de uivos de dor. – Não sei de trouxas! Não sei de Aurores!
- Você é um trouxa! – urrou a voz. – Você é um Auror trouxa! Policial, em outras palavras... Trouxas.
- Você está infringindo a lei! – urrou mais uma vez. – Será preso por isso! Você matou uma detetive!
- O corpo dela vai ter mais serventia para mim do que você imagina, mero trouxa.
- Eu... Não... Sou... TROUXA!
Com um soco em alguma coisa, Denny caiu no chão. O lampião iluminava sua cara, cheia de lágrimas escorridas. Um homem extremamente estranho pegou o corpo de Marilene. Estava sorrindo, com dentes de lobo. Na mão direita, ele endireitou seu pedaço de pau, ordenando a ele “Avada Kedavra”.
Um lampejo de luz passou raspando em sua orelha. Denny levantou-se esganiçado, apontando seu revólver para o homem.
- Nos veremos de novo! – gritou o homem. – Mais cedo do que você imagina!
No meio do tiro que Denny dera, o homem se desapareceu. Marilene estava certa, alguma força sobrenatural estava querendo retirar a segurança de Destic’s Bros.

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