Inesperado Pedido!
Capítulo 4
Ora que se dane!, Gina pensou.
Aceitando o desafio, começou a desabotoar o vestido.
Erguendo desafiadoramente o queixo, ela sustentou o olhar dele enquanto acabava de desabotoar o vestido, deixando-o cair a seus pés. Em seguida, tirou a lingerie rendada.
Ela percebeu a admiração nos olhos de Draco. Virou-se e calmamente andou até a piscina de hidromassagem.
Ela se sentiu maravilhosamente bem. A água tépida massageava seus músculos doloridos, e uma brisa que trazia o odor cítrico de alguma planta soprava em seu rosto. Gina deu um suspiro de prazer.
De repente, seus olhos se encontraram. Gina sentiu-se corar violentamente.
Ele riu alto.
— Olhe o quanto quiser — brincou ele. — Não sou tímido.
Ela desviou o olhar, com as faces em brasa, a garganta seca. Ele entrou na água, sentando-se ao lado dela.
— Tome. — ofereceu uma bebida. — Chama-se caipirinha, é uma bebida brasileira. Veja se gosta.
— Hummmm... deliciosa! —ela murmurou, provando a bebida com os olhos fechados, consciente demais do corpo poderoso a seu lado.
— Não precisa ficar tão tensa — ele zombou. — Não vou me atirar sobre você!
— Nem pensei nisso — ela murmurou.
— Então, relaxe e divirta-se.
“Como se fosse fácil!”
Quando tirou o copo vazio da mão dela, Draco pousou-o no chão. Gina conseguira relaxar, por fim.
Malfoy mudou de posição e sua coxa roçou a dela. Gina ficou imóvel, querendo e não querendo evitar o contato.
— Está dormindo? — ele sussurrou.
Ela abriu os olhos.
Draco a olhava, sorrindo. Os dentes muito brancos. Depois fechando os olhos, ele se inclinou sobre ela. Seus lábios se encontraram, e ele desenhou com a língua o contorno da boca sensual antes de beijá-la.
Gina sentiu-se perdida e indefesa, afogando-se na doçura daquele beijo. Era a sensação mais maravilhosa e extasiante que já conhecera, e ela queria que se prolongasse para sempre.
Quando ele se afastou, ela abriu os olhos. Por um instante, pôde ver a expressão de triunfo no rosto másculo, tão próximo do seu.
Aquilo foi como uma ducha de água fria.
Ele percebeu e imediatamente disfarçou. Mas já era tarde demais, o estrago fora feito.
Gina levantou-se com dificuldade.
— Gostaria de sair, agora.
— Certo.
Saíram, e Draco apanhou um dos roupões felpudos e a cobriu, antes de vestir o outro.
— Nós precisamos é nadar um pouco — ele sugeriu. — A esta hora da noite nós teremos a piscina só para nós.
Tentando amarrar com firmeza o cinto do roupão, Gina abanou a cabeça.
— Não, obrigada. — Enxugou os cabelos com a ampla gola do roupão, apanhou as roupas e sandálias. — Para mim, basta um chuveiro frio e cama.
Sabendo que estragaria tudo, se insistisse, Draco a acompanhou em silêncio até o quarto.
Pela manhã, Gina despertou com batidas rápidas na porta.
— Vamos dorminhoca! — Draco chamou. —Já são quase seis e quinze.
Praguejando por entre os dentes, Gina empurrou a colcha pesada e saiu da cama. Arrastando o robe, com a cascata de cabelos vermelhos emoldurando seus ombros, abriu a porta.
Ele estava barbeado, com os cabelos platinados ainda molhados do chuveiro, e vestia um roupão curto. Sorriu para ela.
— Bom dia!
Estava tremendamente sexy, os olhos cinzas-azulados brilhando.
Apesar de todas as resoluções, o coração dela disparou.
— Dormiu bem? —ele perguntou.
— Muito bem. E você?
— Não tão bem quanto costumo — ele admitiu. — Pronta para um mergulho?
— Eu já disse que não tenho maiô.
— Agora já tem — ele informou, entregando-lhe um enorme embrulho. — Deve ser o tamanho certo. Ande logo! Você tem cinco minutos.
Antes que ela recuperasse o fôlego, ele se afastou.
Ela abriu a caixa. Entre dobras de papel de seda, havia um biquíni marrom e ouro, com estampa de leopardo. Havia também uma saída de banho e faixa para os cabelos do mesmo tecido. Um conjunto completo.
Era exatamente o seu manequim. Onde ele conseguira aquilo.
Mesmo sabendo que não podia comprar algo tão obviamente caro, a curiosidade a fez experimentar o conjunto.
O biquíni tinha um corte que fazia suas pernas parecerem mais longas. A parte de cima era sem alças. Olhando-se no espelho, Gina admitiu que estava deslumbrante.
Ainda olhava boquiaberta para a estranha refletida no espelho, quando Draco voltou a bater na porta.
— Ainda bem que está pronta — ele observou, quando ela abriu.
— Mas... não posso usar isto — Gina protestou.
— Por que não? Está lindo em você! Transformou uma gatinha numa fera sensacional!
Tentando ignorar o elogio de mau gosto, ela não desistiu.
— Está decididamente fora de minhas posses — ela disse incisiva.
— Já foi pago — ele informou.
—Obrigada, mas não tenho intenção de deixar que compre roupas para mim.
Ele deu de ombros.
— Se incomoda, vou providenciar para que eu irmão me reembolse.
— Também não tenho intenção de explorar Ronald.
Ela preferia vestir o maiô velho ou não ir.
— Está bem — ele se rendeu. — Eu a admiro por isso, mas não vamos começar o dia brigando! Você pode me pagar quando começar a trabalhar. Além disso, se eu tiver que devolver, Joe vai ficar desapontado.
— Joe? — ela estranhou. —O que ele tem a ver com isso?
— A mulher dele tem uma pequena butique. Antes de ir para cama, a noite passada, telefonei para ele, explicando o que eu queria. Pela manhã, joe trouxe vários biquínis para que eu escolhesse.
Diante do espanto dela, ele riu.
— Como vê, Joe e sua mulher tiveram muito trabalho só para que pudéssemos nada juntos esta manhã — prosseguiu. —A não ser, é claro, que você não queira mesmo.
Ela tentou, mas não conseguiu dizer ‘não’. No fundo, queria muito ir.
Lendo a expressão em seu rosto, Draco se animou.
— Então, o que estamos esperando?
— Só vou pegar minhas sandálias.
O elevador parou na agradável área de recreação, onde guarda-sóis coloridos e plantas floridas tornavam o ambiente acolhedor. Ela notou que realmente tinham o lugar só para eles. O bar ainda estava fechado.
Mais tarde, estavam sentados a uma mesa com duas canecas de café fumegante e bolinhos açucarados.
— Hummmm... que delícia — Gina murmurou, passando a língua nos lábios. — E também adorei nadar.
— Tanto quanto a hidromassagem? — ele perguntou, provocante.
Ele viu o tom da face dela se confundi com o vermelho dos cabelos.
— Não precisa ficar vermelha. —Ele riu. — Eu já tinha visto mulheres nuas. E não é crime relaxar um pouco.
— Por que me beijou? — Gina perguntou.
Por um momento, ele pareceu aborrecido e surpreso.
— Por que um homem beija uma mulher? — ele indagou simplesmente.
— Você é o homem — ela retrucou. — Conte-me.
— Normalmente, porque não pode resistir à tentação — ele falou, olhando com volúpia para os lábios dela.
— Não acredito que esse fosse seu caso — Gina provocou.
— Subestima seu poder de atração, minha linda. E você estava adorável, deve se lembrar.
— Lembro da expressão de vitória em seu olhar — Gina despejou.
— Isso parece uma acusação — ele falou.
— E é.
Os olhos cinzentos faiscaram.
— Por quê? Que expressão esperava? Gostei de tê-la beijado, e triunfo é o que todo homem normal sente quando a mulher que ele escolhe corresponde ao seu beijo!
Sem saída, ela ficou muda.
— Ou preferiria que eu parecesse desapontado? Indiferente?
— Não.... mas pensei que você... estivesse só tentando me conquistar.
Ele praguejou baixinho.
— Pensei que para você não passasse de um jogo — ela concluiu.
— Achou que seria mais uma na minha lista?
— É exatamente o que quero dizer — ela disse, aliviada. — Só não creio que você tentasse me levar...
— Para a cama? — Ele completou por ela.
— É.
— Minha querida, qualquer homem com sangue nas veias ia querer isso! — Depois de uma pausa, ele pegou a mão dela. — Entretanto, tem razão numa coisa. Eu estava mesmo tentando faze-la se apaixonar por mim.
“Talvez ela suspeitasse, mas ouvi-lo confessar era demais”.
— Mas está errada sobre tudo o mais — ele prosseguiu. — Não era um jogo. Nunca fui tão sério em toda minha vida.
“Então, sua falta de sofisticação o atraía, Gina ponderou, e ele provavelmente queria fazer dela sua amante. Mas por quanto tempo? Alguns meses? E depois, o que seria dela? Seria com certeza posta de lado, para ceder lugar à próxima vitima”.
— Não tenho a menor intenção de ter um caso com você — declarou Gina.
— Caso? O que a faz pensar que é isso o que eu quero?
— Pensei. Desculpe.
— Quero casar com você.
Sem fôlego, Gina o olhou, atônita. A cor fugia de seu rosto sem saber o que dizer.
— Sei que meu pedido de casamento foi inesperado, mas não pensei que fosse deixá-la muda.
“Então, ele realmente dissera ‘quero casar com você’?”
— Está brincando — ela balbuciou. — Só pode estar.
Ela não disse nada.
— Por quer casar comigo? — ela perguntou, abismada.
—Estou atrás do seu dinheiro — ele zombou.
— Gostaria que falasse sério.
— Tem toda razão, meu bem. Casamento é um negócio muito sério, e que até o momento tentei evitar.
— Então, nunca...
— Pedi outra mulher em casamento? Não. Estive a ponto de fazê-lo uma vez, mas o bom senso prevaleceu.
— Então, por que eu?
Draco pôs-se de pé com um movimento cheio de máscula elegância, indo sentar-se ao lado dela.
Seus olhos a percorreram de cima a baixo, fazendo-a corar violentamente.
Ele beijou-lhe a boca de leve.
Gina encolheu-se num movimento de defesa e cerrou os lábios.
Com doçura e suavidade, a boca de Draco passeou pelo rosto dela, indo lentamente da covinha no queixo para a linha perfeita do maxilar. Era tão erótico que ela fez enorme esforço para afastá-lo. Quando suas mãos tocaram o peito largo, ele gemeu.
— Hummmm... que bom! Toque-me.
Ela deseja tanto! Mas um resquício de bom senso a fez hesitar.
— Abra os lábios para mim, Gina — ele sussurrou.
Quando ela virou a cabeça, tentando resistir, ele se pôs a mordiscar-lhe a boca. Ela suspirou. Aproveitando a chance ele aprofundou o beijo e, com a língua afoita e hábil, a fez gemer de prazer.
— Isso é química em ação — ele murmurou, quando finalmente ergueu a cabeça. — Uma razão muito boa, tem que concordar. Mas há mais, Quer que eu as enumere?
Ela permaneceu calada.
— Você é bondosa e doce, ainda que às vezes estimulantemente agressiva. Gosto de seu entusiasmo e do jeito solto e autentico com que goza a vida. Mesmo não tendo muitas oportunidades, você é feliz e parece carregar a felicidade com você. Esse é um dom raro.
Gina ouvia, atônita.
— Será que já está pronta para me dar uma resposta? — ele perguntou.
.... continua....
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