Em Hogwarts...
A viagem foi tranqüila, exceto a briga entre Sarah e Draco. O rapaz estava furioso com aquela menina. Não entendia como uma garota tão bonita podia ser tão atrevida e irritante. Procurou se informar sobre ela e as únicas coisas que descobriu foram que ela era transferida, iria para o quinto ano, era brasileira e que estava morando na casa dos Weasley. Essas informações todo o trem já sabia.
Quando estavam chegando, Sarah e Hermione foram colocar suas vestes já que eram as únicas que estavam sem elas. Não tinham visto mais Gina no trem.
Em Hogwarts, Rony, Hermione e Harry mostraram tudo para Sarah que ficava cada vez mais fascinada. A cada passo dado ela via algo encantador. A decoração, a pintura das paredes, os quadros que se moviam, tudo era fascinante. Mas algo a deixou realmente assustada: os fantasmas. Nunca poderia imaginar que aquilo poderia ser real. Depois que Nick Quase-sem-cabeça foi falar com Sarah a garota pareceu mais tranqüila. Na entrada do Salão Principal, a professora McGonagall veio falar com ela.
- É bom vê-la aqui, querida. Pode sentar com seus amigos e quando eu chamá-la você vai até a frente para eu
colocar o chapéu seletor em você. – Antes de a professora entrar no Salão completou. – Qualquer dúvida, você pergunte para seus amigos ou para mim mesma.
- Tudo bem.
Ao entrar no Salão, Sarah ficou mais encantada do que em qualquer outro lugar. Era realmente lindo e Rony quase teve que empurrá-la para ela continuar andando. Tinha ficado paralisada. Ficou completamente boba com o teto encantado, com as mesas enormes e com todo o resto.
- É tudo... tão... bonito... tão perfeito! – Ela tentava falar sem tirar os olhos do teto.
- É mesmo. Pode se dizer que Hogwarts é quase perfeita. – Rony comentou baixinho.
Quando Harry viu Cho foi correndo em direção à garota e combinou de se encontrar depois com ela. Gina ficou muito triste ao ver que o romance dos dois ia muito bem. Ela não queria ficar triste com a felicidade do amigo, mas não conseguia. Adriene, que sabia o porquê da tristeza da amiga, a consolou.
Sarah se sentou ao lado de Gina na mesa da Grifinória e cochichou no ouvido da amiga:
- Gina, eu acho que sei porque você está triste e eu não gosto de te ver assim. Não liga pra ele e nem pra aquela oriental não. Você é tão bonita e vai acabar arranjar alguém perfeito pra você. – Sarah completou dando uma piscadela para Gina.
- Obrigada... Mas como você sabe?! – A ruiva ficou confusa porque não havia contado pra ela sobre seu amor por Harry.
- Não tente negar. Eu sei e pronto. – Sarah falou antes de ouvir Dumbledore dando as boas vindas aos alunos. A garota ficou muito orgulhosa ao ver seu tio ali, tão superior e ao mesmo tempo bondoso.
- Bom, antes de começar a seleção dos novos alunos, eu gostaria de chamar a aluna Sarah Wynette, transferida de outra escola, para ser selecionada para uma das casas.
A garota ficou muito nervosa, mas tentou ir confiante para onde a professora Minerva estava. Sentou na cadeira. Olhou para frente e viu a quantidade de alunos que a observavam e a encaravam. Sentiu que estava ficando vermelha e tentou se acalmar. Para disfarçar o nervosismo olhou para seus amigos e sorriu. Antes de sentir o chapéu em sua cabeça escutou um “boa sorte” da professora McGonagall e agradeceu com um novo sorriso.
- Hum... Interessante... Cabecinha bem difícil, menina. Confusa, muito confusa. Tudo parece muito novo para você, mas é confiante. Sei que seu lugar é na Grifinória! – Neste exato momento toda a mesa da casa aplaudiu fortemente.
Antes de Sarah voltar para sua mesa ela se virou e deu um sorriso para Dumbledore que não escondeu sua felicidade pela sua sobrinha ter ido para Grifinória. Ao chegar na mesa, todos os amigos e conhecidos a cumprimentaram.
- Cabecinha difícil, hein? – Rony imitava o chapéu falando enquanto bagunçava os cabelos da amiga. Hermione não tinha mais ciúmes e até achava graça da brincadeira. Entendera e confiava na nova amiga.
Depois da seleção dos novos alunos, todos ficaram conversando tanto na mesa que nem escutaram quando o professor Dumbledore anunciou que o banquete estava servido. De repente a comida apareceu na mesa fazendo com que todos levassem um susto. Sarah nunca tinha visto tanta comida em toda sua vida. Não era só a comida que ela conhecia, mas tinha muita coisa que ela não havia visto ainda, como docinhos de hortelã e outras bebidas.
- Sejam bem-vindos a mais um ano em Hogwarts. E que esse ano seja muito produtivo para todos vocês.
Depois do jantar e de cantarem o hino da escola, todos foram para seus dormitórios. Sarah ficou muito feliz ao saber que ficaria no mesmo quarto que Adriene e Gina, que a chamaram para ir a Sala Comunal.
- Não. Preciso escrever uma carta para minha mãe, não é Gina?! – Sarah falou e ao mesmo tempo lançou um olhar a Gina lembrando a garota que não poderia contar nada.
- É mesmo. Você já tinha falado. Então vamos descer e quando você terminar desce.
- Está bem. Tchau meninas.
Quando as duas saíram, Sarah pegou tinta e um pergaminho e começou a escrever.
“Querida mãe,
como estão as coisas por aí? Espero que estejam bem. E a Clara, como está? A Cíntia ligou? Há, vou ficar maluca. Como os bruxos vivem sem telefone? Mas vou descobrir um jeito de conseguir fazer com que os aparelhos “trouxas” funcionem aqui. Vou pesquisar e no Natal trago meu computador, televisão, telefone, cd
player e tudo mais! Brincadeira. Bom, chega de embromar e vamos para a parte principal. PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU NADA SOBRE NÓS SERMOS BRUXAS, SOBRE MEU PAI, SOBRE MEU TIO?????? No começo eu fiquei muito empolgada com tudo, mas depois coloquei a cabeça pra pensar e descobri que tudo não é tão fácil assim. Depois nós duas conversaremos pessoalmente. A viagem para a escola foi super legal. O senhor e a senhora Weasley são muito legais e os filhos deles são muito loucos, mas está sendo tudo muito divertido. Sabe de quem eu sou amiga? Do famoso Harry Potter. Na verdade eu não entendi muito bem porque ele é famoso, mas tudo bem. Eu fiquei na Grifinória. Você e meu pai foram de quais casas? Há, e qual era o nome do meu pai mesmo? Acho que você nunca me disse ou eu me esqueci, sei lá. Nossa, minha cabeça está explodindo de tantas perguntas. Meus amigos são super legais principalmente Rony, o ruivinho que ficou aí em casa. Mas também tem um pessoal que vou te contar hein? Um mais metido que o outro. Quase briguei com um tal de Malfoy no trem. Meu tio é super legal e a professora Minerva McGonagall também. Acho que é só. Qualquer coisa eu escrevo. Amanhã começam as aulas. Beijos para você!
Com amor, Sarah.”
Quando ela terminou de escrever tentou controlar a vontade de chorar. Apesar de ter ganhado novos amigos, sentiria falta de todos que deixou e principalmente de sua mãe. Além do mais teria que desistir do sonho que
tinha e que quase estava se tornando realidade antes de descobrir sobre sua verdadeira vida. Sempre sonhara em formar uma banda de música com seus amigos. Amava cantar, mas agora não teria chance para realizar seu sonho. Ficou triste em pensar em tudo aquilo, mas preferiu se controlar. Arrumou suas coisas e se sentiu tão cansada que acabou deitando e dormindo.
No dia seguinte, Gina e Adriene tentavam acordar Sarah de todas as maneiras, mas a dorminhoca não acordava.
- Sarah, estamos atrasadas. ACORDA! – Gina gritava no ouvido da menina que se assustou e acabou acordando.
- O que? Ahm... Já estou indo... – Sarah despertou e se levantou um tanto contrariada.
- Se arrume logo. Eu e Gina estamos esperando você na mesa do café. – Adriene disse enquanto puxava Gina.
- Tudo bem.
A garota, depois de se levantar com muita preguiça, se arrumou e penteou os cabelos. Achou muito estranhas aquelas roupas, mas até que parecia ser legal, diferente. Prendeu seus longos cabelos em um coque como no dia anterior. Quando ela desceu as escadas encontrou Harry em uma das poltronas da Sala Comunal.
- Bom dia, Sarah. Que sono, hein? – Ele se levantou e foi em direção a menina quando a viu.
- É... muito... – Sarah ainda estava com muito sono e quase não conseguia falar.
- Escreveu a carta para sua mãe?
- Que bom que você me lembrou. Me espera um pouco que eu vou no dormitório pegá-la. –Sarah subiu as escadas correndo e quase derrubou Rony e Hermione que estavam descendo, mas nem os viu.
- Olá Harry. Por que Sarah subiu correndo daquele jeito?
- Ela foi pegar a carta da mãe. Olá Mione.
- Bom dia! – Hermione estava muito feliz. Quando tinha saído do dormitório encontrara Rony na porta, que a estava esperando. Isso era um motivo mais do que suficiente para tal felicidade. Os três ficaram esperando Sarah, que desceu como um raio.
- Pronto... Cheguei... – Ela tentava falar ofegante. – Oi Hermione, oi Rony.
- Oi. Então o que achou de Hogwarts? – Rony perguntou.
- Por enquanto maravilhoso.
- Gina pediu para avisar que estava te esperando no Salão Principal. Podemos ir agora? – Harry perguntou.
Os quatro foram para o Salão e Sarah colocou a carta em um dos bolsos. Sentou-se entre Gina e Rony. Olhou em volta. O salão estava cheio. Eram pessoas muito diferentes umas das outras. Algumas pareciam ser muito simpáticas, outras, nem tanto.
- Pronta para seu primeiro dia de aula, Sarah? – Neville perguntou.
- Estou um pouco nervosa, mas acho que estou pronta.
- Eu sabia que você ficaria na Grifinória. – comentou Simas enquanto mastigava algo. – Os grifinórios são inconfundíveis.
Sarah não conseguia falar muito com seus amigos porque sempre vinha alguém cumprimentá-la. Antes de se levantar da mesa, sem querer olhou para a mesa da Sonserina e encontrou um par de olhos azuis a olhando com desprezo. Ela não agüentou e devolveu o olhar para Draco. Não de desprezo, mas de raiva. Ele então desviou o olhar ao escutar a voz de Pancy ao seu lado.
- Draquinho? Onde você está com a cabeça? – Draco não conseguia entender como alguém conseguia ter uma voz tão irritante.
- O que você quer? – Não podia escuta-la que já ficava irritado.
- Nada, só quero saber em que você está pensando. – Ela dizia enquanto enlaçava os braços no pescoço de Draco.
- Em você é que não é.
- Pois deveria já que sou sua namorada. – Ela tirou os braços do garoto e pegou uma torrada com geléia e serviu na boca dele.
Quando Sarah viu aquela cena sentiu vontade de vomitar. Achou tudo muito patético. Sentiu sendo puxada pela mão por Adriene. Quando Sarah deu por si já estavam em frente à porta da sala de aula.
- Essa é a sala de Transfiguração. – Gina disse.
Nas cadeiras duplas Adriene insistiu para que Gina sentasse com Sarah.
- Não precisa. Eu sento aqui atrás de vocês. – Sarah falou enquanto colocava seu material em cima da mesa.
- Se você quer assim... Quem sabe não senta um gatinho do seu lado. – Adriene falou brincando enquanto Gina ria.
- Engraçadinha. Vocês podem ir comigo ao corujal depois? Porque eu não sei se vou encontrar o Rony.
- Hum... Rony? – Adriene sorriu maliciosamente. – Desculpe-me intrometer, mas você tem alguma coisa com ele?
- Não, claro que não. Somos amigos.
- Mas você não sente vontade de... você sabe. Rony é muito bonitinho. – Ao escutar o que Adriene disse, Gina deu um tapa no braço dela.
- Bom... Na verdade... Já nos beijamos. – Sarah falou baixinho e timidamente. As duas ficaram pasmas. Ela corou.
- Sério? Quando? – Gina perguntou meio séria ao se lembrar de Hermione afinal, ela não poderia ficar sabendo.
- Foi quando ele ficou na minha casa. Nós estávamos no meu quarto e eu estava mostrando uma coisa pra ele... Aí rolou um clima e aconteceu.
- Como foi? Ele beija bem? – Adriene era curiosa demais para o gosto de Sarah e Gina.
- Adriene! Pare de ser fofoqueira! – Gina a repreendeu.
- Ai Gi! Só quero saber.
- Vocês não vão acreditar se eu falar o que aconteceu depois.
- O que aconteceu? – As duas perguntaram pasmas imaginando besteiras.
- Não vai dizer que vocês fizeram... você sabe... aquilo. – Adriene disse bem baixinho olhando em volta para ver se alguém a via ou a ouvia.
- NÃO! – Sarah gritou. – Claro que não! Como você pode pensar isso?
- Sei lá. O Rony é um gatinho, vocês estavam sozinhos...
- Pare de falar bobagens! – Novamente Gina a repreendeu.
- Nós dois começamos a rir. Eu não senti nada demais e ele também não, então começamos a rir.
- Sério?! – Gina riu. – Menos mal.
- Com licença, – Alguém interrompeu as meninas. – eu poderia sentar aqui com você? – Um garoto muito bonito e simpático falou ao lado dela. As três se viraram para aquele garoto que parecia um anjo. Tinha cabelos loiros enrolados que lhe caíam no rosto e olhos negros, mas muito brilhantes e vivos.
- Andrew!? – Ao ver o garoto Sarah deu um pulo e foi abraçá-lo. Adriene e Gina se entreolharam sem entenderem.
- Sarah! – Ele parecia muito feliz em ver a morena.
- O que você está fazendo aqui? Não me diga que você é um...
- Bruxo? Sim, mas eu nunca vi você por aqui. Você foi transferida, né? Eu vi ontem, mas nem falei nada.
- Eh... eu fui. – Ela respondeu sem muita convicção.
- Legal, mas você nunca me contou que era uma bruxa.
- Nem você me contou.
- Bom, eu posso sentar com você?
- Claro. Antes deixa eu te apresentar minhas amigas. Essa é Ginevra. – Sarah a apontou e a garota muito tímida apenas deu um sorriso.
- Olá Ginevra.
- Pode me chamar de Gina.
- E essa é Adriene.
- Oi Adriene.
- Olá... – Essa ficou encantada com o rapaz. – Não me lembro de ter visto você antes.
- Eu sou um pouco deslocado, sabe. – Ele pareceu meio sem graça.
A professora entrou na sala fazendo todos se sentarem. A aula foi ótima para Sarah. Não só porque Minerva tinha simpatia pela garota, mas também porque ela ganhara 3 pontos para Grifinória por ter acertado uma pergunta no primeiro dia de aula. Depois da aula, Sarah chamou Adriene e Gina para irem até o corujal, mas Gina teve uma idéia.
- Não, não. Infelizmente não dá. Eu e Adriene vamos fazer uma coisa. Não é Adriene? – Gina olhou para a amiga com um olhar ameaçador, como se mandasse ela concordar e a garota logo entendeu.
- Sim... É verdade. Por que você não vai com seu amigo?
- Por mim, não tem problema. – Andrew concordou.
- Então está bem. Qual é a próxima aula?
- Adivinha. Poções com a Sonserina. – Gina pareceu muito irritada.
- Droga. Eu já sei que vou ter grandes problemas com o professor Snape.
- Como você sabe? – Andrew perguntou.
- Vamos dizer que já tive um desagradável encontro com ele e vi que o professor Snape não simpatiza muito
comigo, mas é a vida.
Assim, Adriene e Gina foram para um lado e Sarah e Andrew foram para o outro. No caminho, eles conversaram muito. Quando chegaram no corujal, Sarah pegou Gal e lhe entregou a carta. Falou algo para ela tão baixo que Andrew não conseguiu entender e a soltou.
- Para quem é a carta? – O garoto perguntou curioso.
- Pra minha mãe.
Quando os dois voltaram pra sala o professor já estava lá e tiveram que escutar muito, principalmente Sarah.
Depois do sermão, se sentaram logo atrás de Gina e Adriene.
- O que vocês estavam fazendo para se atrasarem? – perguntou Adriene maliciosamente, como sempre, fazendo Sarah ficar completamente vermelha.
- Você é terrível! Não estávamos fazendo nada. Apenas estávamos...
- É incrível, – Snape a interrompeu sarcástico. – como uma pessoa pode ser tão presunçosa a ponto de achar que além de chegar atrasada na aula pode ficar conversando. Menos dois pontos para Grifinória graças à senhorita Wynette. – Ela ainda tentou discutir, mas o professor não deu chance para isso. – Abram o livro na página 39.
Sarah ficou muito irritada com o professor. Ela não suportava aquele jeito superior dele, mas para mostrar que ela não era qualquer aluna, fez perfeitamente a porção que ele ensinara com a ajuda de Andrew. Quando Snape passou de mesa em mesa para ver as porções não pode deixar de ficar um pouco irritado ao ver que a porção dela estava corretíssima. Além do mais, ela havia acertado quatro perguntas dele sobre a porção.
- Como está nossa porção professor? – Ela fingiu estar um pouco receosa, mas Snape percebeu que ela já sabia a resposta.
- Boa. Três pontos para a Grifinória. – Ele disse muito seco e ela então deu um pequeno sorriso de triunfo. Gina e Adriene se viraram para Sarah e deram um sorriso. Ao sair da sala, muitos foram falar com ela, dando os parabéns. Ela não entendeu e foi perguntar para Andrew.
- Andrew, por que todos estão me dando parabéns?
- Por que você acha? – Ele ficou surpreso com a pergunta. – Você é uma Grifinória que ganhou ponto com o professor Snape. Ainda por cima no primeiro dia de aula. Isso é mais do que motivo para ganhar parabéns. – Logo atrás vieram Adriene e Gina.
- Menina, como você conseguiu? – Adriene perguntou admirada.
- Eu só respondi as perguntas e fiz a porção corretamente. E isso com a ajuda do Andrew.
- Mas é incrível. – Agora quem falava era Gina. – Snape deve ver algum potencial em você.
Os quatro se encaminharam para o Salão Principal, mas Sarah pediu que eles fossem na frente porque ela queria pegar uma coisa que só sentiu falta na aula. Então eles foram na frente e ela foi para a Torre da Grifinória. A Sala Comunal estava vazia e ela subiu correndo as escadas. Ao entrar em seu dormitório, pegou sua mala e de dentro dela tirou uma bolsinha que tinha algumas coisas pessoais. A levou para o banheiro e colocou algumas coisas sobre a pia. Tinha pares de brincos, cordões, pulseiras, anéis e outras jóias. Pegou uma das pulseiras que tinha e a colocou. Aquela era sua pulseira mais bonita e favorita. Tinha várias estrelinhas penduradas dando um toque místico. As cores dessas estrelinhas eram vermelhas e verdes. Não que essas cores combinassem, mas na pulseira elas combinavam em uma harmonia notável. E como brilhava! Era impossível passar despercebida. Sarah tinha um carinho especial por aquela pulseira. Ela havia ganhado no seu aniversário de 15 anos. Sua mãe disse que seu pai havia feito aquela pulseira com algo diferente e que deveria ser dada quando ela fizesse seu décimo quinto aniversário. E assim aconteceu. Naquele momento ela entendia porque a pulseira era tão diferente e sempre tinha um brilho especial. Sempre que olhava fixamente para uma das estrelas dava para ver um universo e suas bilhões de estrelas. Era magia. Sarah guardou rapidamente suas coisas, saiu do dormitório, desceu as escadas e foi em direção ao salão principal, mas infelizmente encontrou a pessoa que menos queria ver.
- Vejamos se não é a valentona do trem. – Draco falava com a voz carregada de ironia.
- Você? – Sarah disse com completo desânimo. – O que quer? Encher minha paciência? – Ela já começava a ficar nervosa. Como aquele garoto conseguia ser tão irritante?
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!