Extremas Mudanças



Ao terminar de ler a carta, Dumbledore não conteve a solitária lágrima que caía de alegria. Recebera ótimas notícias de sua amada irmã e finalmente veria sua sobrinha que tanto esperava conhecer. Chamou a professora McGonagall e o professor Snape para acompanhá-lo até a casa dos Weasleys. Não gostaria de ir sozinho. A mulher concordou imediatamente, mas Snape ficou um tanto hesitante em ter que ir encontrar seus queridos alunos ainda nas férias. No entanto, jamais negaria um favor a Dumbledore. Aparatando, rapidamente chegaram lá.
A campainha tocou e Molly correu para abrir a porta já sabendo quem era.
- Finalmente o senhor chegou. – disse feliz em ver o professor Dumbledore. – Pode entrar, sinta-se à vontade.
Todos estavam na sala conversando muito animados, menos Hermione que procurava não falar com a intrusa. Ficaram muito surpresos com a chegada de Dumbledore.
- Boa tarde. – Ele cumprimentou a todos individualmente e quando chegou em Sarah sentiu uma emoção muito grande, mas disfarçou. Pode perceber logo a semelhança da garota com a mãe e também com o pai dela.
- Professores? – Harry ficou ainda mais surpreso ao ver McGonagall e Snape logo atrás.
- Creio que vocês estejam muito chocados com nossa visita. – Snape continuava frio e sem emoção nenhuma na voz. O tempo parecia não ter passado para ele. Tinha a mesma cara que a de anos atrás.
Arthur conjurou algumas cadeiras e convidou todos para se sentarem. Conversaram durante um breve momento sobre o começo das aulas, mas tinha uma razão de estarem ali e não podiam desviar do assunto. Havia uma tensão perceptível na sala. Harry não estava entendendo nada, Sarah muito menos. Dumbledore resolveu que já era hora de falar.
- Bom... Eu vim porque preciso explicar algumas coisas para a senhorita Wynette. – Ele aparentava estar muito calmo, mas estava apreensivo.
- Pra mim?! – Sarah não conseguiu disfarçar o espanto.
- Claro que sim. Ou tem outra aqui? – Snape falou com desdém e Rony ficou muito irritado.
- Desculpe, vossa simpatia. – Sarah debochou deixando o professor ainda mais zangado. Os gêmeos não se seguraram e começaram a rir.
- Senhorita Wynette... – Dumbledore continuou, mas foi interrompido.
- Apenas Sarah. – A garota disse sorrindo. Dumbledore também sorriu.
- Eu não sei como falar isso... Bem, você não está aqui por acaso. Nada nesse mundo é por acaso. Tanto no mundo trouxa quanto no mundo bruxo tudo tem uma razão para acontecer. Você irá a Hogwarts amanhã e estudará normalmente como Rony e os outros.
- Desculpe por interromper o senhor, – Hermione não se segurou ao escutar que Sarah iria para Hogwarts também. Precisava intervir naquilo. – mas ela não pode ir para Hogwarts. Ela não é bruxa.
- Sim, ela é. – Ele completou calmamente. Todos se entreolharam chocados como se não acreditassem no que ouviam. – Sarah, você não sabe, mas a sua mãe e toda sua família são de bruxos. Eu vou lhe contar uma história. – Ficaram realmente ainda mais pasmos, mas pararam para ouvir atentamente Dumbledore. – Sua mãe, a minha irmã, foi embora do mundo bruxo quando seu pai morreu. Eu tentei impedir, mas ela estava decidida e nada poderia impedi-la. Seu pai foi assassinado por Voldemort. Acho que você já sabe quem é...
- Sim. Rony me contou sobre ele... – Sarah não sabia o que pensar. Preferiu escutar tudo para tirar suas conclusões.
- Ela não queria que você corresse riscos e eu, como irmão, a apoiei. Ela achou melhor te afastar daqui. Sempre nos correspondemos e na última vez que ela me escreveu, disse que estava disposta a deixar você ir para Hogwarts, mas ela não tinha como trazer você. Assim, programei uma chave de portal e a mandei para o senhor Weasley para ele ir buscar você. Não queria envolver ninguém de Hogwarts ou do Ministério e Arthur é uma pessoa de extrema confiança. O único problema foi que não deu tempo de eu mandar uma carta avisando sobre o envio da Chave do Portal. Quando eu ia mandar uma carta para o senhor... – disse se referindo a Arthur. – contando tudo, fiquei sabendo que o senhor já tinha pedido ajuda para o Ministério e que já tinha ido buscar seu filho. Assim percebi o engano que aconteceu e a culpa foi toda minha por ter mandando a Chave antes da carta. Eu ia instalar você, Sarah, em Hogwarts para morar lá, mas a sua mãe, o senhor e a senhora Weasley concordaram que você fique aqui até seus estudos terminarem e...
- Peraí, por favor. – Sarah o interrompeu. Apoiou a cabeça sobre as mãos e respirou fundo. O olhou novamente. – É muita informação pra minha cabeça. – Estava um pouco nervosa. – Acho que não estou entendendo muito bem. Quer dizer que eu sou uma bruxa, que o senhor é o meu tio e agora eu vou morar aqui? É isso? E minha mãe nunca me contou nada?
- Exatamente. Sua mãe deixou dinheiro com Arthur para dar pra você. Assim você pode comprar o que quiser. –Molly disse se aproximando da menina e alisando seus cabelos com carinho. Esperava sua reação. Ela estava gostando da idéia de ter mais uma “filha”. Todos acharam que Sarah iria simplesmente se revoltar com todos, mas a reação da garota foi outra.
- É incrível! – concluiu rindo. Correu em direção a Dumbledore e o abraçou. – Eu sou uma bruxa e tenho um tio. Eu nunca tive parente algum e agora entendo. Ainda vou estudar em Hogwarts e vou morar aqui com o Rony... É maravilhoso! – Todos ficaram aliviados por ela ter ficado feliz, mas de repente sua alegria pareceu acabar e Sarah fez uma cara preocupada. – Mas e a minha mãe? Vou sentir falta dela e não quero causar despesas e nem incomodar os pais de Rony.
- Não tem problema algum. – Arthur falou ao lado da esposa.
- Você não irá incomodar, querida. – Molly, como sempre, falava em um tom doce. – Nós vamos ficar muito felizes. Arthur e eu fomos muito amigos de sua mãe e cuidar de você seria um prazer.
- Além do mais, seu pai deixou uma grande quantia em dinheiro para você em Gringotes. Eu tenho a sua chave. – Dumbledore falou muito feliz. Pegou a chave e entregou nas mãos de Sarah. – Você pode pagar por tudo que quiser comprar.
- Mas... – A menina novamente ficou preocupada. – Rony me falou que se começa a estudar com onze anos. Eu tenho quinze.
- Você sabe tudo o que precisa. Sua mãe te ensinava o que era necessário até o quarto ano.
- Me desculpe, mas isso não é verdade. Eu não sei nada.
- Ela usou um feitiço que faz com que você não se lembre de nada do que aprendeu.
- Como? – Todos perguntaram surpresos numa única voz .
- Tudo o que sua mãe ensinou está guardado em uma parte da sua cabeça e você só irá se lembrar com um contra-feitiço. – McGonagall explicou. – Você vai entrar no mesmo ano que a senhorita Ginevra. Quer ver? – Ela pegou sua varinha e apontou para Sarah. Falou algo que ninguém entendeu por ser bem complicado e desfez o feitiço que Sabrina tinha colocado na filha.
Sarah sentiu sua cabeça rodar. Flashes de luzes apareceram em sua mente. Imagens estranhas se formaram. Imagens onde ela parecia ler alguns livros. A voz de sua mãe dizendo palavras que ela não conhecia ecoou em seus ouvidos. Ficou um pouco tonta. Estava confusa, mas seu tio e McGonagall tinham razão. Informações novas surgiram em sua cabeça. Parecia que ela sempre soube aquelas coisas novas. Ela sabia muita coisa e isso a deixou mais confusa. Era tudo muito estranho. Em um minuto não sabia nada e em outro sabia tudo. Tentou organizar seus pensamentos, mas sua mente estava tão atordoada que acabou desmaiando. Todos correram para acudi-la. Alguns minutos depois ela acordou.
- O que aconteceu? – Ela indagou ainda com os olhos fechados.
- Você desmaiou. Está se sentindo melhor? – perguntou Gina preocupada.
- Sim... eu estou meio tonta ainda. Estou meio confusa também. – Levantou-se com a ajuda de Rony.
Assim que Sarah se sentiu melhor, Snape começou a fazer diversas perguntas, para confirmar se ela estava realmente se lembrando de tudo que aprendera. Sarah, para sua própria surpresa, respondeu tudo corretamente.
Todos ficaram muito felizes em ganhar mais uma integrante na família. Os gêmeos quase pularam de tanta alegria. Gina e Harry também ficaram felizes por ganhar uma nova amiga. Rony e Sarah gritavam eufóricos com a noticia de tanta felicidade, mas Hermione... Ela ficou muito chateada e com ciúmes. Pensou que era ciúme de amiga, mas não era. Ela gostava de Rony, mas não queria confessar. E a idéia de ter que aturar Sarah no colégio também era demais pra ela. Em meio a comemoração na sala, subiu a escada aborrecida sem que ninguém percebesse.
Logo que Dumbledore, McGonagall e Snape foram embora, Arthur levou Sarah para comprar seu material no Beco Diagonal e Rony a acompanhou.

Draco estava preparando suas malas quando novamente seus pensamentos lhe vieram à cabeça. Se antes ele tinha dúvidas se queria ser um comensal, agora sua cabeça quase explodia. Ele não queria obedecer alguém que a qualquer hora poderia matá-lo. Seus pensamentos foram interrompidos com batidas na porta. Ele não podia nem pensar sossegado que já tinha alguém para interrompê-lo.
- Draco, posso entrar?
- Claro pai. – Estava sem paciência. Respirou fundo para manter a calma.
Draco jamais poderia dizer que amava seu pai, porém tinha um grande respeito e admiração por aquele homem que lhe ensinara tantas coisas. Queria ser como ele: temido, respeitado e poderoso.
- Já arrumou suas coisas? – Lúcio perguntou em seu tom sério.
- Sim. Acabei agora.
- Ótimo. Só vim dizer as mesmas coisas que digo todos os anos, mas prefiro repetir para evitar que você faça
alguma coisa estúpida. Não quero problemas com aquele velho caduco que se acha o tal. E principalmente, não fique atrás do Potter. – Seu olhar era ameaçador, mas Draco se acostumara com aquilo. – Quero que você esteja SEMPRE na frente dele e de todos.
- Farei o possível pai. – disse desanimado.
- Você fará mais que o possível. – Lúcio era uma pessoa muito exigente, mais do que exigente. Era chato. – Vá dormir cedo. – Quando estava saindo pela porta lembrou-se de algo e voltou. – Eu não quero nenhum comentário sobre sua mãe, entendeu? Com ninguém.
- Sim, pai. Não falarei nada com ninguém.
Draco se deitou na cama logo depois que o pai saiu. “Nem tenho com quem falar. Pra quem eu contaria? Pras paredes?” pensou. Em pouco tempo acabou por adormecer.

Sarah comprou todo o material necessário, incluindo suas vestes e sua varinha. No Beco Diagonal, achou tudo muito estranho, mas muito interessante. As vestes das pessoas, as lojas, o banco, os doces que ganhara de Arthur, tudo. Tudo era tão novo, tão encantador e ela estava adorando. Comprou também uma coruja malhada e colocou o nome de Gal.
Assim que chegou na casa dos Weasleys foi arrumar suas malas e Gina foi ajuda-la. As duas conversaram durante um bom tempo enquanto Hermione tomava banho.
- A Hermione não gosta muito de mim, não é? – Sarah comentou um pouco chateada.
- Não liga. É ciúme do Rony. Ela, Rony e Harry sempre foram um trio inseparável. Até eu sou meio deslocada deles.
- Mas eu não vou roubar Rony dela. Mesmo se eu quisesse, não conseguiria.
- Você já percebeu que ele gosta dela? – Gina cochichou próxima da garota.
- Já. Eu falei com Rony na sala, mas ele mudou de assunto. E eu também acho que ela gosta dele.
- Eu também. – concordou rindo enquanto fechava a última mala de Sarah.
As duas combinaram que tentariam ajudar os dois a se entenderem de uma vez por todas. Sarah rapidamente ganhou a amizade de Gina e vice-versa. Quando Hermione entrou no quarto, as duas disfarçaram e mudaram de assunto. Hermione percebeu que elas estavam falando dela e ficou com muita raiva, mas não comentou nada. Ela e Sarah iam dormir no chão e Gina na sua cama. Hermione se deitou e não falou nada. Quando Gina pegou no sono, Sarah deu uma olhadinha e viu que Hermione não estava dormindo. Não agüentou e falou:
- Por que você não fala comigo? Eu sei que você está acordada. – Sarah estava muito chateada com aquilo pois estava acostumada a ser amiga de todos e não gostava de pensar que alguém que poderia ser sua amiga não gostava dela.
- Porque eu não quero. – respondeu ainda deitada, sem olhá-la.
- Eu não vou roubar o Rony de você se é isso que está pensando. Somos apenas amigos. – Começou a se aborrecer com a teimosia da menina, mas falava baixo para não acordar Gina.
- Eu e ele também somos amigos, – Ela se levantou irritadíssima. – mas graças a você acho que não seremos mais.
- A amizade de vocês não ia durar de qualquer jeito. Mesmo eu sendo amiga dele ou não. – Gina acordou, mas fingiu ainda estar dormindo para escutar o que Sarah estava falando.
- Claro. Esse é o seu plano, não é? – Ela falou com deboche e seu típico tom de sabichona.
- Não Hermione, eu não tenho plano nenhum. – respondeu também com deboche. – Acontece que duas pessoas que se amam não podem ser simplesmente amigos. O problema é que você não quer enxergar o que sente. Não quer entender seu coração. – Deitou-se novamente irritada deixando Hermione surpresa.
A bruxinha não acreditava que aquela menina poderia conhece-la melhor do que ela mesma. Gina quase não conseguia segurar a vontade de rir, mas agüentou e continuou escutando.
- Por que você falou isso? – Hermione perguntou calmamente depois de alguns minutos de silêncio.
- Não está claro demais? – Sarah não se conformava por Hermione não aceitar seus sentimentos, mas levantou calmamente e pegou a mão da garota. – Hermione, pare de tentar esconder isso de você mesma. Eu conheci você hoje e já percebi. Por que você não quer ficar com Rony se gosta dele?
- Eu não posso. Ele é meu amigo.
- Uma amizade só não pode virar namoro quando os sentimentos parte de uma única pessoa. E isso não é o seu caso.
- Como você tem tanta certeza? – perguntou desconfiada com um pequeno sorriso escondido no canto da boca.
- É tão óbvio. Boa noite. – Sarah se deitou e fechou os olhos.
- Boa noite. – Hermione começou a se sentir bem melhor naquele momento e não pode conter um sorriso sincero. – Obrigada Sarah e me desculpe.
- Por que? – Ela perguntou ainda deitada.
- Por eu ficar com tanto ciúme e acabar tratando você mal.
- Tudo bem. Isso é o normal quando a gente gosta de alguém.
- Mas você me desculpa?
- Só se você me deixar dormir. – Sarah brincou e a outra garota riu.
- Tá, mas estou feliz por ter ganhado uma nova amiga.
- Eu também.
- Sarah, o Rony comentou alguma...
- Ele não disse pra mim que gosta de você, – Sarah falou antes. – mas eu acho que gosta. Agora fique quieta senão eu não te desculpo. – Riu.
Logo as duas acabaram dormindo e Gina também. Já Harry e Rony ficaram conversando durante muito tempo. O ruivo contou para o amigo tudo que aconteceu na casa de Sarah, o que eles fizeram e como havia se divertido.
De manhã, as três garotas desceram animadamente para tomarem café. Rony e Harry ficaram surpresos ao ver que já haviam ficado amigas. Claro que os gêmeos insistiram muito para que Sarah se sentasse entre eles na mesa.
- Sarah, – Rony começou a dizer ao terminar de beber seu suco. – você não vai sentir falta dos seus amigos?
- Vou, mas acho que isso que está acontecendo é o certo, é o melhor pra mim. Eu também vou sentir falta das coisas que eu fazia antes. Das coisas que não tem aqui.
- Mas depois você se acostuma. – Gina comentou olhando para o relógio. Tomou um susto e pulou da cadeira. –Estamos atrasados!!! Pra variar estamos atrasados!!!
Começou a correria tão comum no inicio dos anos letivos. Todos corriam para pegar suas coisas. A casa ficou uma loucura. Quando todos terminaram de se ajeitar foram para a estação de King’s Cross, menos os gêmeos que foram para a loja. Sarah, que não conhecia o lugar, ficou encantada com sua arquitetura. Na hora de passar pela passagem hesitou. Todos explicaram que ela passaria normalmente como se não houvesse nada ali, mas a garota ficou com muito medo. No fim, Hermione a puxou pela mão e foi correndo em direção à coluna. Sarah ficou muito espantada por não ter batido na coluna. Quase matou a garota por ter feito aquilo, mas acabou achando tudo muito engraçado.
Sarah não pôde piscar os olhos ao olhar em volta. A algazarra e a balbúrdia que estava ali era algo inacreditavelmente diferente de tudo que já havia visto. Crianças e jovens se despediam de seus pais com corujas e gatos que não ficavam quietos. A locomotiva vermelha era gigante e fabulosa.
Os cinco amigos, depois de muito procurarem, acharam um vagão vazio. Sarah ficou encantada com a paisagem que se dava para ver da janela durante a viagem. Era simplesmente linda. Estava tão distraída que levou um susto quando escutou uma voz vinda da porta.
- Olá pessoal! – Neville, Simas e Dino cumprimentaram a todos muito animados.
- Olá, meninos. Venham cá. – Gina puxou Sarah pelo braço até eles. – Sarah, esse é o Neville Longbottom, Simas Finnigan e Dino Thomas. Meninos, essa é Sarah.
- Oi. Você é aluna nova? – Simas, como todos os garotos, ficou impressionado com a garota tão diferente das outras.
- Sim. Eu fui transferida e vou para o 5º ano. – Ela se lembrou que Dumbledore pedira para que mais ninguém soubesse de sua história.
- De qual colégio você veio? – Neville estava muito curioso. Quando ele perguntou isso, todos ficaram mudos. Não tinham pensado nisso, mas Hermione tomou a frente pois sabia que Sarah não conhecia nenhum outro colégio.
- Beauxbatons, França. – respondeu rapidamente e Sarah concordou mesmo sem nunca ter ouvido aquele nome.
- Engraçado, você não parece francesa. – Simas falou vendo a cor da menina e seus traços.
- E não sou. Só morei lá durante um tempo. – Sarah disse com um sorriso amarelo. Odiava mentir, mas era o único jeito.
- Bom, espero que você seja da Grifinória. – Dino falou sorridente.
- Vamos indo. Tchau pessoal, nos vemos depois. – Neville disse antes de sair do vagão.
Logo depois, antes mesmo que Sarah e Gina sentassem novamente, mais três pessoas entraram no vagão.
- Oi! – Parvati cumprimentou todos. – Nós viemos conhecer a nova aluna mais popular do trem.
- Olá! – Gina aproximou-se dos amigos Luna, Colin e Adriene. Gina e Adriene eram grandes amigas.
- Olá Gina. Então, onde está a aluna nova? – Colin, com sua câmera na mão, procurava a garota com os olhos.
- Vem cá, Sarah. – Gina a segurou pela mão até perto deles. – Esses são Colin, – A ruiva apontava para cada um. – Adriene e Luna. Gente, essa é Sarah. – Ela acenou timidamente para todos.
- Posso tirar uma foto sua? – Colin já estava com a câmera no ponto quando teve uma idéia. – Peraí, fica aqui do lado do Harry. – Sem ao menos confirmar se a menina realmente queria tirar aquela foto com Harry ele já foi fazendo ela se sentar ao lado dele. – Sorriam. – Em poucos segundos Colin tirou a foto. – Quando estiver pronta eu te dou. Tchau.
O menino saiu correndo pela porta. Todos ficaram rindo da cena, menos Gina que ficou com um pouco de ciúme, mas sabia que, apesar de pouco tempo, podia confiar na menina e que ela não aparentava demonstrar nenhum tipo de interesse por Harry.
- Nossa. – Sarah ainda estava um pouco tonta. – Bem calminho esse menino.
- Não liga pra ele não. – Luna ria muito. – Ele é maluquinho assim mesmo. – Ela disse e todos no vagão se entreolharam. Como se ela fosse realmente normal.
- Foi legal te conhecer Sarah. Espero que fique na Grifinória e possamos conversar mais, mas agora eu vou roubar um pouco a Gina de vocês está bem? – Adriene pediu rindo.
- Só se depois você devolver ela inteira. – Sarah brincou.
- Sem problema. Tchauzinho.
- Tchau.
Luna foi logo depois atrás de Colin. Os dois começaram a namorar e sempre andavam juntos.
Todos conversavam no vagão até que Sarah resolver ir comprar algo para comer e pediu para Rony acompanha-la. Quando os dois saíam pela entrada da cabine, Sarah esbarrou acidentalmente, mas com muita
força, em um loiro que passava distraído pelo corredor. Os dois caíram no chão e o garoto ficou irritadíssimo.
- Você é cega?! Olha o que fez! – Draco não se segurou ao ver suas vestes sujas. Sentiu uma raiva incontrolável. Sua cabeça já estava cheia com os problemas em casa e qualquer coisa era motivo para ele perder o controle.
- Desculpe. Foi sem querer... – Sarah tentava se desculpar com aquele garoto de aparência tão arrogante, mas foi interrompida.
- Sem querer? – Ele ia começar a falar um monte de desaforo, mas ao se levantar e olhar para o rosto da garota que o havia derrubado ficou sem ação. Ele, mais do que qualquer garoto, havia ficado impressionado com a beleza da menina. Começou a examinar todos os traços dela, mas parou ao ver que Rony a ajudou a levantar.
- Tinha que ser você, não é Malfoy? – Rony falou com desagrado na voz.
- Bem que eu poderia imaginar que uma atrapalhada como você deveria ser amiga de um Weasley. – falou com desdém.
- O que está havendo? – Harry percebeu a movimentação e foi ver o que era.
- Ah, uma nova integrante no bando. Parece que agora não é mais um trio. Ou a fêmea do bando foi trocada? – Draco sabia como provocar e irritar uma pessoa. Uma longa discussão cheia de provocações se formou entre Draco e Rony. Não havia como eles se encontrarem sem brigar.
- JÁ CHEGA! – Sarah começou a se irritar com aquela briga infantil e deu um berro, fazendo com que os garotos se calassem, mas Draco não iria perder a chance de provocar aquela linda garota.
- Nossa! – Ele fingiu surpresa. – Você ainda está aqui? Pensei que já tinha caído pela janela do trem. Tão insignificante...
- Só não te respondo porque eu não quero descer ao seu nível.
- Você quer dizer, subir ao meu nível. – Draco a interrompeu.
- Não. Descer mesmo. Porque uma pessoa como você deve ser pior que um rato.
- Cale a boca, garota. – Ele não estava gostando nada de ver aquela garota que ele nunca havia visto na vida o respondendo. – Você nem sabe com quem está falando.
- Aí é que você se engana. – A essas alturas todos assistiam aquela discussão. – Pelo jeito simpático você deve ser o Malfoy. O nojento, irritante e metido Draco Malfoy. – Quando ele ia começar a falar, Sarah recomeçou. – E fique você sabendo que não é nenhum loirinho metido a gostosão que vai tentar me rebaixar como você faz ou pelo menos tenta fazer com todo mundo.
Ela deu as costas para ele e entrou novamente no vagão, deixando para trás um Draco paralisado de tanta raiva. Harry e Rony foram atrás dela para lhe dar os parabéns entre gargalhadas. Não era qualquer um que colocava Draco no lugar dele e o fazia se calar da maneira que ela fazia.


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N/A.: Agora é que a história vai começar xD Espero que gostem! Bem, Adriene é outra personagem de minha autoria. Espero comentários hein? Bjux da LiKa pra tds!

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