"Felicidades!"
Disse a senha ao quadro e entrou no quarto e fez sinal para o menino segui-la, aquela não era a conversa para se ter no corredor.
-Até onde eu sei não cheguei a me casar com nenhum Snape, então dentro de sala de aula você deve continuar a me chamar de Professora Dumbledore, e quando estivermos a sós você deve me chamar como quiser, eu lhe dei liberdade para tanto, mas não para comandar minha vida, acho que seu padrinho devia ter lembrado-se disso. –percebeu um leve estremecimento da parte de Harry.
-Por que o Snape?–baixou o tom da voz para um murmúrio. –O Sírius gosta tanto de você e eu sei que ele está sofrendo muito. E o Snape, ele é terrível. –ela suspirou.
-Harry, só por que você odeia o Severo não significa que o resto do mundo tenha de sentir o mesmo. Todas as pessoas no mundo têm sua “porção” boa e ruim, Severo decidiu mostrar aos seus alunos sua parte perversa, mas com certeza não é nada comparado ao que ele mostra como comensal. Isso é o Severo malvado, mas, graças a Deus, ele resolveu aceitar uma oportunidade de mostrar sua parte boa, isso ocorreu quando ele veio para o nosso lado, mas se ele tivesse continuado como o leal comensal que ele era, provavelmente, sua bondade haveria se extinguido. Mas, acredite, eu conheço o real Severo, eu conheço o homem por trás do professor carrancudo e do comensal malvado. E minhas escolhas não vão ser mudadas por sua causa.–Harry abriu a boca duas vezes e desistiu de falar, então resolveu mudar de tática.
-Assim você está querendo dizer que Voldemort também pode ser bonzinho?
-Hoje não mais, Harry, mas um dia ele também teve algo de bom dentro dele. Ninguém nasce perverso. O que Voldemort é hoje nasceu apenas do ódio e é melhor você ter cuidado para não alimentar esse sentimento destrutivo dentro de você.
-Às vezes você fala e parece que estou conversando com o prof. Dumbledore. –ela riu e deu de ombros.
-Acontece. Está no meu sangue. - ele baixou a cabeça e falou algo que ela não escutou. –Desculpe Harry, não entendi.
-Como está o bebê? Soube que você estava na enfermaria.
-Estamos bem. –sorriu para ele tranqüilizar-se. –Está tudo bem, Harry, você continua sendo o meu afilhado sem batismo preferido. –o menino sorriu.
-Não sei se isso pode ser muita coisa. Quantos afilhados na mesma situação que eu você tem?
-Hum... –fingiu pensar. –Nenhum. –o menino riu. –Fiquei com medo da sua reação, pensei que fosse gritar comigo ou algo bem desagradável.
-Ah, eu fiz isso, mas fiz dentro de meu quarto não podia correr o risco do Snape me aplicar detenção novamente. E Hermione conversou um tempão comigo... Eu pensei que você pudesse estar enfeitiçada, mas ela disse que seria praticamente impossível.
-Graças a Merlin que você escuta a Hermione, eu não ia precisar do trio confusão tomando conta de mim... -riu pra ele. Ela estava tranqüila por Harry não ter agido como um garoto revoltado. - Muito bem, já que mencionou seu quarto, acredito que seja bom ir andando, sua hora já passou há muito tempo. Quem iria aplicar sua detenção seria eu mesma e seria a pior da sua vida! E é professor Snape.
-Já sim, mas não vou ser pego. –ignorou as duas últimas frases dela e de dentro das vestes tirou um tecido prateado, Hannah conhecia aquilo. –A capa do meu pai é bem útil. Boa noite, madrinha. –cobriu-se com a capa e desapareceu. –Anh, - ele deixou a cabeça aparecer bem perto do quadro. – eu não vou começar a gostar do Snape e continuo o achando um panaca.
-Harry! –reclamou. –Vá! Boa noite. –ele sumiu novamente e o retrato girou para uma pessoa invisível passar, tinha sido muito mais fácil do que ela imaginava, ao menos não tinha sido como a briga deles no início do ano letivo, ele não estava sofrendo como da última vez.
Relaxou o corpo numa poltrona, tinha os olhos fechados quando o quadro girou mais uma vez naquela noite, abriu os olhos, era quem ela esperava que fosse. Estava sério e caminhou decidido até ela sempre a olhando nos olhos ajoelhou-se no chão diante dela e a puxou para seu colo a deixando sentada de frente para ele. A mão de Severo encontrou o rosto dela e acariciou, ela fechou os olhos sorvendo seu toque. Um “eu te amo” sussurrado e os lábios se juntaram fazendo-se um só.
Sexta-feira e já era abril, mais precisamente um dia antes do aniversário de Hannah e, por mais estranho que pudesse parecer, ela não estava muito animada. Hannah sempre adorava seu aniversário tivesse o que tivesse acontecendo, mas esse ano ela não parecia muito feliz. O que as pessoas não sabiam, ou tentavam não ver, era que ela estava preocupada, bom, Severo e Remo, sabiam disso, mas preferiam não tocar no assunto, talvez assim ela pudesse esquecer. Porém não era nada fácil, sua gravidez a cada dia dava mais sinais, não seria complicado esconder a barriga que logo estaria aparecendo, ela já estava pensando numa série de feitiços para escondê-la. Os enjôos estavam muito fortes e durante a semana tivera que sair da sala de aula as presas até o banheiro mais próximo mais de quatro vezes. E se um dos alunos desconfiasse? Eles não eram tão debilóides quando Severo pregava.
Seu pai havia ficado levemente preocupado quando ela contou-lhe que Harry já estava a par de sua “situação”, mas tratou de disfarçar a preocupação com um sorriso e uma conversa sobre feitiços calmantes. Severo não tinha falado nada útil a respeito, provavelmente obedecendo a ordens de Dumbledore, xingou Harry durante uns dez minutos, o chamou de atrevido e saiu do quarto dela aborrecido para só voltar depois de duas horas. Sírius andava lhe olhando constantemente, mas num dado momento Hannah percebeu que não eram aqueles olhares hostis que ela recebia, mas era algo diferente, quase como se ele quisesse uma oportunidade para aproximar-se, mas ela nunca estava só e ele nunca parecia disposto a engolir o orgulho.
Caminhou pelos corredores escuros, estava tarde e ela não devia estar ali, mas sua vontade de ficar sozinha era maior, vinha da torre de astronomia, um vento frio invadia os corredores. Estar sozinha ultimamente era quase uma missão impossível. Ela havia sido proibida de ir a Hogsmead, que seria visitada com os alunos no último fim de semana do mês, não ia mais a missões com o resto da Ordem e vivia cercada por gente. Como se fosse acontecer alguma coisa a ela dentro do castelo, tudo bem que havia acontecido o episódio com Lucius no início do ano letivo, mas ele não seria burro o suficiente para tentar novamente. Chegou a frente ao quadro, disse a senha (“Sentimento puro”), entrou e... As luzes estavam apagadas? Ela tinha certeza que havia deixado tudo aceso, deu de ombros, puxou a varinha, mas suas mãos foram agarradas, a primeiro sentimento que teve foi pânico, mas logo em seguida acalmou-se ao ouvir a voz que sussurrava em seu ouvido.
-Onde a senhorita estava? – a voz dele escorria como mel em seus ouvidos, ela fechou os olhos por um segundo, sentindo.
-Torre de astronomia. –respondeu com a voz mais baixa que a dele.
-Só queria entender o motivo dos grifinórios serem tão imprudentes. –a mão esquerda dele desceu até sua cintura e a puxou fazendo os corpos se colarem mais, a boca dele já estava em seu pescoço deixando beijos de fogo. –Acho que você não merece o que eu planejei, não depois de fugir para ficar na torre de astronomia. –ele parou de beijá-la e a soltou imediatamente, afastando o corpo dela, Hannah não pode ver onde ele tinha ido, tinha ficado sem varinha.
-Severo...? –chamou, mas ele não respondeu. –Severo... Por favor... –gemeu. Escutou uma risadinha a suas costas e foi abraçada novamente, depois de mais alguns beijos em sua nuca foi virada de frente para ele, como os olhos dele podiam brilhar naquela escuridão?
-Vamos comemorar seu aniversário. –disse em seu ouvido e ela abriu a boca de surpresa.
-Vamos o que...? –Severo não estava falando em festa, estava?
-Claro que o “vamos comemorar” abrange eu e você. –beijou os lábios dela e a virou de volta, a deixando de costas para ele. Severo puxou a varinha e as luzes da sala foram acesas, mas não como o de costume, hoje elas eram baixas e deixavam toda a sala na penumbra. Uma mesa redonda estava posta num canto, ela o olhou incrédula, Severo estava mesmo fazendo aquilo? – Já passa da meia-noite, então... Feliz aniversário. –beijou novamente os lábios dela, enquanto Hannah ainda permaneceu estática.
-Severo... Você fez isso... Por quê? –estava pasma.
-Ora, se não gostou diga! –ele aborreceu-se.
-Não! Eu gostei, só que você não gosta...
-Não gosto de festas, isso não é uma festa, é uma... Comemoração íntima. E você gosta dessas coisas, é seu aniversário e... Você não espera que eu comece a lhe dar motivos para comemorar seu aniversário, quer? Por que se for isso, sinto muito, mas não conseguir.–ela sorriu.
-Obrigada. –beijou os lábios de Severo.
Ele a levou até a mesinha redonda que estava a um canto da sala, e a fez provar de todas as delícias elficas distribuídas ali, algo que não foi difícil, já que Hannah estava comendo muito mais que o normal, e ele insistia que comesse “mais um pouquinho disso, só mais um pedacinho daquilo. O bebê precisa ser bem alimentado!”. E, quando, Hannah disse que não agüentava nem sentir o cheiro de comida ele decidiu parar de insistir e sentar-se junto a ela em frente à lareira, não queria arriscar uma onda de enjôos, aquilo podia acabar com noite.
Abraçada a ele no sofá, ela chegou a pensar que eles poderiam ser felizes. Será que um dia eles estariam assim, abraçados na casa deles e com filhos? Será que eles podiam ter esperança de poder viver? A semana inteira tinha sido povoada por esses pensamentos e agora ela estava feliz, não que os pensamentos negativos tivessem ido embora, mas ele tinha feito tudo aquilo pra ela, para que se sentisse bem, e estava. Era uma decisão, eles tinham de ficar vivos, não só ela, mas os dois.
-Severo? –sussurrou e recebeu um “Hum” um tanto preguiçoso como resposta. –Me prometa que vai viver. –percebeu o choque dele ao pedido na hora. Ele ficou rígido e a mão que estava entrelaçada nos cabelos dela ficou pesada.
-Que raio de pedido é esse? –reclamou.
-Quero que me prometa que não vai fazer nenhuma idiotice e que vai ficar vivo.
-Será que dá para você parar de pensar na guerra o tempo todo? –ele havia ficado aborrecido no ato.
-Você deixa de pensar? –sentou-se ereta.
-Não importa. Vamos dormir. –levantou-se decidido.
-Severo...
-Agora! –a ergueu nos braços e foi andando em direção ao quarto. –Apenas esqueça. Nada vai acontecer. –mal sabia, Hannah, que mais uma vez ele tentava convencer mais a si mesmo do que a ela.
Os raios de sol que entravam atrevidamente pelas brechas das cortinas banharam seu rosto, ele afundou mais o rosto na curva do pescoço da mulher, passando o nariz na pele branca e macia. Hannah virou-se e deu um pequeno sorriso a Severo, que prontificou-se em beijar-lhe os lábios. E então aconteceu mais uma vez, ela levantou-se apressada e correu ao banheiro, toda manhã era a mesma coisa, náusea seguida de uma visita particularmente chata ao banheiro, e, claro, Severo batendo na porta perguntando se ela estava bem.
O dia passou-se tranquilamente, recebeu uma coruja de Tonks que trazia de presente um disco mágico d`As Esquisitonas, o mais novo álbum. Recebeu presentes de sua mãe, do seu pai e de Remo. Logo depois do almoço Harry apareceu com um livro intitulado “Feitiços Maternos - Como domar a pequena fera dentro de você?” e uma enorme caixa de sapos de chocolates (que foi especialmente bem-vinda) enviada por Hagrid. Mas o dia começou a surpreender com o fim da tarde. Ela passeava na tranqüilidade dos jardins, bem próxima ao lago (lugar preferido), quando ele apareceu. Muito sério, o olhar baixo. Hannah o olhou intrigada, o que ele estaria fazendo ali? Provavelmente ele não havia percebido que ela estava no local ou nem teria chegado perto.
-Hannah. –para surpresa dela ele falou.
-Sírius? –arqueou as sobrancelhas. Sírius ficou parado a olhando e Hannah fez o mesmo. Pronto. Agora só faltava mais uma crise de “sangue Black” protagonizada por ele.
-Feliz aniversário. –falou depois do que pareceu pensar muito.
-Obrigada. –sentou-se num banco de pedra, ainda desconfiada, ele estava estranho, primeiro foram os olhares durante a semana e agora isso.
-Desculpe. –falou rápido como se a palavra queimasse em sua boca. Hannah levantou a cabeça assustada.
-Como?
-Desculpe. –sentou-se ao lado dela. –Eu tenho sido um... Idiota. –ele estava desconfortável ao extremo. –Mas não tem sido nada fácil ver você com o Ran... –ela o olhou feio. –Snape.
-Você não me vê com o Severo, ninguém vê.
-Mas eu sei que estão juntos, e o pior você gosta e... E você está... Grávida.
-Sírius... –suspirou. – você já deveria estar acostumado com a idéia que eu me envolvesse com outra pessoa.
-Ele não é “outra pessoa”, não é qualquer pessoa. É o Snape. –ele não a olhava nos olhos encarava um ponto distante. Ela percebeu a respiração pesada dele, uma tentativa clara de controle.
-Verdade, Sírius. Ele não é qualquer pessoa. Eu o - ele bufou. –amo.
-Já sei. –respondeu desanimado. –Conversei com Remo, na verdade, eu só tenho conversado com ele e tenho ouvido isto quase o tempo todo. E ele me disse algo que me fez pensar seriamente. –não que ele estivesse acostumado a fazer isso. –Ele disse: “Se você a ama vai deixá-la amar quem quiser.”, e, bem, é verdade. E eu amo você, mas se você é feliz com o morcego, por mais estranho que isso possa ser, eu vou tentar conviver, não que eu goste, mas não há nada que eu possa fazer, ele disse também que eu tinha regredido e que antes eu até que estava “adulto”, mas ultimamente parecia que eu tinha voltado ao meu terceiro ano, foi demais pra mim... Afinal eu simplesmente não combino com vilão, eu sou mais parecido com um herói galante...
-Oh, Sírius. –o abraçou com lágrimas nos olhos. –Você não sabe como é importante te ouvir dizer isto.
-Se for a mesma importância que sinto ao dizer... Mas se você estava com tantas saudades de me ouvir dizer o quanto sou perfeito, era só dizer que eu tinha resolvido seu problema. –ela fez uma careta, as lágrimas de felicidade nos olhos, as coisas pareciam estar melhorando.
Mas a maior surpresa veio à noite, quando ela já estava com sua roupa de dormir e sentada na cama olhando o livro que tinha ganhado de Harry. Severo entrou silencioso no quarto e passou, sem olhá-la, para o banheiro. Hannah nem ligou, provavelmente ele tinha encontrado algum aluno cometendo infração e por alguma razão não pudera puni-lo. Então ele voltou para o quarto, sentou-se ao lado dela na cama. Hannah continuou compenetrada no livro e só levantou os olhos quando sentiu Severo pegar sua mão esquerda e nela por um anel no dedo anelar. O anel prateado reluzia em seu dedo e ela olhava dele para Severo, assustada. Abriu a boca para falar, mas ele balançou a cabeça negativamente.
-Não costumo quebrar minhas promessas e este anel significa uma, ou duas, se você também quiser usá-lo como resposta ao seu pedido de ontem à noite. –ele beijou os lábios dela, virou-se e deitou-se deixando Hannah atônita olhando o anel. Aquele havia sido o aniversário mais estranho que ela já tinha vivido.
-Tome a maldita poção, Hannah! –ele já estava irritado. Já havia passado-se dez dias desde seu aniversário e ela já estava acostumada com o anel que carregava no dedo.
-Se eu tomar isso vou vomitar, Severo. Eu não quero!
-Maldição! Vou lhe amarrar a cadeira e fazer você tomar a força, quer apostar?
-Não, não quero. Dê-me. – pediu e ele lhe entregou o cálice, que ela bebeu o conteúdo com uma careta horrível.
-Não é tão ruim assim, e pare de reclamar é a última.
-Graças a Merlin, amanhã completo oito semanas e vou me ver livre dessa coisa. –olhou com nojo o cálice. Severo soltou um gemido. –Que foi?
-Tenho que ir. –anunciou já correndo para o retrato.
-Severo... –chamou angustiada, como sempre sentia-se quando ele tinha de “ir”.
-Já prometi a você. –e saiu pela abertura.
A noite parecia arrastar-se terrivelmente, como que para torturá-la. Algo dentro dela dizia que havia alguma coisa fora do lugar. Andou de um lado para o outro do quarto, olhou a janela diversas vezes, consultou o relógio outra tantas. E quando o sol já estava no céu ela viu um vulto negro esgueirar-se pelos jardins, mas ele não parecia bem, como geralmente voltava. Não, ele arrastava-se como se sentisse dor. O desespero. E Hannah correu, do jeito que estava, para baixo. Chegou às masmorras e encontrou a porta da sala dele sem proteção, provavelmente não tinha tido tempo de fechá-la, empurrou a tempo de vê-lo jogar pó-de-flú na lareira e dizer “Alvo, preciso vê-lo.”, a voz estava mais rouca e baixa que o normal, ele estava ajoelhado, uma das mãos dentro das vestes pretas. Hannah correu até ele e ajoelhou-se em frente a Severo, que a olhou. O rosto machucado, sangue na boca e no nariz.
-Severo, o que aconteceu. Diga-me o que posso fazer. Vou chamar Madame Pomfrey... –ela estava nervosa e com medo.
-Não. Saia daqui. –não a olhou nos olhos.
-Não! Venha vou ajudá-lo a ir até o sofá.
-Vá embora... –ele gemeu e tossiu cuspindo sangue no chão, o que deixou a mulher mais desesperada. –Preciso falar com Dumbledore.
-Ele já vem. –tentou tranqüilizá-lo mesmo não estando tranqüila. –Me ajuda a te levar até o sofá. –tentou apoiá-lo, passou um braço dele pelos seus ombros e o ajudou a chegar ao sofá, o virou de frente pra ela e fez com que Severo se deitasse. Quando ele deitou-se, ela pode ver sangue em sua camisola, sangue dele. Onde ele prendia com a mão havia um corte feio e o sangue ensopava a roupa preta. –Severo... Eu vou tentar fechar isso... –começou a murmurar com a varinha dele em punho, mas tinha certeza de que aquilo não adiantaria muito, não com ela sem a própria varinha, então a porta abriu-se e lá estava Alvo Dumbledore. O senhor parecia muito preocupado e voou em direção do casal.
-Severo, meu filho, o que houve? –pousou a mão na testa do homem deitado.
-Ele descobriu tudo, sabe sobre mim e Hannah e sabe sobre... –a voz falhou. – sabe sobre o bebê. –ela chegou a pensar que iria gritar de medo ou desmaiar de desespero, mas a voz não saiu nem seu corpo bateu no chão e ela continuou ali parada com a varinha de Severo presa com força em sua mão.
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