Resultados do Dia dos Namorado

Resultados do Dia dos Namorado



Hannah estava distraída, e não ouviu o sinal tocar anunciando o fim da aula. E só voltou a si quando uma garota do quinto ano da Grifinória a chamou pela terceira vez perguntando se a classe estava dispensada. Remo. Era de quem ela precisava. Correu, precisava encontrá-lo antes que ele descesse até o salão principal para almoçar. O encontrou fechando a porta, nem precisou falar ele abriu novamente a porta e entrou esperando que ela fizesse o mesmo. Passou o portal e encarou o amigo que apenas empurrou a porta para fechá-la, os olhos dele estavam tristes, aquilo tudo já tinha o alcançado.
-Como é que ele está? –perguntou se achando estúpida.
-Exatamente como deveria estar: Péssimo.
-Eu não tive culpa, Remo. O que deveria fazer, deixar o Severo e ficar com ele? Eu não quero, Remo, você sabe que não quero.
-Você não podia ter feito nada, eu sei. Mas era disso que eu tinha medo, você entende? Nós não precisamos de mais problemas. O Sírius não merece sofrer mais do que ele já sofreu.
-Mas como ele agiu... O que ele disse... –ela fechou os olhos.
-Como você queria que ele agisse, Hannah? Como você queria que o Sírius agisse encontrando a mulher que ele ama aos beijos com o inimigo de colégio?
-Nós não estávamos aos beijos, nós estávamos abraçados.
-Não faz diferença. Eu até acho que ele foi bem contido e você deve saber disso. Quando ele chegou aqui da forma que chegou hoje cedo e começou a contar que tinha acontecido... –ele apertou a fronte. –Pensei que ele tinha matado o Snape.
-Eu sei. –Hannah arregalou os olhos de repente lembrando de algo subitamente. –E você, Remo? Ele não está chateado com você, o que ele fez, afinal você já sabia de tudo.
-Ele teve a pior atitude que eu podia agüentar. –Remo sentou numa das cadeiras dos alunos, ele parecia terrivelmente cansado. –Ele chorou. Ele simplesmente sentou naquela cadeira - apontou a cadeira em frente a sua mesa. –e chorou. Eu preferia que ele tivesse chutado as cadeiras, quebrado minhas coisas e me xingado, mas ele está triste demais para isso. –Hannah ajoelhou-se na frente dele e o abraçou, as lágrimas voltando aos seus olhos.
-Desculpe, Remy. Desculpe por fazer você passar por isso.
-Você não tinha mais responsabilidade sobre isso. –mas Hannah ainda se sentia culpada, nada que Remo dissesse a faria pensar diferente. –Eu não estou me sentindo bem. Estou cansado, amanhã é lua cheia. Acho melhor não almoçar no salão principal. –Hannah concordou com a cabeça e foi até a lareira se comunicar com os elfos da cozinha.
O trio mais famoso da Grifinória estava no hall da escola conversando em voz baixa.
-Não deve ser nada, Harry. –Hermione tentou mais uma vez.
-Ah, é? Então por que ela estava tão estranha na aula hoje? Eu duvido que ela tenha notado que nós estávamos lá. E até agora eu não vi o Lupin e quando avistei o Sírius ele fingiu que não tinha me visto... Alguma coisa está acontecendo.
-Eu acho que o Harry está certo, Mione, a prof.ª Dumbledore estava muito estranha hoje.
-Mas o que vocês acham que é então? Algo da... –baixou o tom de voz. –da Ordem?
-Não sei. Mas nós vamos descobrir! –Harry falou incisivo e Hermione tinha uma expressão de desgosto no rosto.
-O que você quer descobrir agora, Potter? –Harry virou-se para focalizar o rosto pálido de Draco. –Uma forma de morrer mais rápido ou quem sabe de correr mais rápido? –ele riu e os amigos o acompanharam.
-Cai fora, Malfoy. –Rony mandou.
-Olhe como fala, Weasley, você pode precisar de mim para conseguir um emprego, se você ficar vivo é claro. –Rony ficou vermelho como seus cabelos e tentou avançar em Draco, mas Hermione o segurou pela manga da veste.
-Sai daqui, Malfoy. –Hermione conseguiu a ajuda de Harry para segurar Rony.
-A sangue-ruim lanzuda acha que pode me mandar sair. –debochou, mas nenhum dos três grifinórios teve tempo de responder a Draco, pois saindo de uma porta na lateral da escada Snape apareceu.
-O que está acontecendo? –perguntou olhando com desprezo os grifinórios.
-Malfoy que começou. –Rony gritou sendo solto pelos amigos.
-Explique, Sr. Malfoy. –olhou para o menino.
-Nós estávamos apenas conversando, mas parece que os grifinórios não sabem conversar amigavelmente. –ele sorriu para Rony.
-Muito bem. É bom que as conversas amigáveis de vocês não cheguem longe demais. –olhou os grifinórios. –Circulando. –mandou e entrou no salão.
-Eu queria que a McGonagall tivesse nos encontrado, ao menos a Sonserina teria perdido algum ponto. –Rony reclamou quando eles entraram no salão principal para o almoço.
-Eu não disse? Algo aconteceu. –Harry ignorou Rony e indicou a mesa principal que faltava três professores.
Que dia era aquele? Um só acontecimento entre duas pessoas conseguia atingir outras. Abriu a porta do quarto antes do jantar, era melhor trocar-se e ir jantar e esperar para falar com seu pai, mas algo que não era mais surpresa e estava tornando-se rotina aconteceu: Severo estava lá.
-Eu simplesmente não entendo essa sua mania de sumir sem dar notícias, onde você estava o dia inteiro? –ele tinha os braços cruzados contra o peito e a expressão insatisfeita.
-Eu estava no castelo, garanto que se tivesse me procurado teria achado. –ela não estava nada paciente.
-Você não almoçou. Ficou o dia inteiro sem comer? Quer ficar doente?
-Não, Severo, eu não quero ficar doente, nem fiquei o dia inteiro sem comer. –foi até o banheiro e começou a tirar a roupa. –Almocei com o Remo, ele não está nada bem.
-Eu sei, fui agora a pouco ao quarto dele levar a poção. Mas você deveria estar acostumada a isso e ele também, não?
-Com o fato da lua sim, mas ele não está bem também por causa do meu delicioso encontro com Sírius hoje pela manhã.
-Ah, claro, o Black foi chorar no ombro dele.
-Por favor, Severo. Eu só queria que esse dia acabasse de uma vez.
Depois do jantar Hannah disse a senha à gárgula e subiu as escadas até o escritório do diretor.
-Papai. -falou depois que escutou a ordem de entrada.
-Querida, sente-se. –indicou a cadeira na frente da mesa.
-Falou com ele, papai? –ela estava nervosa.
-Falei sim, mas não tenho certeza que ele tenha me escutado. Vai passar, querida. Nada que o tempo não cure. –Dumbledore olhou nos olhos dela e depois de um tempo falou com os olhos brilhando. –Você está bem, querida? –Hannah estranhou a pergunta.
-Estou, dentro do possível.
-Bom, bom. –ele sorriu e aquele brilho novamente, o que será que ele queria com aquilo?
Hannah desceu as escadas, ia para as masmorras quando passou por um corredor do primeiro andar e viu Sírius numa janela encostado olhando a lua. Ela ainda pensou um pouco se seria estupidez ir tentar falar com ele. Teve certeza que era estupidez, quando Sírius estava bravo não era bom nem chegar perto se você fosse o alvo do sentimento, mas Hannah resolver fazer mesmo sabendo o risco.
-Sírius. –a voz saiu tão rouca e baixa que Hannah achou que outra pessoa tivesse falado. Ele apenas virou-se, os olhos brilhando perigosamente no corredor iluminado pela lua. –Por favor, Sírius, não me olhe assim. –então ele deu as costas pra ela e voltou a fitar a lua. –Eu não te enganei. Eu falei que gostava de outro, você sabia. –ele nada expressou, mas apertou com mais força o parapeito da grande janela. –Sírius! Olhe para mim quando falo com você! –ela irritou-se e ele a encarou com aquele mesmo olhar. – Não assim, droga. –a tristeza dele já estava a atingindo.
-Vou continuar te olhando assim, por que é a única maneira que você merece ser olhada por mim. Você me desprezou. Eu ofereci a você a coisa mais preciosa que um homem pode oferecer a alguém. Eu te entreguei meu amor e meu coração numa bandeja, e você jogou fora, como se nada valesse. –ele segurou os braços dela e a trouxe para junto do seu corpo, Hannah ficou o olhando nos olhos. –Só me diga se o Snape te ama de verdade? Diga-me que ele ofereceu o coração dele a você. Diga-me e eu nunca mais chego perto de você até que ele morra. –Hannah baixou os olhos, Severo nunca tinha dito que a amava, mas ela sentia ou queria sentir. –Foi como eu pensei. –largou os braços dela e saiu mais rápido do que Hannah pudesse dizer que sabia que Severo a amava.
As masmorras nunca pareceram tão distantes do primeiro andar, o caminho tinha se alongado pelo menos nuns dois quilômetros, quando finalmente chegou, bateu, e as lágrimas ainda não tinham deixado seus olhos, ele abriu a porta e nem deu tempo de mais nada Hannah se jogou nos braços dele, Severo empurrou a porta e a abraçou de volta sem entender qual era o motivo para tudo aquilo.
-Que houve, Hannah? –a afastou para olhar o rosto molhado de lágrimas dela.
-Nada. –ela queria perguntar se ele amava, mas não ia fazer isso, sua coragem grifinória esvaiu-se.
-Você está mentindo pra mim. –a apertou contra seu corpo e descansou o queixo no topo da cabeça da mulher.
-Eu sei. Desculpe. Não quero falar agora. –ele não falou mais, carregou Hannah para o quarto e a fez dormir.
-Maldição! –Hannah acordou do susto do grito que ele deu.
-Que foi? –tateou em busca da varinha, enquanto ele gritava xingamentos a si mesmo. Hannah acenou a varinha e acendeu algumas velas tirando o quarto do escuro, olhou em volta. Severo andava de um lado para o outro de vez em quando chutando alguma coisa, Hannah levantou e foi até ele o fazendo parar, segurou o rosto dele com as mãos. –Que aconteceu, Severo? Foi mais um pesadelo? Vem deitar que daqui a pouco passa. –ela se abraçou a ele, como para acalmá-lo, sempre funcionava tratá-lo como criança.
-Hannah... –ele estava ofegante. –Salazar... Os quatro fundadores... Merlin... Deus... Alguém! Nós estamos ferrados.
-Meu amor, foi só um sonho, fique calmo. –ela teve vontade de rir, ele estava apelando para todo mundo hoje.
-Não foi um sonho, um pesadelo, ou qualquer coisa! –ele se afastou. –Hannah, você não tomou a poção contraceptiva!
-Oh, Merlin! –ela sentou-se na cama tentando organizar os pensamentos. Se ela tomasse a poção agora e já estivesse grávida poção seria anulada, ela funcionava dessa forma para que não houvesse o risco de ser usada para abortos, mas claro que tinha as poções abortíferas. Ela nunca faria aquilo, nunca. Olhou para Severo que mantinha os olhos fixos na parede do outro lado. –Nós não temos nada a fazer, a não ser tomar a poção e esperar que ela funcione.
-Mas se você já estiver... –ele não conseguiu completar a frase, aquilo seria um grande problema.
-Ela será anulada e então nós não teremos mais nada a fazer, Severo.
-Sempre a algo a fazer.
-Espero que você não esteja pensando o que eu estou imaginando, nem sonhe com essa possibilidade, Severo Snape! Eu nunca mataria meu filho! –na mesma hora Sírius surgiu em sua mente dizendo que Severo não a amava, era bem verdade que Sírius nunca sonharia na possibilidade de um aborto. “Pare de compará-los!”, gritou internamente.
-Hannah, pense no que uma gravidez pode fazer conosco agora.
-Vou dormir no meu quarto. –levantou-se com raiva. –Não se preocupe eu tenho a poção lá.
-Hannah, por favor, não seja infantil, me entenda.
-Eu já entendi, Severo, entendi até mais do que queria. –falou antes de bater a porta do quarto.
Ela ainda olhava feio para Severo no sábado durante o estudo dos alunos que eles supervisionavam. Ele também não tinha a melhor das expressões, quando terminou a aula e veio falar com ela.
-Escute, você vai ficar por quanto tempo agindo como se tivesse treze anos? –ela lançou um olhar raivoso.
-Não estou agindo como tal. Mas não preocupe-se eu não estou grávida.
-Você tem certeza?
-Eu sinto, Severo.
-Mas não tem nenhuma prova física, tem?
-Ainda não. Fique despreocupado, o mestre não vai ficar sabendo que você anda com a filha do inimigo.
-Hannah... –segurou um braço dela quando ela ameaçou sair do salão. –eu só estava pensando na sua segurança.
-Tá bom. –ela zombou. –Eu acredito.
-E é para acreditar mesmo. –a puxou perto e cobriu os lábios dela com os seus.
-Dá pra vê como você está preocupado com a minha segurança agora... –ela riu e saiu do salão sendo acompanhada pelo olhar dele.

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