A madrinha de Harry
Ela havia chorado a noite inteira, estava péssima. Não ia descer pro café, não queria comer, na verdade a única vontade que tinha era de chorar e cada vez chorava mais, não saiu da cama, nem tinha idéia da hora. Ela escutou uma batidinha na porta do quarto "Quem entrou aqui?", ela sentou na cama esperando escutar outra batida, já estava achando que havia imaginado quando a porta abriu um pouco e a voz de Remo se fez ouvir.
-Posso entrar?
-Entra. -ela estranhou a própria voz. Remo entrou e fez uma expressão de espanto.
-Que aconteceu com você? -ele sentou na cama próximo a ela e começou a analisá-la.
-Nada. -a voz falhou e ela se abraçou a ele chorando. Remo a envolveu em seus braços de forma carinhosa.
-O que está havendo, Princesinha? -ele beijou o topo da cabeça dela, e Hannah começou a contar entre soluços o que havia acontecido.
-Acabou tudo, Remo.
-Não acredito que ele falou isso!
-Mas falou, ele nunca gostou de mim.
-E você vai ficar aqui escondida nesse quarto por causa do Snape? -ele levantou. -Nada disso! Vamos, de pé. Temos uma reunião com seu pai e depois nós vamos a Hogsmead como haviamos combinado.
-Eu não quero, Remo. -ele balançou a cabeça e a puxou pelas mãos fazendo-a ficar de pé.
-Já comeu alguma coisa hoje? -ela negou com a cabeça. -Vá arrumar-se que vou pedir alguma coisa aos elfos. -ele foi em direção da porta e Hannah sabia que não tinha como argumentar.
-Como entrou aqui? -perguntou antes que ele saísse.
-Seu pai me deu a senha.
Depois do banho Hannah colocou um vestido rosa-pálido e foi para sala onde Remo a esperava com uma bandeja cheia de comida. A hora do almoço já havia passado e Hannah percebeu que apesar da falta de vontade de comer ela comeu bastante. Quanto terminou, os dois saíram e foram para o quarto de Sírius, onde eles teriam a "reunião", Remo explicou que eles conversariam lá porque Dumbledore não queria Sírius perambulando pelo castelo, a notícia de que ele estava vivo ainda não havia sido dada e ele queria evitar confusão, para não dizer pânico nos alunos. Remo deu uma batidinhas ritimadas na porta e ela se abriu. Haviam combinado, os dois, em não comentar nada sobre o que Hannah estava sentindo, uns feitiços foram bem úteis para esconder os olhos inchados. Dumbledore estava lá sentado numa cadeira conversando com Sírius que ria de alguma coisa.
-Olá! -Sírius disse animadamente quando eles chegaram mais perto e Dumbledore olhou profundamente para Hannah que sentiu que ele sabia de tudo, como sempre. Ela deu beijinhos em Sírius e Dumbledore, dizendo "Oi.", a conversa começou e Dumbledore falou que a notícia que Sírius estava vivo sairia no dia seguinte, mas que Voldemort já tinha esta informação e que não tinha ficado nada satisfeito, muito menos Bellatrix. Disse que Harry saberia logo mais que Sírius estava na escola. Explicou o que haviam sido as visões que eles tinha presenciado, era uma magia contida no arco para não permitir a saída de ninguém e assim atacava quem queria resgatar, que as visões eram para causar dor e de alguma forma, fazer com que a pessoa desistisse de salvar a vida que estava alí, disse que não havia informado sobre o que aconteceria para que eles não ficassem com receio, mas que eles estavam preparados para o que aconteceu, tanto que Sírius estava ali ao lado deles. Hannah pensou que preferia ter sido informada, mas já que havia dado certo... Eles terminaram a conversa e Dumbledore disse que ia chamar Harry no escritório para uma conversa e que logo o traria ao quarto de Sírius. Os três sairam e Dumbledore pediu para que "dar uma palavrinha" com Hannah, Remo disse que a esperaria nos jardins.
-Você não me obedeceu. -ele não perguntou, afirmou. -O que aconteceu, estou vendo que não foi nada bom.
-Acabou. -ela disse simplesmente.
-Eu disse para não ir, minha filha, lá você não viu Severo, era o comensal da morte.
-Mas mesmo assim ainda era ele, e ele me disse coisas que...-ela parou um segundo. -Não importa mais.
-Hannah não se feche, é pior.
-Não estou me fechando. Mas isso já foi resolvido. Acabou e ponto final. -Dumbledore suspirou.
-Você é quem sabe, mas seu caminho não se separou do de Severo, nem o seu amor e você sabe disso. -dizendo isso ele saiu deixando Hannah algum tempo parada no corredor. Ela encontrou com Remo e eles foram andando até Hogsmead. Eles viram algumas vitrines e Remo fazia várias piadinhas para animá-la obtendo sucesso algumas vezes. Compraram as roupas para Sírius, calças, camisas e a prórpia roupa de baixo. Terminada as compras Remo perguntou se ela não queria tomar uma cerveja amanteigada no três vassouras, ela aceitou, mas só para não ser uma "chata", ela queria mesmo era voltar para o castelo. Tomada a cerveja os dois pegaram o caminho de volta para o castelo, Remo não tocou no nome de Severo nem uma vez ele tentou ao máximo deixar Hannah confortável. Quando chegaram ao castelo Remo puxou Hannah pela mão a levando ao quarto de Sírius.
-Ele deve está com Harry. -ela argumentou.
-E qual é o problema?
-Remo...
-Venha! -ele foram passando por passagens estreitas para chegar logo ao destino. Remo bateu no ritmo e a porta abriu. E lá estavam Harry e Sírius. O menino sorria, parecia está bem feliz em ver o padrinho, mas quando olhou para ver quem havia chegado seu sorriso diminiu aos poucos. Hannah queria saber qual era o sentimento que Harry nutria por ela, se era ráiva ou algum tipo de remorso.
-Princesinha, espero que tenho cumprido sua promessa.
-Veja. -ela desafiou.
-Não tem nada extravagante, Sírius. -Remo disse. -Mas tinha uma camisa verde-limão com detalhes de rosa que ficaria maravilhosa em você. -ele riu e todos os outros da sala.
-Vamos sentem. -Sírius mandou.
-Não, Sírius, acho melhor eu ir. Você deve querer conversar com o Potter e...
-Potter? -ele perguntou espantado.- Por que você chama o Harry de Potter? -o menino se mexeu desconfortável.
-Sírius, eu já vou. -disse séria.
-Remo, quê é isso?
-Ele não sabe. -ele olhou para Hannah. -Não acha que já está na hora dele saber?
-Não.
-O que eu tenho que saber? -Harry levantou da cadeira.
-Nada, Potter.
-Eles não estão se dando muito bem. -Remo disse a Sírius.
-Como assim, o que houve?
-Odeio quando vocês falam como se eu não estivesse presente. -Hannah reclamou.
-Eu também. -Harry concordou, mas os homens ignoraram os dois.
-Harry, disse algumas coisas nada gentis a Hannah.
-Você o que, Harry? -Sírius virou pra ele.
-Ela queria me comandar como todo mundo.
-E ela deveria fazer isso mesmo, devia ter te colocado de castigo!
-Não precisa, o Snape já fez isso.
-Peça desculpa.
-Ele já pediu, Sírius. -Hannah disse. -Agora, chega. Eu estou indo. -Sírius a segurou.
-Espere. Seus pais ficariam muito desapontados com isso, Harry. -o menino baixou a cabeça.
-Sírius, por favor, chega.
-Não, não chega. Harry tem de saber com quem ele está convivendo. Quem é você.
-E quem é ela ? -Harry já não aguentava mais.
-Sua madrinha. -Sírius respondeu.
-Minha o quê?
-Não sou não.
-Bem, não é por que não pode estar no batismo. Estava no hospital por causa de um ferimento que teve num ataque dos comensais. Por isso que você não tem madrinha, por que a sua madrinha estava toda quebrada numa maca do St. Mungus. -Harry tinha a boca aberta de surpresa e Hannah a cabeça baixa.
-Por que ninguém me disse?
-Achei que não teria importância, e era melhor você não saber mesmo para não correr o risco de perder mais alguém.
-Você não vai morrer! -Remo interferiu.
-Ninguém sabe, Remo, estamos em guerra! Igual da outra vez, vamos perder pessoas e, dessa vez, posso ser uma delas. -de fato Hannah não sabia porque dizia tudo aquilo, mas pela primeira vez desde que tinha voltado ela sentiu um certo medo pela guerra em si. Sírius a abraçou por trás segurando as mãos dela.
-Nada vai acontecer. Eu prometo. -ele disse baixinho como se quizesse afastar os pensamentos dela, isso um dia havia funcionado, mas hoje seria impossível. Harry esperou todos se calaram.
-Alguém pode me explicar direitinho essa história?
-Podemos sim. -Sírius respondeu. -Senta. -mandou e puxou Hannah junto com ele, a vontade que ela tinha era de ir embora, mas era melhor nem cogitar. Remo sentou-se junto com Harry no sofá duplo, e Sírius e Hannah no outro. -Quando chegamos aqui pela primeira vez, eu e seu pai já nos conheciamos, porém não tinhamos muito contato, já que as familias não se davam muito bem, como você pode ver lá em casa quando minha querida mãe resolve dar um "alô" para nós, eu já tinha visto Remo e Pedro algumas vezes e Tiago já tinha um certo contato com Remo. Nós nos juntamos no trem e essa foi a primeira "reunião" dos Marotos. Estavamos muito animados conversando quando duas garotas, uma ruiva e uma morena, abriram a porta da nossa cabine...
1° de setembro de 1971, Expresso Hogwarts (Primeiro Ano).
-Ah, desculpe. -disse a menina morena e logo foi fechando a porta.
-Hey! O que querem? -perguntou Tiago.
-Estavamos procurando mais meninas do primeiro ano. -a ruiva respondeu.
-Mas nós não podemos fazer nada por vocês? -ele retrucou.
-Vocês são meninas? -ela os olhou. -Não.- e foi saindo.
-Como é o nome de vocês? -ele gritou novamente, mas elas não voltaram.
Depois de chegar a Hogwarts todos seguiram para serem selecionados, Sírius estava nervoso, não queria ir para a Sonserina, casa que todos da sua família iam, porém seu desespero logo passou e ele foi selecionado para Grifinória, ficou da mesa da casa observando para onde iriam seus novos melhores amigos, torcia pra que para junto dele.
-Evans, Lílian. -era a garota ruiva do trem, ele prestou mais atenção e Tiago fez um sinal pra ele.
-Grifinória. -o chapéu gritou e a menina se juntou a mesa, mas não do seu lado, ela parecia esperar a outra garota. Sírius procurou a outra menina, ela não parecia nada impressionada com o castelo, mas sorria o tempo todo para as pessoas da mesa dos professores.
-Dumbledore, Hannah. -a professora McGonnagal chamou e Sírius achou que ela até deu um breve sorriso. Então a outra garota do trem foi pra frente, e também foi parar na Grifinória, assim como os seus amigos, quando a seleção acabou e todos estavam sentados, o diretor os deu boas-vindas e o banquete foi servido.
-Ganhei a aposta! -Sírius disse aos outros amigos. -Cada um me deve dez bombas de bosta. Aquele garoto esquisito do trem foi para Sonserina.
-Ei! -Tiago chamou as meninas. -Passa a batata. -ele disse sorrindo e os amigos deram risadinhas.
-Nós temos nome. -a ruiva respondeu.
-Okay. Lílian, me passa as batatas, por favor. -ele abriu um sorriso maior.
-É Evans, Potter!
-Ai, Lílian passa logo essas batatas pro garoto. -a outra menina que tinha o nome de Dumbledore mandou e pegou as batatas e entregou a Tiago.
-Obrigada. Você é parente do diretor? Espera, -ele parou um momento. -eu conheço você.
-Conhece. -ela confirmou. -Da feira anual de Devonshire.
-Isso! Gente, -ele virou para os amigos. -essa é Hannah Dumbledore, ela é filha do diretor e da professora McGonnagal. Esses são Sírius, Remo e Pedro. -ele saiu apontando. -Eu te achei familiar lá no trem, mas estava pensando em outras coisas. -ele deu de ombros.
Desse dia em diante eles ficaram amigos, sempre andando juntos, Hannah não andava muito com eles, já que tinha seu grupo de amigas, garotas que ela já conhecia de viver no mundo bruxo e umas novas amigas nascidas trouxa como Lílian, que odiava os Marotos.
26 de dezembro de 1972, Salão Comunal da Grifinória (Segundo Ano).
-Vai, Princesinha, por favor. -ele já pedia a mais de meia hora.
-Sírius, eu disse que você fizesse sua tarefas!
-Por favor, é só a de História da Magia, de Poções e de Transfiguração.
-Só? -ela riu irônica.
-Por favor, eu não posso mais ficar em detenção, sua mãe me mata. -ela suspirou cansada.
-Ok, mas eu não tenho a de História, vou pegar a de Lílian, eu não entendi nada do que o Prof. Bins disse. -ela acrescentou meio envergonhada. -Mas tem tempo, essas tarefas são só para quando as aulas voltarem...
-É, mas eu quero terminar logo, por que nós vamos colocar fogo na escola no ano novo.
-Vocês o que? Tá louco, Sírius Black? -ela tinha levantado da cadeira e todo o salão comunal a olhava, Sírius puxou a mão dela e a fez sentar na cadeira de novo.
-É só uma expressão!
-Mas tratando dos Marotos pode se esperar tudo.
-Não reclame que você é a Princesa dos Marotos, você é nossa inspiração.
-Ah, tá bom, eu sei quem é a inspiração de Tiago, e a sua, bem, o colégio todo vale? Afinal todas as meninas caem de paixão por você.
-Não é bem assim, eu só sou simpático.
-É sim, mas voltando ao assunto das suas tarefas. Você pode pedir a Remo a de História, ele deve ter feito.
-Acho que não fez, você sabe, ele 'tá com aquele problema...
7 de novembro de 1973, Salão Principal de Hogwarts (Terceiro Ano).
O salão principal estava cheio e barulhento, os alunos tomavam o café da manhã para irem a suas aulas.
-Será que vocês podiam me poupar dos ínfimos detalhes? -Hannah reclamou com Sírius e Tiago que falavam alto sobre uma garota que Sírius havia beijado no dia anterior.
-Eu também não quero escutar sobre sua vida amorosa, Black. -Lílian acrescentou.
-Que foi, vocês estão com ciúmes? -Sírius perguntou.
-De quem? De você? -Hannah perguntou e riu. -Ainda tá sonhando. -ela levantou os olhos para uma garota da corvinal que vinha andando em direção a Sírius com um enorme sorriso. -Sua "Princesa" está chegando. -ela levantou e escutou a menina ronronar o nome de Sírius. Atravessou o salão pisando duro, sentia uma enorme ráiva, mas não sabia o motivo.
-Brigou com o namorado? -um garoto loiro interrompeu sua passagem. -Talvez você queira que eu te console. -ele riu ela odiava aquele sorriso dele.
-Sai da minha frente, Malfoy, ou eu vou...-ela ameçou.
-Vai o que?
-Vai nada. -uma voz desdenhosa disse atrás dela.- Ela não vai arriscar o título de perfeição que ela já recebeu dos estúpidos que estudam e dirigem esse lugar.
-Cala a boca, Ranhoso. -era Sírius.
-Ou você vai ter de arrumar um contra-feitiço poderoso o bastante pra te fazer falar novamente. -Tiago completou.
-Ninguém vai azarar ninguém. -ela gritou acima das outras vozes. -Saiam todos da minha frente. -ninguém se mexeu. -Saiam! -ela gritou e antes que pudesse evitar fez os garotos serem derrubados e saiu com ráiva.
28 de fevereiro de 1975, Corredor da Biblioteca (Quarto Ano).
-Princesinha!- ela parou no meio do corredor e virou para ver Sírius vir correndo em sua direção, ela estava sozinha indo para biblioteca terminar seu dever de aritmancia.
-Queria te pedir uma coisa.
-Não, Sírius, eu não vou fazer novamente sua tarefa de poções, se você quiser eu continuo te ensinando e ainda faço a Lílian te ajudar também, mas eu não vou fazer... -ele colocou o dedo no lábio dela.
-Não é isso. -ele riu. - Eu queria que você fosse a Hogsmead comigo no próximo fim de semana.
-Mas eu sempre fico com vocês em Hogsmead, sempre consigo dividir meu tempo entre as meninas e vocês, mesmo que... -ele colocou o dedo nos lábios dela novamente.
-Será que dá pra você parar de falar um pouquinho e me deixar terminar? - ela balançou a cabeça afirmativamente. -Quero que vá a Hogsmead comigo, você não está saindo com o Knightley, certo?
-Ah, não, eu só estava ajudando o Frederic com uns feitiços que ele estava com dificuldade e... -ela parou no meio da frase. -Espera, você tá me chamando pra sair com você? Que foi, as garotas de Hogwarts acabaram? -ela perguntou entre risos, só podia ser brincadeira. Sírius no último ano tinha passado cada semana com uma garota diferente, mas nunca namorava nenhuma.
-Não, elas não acabaram, mas o que eu quero não está em suas bocas. O que eu quero está na sua, está em você. -ela deixou cair os livros que segurava. -Seja minha namorada. -ele pediu e ela ainda não conseguia encontrar nenhuma palavra, Sírius achou que era melhor não esperar e a segurou pela cintura para beijá-la.
25 de maio de 1976, Jardins de Hogwarts (Quinto Ano).
Hannah estava indo para os jardins, quando Lílian passou como um furacão de ráiva por ela.
-Líli .-chamou. -Que foi?
-É melhor você ir intervir, já que é monitora e seu namorado está envolvido. Eu odeio esses Marotos. -Hannah saiu correndo para os jardins, onde um grupo de alunos estavam ao redor do que parecia uma pessoa de pernas pro ar, ela não conseguiu ver quem era, mas correu mais, o que Sírius tinha na cabeça?
-Eu vou tirar! -Tiago gritava. Ela atravessou as pessoas e chegou ao espaço vazio, então ela pode ver Tiago , que tinha um corte no rosto, e Sírius, a frente, Pedro num canto ria bastante e Remo distante lendo um livro, mas ele não a enganava. Ela olhou para ver quem era que estava de cabeça pra baixo e não deu outra: Snape. -Princesinha, veio ver também o Ranhoso perder a cueca?
-Tiago, eu só vou falar uma vez: Coloque o Snape no chão.
-Ah, Gatinha, deixa é só uma brincadeira. -Sírius pediu. -E ele merece.
-Sírius, é melhor ficar quieto para não complicar mais a sua vida. Tiago vai soltá-lo ao não?
-Eu não quero que você me defenda, a Monitora Perfeita.
-Cala a boca, Snape. -Tiago, Hannah e Sírius gritaram ao mesmo tempo.
-Eu não vou soltar, Hannah, não posso privar o público de uma diversão.
-Você pediu. -ela concentrou-se, olhou nos olhos de Tiago que tremeu, ele caiu no chão e a varinha dele foi parar na mão de Hannah, na mesma hora que Snape caia estrondosamente no chão. -Os três venham comigo, para sala da Profª. McGonnagal. -os três ficaram em detenção. Mais tarde na sala comunal Sírius teve de escutar por muito tempo as reclamações de Hannah.
25 de dezembro de 1976, Salão Comunal da Grifinória (Sexto Ano).
Tiago tinha mudado, não estava tão infantil como era, parecia mais adulto, e agora Lílian não brigava tanto com ele, eles até eram pegos conversando, e Hannah achava que a amiga estava começando a gostar dele, depois do café a sala comunal estava um tanto vazia, Hannah estava deitada num sofá com a cabeça nas pernas de Sírius que conversava sobre quadribol com Pedro e Remo lia um livro.
-Cadê o Pontas? -Hannah perguntou depois de um tempo. Sírius olhou para os lados e Remo abaixou o livro.
-Não sei. -disse Sírius. -Nem tinha notado que ele não estava aqui. -Hannah estreitou os olhos.
-Mentiroso. -ela sentou repentinamente. -Vocês armaram alguma coisa e a Lili está envolvida, ela é a vítima. -ela ia levantar, mas Sírius a prendeu pela cintura fazendo com que ela caisse de volta em cima dele.
-Nós não fazemos mais isso. -ele explicou. -Mas você está certa que o "Anjo" -ele chamou Lili como Tiago a chamava. -está envolvido.
-Meu Deus, vocês não tem um pingo de juízo.
-Meu amor, o máximo que vai acontecer é que o Pontas levar outro tapa. -ele deu de ombros e beijou a namorada.
Naquele dia Lílian e Tiago começaram a namorar.
7 de abril de 1977, Sala Precisa (Sexto Ano).
-Vem. -Sírius chamou novamente a puxando pela mão, estavam no corredor do sétimo andar e ela não sabia o que ele pretendia.
-Sírius, nós não deviamos está aqui. -ela reclamou. -Se fomos pegos.
-Não vamos ser. É seu aniversário para de se preocupar. Chegamos. -ele disse e parou na frente de uma parede limpa.
-Sírius, você tá bem?
-Como é que você passou toda a sua vida vindo para esse castelo e não conhece coisas como a sala precisa? - ele passou três vezes pela parede e uma porta apareceu.
-Legal. -ela foi em direção da porta e entrou.
-Espera. -ele pediu. -Eu amo você. Amo você mais que a mim mesmo. -ele passou a mão pelo rosto dela. -Quero que seja minha mulher. Quero fazer de você minha mulher. -ele não precisou dizer mais nada ela o abraçou e o beijou.
-Eu vou ser.
15 de julho de 1977, Casa de Sírius, Londres.
Estavam todos na casa nova de Sírius, sentados na sala, Hannah e Lílian conversavam animadas, as duas tinham uma alinça na mão direita. Sírius, Tiago e Remo liam um jornal no canto, enquanto Pedro tentava fazer um feitiço.
-O que tanto vocês conversam escondidos aí? -Hannah perguntou.
-Espero que não seja nada impróprio para garotos que tem namorada. -Lílian disse levantando. -Cadê aquela garota que você estava saindo, Remo?
-Não deu certo. -ele respondeu simplesmente.
-Que houve, Síri? -Hannah perguntou notando as expressões preocupadas.
-Nada. -Sírius respondeu guardando o jornal.
-Aconteceu sim. Deixe-me ver o jornal. -Sírius continuou parado. -Sírius Black! Me de esse jornal, agora!
-Deixa, Almofadinhas, elas vão saber de qualquer maneira. -Tiago disse e foi abraçar a namorada, Sírius tirou o jornal do bolso, entregou ainda dobrado a Hannah e se pôs atrás dela. Ela abriu o jornal e na primeira página se via a foto de uma casa com a marca negra em cima, a notícia em letras garrafais encheu os olhos da garota. "Mais um ataque de Você-Sabe-Quem: A casa dos Neeson foi o alvo, nenhum sobrevivente!" ela piscou, respirou.
-Líli, -Hannah balançou a cabeça e uma lágrima caiu dando passagem para mais outras. -A Laura. Laurinha. -respirou novamente e Sírius a abraçou. -Ela está morta. -Lílian soltou um gritinho e começou a chorar agarrada a Tiago, Hannah soltou o jornal no chão. Elas haviam perdido uma amiga, o Lord das Trevas estava cada vez mais perto.
13 de janeiro de 1978, Jardins de Hogwarts (Sétimo Ano).
Hannah estava em mais uma ronda noturna, agora como Monitora-chefe, tinha mais trabalho que qualquer um. Ela viu um vulto esgueirando-se e saindo do castelo, os Marotos não eram, já que eles tinham passado a muito tempo para ficar com Remo. Saiu atrás do vulto, ele era rápido e logo entrou na passagem do salgueiro lutador, aquilo era um problema, ninguém tinha conhecimento daquela passagem, ela chegou mais perto, não era maluca o suficiente para entrar Remo não iria reconhecê-la, mesmo sendo amigos, ele a mataria num instante, então ouviu gritos, e Tiago saiu arrastando um Severo desacordado.
-O que está acontecendo, Tiago?
-Eu não sei! Esse imbecil entrou aqui e deu de cara com Remo. -Hannah abaixou para vê-lo. -Ele levou um patada e caiu desacordado, mas não foi mordido.
-Você sabe no que isso vai resultar, não sabe Tiago?
-Detenção. -Tiago disse na hora que Sírius saiu rindo do buraco.
-O Ranhos desmaiou só com uma patadinha do Aluado.
-Sírius foi você que contou a ele? -Tiago perguntou.
-Foi.
-Você é maluco, Sírius? -Hannah levantou com ráiva.
-Oi, amor, não tinha visto você.
-Sírius Black, você quer se tornar um assassino, é isso?
-Ai, Hannah, que drama.
-Não é drama, não, Sírius. Nós vamos ficar com problemas por causa dessa sua brincadeira estúpida, e como você acha que o Aluado iria ficar que tivesse matado o Ranhoso. -Tiago disse sério. - Hannah vá chamar a Profª. McGonnagal.
15 de dezembro de 1979, Casa dos Potter, Londres.
-Eu não aguento mais! -Lílian entrou na sala onde Hannah e Remo conversavam.
-Calma, Líli, isso logo passa. -Hannah respondeu.
-Estou enjoando tanto que acho que vou morar no banheiro.
-Adorei a casa, Líli. -Remo disse.
-Eu tive que escolher, ou o Tiago iria passar o resto da vida visitando casas com o Sírius, que não ajudava em nada.
-O que eu não ajudo?
-A escolher, seja lá o que for. -Hannah disse. -Estavamos falando da casa.
-Ainda bem que nós já tenho a minha, quando casar é menos um problema. -disse sentando ao lado de Hannah.
-Graças a Merlin. Vamos indo, que Moddy vive reclamando dos nossos atrasos nas reuniões da Ordem.
-Eu não.- disse Remo. -Eu sou pontual.
-Sim, vamos dar um crédito a ele, só por que levou um fora a pouco tempo.
-Eu não levei um fora, eu que acabei o namoro, ela não dava certo comigo.
-Remy, desde que te conheço que você usa a mesma desculpa. -Hannah disse. - Acho que você está virando uma espécie de "Sírius antes de Hannah".
-Talvez eu esteja procurando a minha "Hannah". -ele riu.
31 de agosto de 1980, Hospital St. Mungus.
-Ainda bem que acordou, meu amor. -Sírius falou, e Hannah começou a focar o ambiente muito claro.
-Onde estou?
-St. Mungus.
-Que aconteceu?
-O feitiço de Bellatrix te deixou desacordada.
-Quanto tempo?
-Mais ou menos doze horas. Hoje é o batizado do Harry. Lílian queria cancelar para fazer quando você estivesse bem.
-Não. Diga a ela que faça.
-Mas sem a madrinha? -Lílian tinha entrado no quarto.
-Não tem importância. Ele precisa ser batizado. E o Sírius vai estar lá. É só você ensiná-lo a me chamr de madrinha e tudo certo. -ela deu sorriso fraco.
-Você está se sentindo bem?
-Só com umas dores no corpo, mas aquela cobra precisa ser muito mais para me tirar de circulação.
11 de novembro de 1997.
Quando Sírius terminou de contar a história, sua história, Hannah estava emocionada, era estranho ver os acontecimento de sua vida contados, por outra pessoa que os tinha vivido, enquanto Sírius contava ela relembrava. Ela olhou para Remo e ele também parecia emocionado, mas Harry tinha lágrimas nos olhos.
-Ela não teve tempo. -Harry falou.
-O que? -Sírius não tinha entendido, como Remo e Hannah.
-Ela não teve tempo de me ensinar. -ele foi até onde estava Hannah.-Desculpe, madrinha.
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