Sentindo as dores
Era o dia do primeiro jogo de quadribol. Grifinória versus Sonserina. O salão principal estava tão barulhento que parecia que alguém tinha jogado uma bomba bem no centro. Hannah tentava comer suas torradas em paz, mas com todo aquele barulho e Severo reclamando baixo dos alunos o seu desejum estava tornando-se quase impossível. Ela adorava jogos de quadribol, mas comer naquele movimento era insurpotável. O último dia que ela tinha, realmente, ficado a sós com Severo tinha sido no dia das bruxas. Ela, Severo e Remo estavam trabalhando feito loucos, afinal o plano seria posto em prática no próximo final de semana. Seu pai tinha dito que Arthur Weasley assumiria o posto de ministro da magia na segunda-feira, a informação era confidencial, então ela já estava imaginando quando a notícia se tornasse pública, com certeza o salão ficaria mais barulhento do que hoje. Ela reparou na mesa da grifinória, Harry mexia no prato com o garfo, mas não o levava a boca.
-Remo. -ela chamou por cima de Severo. -Harry não está comendo nada. -falou quando Remo virou-se pra ela.
-Ele não vai morrer. -Severo respondeu antes de Remo. -Não tenho tanta sorte.
-Não desconte seu nervosismo de jogo em mim. Não estou jogando hoje. -Severo estava desde o dia anterior irritadíssimo por causa do jogo de quadribol e vinha, quando podia, "alfinetando" Hannah.
-Não preocupe-se, Hannah, ele sempre fica sem comer nos dias de jogos. Nisso ele é diferente de Tiago que só faltava comer a mesa também. -Hannah riu com a lembrança. Tiago, em dia de jogo, sempre comia mais do que o normal, as vezes até tirava do prato dos amigos.
O salão foi esvaziando aos montes e Hannah achou melhor ir também, Remo foi acompanhando. Eles subiram as arquibancadas e sentaram próximos aos alunos favoráveis a grifinória, de onde estava sentada, Hannah, viu Severo chegar as arquibancadas em frente onde podia-se ver um mar verde e prata, provavelmente quem olhasse de onde Severo estava veria um mar vermelho e dourado, os alunos de ambos os lados gritavam os nomes de suas casas. Hannah escutou um rugido e que a fez tremer de susto, virou-se a procura, Remo ria timidamente ao seu lado e ela viu a garota Lovegood que vinha com um imenso chapéu em forma de leão que rugia, Hannah não conteve o riso, aquela garota não devia ter muito juízo, e olhe que ela nem era da grifinória, mas mostrava-se legal aos amigos da casa vermelha e Hannah sentiu, apesar da loucura, admiração pela garota.
-Booom Diaaa Hogwarts! -alguém animadamente chamou pelo alto-falante e Hannah moveu-se tentando ver quem era. -Eu sou Liam Lomax seu novo comentarista...
-Em teste! -ouviu-se a voz de Minerva McGonnagal ralhando com o garoto.
-Certo, professora, em teste. -o garoto disse meio desanimado. -Mas tenho certeza que serei escolhido. -ele animou novamente, aquilo ia ser divertido. -Hoje uma manhã típica de outono nós vamos ter nosso primeiro jogo da temporada, um clássico grifinóóóóória- a torcida gritou. -contra sonserina. -gritos mais uma vez, mas a desanimação do menino quando disse o nome da sonserina denunciou claramente que ele era da grifinória.- E aí vem o time da Griiiifinóóóóriaaaaaa. -Hannah viu os garotos entrarem em campo voando em suas vassouras. -O capitão e apanhador Harry Potter, o goleiro Rony Weasley, os batedores Jimmy Peakes e Ritchie Coote e os artilheiros Gina Weasley, Demelza Robins e o Dino Thomas. O time da sonserina.-os garotos entraram em campo.- O capitão e artilheiro Urquhart, o apanhador Malfoy, os outros dois artilheiros Vaisey e Harper e os batedores Atkinson e Brody. -definitivamente ele era grifinório, disse apenas o sobrenome dos sonserinos enquanto dos grifiórios não.
O jogo começou e logo Gina pegou a goles, a garota era boa, Hannah lembrou-se dela quando adolescente e jogava na mesma posição que a Weasley, não demorou e a garota marcou um gol e dois e três. Ela era muito boa. A grifinória tinha marcado quatro gols e Gina havia marcado três deles. Ela observou que Harry voava em círculos e Malfoy estava bem próximo, eles pareciam conversar, conversar não, discutir. Ela cutucou Remo e apontou para onde Harry estava e ele apenas deu de ombros, Hannah pensou que talvez essas "cenas" fossem comuns nós jogos de Harry. A sonserina fez o seu terceiro gol, agora com apenas 20 pontos de diferença o jogo estava acirrado, balaços iam e viam numa velocidade incrível.
-...e a Demelza se livra do balaço de Atkinson. - a voz do locutor fez-se ouvir quando Demelza Robins teve de fazer um mergulho espetacular para livrar-se de um balaço. Poucos segundos depois Harry mergulhou com Draco logo atrás, quando estava quase tocando o chão ele empinou a vassoura e subiu. -Eles viram o pomo! -gritou Liam Lomax. Os garotos se agrediam nas vassouras bantendo uma na outra, até que a vassoura de Draco perdeu o equilíbrio e quase virava se o menino não tivesse colocado suas forças para estabilizá-la, Harry aproveitou a vantagem e jogou toda a sua força para frente e apanhou a bolinha dourada. A torcida urrou de alegria e Hannah acompanhou, o menino era muito bom. A time da sonserina ficou irado com a derrota e um dos batedores num acesso de ráiva jogou um balaço em Gina que estava de costas e não viu quando foi atingida e caiu de sua vassoura. A torcida soltou uma exclamação e Hannah levantou-se ligeira e Remo fez o mesmo, os dois foram descendo as escadas correndo em direção ao campo, coisa que todos os outros professores também tentavam fazer. Quando Hannah e Remo chegaram ao campo viram que tudo estava uma verdadeira baderna. Harry e Rony eram segurados num canto pelos batedores, eles tentavam avançar no garoto chamado Brody que tinha jogado o balaço, o time da sonserina estava todo junto ao garoto, todos com os braços cruzados sobre o peito de forma ameaçadora. Gina estava caida no chão e tinha os outros dois artilheiros do time debruçados sobre ela, Madame Hoock gritava a todo pulmão que eles se afastassem, porém eles pareciam não ouvir. Eram os professores que primeiro tinham chegado, Hannah e Remo. Ela viu ao longe Sprout vir correndo e da estremidade do campo sua mãe vinha trazendo Madade Ponfrey e como se tivesse surgido do ar Severo apareceu, com a expressão de que mataria qualquer um, ele não disse coisa alguma, apenas olhou de lado para o canto onde estava Gina e puxou o batedor pelo braço, ríspidamente o levou para mais longe. Hannah ajoelhou-se e tirou a menina que tentava reanimar Gina e com a cabeça indicou que Remo fizesse o mesmo com o garoto. Ela os afastou e olhou para Harry que gritava impropérios ao vento, ele xingava até a última geração do batedor. Ela deixou a menina que começava a soluçar junto a Remo, e dizendo que tudo ia ficaria bem foi para junto de Harry.
-Solte-o. -mandou ao menino que segurava Harry pelo braços, no momento em que ele foi solto tentou correr em direção ao garoto que estava encolhido com as palavras sibilantes de Severo, mas Hannah foi mais rápida e colocou o corpo contra o dele. -É melhor se acalmar, Harry.
-Saia da minha frente. -ele tinha ódio na voz, Hannah pensou que ele devia amar muito a Weasley.
-Harry, quero o seu melhor, por favor não faça isso, ela vai ficar bem. Não faça nada imbecil ou Snape vai arrumar uma maneira de te punir.
-Você não manda em mim!
-Não estou dizendo isso. Estou pedindo que use a razão.
-Não vou escutar você. Não é nada minha, ninguém tem nada a ver comigo, eu sou sozinho! E você é mais uma desses estúpidos que querem me dizer o que fazer! Eu quero que todos vocês sumam... -ele gritou, Remo foi se aproximando e as professoras que estavam removendo a menina olharam chocadas, Hannah sentiu que iria chorar mais pela dor que Harry tinha do que a dor de ser ofendida pelo menino que seria seu afilhado, mas segurou e sua garganta ardeu.
-Potter! - Hannah tremeu quando ouviu o tom de voz. -Você ficará em detenção por ofender um professor. -Severo vinha avançando rápido pra cima do menino. -É incrível, Potter, o seu desrespeito pelos outros e ainda mais para com os professores. Vou fazer questão de cobrar todas as suas detenções, vejamos duas semanas? -ele deu um sorriso malvado como Hannah nunca tinha visto, ninguém falava nada o estádio tinha mergulhado num silêncio terrível, como se todos tivessem prendido a respiração. -Não. Três. E se você não melhorar seu comportamento vamos amentando sua punição. -Harry tremia de ráiva e Rony tinha os olhos arregalados, Hannah tinha certeza aquele seria o assunto do mês, talvez do trimestre. Ela até que teve vontade de pedir a Severo que não fizesse isso, mas foi fraca, achou que não seria prudente desaltorizar um diretor de casa, querendo ou não ele tinha mais poderes que ela. -Agora, Potter, -ele cuspiu o nome. -saia da minha frente. Antes que eu mate você. -a última frase ele disse tão baixo que só Harry e Hannah puderam ouvir. Harry deu meia volta e saiu marchando pelo campo. Minerva colocou a varinha na garganta e sua voz ecoou por todo estádio mandando os alunos a suas casas.
-Vamos, Hannah. -Remo a puxou pela mão. Ela viu Gina ser levitada. Remo a guiou por todo caminho sengurando-a fortemente pela mão, ela sabia que estava no meio de muita gente, mas não prestou atenção em ninguém. -Por aqui tem um passagem. -eles passaram por um corredor apertado e subiram uma escada bem longa e logo pararam. -Hannah, a senha. -ela disse a senha baixo e Remo repetiu mais alto para que o quadro escutasse. Remo a sentou no sofá e ajoelhou-se na frente dela. -Pricesinha, ele estava com ráiva, não sabe o que disse, não sabe quem você é. -ela se permitiu chorar e Remo apertou as mãos dela com mais força.
-Ele é cheio de dor, Remo. Tão novo e tão cheio de dor. Eu senti, eu quase pude tocar. -ela soluçou.
-Vem cá. -ele encostou-se no sofá e a puxou pra cima do peito dele e passou a mão pelo cabelo dela. -Eu nunca tinha visto Snape defender ninguém antes, e acho que ninguém naquele estádio.
-Ele o que? -Hannah achou que Remo tivesse levando algum balaço na cabeça. -Você não conhece o Severo, não Remo?
-Pelo visto não, ao menos não quando ele está apaixonado. -Remo soltou uma risadinha.
-Remo, ele apenas não perdeu a oportunidade de castigar o Harry.
-Você não quer ver, não é? Ele fez por você. Harry xingava todo mundo antes mesmo dele chegar. Xingou até ele também, mas o Snape não fez nada, tirou o batedor da casa dele e foi dizer Merlin sabe o que ao garoto. -Hannah não tinha visto isso, não tinha percebido, o olho dela brilhou, não sabia o que dizer. -Agora você não tem mais dúvida de que ele gosta de você, não é? -Hannah balançou a cabeça e ia responder quando o quadro chamou.
-Remo, você ver pra mim? -ela pediu e ele levantou e foi em direção a porta. Quando abriu era Snape quem estava lá.
-Ah, volto depois. -o homem de fora disse.
-Não. Entre, estou de saída. -e sorriu para Snape que levantou uma sombrancelha. Saiu. Mais tarde teria uma conversa séria com Harry.
-Quem era, Aluado? -disse quando escutou o quadro trancar e os passos em sua direção. Severo percebeu a voz de choro e ficou calado, seguiu para o sofá de frente para lareira, onde ela estava deitava com os olhos fechados, deu a volta e ficou de frente pra ela, sentou no espaço vago e passou a mão no rosto dela que abriu os olhos.
-Eu. -e abaixou o rosto para pegá-la num beijo apaixonado. Ele separou-se dela e viu que ela chorava, ainda a segurando. -Que foi? Você não está chorando por causa do imbecil do Potter? Ele vai sofrer tanto nas detenções que nunca mais vai desrespeitar um professor na vida dele. -ela balançou a cabeça negativamente. -Você deve se acostumar, as vezes tem um aluno impertinente que haje dessa forma e tenta nos ofender.
-Você sabe que Harry, pra mim, não é só aluno. O que ele me disse doeu, sim. Mas outro motivo me faz chorar.
-O que? -ele olhou intrigado.
-A dor dele, Severo. Ele já sofreu demais e eu talvez tivesse podido fazer alguma coisa, mas eu fui covarde e fui embora.
-Você não podia ficar com ele, você sabe. -disse meio impaciente.
-Sei, mas podia ter ficado e tentado defende-lo.
-Isso não existe. E não me venha por favor com essa culpa do "eu podia ter feito isso ou aquilo". Não vale a pena. -ele a beijou novamente, como que para calá-la.
-Obrigada por me defender. -ela passou a mão no rosto dele.
-Eu tinha fazer, minha obrigação de professor é diciplinar esses cabeças-oca. -ela riu. -Tenho que ir ou sua mãe vai fazer o imbecil do Brody pagar detenções o resto da inútil vida dele, mas eu tenho que diminuir essa pena para pelo menos até ele sair de Hogwarts. -ele riu com o canto do lábio. -Não sei o que esse idiota tem na cabeça. -ele já em pé abaixou e beijou Hannah. -Tchau.
-Tchau. -ela virou-se para vê-lo sair. Ela deitou totalmente no sofá e ficou. Cerca de uma hora depois, Hannah ainda estava deitada no sofá remoendo os acontecimentos, o quadro deu seu aviso e ela levantou, foi até ele e o abriu.
-Ah, querida, como se sente? -era sua mãe que logo foi avançando para tocá-la.
-Tá tudo bem, mãe.
-Mas você chorou. Estou vendo que chorou. Potter tem se saído muito impulsivo. Ele já agiu assim até com Alvo. -ela crispou os lábios em reprovação. Elas estavam em pé na saleta.
-Não se preocupe não foi nada... -e ela contou novamente o que tinha sentido.
-Snape parecia furioso com ele. -Hannah engoliu em seco. -Ele fica em cólera quando o Harry sai da linha, não gosta mesmo do garoto, e se tem uma oportunidade para puni-lo, melhor ainda. -ainda bem que ela via dessa forma. Hannah assentiu com um aceno. -Preciso ir. E eu que pensava que hoje seria um dia tranquilo. A Weasley quebrou tantos ossos que nem eu sabia que existiam, ela ainda está desacordada. -ela suspirou. -E ainda tenho uma reunião com Snape, o Brody vai ter sérios problemas. Até mais tarde, meu bem.
-Até mamãe. -ela abraçou a mãe que logo saiu.
Hannah tomou um banho demorado, respirando os vapores da banheira, sentiu a tristeza que sentia esvair-se aos poucos. Chegou atrasada para o almoço, as pessoas no salão pareciam tensas, seu pai não estava.
-Onde foi o papai? -perguntou a sua mãe por cima da cadeira vazia.
-Ministério. -respondeu apenas.
Ela comeu quieta, talvez depois fosse visitar Gina Weasley. Os dias foram passando e os alunos não tinham esquecido o acontecido, Gina acordou na quarta-feira, mas ainda estava na enfermaria. Hannah ouviu alguns alunos que falavam sobre as detenções de Harry, diziam que Snape o estava obrigando a fazer as piores detenções que Hogwarts já tivera noticias, ela não sabia se era verdade, pois só chegava perto de Severo nas reuniões, que por sinal estavam entrando a madrugada e sugando todas as energias que ela tinha, a última vez que tinha conversado com ele havia sido no sábado. Ela só via Harry nas aulas, mas ele não a olhava nos olhos, Remo havia dito que não tinha conversado com ele, que o garoto estava fugindo. O batedor da sonserina, ou melhor ex-batedor, ele fora proibido de jogar, ficara em detenção por dois meses. Era sexta-feira e no dia seguinte eles iriam colocar em prática a missão de trazer Sírius "de volta", na segunda-feira, como Dumbledore havia dito, a notícia que Arthur Weasley era o novo minístro da magia apareceu. Molly estava indo muitas vezes à escola visitar a filha, Hannah conversou com ela algumas horas. Eles estavam saindo de mais uma reunião, tinham terminado mais cedo, já que no dia seguinte era o "dia D", a ordem era "todos pra cama", mas Hannah não estava muito certa de que consiguiria dormir, na verdade ela tinha quase certeza do contrário. Talvez devesse tomar uma poção pra dormir. Tinha que admitir, estava nervosa. Quando chegou ao quarto procurou nos armários alguma poção, achou um frasquinho pela metade, bebeu um pouco e deitou na cama dormindo logo em seguida.
Hannah acordou bem cedo, tinha bebido pouca poção com medo que perder a hora, arrumou-se e saiu do seu aposento, ficar alí dentro estava sufocando-a. Desceu até os jardins e começou a andar em volta do lago, respirando fundo. Ela conseguiria trazer Sírius de volta, faria de tudo.
-Hey. -escutou Remo chamar. -Caiu da cama?
-Quase. -ela sorriu fraco. -E você? -ele deu de ombros.
-Nem sei se dormi.
-Estou nervosa. -falou torcendo as mãos e sentindo mais uma vez num pequeno espaço de tempo que seu estomago queria sair pela boca.
-Eu sei. -Remo chegou mais perto. -Acho que eu também. -eles sentaram num banco.
-Vai correr tudo bem. -afirmou confiante.
-Vai sim. -eles ficaram calados depois disso, Hannah achou melhor ficar de boca fechada, talvez assim seu estomago resolvesse ficar no lugar dele. Depois de um tempo, em que os dois amigos estavam absortos em seus pensamentos "confiantes", Remo achou por melhor levantar. -Vamos. -estendeu a mão pra ela. -Tomar café, eu não quero correr o risco de desmaiar no meio do processo. -ela deu a mão a ele e levantou.
Hannah até que tentou comer, mas tudo estranhamente parecia com borracha quando ela colocava na boca. Remo e Severo não tinham tanta diferença, Remo sacudia o garfo de lá pra cá e de cá pra lá, mas levá-lo a boca ele não levava. Severo nem se deu ao trabalho de colocar nada em seu prato, bebia apenas algo de sua xícara com os olhos fixos no salão, porém Hannah tinha certeza de que ele não via nada que estivesse em sua frente. Já quando os alunos pareciam satisfeitos, e só aqueles mais guloso ou atrasados comiam, Dumbledore levantou-se.
-Vamos, crianças. -chamou os três. Minerva levantou os olhos e interrompeu a conversa que tinha com Hagrid para ver o que acontecia, mas Dumbledore a olhou e logo ela voltou a sua conversa. Eles passaram pela porta lateral e logo estavam nos jardins. -Nós vamos aparatar no hall de visitantes do ministério. De lá vamos encontrar com Arthur. Vamos agora. -eles passaram os portões e desaparataram. -Venham.
Dumbledore seguiu para o elevador, com os outros três logo atrás. Eles entraram no elevador e foram até o nível mais baixo, assim que a porta abriu Hannah viu paredes de pedra, nunca havia estado alí, logo um homem de cabelos vermelhos veio andando em sua direção. Era Arthur Weasley, que agora estava bem vestido, mas mantinha o mesmo sorriso que ela conhecia de antes. Eles ainda não tinham se encontrado desde sua volta.
-Arthur. -Dumbledore estendeu a mão e o outro homem a apertou.
-Alvo. -seguiu pra fazendo o mesmo com os outros dois homem. -Remo. Severo.
-Arthur, creio que lembra de Hannah, não? - o homem sorriu.
-Molly me disse que tinha conversado com você. -disse pegando-lhe a mão e beijando. -Fez falta, Hannah, bem vinda de volta.
-Obrigada, Arthur. -eles se conheciam da antiga Ordem.
-Podemos começar? -Alvo perguntou.
-Sim. Venham. -Arthur chamou e eles o seguiram por um corredor escuro iluminado precariamente por archotes, aquele lugar lembrava muito as masmorras de Hogwarts.
Chegaram a uma porta de madeira, e Arthur a abriu. Entraram em uma sala circular com várias portas, uma luz azulada iluminava o ambiente. Arthur sacou a varinha e apontou para uma porta a esquerda que abriu num estrondo, e então eles viram: O Arco.
-Agora é com vocês. -Alvo disse. -Eu sei que podem. -disse de forma paternal.
Os três entraram na sala. O tecido preto balançava fantasmagoricamente, como se alí tivesse uma corrente de ar. A porta atrás deles se fechou. Caminharam subindo os degraus. Respirar fundo e calmo, era o que todos faziam. Ficaram alinhados bem de frente para o arco, Hannah no meio dos dois.
-Vai dar certo. -ela disse mais pra sim mesma do que para os homens.Ela pegou as mãos deles e uma corrente de energia passou por eles, ela segurou mais forte.
-Vamos começar. -Severo falou pela primeira vez naquela manhã. Remo fez que sim com a cabeça e Hannah piscou uma vez.
"Sírius" Hannah chamou mentalmente, e escutou a voz de Remo e Severo fazendo o mesmo. Estavam conectados. O véu subiu mais alto como se o tivessem soprado. Sem parar de chamar o nome de Sírius, Hannah concentrou-se em trazé-lo se volta, era como um accio mental, ela podia fazer isso, era por isso que precisavam dela, o amor e a magia. Eles ficaram chamando, até que uma imagem se formou na frente de Hannah. Alta e magra todo de preto, um comensal da morte, ela olhou para os lados, mas nem Severo, nem Remo pareciam ter visto o comensal, eles ainda mantinham os olhos fixos na frente, e ambos pareciam assustados, mas Severo parecia com ráiva também. Hannah viu a boca do comensal sorrir com desdém, ela conhecia aquela boca, mas de onde ela não sabia. Não podia perder tempo tentando descobrir quem era, continuou chamando e se ele tentasse atacar? Remo gruniu ao seu lado como se sentinsse dor, ela olhou, mas ele estava fisicamente intacto. O comensal se aproximou e tocou seu rosto, a mão era fria, ela virou o rosto, e o comensal riu mais. Não era real, não podia ser real. Severo puxou a mão tentando se soltar, mas ela segurou firme seja lá o que ele tivesse vendo não podia desistir. O comensal deixou o capuz cair e cabelos pretos e longo cairam embaixo dos ombros. Os cabelos. Tirou a máscara e jogou longe. Bellatrix!
-Feliz em me ver? -ela mecheu a boca, mas a voz soou dentro da cabeça de Hannah. Não é real. Sírius. -Não sou real? -ela riu uma risada má. -Então como faço isso? -ela esticou os dedos indicadores e colocou cada um nas temporas de Hannah, foi como se estivessem comprimindo seu cérebro a dor era tamanha que ela sentiu que iria desfalecer. Não! Sírius! Ela tentava trazê-lo com mais força, e um comensal apratou logo ao lado de Bellatix que sorriu, jogou a máscara e a beijou. Hannah não pode acreditar, era Severo. Não é real!Severo está do meu lado! Sírius! Venha logo! Hannah olhou pro lado para ver Severo, mas ele não estava mais lá sua mão segurava o vazio, olhou para o outro lado e Remo também tinha ido embora. É mentira! Hannah fechou os olhos e lágrimas cairam, mas a imagem de Bellatrix e Severo estava tão clara como se ela tivesse com os olhos abertos. Chamou mais forte e direcionou toda a magia que pode sentir em seu corpo para trazer Sírius de volta. Uma luz forte fez-se presente e uma força imensa. Ela viu Bellatrix e Severo desaparecerem no ar, ela abriu os olhos, mas não conseguiu ver tamanha era a luz, mas ela pode sentir que Severo e Remo estavam lá. Outra onda de força veio e derrubou os três, eles soltaram as mãos e a luz acabou, ela olhou para o lado e Severo estava de joelhos e com as mãos apoiadas no chão, ofegante com se tivesse corrido quilômetros, também estava suado e tinha os olhos fixos no chão. Hannah tinha caido em cima do braço esquerdo que doia fortemente, estava esticada no chão, tinham a cabeça levantada olhando para Severo, virou-se de costas para ver se Remo estava bem. Infelizmente não tinham conseguido completar a missão, mas ao menos precisava ver se estavam todos inteiros. Remo estava de joelhos, mas tinha o corpo esticado e olhava para alguma coisa em sua frente com um espanto estampado em seus olhos. Hannah sentou e virou para onde Remo olhava. E lá ela viu, lá estava ele. Com os cabelos até o início do pescoço, os cachinhos que ela tão bem conhecia, ele estava com um joelho no chão e parecia que tinha parado o movimento de levantar, os olhos azuis escuro brilharam quando encontraram os de Hannah, e ele abriu um de seus sorrisos encantadores e ela não deixou de sorrir de volta.
-Quando você chegou? Ninguém me disse nada. -ele disse e avançou para onde Hannah estava sentada. Severo levantou a cabeça quando ouviu a voz, mas Sírius parecia não ter notado que o "Ranhoso" estava alí.- Não importa. -disse quando Hannah não respondeu. -Estava morrendo de saudades de você. - ajoelhou-se na frente dela. -Morrendo. -repetiu e a puxou com uma mão no pescoço e outra na cintura e a beijou. Severo arregalou os olhos, levantou, correu até a porta e saiu fazendo barulho.
-Não, Sírius. -ela disse quando afastou-se procurando Severo com os olhos.
-Desculpe, eu sei que não devia.
-Vamos embora. -Remo interrompeu. -Dumbledore está esperando. Ele levantou e ajudou a Hannah se levantar. E sairam da sala do arco, os três. Era isso: O mais maroto de todos os Marotos tinha voltado ao mundo dos vivos.
N/A.: Escrever cena de Quadribol é a prior coisa do mundo. Experimente!
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