Hogsmead



A quinta-feira amanheceu nublada, o céu estava num cinza-chumbo que anunciava que em breve não se veria muito o sol. Não tinha ido dormir cedo na noite anterior, pensou na tarefa e corriguiu alguns pergaminhos que os alunos tinham entregue, não tinha sono, então foi ficando...ficando...até que às quatro e meia da manhã obrigou-se a dormir ou não conseguiria nem ensinar um mero feitiço de levitação . Sentia-se cansada, quem mandou ficar acordada até tarde?Ainda bem que terminaria suas aulas mais cedo, tendo o último tempo livre. Graças a Deus! Teria tempo para cochilar antes do jantar e estaria descansada para o que quer fosse que seu pai quisesse treinar. Ao chegar na mesa dos professores, percebeu que talvez não tivesse sido apenas ela a ficar acordada até tarde, Remo tinha uma cara péssima, sono, com certeza. Não estava afim de conversa, então comeu o mais rápido que pode, mas não surtiu muito efeito, seus reflexos pareciam alterados pelo sono, mesmo querendo ser rápida, fazia tudo de modo lento, acabou irritando-se e deixando o café pela metade. Foi uma tortura dar suas aulas, os alunos pareciam querer provocá-la, não paravam de fazer gracinhas e conversar. Tirou pontos de alguns. Não gostava de fazer isso, mas hoje estava sendo preciso. Agradeceu muito quando deu a hora do almoço. Serviu-se com rispidez, Snape e Remo a olharam sem entender, ainda bem que nem seu pai nem sua mãe, assim como vários outros professores não estavam à mesa, não queria dar satisfações a ninguém, e aqueles dois não iam fazer a loucura de perguntar. Nada parecia ter melhorado na aula depois do almoço, os alunos do quarto ano da sonserina estava infernizando, não paravam de atirar coisas pelos ares, eles estavam estudando feitiços convocatórios, porém hoje estavam apenas escrevendo redações de como devia proceder. Jurou que o próximo que ela pegasse fazendo qualquer gracinha iria à sala de Snape e ela faria de tudo por uma boa detenção.
-Kent e Traves. -chamou com raiva. Era a terceira ou quarta vez que chamava atenção daqueles dois. Os garotos olharam com um típico sorrisinho de desdém, isso fez com que o sangue dela fervesse.- Menos 20 pontos da sonserina, e os dois fiquem aqui depois da aula. Teremos uma conversa com o professor Snape. -o sorrisinho dos garotos sumiram. Parecia que a punição tinha surtido efeito em todas as cobrinhas, pois o silêncio durou até o final da aula. -Vamos os dois. - e saiu para sala de Snape. Bateu e veio a ordem para entrar.
-Quê aconteceu? -perguntou de cara amarrada para os garotos.
-Esses dois estavam atrapalhando minha aula, vim discutir a punição deles com o diretor da casa.
-Explique-se. -apontou para o garoto de cabelos escuros chamado Kent.
-Nós não fizemos nada, professor.
-Ah, então eu sou mentirosa. -ia matar aquele garoto, ah se ia.
-Está mentindo. Os dois em detenção, depois passem aqui para que eu diga os horários. -ele tinha percebido que ela estava muito irritada e não ia provocar mais. Provavelmente aqueles dois tinham perturbado muito, ela não era de ter problemas com alunos. -Saiam. -os garotos não esperaram nem um segundo e se foram. -Que foi que houve? -perguntou a Hannah.
-Estavam perturbando desde que entraram na sala, chamei a atenção deles umas três vezes, fazia coisas voarem nas minhas costa.
-Mas sua aula não é justamente para fazer as coisas voarem, ou algo do gênero? -perguntou sarcástico.
-Já estou irritada o suficiente para escutar suas piadas.
-Percebi. Qual o motivo disso tudo?
-Não é de sua conta.
-É, e olhe que dizer por aí que eu sou grosso.
-Desculpe. Não consegui dormir...
-Só você. -murmurou.
-Já vou, fiz a promessa de não mais pertubá-lo. -e saiu.
-Não estava perturbando. -disse Snape, baixo, depois que ela saiu.
Conseguiu, apenas, descansar alguns minutos antes de descer para o jantar. Logo estava na frente do gárgula acompanhada de Remo, não sabia dizer onde estava Snape, ele havia saído antes de todos no jantar, sem falar com ninguém, não era de se surpreender a atitude de não falar com ninguém, mas esperava sinceramente que ele não faltasse a reunião.
-Onde foi parar o Snape? -perguntou Remo ao entrar no escritório e ver que ele não estava lá.
-Receio que teremos que começar sem Severo. -respondeu Dumbledore.
-Ele não vai vir? -perguntou Hannah sentindo uma pontada de raiva. Aquele idiota quer estragar tudo.
-Ele não está no castelo, precisou sair. -Dumbledore olhou profundamente nos olhos da filha, ela entendeu o recado, era melhor ficar calada. -Vamos começar. -disse encerrando a questão. -Vocês precisam se concentrar no objetivo, esvaziar a mente de todo resto e só pensar em trazer Sírius de volta, é como treinar oclumência. Remo, você já fez oclumência?
-Não.
-Certo, então vou começar com você, vou tentar entrar em sua mente e você não pode permitir, só esvazie a mente, tente não pensar em nada. Pronto? -Remo balançou a cabeça afirmativamente. -Legiminiens.
Nas primeiras quinze vezes Remo não tinha conseguido nada, mas isso era mais que normal, afinal ele nunca tinha estudado oclumência, não era fácil encontrar alguém apto a ensinar. Agora Remo estava aos poucos conseguindo livrar-se, Hannah estava sentada numa cadeira observando tudo, não conseguia evitar de pensar onde estaria Snape, será que tinha recebido um chamado de Voldemort ou tinha ido fazer algo para Ordem? Quase uma hora que estavam ali.
-Hannah. -chamou seu pai.
-Hum?
-Venha você. -ela levantou-se e ficou de frente para o pai, porém ela sabia que aquilo não daria muito resultado, pois sua cabeça estava cheia de pensamento tentou afastá-los, mas sábia que era em vão. A porta se abriu e Snape entrou. -Severo, meu filho. Tudo bem? -perguntou Dumbledore paternalmente e Snape respondeu balançando a cabeça. -Ótimo, então você pode treinar aqui com Hannah e que eu continuo com Remo. - Hannah ficou de frente para Snape que tirou a capa.
-Quê é que vamos fazer?- perguntou ele.
-Oclumência. Quem começa, eu ou você? -eu...por favor...eu.
-Eu. -disse num risinho sarcástico. "Ótimo." -Pronta? -não esperou que ela respondesse. -Legiminiens. -não pode evitar. Ela beijava Sírius num corredor, ele a puxava e chegava a uma porta que se materializou do nada, a sala precisa. "Você não vai ver isso." colocou toda sua força e o colocou pra fora de sua mente, a sala circular e bem iluminada reapareceu e em sua frente ela viu o homem de negro que tinha uma sobrancelha levantada. Tinha a respiração ofegante, olhou pro lado seu pai olhava fixamente nos olhos de Remo. -Quê era isso?
-Minha vez. -e apontou a varinha, sem responder a pergunta, pegaria ele, era boa nisso e ele estava se perguntando sobre o que tinha visto. -Pronto. Agora. Legiminiens. -ela tinha conseguido. Snape pequenininho com a mãe. Ele de cabeça pra baixo nos jardins. Ele tinha o braço estendido e ele ardia na frente de... Baixou a varinha bruscamente, ela não queria ver, não isso. Agora quem ofegava era ele e suava. Decidiu que era melhor não falar nada. -Sua vez.
Ficaram ali por mais uma hora. A sexta-feira correu tranqüila e a noite mais uma vez eles treinaram, Remo estava melhorando consideravelmente, pra ela e Snape, aquilo já estava ficando chato, nem um dos dois conseguia invadir a mente do outro, por duas horas tentaram e por duas horas não conseguiram. No sábado os alunos iriam a Hogsmead, significava que ela também iria, tinha de proteger os alunos.
Fazia uma manhã fria, os alunos estavam bem agasalhados. O vento gelado castigava os rostos desprotegidos, o outono estava aí e ninguém podia negar. Hannah caminhava por entre alunos com a mão segurando a varinha no bolso da capa preta. Os olhos semicerrados por causa do vento, lutando para manter a visão. Avistava Remo alguns metros à frente, um pouco curvado numa tentativa frustrada de proteção, as mãos bem enterradas nos bolsos. Harry andava próximo a ele acompanhado da namorada e dos dois amigos inseparáveis, Rony e Hermione. A maioria dos alunos da grifinória também andavam junto a eles, enquanto os da lufa-lufa e corvinal vinham mais próximo a ela, agora andavam em bandos, com medo de algum ataque, mas o medo não conseguia fazer com que desistissem das idas ao povoado, ela não os culpava por isso, afinal ficar o ano inteiro trancado num castelo, mesmo que mágico, uma hora cansa. Os alunos da sonserina vinham um pouco atrás acompanhados por seu diretor. Os três foram designados a acompanhar os alunos, enquanto Hagrid, Minerva e Sprout foram antes de todos para checar se não havia nada estranho e depois do almoço eles trocariam de posto e ficariam na observação no lugar de Hannah, Snape e Remo que, enfim, poderiam aproveitar um pouco de descanso em Hogsmead, porém os professores não estariam a sós, alguns membros da Ordem estariam lá, entre eles, Tonks, e Remo tinha ficado muito feliz com a noticia de ter um tempo pra ficar com a namorada, o que significava que Hannah passaria um tempo só. Nada de estranho, nenhum acontecimento alarmante. Parecia que aquele idiota com cara de cobra não tinha mando seu bando fazer confusão, ainda bem. Fez uma dupla com Tonks e foi andar pelas ruas do povoado, já fazia quase uma hora e meia que caminhavam. Avistaram um grupo de alunos reunidos em círculo.
-O que eles estão inventando? -murmurou.
-Não faço a mínima idéia.
-Hei! -chamou. -O que estão fazendo? -cabecinhas se viraram para olhar, e ela pode ver no meio do círculo dois garotos com as varinhas em punho. Duelo. -Baixem as varinhas. Agora. E venham comigo. -olhou as vestes dos alunos para ver a que casa pertenciam. - Sonserina e Corvinal.- suspirou balançando a cabeça. -Que idéia é essa de duelar? -foi andando e os alunos a seguiram chegou ao Três Vassouras. - Vocês fiquem aqui. - deu meia volta e entrou no bar, saindo com Hagrid. - Hagrid vai colocar vocês numa carruagem. O passeio acaba aqui pra vocês e no castelo nos vamos conversar com os diretores de suas casas. -esperou os alunos saírem de cabeça baixa com Hagrid à frente. - Não sei onde ficam com a cabeça, como se nós não já tivéssemos problemas. -disse a Tonks, voltando a caminhar.
-Eu fiquei assustada.
-Com o que?
-Você fica igualzinha a McGonagall.
-Eu sei. -riu.
-Pensei que vocês tivessem vindo andando.
-E foi.
-E as carruagens?
-Ah, algumas vem até aqui, no caso de precisarmos mandar alunos de volta ao castelo. Estou vendo que nunca precisou voltar mais cedo.
-Não, nunca. E você?
-Nããão, mas se você perguntar ao Aluado ele tem uma boa história sobre isso. -riu.
-Claro. Os marotos. -também rindo.
O resto do tempo que tinha para patrulhar as ruas foi tranqüilo, esperou os outros chegarem para assumir o posto e foi almoçar no bar de Madame Rosemerta, junto com todos que tinham acabado o tempo de patrulha. Almoço tranqüilo, quando acabou levantou-se para dar uma volta, iria passear, deixar que o vento levasse as preocupações assim como levava as folha secas. Foi a livraria, talvez tivesse algum livro interessante, olhou alguns livros de Feitiços, muitos iguais aos que ela tinha. Transfiguração, História, Defesa, foi passando pelas estantes, livros de quadribol, foi andando. Viu à alguns passos, na seção de Poções, estava Snape, tirando um livro da prateleira. Não vou falar com ele!, pensou, afinal ele não tinha nem lhe cumprimentado hoje, e não ia ser ela a falar. Passou por trás dele e saiu, rápido, da loja. Continuou a caminhar pelas vielas, afastando-se cada vez mais do centro do povoado, por ali não haviam alunos, sentou no chão encostando-se numa árvore, fechou os olhos. Por que as atitudes de Snape a deixava tão aborrecida, podia simplesmente não ligar, mas não, tudo que ele fazia chamava sua atenção, não devia, mas sentia. O que sentia? Estava confusa, mais que droga, era uma mulher com responsabilidades, não podia ficar perdendo tempo e gastando energias em conflitos por causa de Snape. Além do mais nem gostava dele, ou gostava.
-Não devia ficar assim de olhos fechados. Está querendo ser atacada? -era a inconfundível voz suave dele.
-Não vou ser atacada, você está aqui, não está? -sem abrir os olhos.
-Confiante? E se eu quisesse atacá-la? Poderia te matar neste instante. -ela riu e abrindo os olhos levantou.
-Você não quer me matar, apesar de me odiar, você não quer -estava bem perto.- me matar. -sussurrou.
-Eu não odeio você.
-Mas você disse...
-Pro inferno o que eu disse. -interrompeu, puxando-a pela cintura.
-Quê é isso? -assustou-se
-Você não sabe? -rindo com o canto da boca e levantando uma sobrancelha.
Não teve tempo de responder. Ela sabia muito bem o que era. A mesma sensação do mundo desaparecer como fumaça e só existir eles dois. Ele a estava beijando e ela o beijava. Passou os braços pelo pescoço dele, enquanto sua cintura era segura. Apertou-o mais para junto do seu corpo, com medo de que ele se transformasse em fumaça como todo o resto. Sentia o cheiro dele, sentia ele. Até que a compreensão chegou. Meu Deus! , constatou, estava apaixonada. Separaram-se. Olharam-se nos olhos, fixos. Passou a mão no rosto dele fazendo com que ele fechasse os olhos. Beijou de leve os lábios dele. Era tão diferente do Snape que ela conhecia. Eles ainda ficaram mais algum tempo ali, embaixo daquela árvore, de tempos em tempos observando se vinha algum aluno. Quando estava perto da hora de voltar a Hogwarts, eles seguiram pelo povoado em direção ao bar Três Vassouras, onde os alunos deviam se reunir para a volta, no caminho Hannah reparou que Snape retomou o ar imponente de professor malvado, e ela até achou uma certa graça nisso. Ainda esperaram junto com Hagrid, Minerva e Sprout, alguns minutos até os alunos começarem a chegar, Remo não tinha aparecido com Tonks ainda, mas Hannah não se preocupou, provavelmente tinham perdido a hora, nada mais que normal, ele ia pedi-la em casamento. Mais alunos chegavam. Harry chegou sozinho, e Hannah achou isso estranho.
-Harry, aconteceu alguma coisa? -perguntou puxando o rapaz num canto.
-Nada. -ele parecia chateado.
-Aconteceu, sim. Por que está só? Onde estão seus amigos e sua namorada?
-Rony e Hermione sumiram e eu briguei com a Gina.
-Ah, Harry isso passa, ela gosta de você, mas Granger e Weasley sumiram?
-Hum, não se preocupa não, daqui a pouco eles estão aí. Vivem sumindo agora, os dois.
Harry não precisou dizer mais nada, pois Hannah entendeu muito bem por que os dois estavam sumindo, as parecia que o garoto não.
Remo apareceu correndo na rua do bar com Tonks bem atrás andando mais devagar como se ela não estivesse junto com ele.
-Desculpem.
-Não tem problema Remo, estamos esperando alguns alunos que ainda não chegaram. -disse Minerva.
-Talvez devêssemos apagar o quesito "responsabilidade" do seu currículo. -Snape. Hannah o olhou feio, que dava o direito a ele de tratar Remo assim? Teve vontade de baté-lo.
-Acho melhor irmos buscar os alunos que ainda não chegaram.- ainda olhando feio para Snape. - Remo, você vem comigo? - virando-se para o amigo, que acenou afirmativamente com a cabeça, e saiu atrás dela. -Tonks? -chamou, e a moça os seguiu. - Não liga pra o que ele diz, Aluado.
-Não importa, estou muito feliz pra ligar pro Snape. -deu um grande sorriso.
-Que bom.- olhou Tonks que sorria, e tinha as bochechas vermelhas.- Então seu plano deu certo.
-Você sabia? -Tonks.
-Hum-rum, mas é melhor conversarmos mais tarde. Eu vou entrar aqui na Dedos-de-mel e um de vocês entra na Zonko's e outro na Trapobelo, ok?
-Ok. -responderam.
Eles encontraram alguns retardatários e os levaram para junto do grupo.
-Todos aqui? -perguntou Minerva ainda olhando feio para Hermione. Não tinha gostado do atraso da garota e passou-lhe um sermão, sendo ela monitora-chefe não podia chegar atrasada nos lugares combinados. A menina tinha a cabeça baixa e parecia bastante envergonhada. Hannah sentiu pena dela, sabia o quanto sua mãe podia ser dura.
-Estão faltando alguns sonserinos do terceiro ano. -Snape.
-Ah, eles já estão no castelo. - Hagrid.
-No castelo?
-Sim, Hannah os mandou por mau comportamento. -Snape a olhou pelo canto do olho e Hannah pensou se eles conseguiriam ficar sem ter raiva um do outro por mais de uma hora, há pouco mais de meia-hora eles estavam debaixo de uma árvore como um casal apaixonado, e agora trocavam olhares hostis.
Voltaram da mesma forma que tinham ido, só que dessa vez Tonks os acompanhava, pois jantaria no castelo.
-Remo. -chamou assim que chegou a Hogwarts, e o amigo veio. -Você vai poder sair com a Tonks?
-Não sei. Eu queria, mas não sei se Dumbledore vai permitir.
-Já falou com ele?
-Não. Você não faz idéia da cara dela quando eu a pedi em casamento. Ela até chorou.
-Claro, Aluado. A Tonks te ama. Eu já tinha te dito.
-Que foi que você fez esse tempo todo?
-Nada de especial. -mentiu. -Fui dá uma olhada nuns livros, dei uma volta...só.
-Hum. -ele tinha notado algo estranho, mas preferiu não comentar.
-Já falou, Remo? -Tonks tinha chegado perto deles que iam subindo a escadaria para entrar no hall de entrada.
-Não.
-Falou o que? -Hannah não tinha entendido nada.
-Sabe, Princesinha... -começou Remo sem jeito. -É que já que nós, eu e Tonks, vamos casar -fez uma pausa.- nós queríamos que você, já que você nossa amiga...
-Vai logo, Remo. Que aflição. -Tonks.
-Nós queremos que você seja nossa madrinha. -falou finalmente, e Hannah ficou sem fala.
-Então? -Tonks. -Ah, tudo bem, se você não quer. -ela interpretou o silêncio.
-Não!- falou Hannah. -Não é isso. Merlin, eu perdi a voz. -riu- É claro que quero ser a madrinha de vocês, é uma honra. - e abraçou os dois de uma vez. -Ai, eu vou chorar. -e todos riram.
Jantaram tranqüilamente e depois se dirigiram para os aposentos de Hannah, queriam conversar mais.
-Eu vou falar com Dumbledore. -disse quando entraram na sala.- Fique aqui com Hannah, Tonks. Volto num instante. -beijou a amiga no rosto, a noiva na boca e saiu.
-Vem, Tonks, senta aqui. -disse sentando-se no sofá.
-Como vão as coisa por aqui? -perguntou sentando-se próxima.
-Tudo normal. Bem, eu acho.
-Hum, e o Harry ele tá bem? Ele ficou muito abatido com a morte de Sírius.
-Tá bem, sim. Ele está namorando a Gina Weasley, bem, eles brigaram hoje e ele parecia bastante chateado com isso, talvez eu peça ao Aluado pra falar com ele. -Não falou no Sírius, a operação ainda era segredo.
-Você ficou próxima dele?
-Não, na verdade não temos muito tempo, nunca conversei com ele direito, só de vez em quando que eles ficam depois das aulas pra falar comigo.
-Ele não sabe que você era a madrinha?
-Não. Ele não sabe de nada, nem do batismo, ele nem sabe que eu era amiga dos pais dele.
-Eu não acredito.
O quadro chamou.
-Será o Remo? -perguntou Tonks.
-Não sei, mas deve ser. - levantou e foi até o quadro abrindo-o, mas era Snape que estava na porta.
-Preciso falar com você.
-Agora não posso, Prof. Snape.
-Deixe-me entrar.
-Não.
-É o Remo? -perguntou Tonks.
-Ah, reunião de amigos? -perguntou com desdém.
-Não, Tonks. -disse virando-se pra olhar a moça no sofá.
-Precisa resolver comigo as detenções dos alunos que você mandou de volta.
-Não preciso resolver com "você". - virou novamente pra ele. - Preciso resolver com você e com Madame Hoock.
-Ah, já falei com ela, e você sabe, meu pode de persuasão é muito bom, então ela deixou que nós dois resolvêssemos a questão. -ele não tirava o sorrisinho do rosto.
-Algum problema? -Remo tinha chegado.
-Não, o Prof. Snape estava aqui para resolver a detenção de alguns alunos, mas já está de saída, não é professor?
-Não, na verdade, a Srta. ainda não me disse quando resolveremos nossa questão.
-Eu passo mais tarde em sua sala, Professor. - ele inclinou a cabeça e saiu fazendo a capa farfalhar. -Entra, Remo.
-Tudo bem?
-Tá sim, era só essa história desses alunos mesmo. Eu e a Tonks pegamos eles começando um duelo numa viela.
-Ah, então tá. Bem, Dumbledore me liberou. Vamos?
-Vamos. -Tonks estava animada.
-Aproveitem bem.
-Nós vamos. -Remo. -Tchau. -beijou sua testa. -Não vai brigar com o Snape, não vale a pena.
-Não vou não, Tchau. -beijou a bochecha de Tonks. -Boa noite pra vocês.
-Pra você também. -Tonks.
-Ah, vai ser sim. Primeiro uma visitinha nas masmorras, com um professor que odeia ter que castigar seu preciosos sonserinos e depois tenho um monte de pergaminho de alunos. -eles riram.
-Não fica até tarde não. -Remo.
-Tá bom.
Eles saíram logo depois ela fez o mesmo.

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