Capitulo 7
Capítulo VII
Harry parou na delegacia de Jacobsville, e encontrou Cash Grier almoçando.
- Gosta de comida chinesa, Harry? Sirva-se.
- Obrigada, já almocei.
O assistente lançou um olhar apreensivo ao recém-chegado.
- Está aqui por causa de Clark, imagino.
Harry franziu a testa surpreso, e Grier sorriu.
- Sou vidente. Aprendi isso na CIA.
- É um homem cheio de mistério e surpresas, Cash.
Grier deu de ombros.
- Preciso ser. Não quero que as pessoas percebam que estou espionando os alienígenas em nosso planeta – Inclinou-se para frente, em um gesto confidencial – Já os ouvi também por aí, não?
Harry percebeu a brincadeira e riu, enquanto Cash se ajeitava na cadeira, e punha os pés calçados com botas sobre a escrivaninha.
- Assim esta melhor – comentou – Pretendo ficar em Jacobsville por alguns meses e ver se me adapto á vida tranqüila de uma cidade pequena. O que deseja saber sobre Clark?
- Gostaria de obter uma foto dele – confessou Harry – Uma amiga minha está trabalhando Shea’s e vou lhe pedir que fique observando caso ele apareça, para saber com quem conversa e o que faz ali. Ela vai precisar reconhecê-lo se o vir.
- Isso é perigoso – comentou Grier – O irmão de Jack Clark quase matou um homem em Victoria, por que suspeito que o espionava. Fez ameaças também.
Harry o fitou com expressão carrancuda.
- Por que os homens desse tipo estão soltos nas ruas?
- É impossível incriminar ou prender pessoas sem instaurar processo judicial – replicou Grier – E neste caso é uma pena – finalizou com um sorriso irônico.
Harry balançou a cabeça, curioso.
- Cash, você é um policial muito especializado para acabar em Jacobsville, Texas. Porém, no momento, o que me interessa é Clark.
- Certo - remexeu na gaveta da escrivaninha e retirou um pedaço de papel – Tome. Se alguém perguntar, não sabe de onde veio isso.
Harry olhou para o recorte de jornal que mostrava dois homens, sem duvida irmãos. Por incrível que parecesse, recebiam um premio de cidadania por terem recolhido reses desgarradas.
- Belo truque - comentou Grier por entre os dentes cerrados – Posso imaginar o que aconteceu de verdade. Cortaram o arame farpado para roubar o rebanho, e quando foram vistos roubando os animais, fingiram que estavam cercando para levar de volta ao pasto. Os dois tinham um caminhão atrelado a um trailer, perto da estrada, e disseram que haviam parado para socorrer o gado - riu sem alegria – Dá para acreditar?
- Pode fazer uma cópia disso para mim?
- Fique com essa. Tenho mais duas.
- Então estava esperando problemas. - disse Harry.
- Dois caríssimos touros mortos em um mês, ambos da mesma linhagem, é muita coincidência, não? Quando soube que Jack Clark estava trabalhando para Duke Wright, somei dois mais dois.
- Mais isso não é uma prova – replicou Harry com um ar infeliz.
- Ainda não. Vamos dar tempo ao tempo e ver se ele se enforca com a própria corda –pousou as mãos grandes sobre a escrivaninha – Avise sua amiga para não se expor. Esses homens são perigosos.
- Direi a ela, não se preocupe.
- E pare de surrar homens no Shea’s. O local fica fora dos limites da cidade, por tanto não posso prendê-lo, mas posso pedir ajuda ao xerife – disse Grier de improviso- E nunca mais tente raptar mulheres no local de trabalho.
- Sabe de tudo o que acontece nesta cidade? Estava apenas tentando salvar Hermione Granger – defendeu-se Harry.
- Do quê?
- Arruaceiros!
Grier rindo, levantou-se. Harry não enganava com seus ares de irmão protetor.
- Vá embora. Tenho mais o que fazer.
Mas o caçula dos Potter não se deu por vencido.
- Caso Harley Fowler tenha dito que eu o agredi sem uma causa justa, está mentindo. Deveria ter me apoiado e ajudado a tirar Hermione de lá.
- Bastava explicar suas intenções a moça – continuou Grier – Muito mais simples – observou as mãos de Harry avermelhadas – E menos dolorido.
Harry não conseguia entender seus próprios sentimentos a respeito de tudo que acontecera no Shea’s e por isso ficou calado. Lançou um olhar sardônico para Grier e foi embora.
Harry estava preocupado por envolver Hermione naquela historia sórdida com Jack Clark. Talvez o homem nem se aproximasse do Shea’s, pensou. Podia muito bem comprar uma garrafa de uísque e ficar no alojamento do rancho. Entretanto havia uma grande possibilidade de querer beber com alguma companhia e procurar o burburinho do bar.
Harry odiava pensar em qualquer coisa que pudesse prejudicar Hermione, e não compreendia por que, de repente, passara a detestar Harley. Mas ela estava em posição privilegiada para espionar Clark, pois poderia observá-lo e passar despercebida. Afinal era preciso vigiar uma pessoa que matava animais sem piedade, e que podia fazer pior, consolou-se.
No domingo a tarde, Harry foi a casa de Hermione, em meio a uma chuva melancólica. Fred contou que ela perambulava pelo campo, usando capa, e que estava tão tristonha, quanto o dia.
Harry voltou para a picape e foi procurá-la.
Hermione nem percebeu o som do motor se aproximando. Mantinha as mãos nos bolsos da capa de plástico, e olhava para o solo, perdida nos próprios pensamentos.
Foi uma surpresa saber que Harry se preocupava com seu bem-estar no Shea’s e a tentativa de carregá-la de lá a deixara secretamente eufórica.
Porém ele desistira, e isso a deixava confusa e com remorso por ter sido o motivo de Harley levar um soco.
A picape estava quase ao seu lado quando, por fim, percebeu, e pulou ra a beira da estrada.
Harry brecou e abriu a porta de passageiro.
- Entre antes que pegue uma pneumonia - ordenou.
Ao vê-la hesitar, sorriu com ironia.
- Não estou armado, nem sou perigoso. Só quero conversar.
Hermione aproximou-se, e comentou:
- Nos últimos tempos anda muito esquisito. Acho que sente falta de biscoitos caseiros.
Enrubesceu ao perceber o que dissera, mas acabou entrando no veículo. Baixou o capuz da capa e revelou os cabelos úmidos. Harry ligou o ar quente, resmungando:
- Que bobagem caminhar na chuva!
- Não faz mal. A capa é impermeável.
Sem explicar, ele dirigiu-se até os campos dos Potter, onde poderiam ficar a sós. Desligou o motor e encostou-se na porta da picape, observando-a com olhos semicerrados.
- Seu pai disse que não quer deixar o emprego.
- É isso mesmo – respondeu Hermione, pronta para a batalha.
Harry começou a tamborilar no volante, e prosseguiu:
-Andei conversando como Grier.
- Ora! Não pode me mandar prender só por que recuso a deixar um serviço.
- Há um homem na cidade que pode estar envolvido com as súbitas mortas de gado. Quero que olhe com atenção este retrato e me diga se já o viu no Shea’s – retirou do bolso o recorte de jornal e entregou-o a Hermione, que observou os dois irmãos.
- Não conheço o da esquerda – murmurou – mas o outro vai lá todos os sábados e bebe uísque puro. É barulhento e pragueja o tempo todo. Miudinho precisou mandá-lo embora da ultima vez.
A expressão de Harry tornou-se sombria.
- É uma pessoa vingativa – explicou.
- Sabemos disso! Quando Miudinho quis ir para casa naquela noite descobriu que os quatro pneus de seu carro estavam furados.
- Deu queixa na delegacia?
- Sim, mas vai ser difícil provar quem fez isso.
Verdade, pensou,sempre era difícil conseguir provas quando se tratava dos irmãos Clark. Em voz alta, disse:
- O homem que procuramos chama-se Jack Clark, e é o que você reconheceu na foto – tomou de volta o recorte das mãos de Hermione, e guardou-o no bolso com muito cuidado – Caso volte ao Shea’s, gostaria que observasse com que ele fala. Seja discreta e peça a Miudinho para esquecer o caso dos pneus. Pagarei os estepes para ele.
- É muito gentil de sua parte – replicou Hermione.
Harry deu de ombros.
- Miudinho toma conta de você, e isso me agrada.
Sentindo o olhar profundo e quente sobre seu rosto, Hermione mexeu-se no assento, sem saber o que fazer. Era maravilhoso estar ali sozinha na picape, a chuva fustigando o capô. Era quase a realização de um sonho, pensou.
Curiosa, perguntou:
- Jack Clark é suspeito exatamente de quê?
- Para começar, talvez tenha matado o touro de seu pai.
Hermione prendeu a respiração.
- Por que faria tal coisa? – sussurrou.
- O animal era descendente de outro touro que matou em Victoria. Jack trabalhava para o proprietário que o demitiu. Parece que foi vingança.
- Então é um louco.
Harry aquiesceu com um gesto de cabeça.
- Por isso mesmo deve tomar cuidado se ele voltar ao restaurante. Não deixe que antipatize com você, nem o encare o tempo todo. Procure passar despercebida – suspirou com impaciência e raiva - Detesto a idéia de deixá-la tão próxima a esse lunático. Deveria ter surrado Miudinho também, e levado você dali naquele momento.
- Você não tem por que se preocupar comigo – murmurou Hermione, enfrentando o olhar furioso de Harry.
Os olhos verdes a observavam de cabeça aos pés, então ele sussurrou:
- Será que não?
Hermione engoliu em seco, e disse com um fio de voz:
- É melhor irmos embora.
Com um gesto rápido, Harry inclinou-se, segurando-a pelos braços, e a fez sentar-se em seu colo.
- Harry! – exclamou Hermione, envergonhada pelo contato intimo e tentado se levantar.
Ele a enlaçou pela cintura e observou o rosto afogueado.
- Pare de se agitar tanto, caso contrario não serei responsável pelos meus atos - murmurou sensual.
- Deixe-me em paz!
- Relaxe. Do que tem medo?
Hermione não sabia o que dizer. A proximidade entre seus corpos era inebriante, e era delicioso estar presa entre os braços fortes. Sentiu os mamilos rijos, que roçavam o tórax musculoso, e observou o olhar de Harry sobre seus seios.
Em defesa, exclamou:
- Pare com isso!
Ele a fitou com um sorriso maroto.
- Um homem gosta de saber que impressiona uma mulher.
- Já me impressionou demais – redargüiu ela com sarcasmo.
Harry inclinou-se para frente e beijou-lhe os lábios de modo suave.
- Sinto-me atraído por você!
- Pois trate de se controlar.
Hermione sabia que precisaria ser firme e resistir ao calor dos lábios sensuais.
- O corpo tem vontade própria – sussurrou Harry, deslizando a mão até a abertura da capa de chuva.
Com gestos lentos, deslizou-a pelos ombros de Hermione, abrindo sua blusa, e acariciando a renda do sutiã. De modo instintivo, ela segurou-lhe a nunca, enterrando os dedos nos cabelos macios.
A chuva principiara a cair com mais força, pingos grossos chocavam-se com o barulho do capô do carro, e o ritmo violento acompanhava as batidas de seu coração.
- Por favor – gemeu.
- O quê? – sussurrou ele, beijando-a.
- Não pare!
A mão forte apossou-se de seu seio, enquanto o olhar intenso não a deixava um só instante.
Hermione estremeceu, e pendeu a cabeça para trás em um gesto de abandono.
-Você é surpreendente - murmurou Harry com a voz rouca.
Dessa vez seus lábios se uniram com violência em um beijo longo e profundo. Por fim Harry conseguiu despir-lhe a blusa e começou a abrir o sutiã. Hermione já não conseguia resistir.
- Tudo irá mudar depois disso, você sabe – sussurrou ele.
- Sim.
Livrando os seios pequenos, admirou-os com volúpia.
- Você me excita tanto que nem sei o que faço – gemeu – Não planejei isso Hermione.
Em resposta , ela o abraçou com força, sem querer pensar nas conseqüências do que iria em breve acontecer. Sentia apenas a força do corpo viril de encontro ao seu, e um desejo enorme, insatisfeito e voraz.
- Eu o quero, Harry.
- Também a desejo, Hermione.
As mãos abaixaram o zíper da calça jeans e, aos poucos, foram-se revelando os quadris delicados e as pernas longas e macias. Só então a fitou nos olhos e, de repente, percebeu onde estava, e parece que só então viu a blusa e o sutiã de Hermione no chão da picape.
- O que estamos fazendo – vociferou chocado.
- Não sabe - replicou ela tentando fazer graça.
Harry olhou para os vidros embaçados e de novo para a linda garota descabelada e submissa sobre seus joelhos.
Com gesto brusco empertigou-se, fazendo-a sentar-se ao seu lado. Observou-a tatear em busca de roupas, e fechar o jeans. Naquele instante ouviram a buzina de outro veiculo.
A aparência de Hermione era terrível, pensou. Os lábios inchados, faces afogueadas e cabeleira em total desordem.
Ele também não devia estar melhor, concluiu. O chapéu caíra em algum lugar e, sem duvida, tinha marcas de batom no rosto.
Fitou-a por um longo momento enquanto a outra picape estacionava ao lado. Não conseguia ver nada, devido aos vidros embaçados. Passou a mão na janela, e vislumbrou seu irmão Draco dentro do outro veiculo, com Gina ao seu lado. Tentavam não olhar para dentro da picape, e pareciam muito embaraçados.
Obs:Oi pessoal!!!!Desculpem a demora para atualizar as fics, mas é normal se ter problemas com a net!hehehe....Bom, espero que tenham curtido o capitulo e entre sábado e domingo tem mais atualização!!!Ah, antes que eu me esqueça eu queria agradecer a Fernanda Destro por ter dedicado à mim a última atualização da fic dela "Casamento de Amigos". Aconselho a todos que leiam, por que a história é maravilhosa!!!Bjux e OBRIGADA todos por acompanharem minhas fics!!!!Adoro vocês!!!!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!