º Casamento, O Pedido º



A súbita selvageria do tom dele deixou-a em pânico. Tentou libertar-se, mas isso o enfureceu mais ainda. Atirou-a contra a parede e pressionou o corpo másculo de encontro ao dela, sem piedade, procurando com ansiedade os lábios trêmulos que resistiam aos dele. Cada vez mais inflamados pela resistência dêla, esmagou-lhe a boca com os lábios, obrigando-a a render-se. Lyn lutou desesperadamente contra o desejo de entregar-sé, mas sentiu que suas forças se enfraqueciam, quando a mão dele se insinuou por baixo de sua blusa, acariciando-lhe o corpo macio com sofreguidão. Deu gemido de prazer e tocou de leve a pele quente do peito de Harry, deixando que seu corpo se colasse completamente ao dele.
Harry tremia. Seus lábios desceram pelo pescoço dela, queimando como ferro em brasa.
- Harry! - murmurou ela, traindo a própria emoção. Sabia que não seria capaz de resisti se ele a tomasse à força e mesmo com ódio.
De repente ele pareceu tomar consciência do que estava fazendo. Empurrou-a com violência e afastou-se, deixando-a ali parada, trêmula e excitada.


O incidente provocou uma profunda alteração no relacionamento deles. Harry e Lyn passaram a evitar-se, comportando-se formalmente quando se encontravam du¬rante as refeições. A sra. Potter via tudo em silêncio, sem se surpreender com a tensão que tomava conta de Lyn sempre que Harry se aproximava.
Lyn fazia o trabalho da casa, lia, passeava com Sam e ouvia música à noite. Às vezes ajudava a sra. Potter a montar um quebra-cabeça, silenciosamente, no mesmo ritmo lento com que a velha senhora fazia tudo.
Harry normalmente passava as noites no estúdio, mas às vezes vinha sentar-se com elas para ler algum livro, sempre ignoràndo Lyn deliberadamente.
Lyn acostumou-se ao ritmo tranqüilo e pesado do trabalho ca¬seiro. O silêncio e a névoa não a deprimiam mais e gostava da nova vida. A única nota discordante em seu contentamento era o com¬portamento de Harry. A sra. Potter agora a aceitava sem restri¬ções e tinha se tornado sua amiga. Trabalhavam em harmonia, ligadas por uma espécie de empatia.
Certa manhã a sra. Potter sugeriu que Lyn fosse colher amoras para fazerem uma geléia no dia seguinte.
Acompanhada de Sam, foi até as amoreiras mais próximas da casa, levando na mão uma enorme cesta de palha. Os galhos esta¬vam carregados de frutos brilhantes que se destacavam entre as folhas. Distraída, só percebeu que o carro de David se aproximava quando Sam latiu. Sentiu-se nauseada quando percebeu que o moço se dirigia até ela, corando ao pensar nas coisas que Harry lhe havia contado. O cão, consciente do nervosismo dela, grunhia iristintivamente. David parou intrigado.
- O que há com Sam? De repente me transformei num inimigo por aqui? Primeiro você, agora ele... Não me conhece mais, Sam? - Sorriu e estendeu a mão, que Lyn recusou, aproximando-se do cão em busca de proteção. Com expressão irônica, David disse: - Ainda de mau humor, Lyn? Vim convidá-la para dar um mergulho comigo. É uma pena perder um dia bonito como esse.
- Não, obrigada - respondeu imediatamente. - Não sei nadar, - David encarou-a.
- Não sabe nadar? - Parecia confuso. Então percebeu que alguém vinha vindo na direção deles e sorriu, embaraçado. - Oi, Harry, como vai?
Harry parou ao lado dela com uma expressão enigmática no rosto. - David tem razão - disse com sarcasmo. - Está um dia lindo para um mergulho. Por que não vamos todos?
- Seria ótimo - David apressou-se a dizer.
Lyn sacudiu a cabeça.
- Não posso, não estou acostumada.
- Seu biquíni branco ainda está lá em cima - disse Harry friamente. Olhou para David. – Vá na frente, encontramos você depois.
- Está bem - disse David e desapareceu.
Lyn continuou â colher amoras, sem olhar para Harry. Inesperadamente ele a agarrou pelo pulso.
- Precisa enfrentar isso, mais cedo ou mais tarde - disse bruscamente. - Vá vestir seu biquíni.
Ela engoliu em seco.
- Não quero ir.
- Percebi isso, mas precisa encontar coragem para enfrentar a situação, não pode fugir do passado, por mais que tente. – A voz dele era quase delicada e os olhos dela se encheram de làgrimas.
Levou as amoras até a cozinha e avisou que colheris mais quan¬do voltasse da piscina. Olhou-se ao espelho e corou violentamente. Sentia-se quase nua com o minúsculo biquíni. Vestiu a malha por cima e desceu.
Harry a esperava em baixo, segurando duas toalhas. Olhou, a com frieza.
- Pronta?
Ela concordou com a cabeça, evitando encara-lo. A casa de David ficava a alguns quilômetros, no meio de gramados muito bem cuidados e lindos canteiros de flores. Foram recebidos por uma garota de biquíni florido que cumprimentou Lyn com um aceno e frio de cabeça.
Havia muitos jovens em torno da piscina, localizada nos fundos da casa. Muitos acenaram para Lyn, homens, na maioria. Algumas moças sentadas em mesinhas ao redor da piscina lançaram a ela um olhar de desagrado.
Harry entrou em uma das cabines para trocar de roupa. Ficou perturbadoramente atraente com o calção de banho azul escuro, o peito nu.
Olharam-se em silêncio. Lyn sentia uma necessidade dolorosa de tocá-lo, de sentir aquele corpo forte encostado ao dela. Com um suspiro triste, pensou que Harry a odiava e com toda razão.
Ele a puxou pela mão quase com brutalidade.
- Vamos, não podemos passar o dia todo aqui.
Ficou parada ao lado da piscina, observando o brilho intenso do sol sobre as águas azuis e ouvindo os risos alegres dos convidados. ¬
- Quem é a moça que nos recebeu? - perguntou a Harry com relutância, - Não posso deixar que perceba que não a conheço.
- Petra Williams - respondeu ele. - O pai dela tem uma fábrica perto daqui. Estão muito bem de vida e suspeito que Petra não gostou, muito da maneira como você lhe roubou David Lane. - Havia ironia em sua voz.
- Ela gosta dele?
- Estava interessada nele; mas foi tudo por água abaixo quando você apareceu.
- Entendo - concordou com amargura. Sentiu que o olhar dele a devorava e corou.
- Viemos aqui para nadar, lembra-se? - disse ele depois de uma pausa, átirando-se na piscina.
Lyn olhou para a água hipnotizada. O brilho que vinha da pis¬cina era estonteante. Harry emergiu da água e olhou para ela com hostilidade.
- Vai ficar aí parada para que todos a admirem, Lyn? – perguntou agressivamente. - Pode vir sem medo, você nada como um peixe.
Ela mordeu os lábios nervosamente.
- Acho que não sei nadar - confessou. - Estou com medo, Harry.
Ele franziu a testa.
- Ninguém esquece como se nada. Vai lembrar assim que es¬tiver dentro da água.
- Não posso! – gritou desesperada.
O rosto dele contraiu-se. Estendeu a mão e puxou-a para dentro da água. Ela gritou, sentindo-se incapaz de flutuar, depois afundou. Foi tomada por umã sensação de pânico e tentou lutar, mas não conseguiu e sentiu que seus pulmões estavam a ponto de estourar. Era como se estivesse numa máquina de lavar roupa, girando e girando sem conseguir sair. De repente duas mãos fortes a agarraram e a puxaram para a superfície.
Quando Harry a estendeu no chão, ela expelia água pela boca e pelo nariz e uma pequena multidão curiosa se juntou em volta deles.
- O que aconteceu? - perguntou uma voz assustada.
- Como foi acontecer isso? Ela sabe nadar como um peixe! – comentou outra voz.
Lyn soluçava desesperadamente quando Harry a tomou nos bra¬ços e se afastou do pequeno grupo de curiosos. Já no vestiário, perguntou asperamente:
- Pode se trocar sozinha?
Ela fez que sim com a cabeça e Harry levou-a até o vestiário das mulheres, onde se vestiu lentamente, tremendo de susto e vergo¬nha. Alguns minutos mais tarde ele bateu vigorosamente na porta.
- Está se sentindo bem?
Ela estava sentada num banco, com a cabeça abaixada.
- Sim - respondeu com voz fraca, levantando-se e abrindo a porta.
- Vamos embora - disse ele com voz suave, puxando-a pela mão.
No carro, de volta a Wind Tor, ela disse com voz ansiosa:
- Desculpe se me portei como uma idiota, Harry.
- Esqueça - respondeu ele secamente.
Ela suspirou, vendo a raiva novamente no rosto dele.
- Acho que o médico estava enganado quando disse que eu lembraria das coisas que aprendi no passado...
- Mas estou certo que não esqueceu de outras coisas mais agradáveis - disse com ódio.
Ela sentiu o rosto pegando fogo.
-Não!
- Não o quê? - perguntou, virando-se para ela. - Não quer que diga a verdade, Lyn? Pensei que quisesse saber tudo sobre seu passado.
Ela baixou a cabeça, em silêncio. É claro que ele estava certo. O passado sempre estaria presente como um pesadelo, à espera dela. Não poderia ser alterado ou esquecido. Começava-a acreditar que seria melhor fingir que ele não existia.
A sra. Potter olhou-os com surpresa ao vê-los de volta.
- Voltaram depressa - comentou.
- Lyn, não estava com vontade de nadar - disse Harry seca¬mente.
- A mulher olhou para o cabelo molhado de Lyn.
- Mas parece que nadou.
- Não - explicou ele com voz cortante, - Ela tentou se afogar para provar que não sabe nadar, só isso. - Dizendo isso, entrou no estúdio e bateu a porta.

Alguns dias depois Harry levou-a ao hospital para fazer novos exames. O médico examinou-a, fez algumas perguntas e pareceu não gostar das respostas.
- Quer dizer que não houve mudanças? - perguntou. – Se não lembrou de nada até agora, talvez demore para lembrar-se.
- Quanto tempo, doutor? - Lyn mordeu o lábio.
- Ele encolheu os ombros e se recostou na cadeira.
- Quem sabe? Está claro que você prefere esquecer o passado. Temos duas alternativas: ou tentamos ábrir a porta à força ou esperamos que você decida abri-la sozinha. A decisão tem que ser sua.
Ela baixou os olhos, trêmula.
- Eu... eu... - Não conseguiu responder, aterrorizada, pela idéia de que precisava tomar umà decisão.
O médico inclinou-se para frente.
- Está se sentindo bem?
- Estou, obrigada - Ela setiu a garganta seca.
- Não adianta tentar apessar o processo. Venha me ver daqui a um mês, a não ser que surja uma novidade nesse meio tempo. Pense a respeito do que lhe disse. Se decidir forçar a memória venha, me procurar.
- E o que o senhor pode fazer?
Ele sorriu amigavelmente.
- Existem várias maneiras. Uma delas é a hipnose, que não vai funcionar se sua mente não estiver receptiva. Existem outros métodos, mas como já disse, não vão funcionar se você não estiver realmente decidida li enfrentar a verdade.
Ela e Harry voltaram para casa no mais completo silêncio. Olhou ansiosamente para ele quando chegaram.
- Você tem sido muito gentil comigo, Harry. Mas, como o doutor disse que minha memória pode custar muito a voltar, acho melhor ¬ir para York. Devo ter uma casa em algum lugar e talvez na galeria possam me dar alguma informação. Já devia ter feito isso antes.
- Estive lá enquanto você estava no hospital - disse com voz soturna. - Disseram-me que você deixou o emprego e também o apartamento em York e que não sabem para onde foi. Não sei onde vivia quando sofreu o acidente, mas ninguém procurou a polícia para dar queixa, de seu desaparecimento. - Uma onda de desânimo invadiu-a.
- Bom, de qualquer jeito, preciso encontrar um emprego e um apartamento. Não posso me aproveitar para sempre da sua bondade.
- Venha até o estúdio - pediu inesperadamente. – Quero falar com você.
Lyn hesitou, pensando no que havia acontecido da outra vez que estivera lá. O rosto dele contraiu-se.
- Não vou tocá-la, pode ficar tranqüila.
Ela corou e o seguiu. Ele fechou a porta e ficou parado durante alguns minutos, sem dizer nada.
- Você se dá bem com minha mãe não é? - perguntou de repente.
- Muito bem - respondeu ansiosa.
- Está achando o lugar aqui muito triste?
- Harry, sabe muito, bem que gosto daqui - disse em voz baixa olhando para o chão. – Gosto de tudo em Wind Tor... a paz, bele¬za... tudo aqui é bonito.
- Gostaria de ficar?
Lágrimas quentes começaram a rolar pelo rosto dela.
- Por que me atormenta assim? Sabe que não posso ficar.
- Por que não? – o tom dele assustou-a.
- Porque você... eu... - Não conseguiu continuar e suspirou. - Não posso ficar aqui.
- Pode ficar sob determinadas circunstâncias - disse ele.
- Em que condições? - Ela encarou-o, intrigada.
- Tinha planos de me casar com você - disse com voz áspera. - Ainda pode se casar comigo.
Os olhos dela se abriram muito, numa expressão de dor
- Não! - sussurrou, virando-se. Um soluço desprendeu-se da sua garganta.
- Seria um casamento puramente de conveniência - acrescen¬tou ele friamente. - Você contiriuará trabalhando com minha mãe exatamente como vem fazendo até agora. Seria um trabalho como qualquer outro e eu lhe daria dinheiro todos os meses para roupas e outra coisas. Se está sendo sincera, ao dizer que gostaria de ficar em Win Tor não vejo razão alguma para que não fique.
Ela se virou, olhando-o com incredulidade.
- Mas não há necessidade de nos casarmos. Posso trabalhar para você, mesmo sem ser sua esposa.
- Mesmo tendo minha mãe para salvar as aparências, seria muito desagradável - disse friamente. - O casamento seria a única solução.
Ela o encarou perplexa.
- Não daria certo. Casar não é simplesmente ser uma dona de casa.
- Normalmente não é - concordou secamente. - Mas, no nos¬so caso, não haveria mais nada entre nós.
- Isso é ridículo! - protestou ela. - Você não está falando sério.
- Estou - insistiu ele. - Seria uma situação ideal para mim. Não tenho intenção de me unir a nenhuma outra mulher depois do que descobri a seu respeito. Sei muito mais sobre você, Lyn do que muitos maridos sabem sobre suas esposas. E isso é uma grande vantagem porque nunca mais vai me enganar. Mas que fique bem claro: Nenhum homem poderá se aproximar de você, caso nos casemos. Do contrário, vai se arrepender de ter nascido. - O olhar gelado que lançou a ela era aterrorizante. - Se tem algum plano e está apenas fingindo que é feliz em Wind Tor, pense bem antes de dar, uma resposta, porque se nos casarmos não poderá voltar atrás. Sua vida será trabalhar dia após dia com minha mãe. Pense bem se gosta mesmo desse tipo de vida, caso contrário, farei da sua vida um inferno, Lyn.
Ela estava tremendo.
- Harry, por que quer casar comigo se me odeia?
O rosto dele era uma máscara implacável.
- Vingança, Lyn. Ou você se transformou realmente em uma nova pessoa, e nesse caso será feliz, aqui, ou está tentando me enganar por algum motivo e, nesse caso, será minha prisioneira aqui em Wind Tor. Tem vinte e quatro horas para pensar. - Di¬rigiu-se para o cavalete. – Agora preciso trabalhar. É melhor você ir embora.
A idéia inesperada ao mesmo tempo a atraía e assustava. A perspectiva de ser esposa de Harry lhe provocava uma emoção forte e violenta e sentia-se inclinada a aceitá-la, mas sabia que o pesadelo do passado estaria sempre entre eles impedindo-os de serem felizes. O que ele lhe oferecia era punição. Queria tê-la sempre à vista para poder feri-la a qualquer momento. Sabia possuir a capacidade de torná-la miserável com um gesto, um olhar, uma palavra.
Lyn sentia que estava se tornando cada vez mais vulnerável em relação a ele e não conseguia ocultar isso. A escolha que Harry lhe oferecia era entre uma éspécie de inferno e outra. Se deixasse Wind Tor, jamais o veria novamente, e essa idéia era insuportável. Se ficasse, como sua esposa, estaria inteiramente à mercê dele, totalmente indefesa porque...
Teve uma sensação de desfalecimento ao perceber que amava Harry desesperada e irrevogavelmente.
Será que ele tinha percebido? Será que era por isso que a tinha pedido em casamento? Estaria planejando uma vingança para castigá-la pelo que havia feito a ele no passado? Devia considerar uma ironia o fato de ela estar inteiramente nas mãos dele depois de tê-lo ferido. Seria fácil para Harry desfrutar a chance que ela estava lhe oferecendo.
Naquela noite, a expressão dele estava tão calma quanto a de um juiz ao sentar-se para ler o jornal. Tinha vindo deliberadamen¬te, pensou Lyn, e deliberadamemte tinha sentado ao lado delá, to¬cando-lhe a perna com a coxa, procurando fingir que a ignorava completamente. Ela tentou ler um pouco, mas não conseguiu concentrar-se e acabou deixando o livro de lado.
- Bom... acho que vou para o quarto - disse, nervosa.
- Boa noite, menina! - respondeu a sra. Potter.
Para chegar até a porta, Lyn precisava passar diante de Harry, que ergueu para ela os olhos irônicos ao perceber o rosa forte das faces dela.

Dormiu mal naquela noite, virando-se de um lado para o outro, sem conseguir afastar os pensamentos perturbadores. Pela manhã tinha uma aparência cansada. Harry olhou-a com dureza quando entrou na cozinha.
- Dormiu mal, Lyn? - pérguntou zombeiramente.
Ela sentiu uma pontada, de raiva. Podia ter agido mal no pas¬sado, mas isso não justificava o tratamento cruel que ele estava lhe dispensando. Acompanhou-o até o pátio, onde ele parou com as mãos na cintura, sorrindo friamente.
- Pensei em sua proposta - disse ela.
- E? - perguntou ele com frieza.
- Eu aceito - respondeu, olhando-o com toda a coragem que conseguiu.
- Ótimo. Vou fazer os preparativos - disse com indiferença.
- Preparativos? – perguntou assustada.
- Para o casamento - explicou secamente. - Não há razão para esperar mais.
- Claro, mas... - começou a chorar, horrorizada. Não esperava que ele fósse agir tão depressa.
- Mas o quê? – Franziu a testa, curioso. - Alguma razão especial para que esperemos mais, Lyn? Afinal de contas, é um casamento de conveniência. E quanto antes regularizarmos nossa situação nesta casa, melhor.
- Como posso me casar sofrendo de amnésia?
Os lábios dele contraíram-se com ironia.
- Nós sabemos quem você é. Além do mais, já está perfeitamente saudável, não é? Portanto não há razão alguma para que não nos casemos o mais rápido possível.
- É... acho que não - murmurou ela.
- Ótimo! - Virou-se e saiu sem dizer mais nada, deixando-a num estado de total perplexidade.

Não teve coragem de discutir o assunto com a sra. Potter, temendo a reação dela. Por isso, três dias mais tarde, quando Potter anunciou durante o almoço que ele e Lyn iam se casar na próxima semana, não conseguiu determinar quem estava mais surpresa: se ela própria ou a mãe de Harry.
A sra. Potter logo recuperou o sangue-frio.
- Vão mesmo? - perguntou com a expressão sombria, olhando para o filho.
Ele terminou de mastigar e disse calmamente:
- Não vai haver nenhum problema. Será uma cerimônia rápida, sem convidados.
A muler olhou interrogativamente para Lyn.
- Assim está bem para você, menina? ¬
Lyn concordou com a cabeça, sem olhar para ela.
- E a lua-de-mel? - perguntou a sra. Potter.
- Não vai haver lua-de-mel – anunciou Harry.
Lyn sentiu olhar de Harry sobre ela, mas não ousou encará-lo.
Depois que ele, saiu, a sra. Potter perguntou calmamente:
-Sabe o que está fazendo, menina? Meu Harry é um homem duro como as pedras desta casa, incapaz de esquecer ou perdoar. É o tipo de homem que pode fazer uma mulher sofrer as penas do inferno.
Lyn sentiu o rosto queimando. Mordeu o lábio.
- Eu... vou me casar com ele - respondeu depressa. – Entendo o que está querendo dizer, mas...
A sra. Potter suspirou.
- Bem, você mesma é quem está preparando sua infelicidade. Não vá se arrepender depois.
Se Harry estivesse ao lado dela, pensou Lyn, seria capaz de suportar qualquer sofrimento.


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Ta ai o cap. novo gnt! en tinha perdido a fic todaaaaaa, pq reformataram meu pc.. ta uma correria.. perdi totalmente o final da minha outra fic.. ''esqueci de dizer.. Te amo'' mais dei conta d salva essa fic agora, graças a deus!
mto obrigada a todos q leem ou leram e visitaram a fic... vcs sao mto importantes.. agradecimentos especiais para:


* Monalisa Mayfair * Oiiiii.. Td bem? mto obrigada por seu comentario e por sua visita, é realmente mto importante. sinto nao poder nem negar, nem afirmar seu coments, pois esse é o grande misterio da fic.. Mais posso dizer que voce esta indo mto bem na sua tese e que no proximo cap. vc ja podera ver se sua avaliação esta certa ou nao... mto obrigada.

* ***Pah Potter*** * Oii.. cap. postado, espero que goste...

* Poly Figueiredo * Olllaaa.. joia? mto obrigada pele seu coments, fiquei bem feliz com ele.. espero que continue visitando a fic sempre.
sobre sua teoria, sinto nao poder dizer mto, mais voce assim como mtos outros estao indo mto bem.. E a Mione nao era vagabunda heheh nao..nao.. tb fiquei com pena da Lyn, ou sera outra nome o dela? rsrsrs Talvez vc esteja certa, no proximo cap. vc vai pode tira a prova espero... bjs e obrigada.

* thamila moliterno * Oiii.. qndo eu li o livro pela 1º vez, nao me veio na cabeça tantas teorias iguais vcs estao flando, li o livro em 2 dias e nunk passo pela minha cabeça sobre irmas gemeas, ou novela das 8.. acho q eu nem pensei nesses 2 dias direito acredita? mais vcs sao mto bons e estao indo no caminho certo.. talvez no proximo cap vcs ja saibam ate o final da fic hehehe.. mto obrigada pelo coments.. e volte sempre!!! e esse Harry me deus.. tira o ar da gnt rsrsrsr bjs!!

* Mione Malfoy * Oiii.. É Mi, vc nao foi a unica a pensa em irma, gemea, a maioria disse isso tb. E esse Harry me da ate medo.. mais no final ele muda!! espero que goste desse cap. bjs!!

* Kelly**Dodges_ * Mto obrigada pelo seu coments e pelos elogios, por mais que a fic esteja boa, nao chega aos pés dos seus maravilhosos comentarios.. mto obrigada msmo. com certeza sua teoria esta certa.. mta gnt ja ate adivinho o final hehehe mais espero que goste do novo cap. bjksss!! volte sempre!!

* Laninha Potter * Oiiiii joia? fico realmente feliz d saber q vc gosta da fic e sempre que puder espero que leia e comente.. seu coment é mtissimo importante p mim e pra fic.. mto obrigada msmo! espero que goste do cap. bjs!

* LuanaH² * Oiii Lu.. sua mente é brilhante e vc esta na frent das teorias.. perfeita.. mais tb num to confirmando nda! o segredo da fic e o que tras os leitores ne? maisss obrigada msmooo por ter comentado e lido a fic, significa mto msmo... espero q goste da fic e volte sempre!! bjs..

* Monalisa Mayfair * Cp, novo postado novinho p vc!! espero que goste.. obrigada!!

* Poly Figueiredo *Oiiii.. espero ate o cap final e grandes surpresas virao.. Mione e Lyn sao totalmente diferents.. espere heheh mais vc ta indo bem viu? mto obrigada por seu comentario e espero que volte sempre... bjs!!

* Anna Fletcher * Oiiii.. que otimoooo que vc esta grudadaaa na fic.. isso me deixa taoooo feliz!! obrigada msmo..!! vc com certeza vai ter todas as respostas.. acho q esse vai deixa mais duvidas.. mais esta ai satisfazendo sua vontade.. volteee sempreee.. suas teorias sao otimass e adorei ler seu big comentario.. se todos comentassem assim seria maravilhosoo... mto obtigada msmooo e continue plugada aki ok? bjsss

* Nick Granger Potter * Sua teoria esta otima e sinto terrivelmente nao poder afirmar nem negar.. pq esse é o grande msterio da fic!! mais vc ta otima, obrigada pelo comentarioo.. adoreiii.. espero que leia mais e goste sempre mais tb.. mtooo obrigada msmooo, volte sempre!!

* •Luxúria Black• * Eii.. sua pergunta, infelismenteee nao posso confirmar, nem negar... mais vc ta no caminho certo.. acho.... o cap. novo ta ai.. espero que vc goste, mais no prox. cap. mta coisa vai ser esclarecida.. espero rsrsr. ou qndo li a historia achei a maior doideraaa.. acho q vcs tb estao achando ne? mais espro q estejam gostando.. mto obrigada por cada letra do depo!! bjs...

* Melissa Craft * Mto obrigada por suas lidas e relidas... espero que leia esse cap. e goste.. mto obrigada msmoooo.. ate a proxima..!! bjs..

* Jamine Black * Que otimooooo q vc ta gostando da fic... da um medo das pessoas nao gostarem.. e to tentando fazer o possivel p atualiza sempre e fazer o melhor.. fco feliz com coments como o seu.. mto obrigada!!! espero q goste desse cap e volte sempre.. abraços!

* Jéssy Nefertari * Ow.. pode virar adivinha.. vc é mto boa msmo.. ta quase la.. mto obrigada por seu coments, e espero q continue gostando da fic.. abraços!! espero q goste do cap novo... volte sempre!



Bom gnt ate a proxima...

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