O Brilho da Estrela



_Não... – Hermione murmurava abraçada à Harry e Gina. – Não, não pode ser... Eu não posso estar... Não! Gina... – ela pegou a amiga pelos ombros e sacudiu de leve – Gina, por favor... Diga que é brincadeira! Por favor, Gina diga que esse feitiço é pra constatar qualquer outra coisa, mas não diga que ele realmente é um feitiço sobre gravidez! Eu não posso estar grávida do Ronald! – ela encarou os amigos com tristeza – Vocês entendem?

_Entendemos, Mione... É claro que entendemos... – Gina começou a dizer – Mas esse feitiço não dá errado... Você realmente...

_Não, não fala! Eu... – ela colocou as duas mãos sobre a barriga e alisou lentamente. – Eu não sei... Não sei o que sentir...

Harry abraçou a amiga carinhosamente.

_Você tem que se sentir feliz, Mione... – ele disse enquanto alisava o topo da cabeça da amiga. – Essa criança é um elo entre vocês dois, essa criança é prova daquilo que vocês sentem um pelo outro desde que eu posso me lembrar...

_Harry, eu não posso estar grávida! Se eu fosse casada com o Ronald, se nós não tivéssemos nos separado ou se... Se eu ao menos me lembrasse dele direito! Mas não, Harry! Ele é um quase desconhecido pra mim, ele me rejeita, ele nem fala comigo! Eu não posso ter um filho dele, Harry! Eu... Simplesmente... Não posso... – e ela deixou o olhar se perder na parede da cozinha por alguns instantes, em silêncio. – Eu já sei o que vou fazer. – ela disse num tom que nem parecia o seu.

_Contar pro cabeça-oca do meu irmão? – Gina perguntou.

_Não.

_Então o que?

Hermione suspirou por alguns instantes. Ela acariciou novamente a barriga e sentiu mais uma lágrima escapar dos olhos. Harry e Gina a encaravam apreensivamente.

_Eu... Eu vou... – ela abaixou a cabeça, começando a chorar de novo.

_Hermione, você não vai tirar essa criança de jeito nenhum! – Gina disse, os braços no ombro da amiga, fazendo-a encará-la nos olhos.

_É claro que não. – ela disse, secando o choro. – Eu nunca faria isso, Gina. Você me conhece, sabe disso!

_Por um instante eu...

_Não, não é isso. – ela disse, sentindo um aperto no peito.

_Então é o que...? – a amiga insistiu.

_Eu vou... Vou... – ela respirou fundo e disse. – Vou voltar com o Robert.

_Você vai o que?

_Voltar com o Robert. – ela disse sem muita firmeza na voz. – É o único jeito, Gina! É a única forma de... De essa criança ter um pai e... É a única maneira de manter o seu irmão longe. É a única forma que eu...

_Hermione, você tá doida? – Harry perguntou, encarando a amiga nos olhos. – Desde quando você foge assim dos problemas? Desde quando você simplesmente opta pela primeira solução que parece fácil? Você sabe que voltar com o Robert não vai diminuir seus problemas!

_É claro que vai, Harry! Eu não vou precisar contar para o Ronald sobre esse filho, o Robert sempre quis um filho e vai tê-lo, finalmente... Eu vou poder continuar com a minha vida, vou poder...

_Vai poder o que? Ficar trancada em uma casa com um cara que você odeia pra sempre? Vai poder esconder que você tem um filho com o cara que você ama e que gostaria de estar? Vai poder mentir pra sempre pra todo mundo, inclusive pra Molly, pro Arthur e pra todos os Weasley? – Harry perguntou, os olhos fixos nos da amiga. – Quem é você? Cadê a Hermione? Você não é ela, ela nunca decidiria dessa maneira. Ela sempre optaria pelo certo ao invés do fácil! Ela sempre fazia as coisas de uma forma inteligente, não assim, como você está fazendo!

_Hermione, por favor, você sabe que essa não é a solução! – Gina insistiu. – E se a criança for ruiva? Você vai dizer que foi um feitiço porque acha essa cor de cabelo bonitinha?

A garota desabou, sentando-se na mesma cadeira da qual ela tinha levantado para andar enquanto falava com os amigos. Gina sentou-se do lado dela e passou uma mão em seus cabeços espessos.

_Mione... Você não acha que está sofrendo demais com essa história? Você não acha que está passando dos limites? – Harry perguntou.

_Eu sei, Harry! – ela respondeu. – Tudo está fora dos eixos, eu não consigo me sentir bem comigo mesma! Eu fico com esse sentimento angustiante dentro do peito e eu não sei explicar o que é! Quando... Quando eu vejo... Vocês sabem... Parece que a minha garganta dá um nó, meu coração bate rápido, minha mão congela! Eu não sei explicar, eu...

_Você o ama, Mione. Ele pode ser um grande babaca, mas você o ama e você sabe disso.

_Mas eu não deveria saber, Gina! Eu não deveria saber, assim como eu não deveria saber que seu irmão gosta de sapos de chocolate ou que ele tem medo de aranhas! Não deveria saber assim como eu não deveria saber que ele dança mal! Eu também não deveria saber da mesma maneira que não devia saber que ele e Harry brigaram feio em nosso quarto ano por causa do torneio tribruxo! Eu não deveria saber nenhuma dessas coisas depois de um obliviate! Eu não deveria saber o que eu sinto pelo seu irmão, você entende?! Eu não deveria saber que eu o amo, Gina! Eu não devia me sentir mal perto dele, eu não deveria sentir vontade de chorar quando penso que nós não vamos ficar juntos por opção dele!

_Mione... Você se recuperou do feitiço? – Harry perguntou um pouco assustado.

_Não, não me recuperei... São só... São só pequenas informações que vêm à tona todas as vezes que eu estou com ele. E eu já lembrei dessas que eu disse... Não lembrei nada relacionado ao nosso namoro, mas de resto eu de repente simplesmente sei! Parece que eu o conheço melhor que... Melhor que eu mesma posso saber.

_Não parece, Mione! Você realmente o conhece, e conhece melhor que qualquer um...

_E qual a vantagem disso? Isso só tem me servido pra eu ficar mal, cabisbaixa... Pra eu me sentir desprezada e idiota! Você sabe como é se sentir uma completa idiota?

_Sim, eu sei como é, Hermione! Eu me escondia do Harry todas as vezes que eu o via, você lembra? Eu simplesmente...

_Você tinha onze anos, Gina! Com onze anos isso é compreensível! As coisas que eu sinto com o Ronald parecem... Parecem... Eu nem sei o que parece, de tão ridículas! Nós estamos bem em um momento e no seguinte simplesmente estamos brigando e de repente nem falar comigo ele quer! Isso não é uma atitude adulta! Isso não é uma atitude de um funcionário do ministério, e isso, definitivamente, não é uma atitude que se pareça com qualquer atitude minha e... – ela viu Harry rir e abaixar a cabeça. – Do que você está rindo, Harry Potter? Não tem nada de engraçado que eu saiba!

_Não, é só que... Sabe. Eu convivi com vocês dois desde que eu posso me lembrar. Vocês estão em cada lembrança minha...

_E o que tem isso?

_E vocês estão, sim, mais maduros.

_Ah é? E como você pode saber?

_Bem, Mione... Quando nós estávamos em Hogwarts vocês brigavam assim quase todos os dias.

_Isso não é humanamente possível.

_Sim, é. E vocês discutiam, brigavam, ficavam semanas sem se falar. Eu tinha que suportar os dois de mal-humor, um de cada lado, falando em como o outro era idiota por causa da briga...

_E...?

_E vocês não tinham a mínima idéia de porque estavam brigando, mas todas as brigas de vocês tinham como base exatamente o mesmo motivo...

_E que motivo era esse?

_Que vocês se amavam. Se amavam assim como se amam hoje, mas não tinham coragem de admitir. Nem de admitir pro outro e nem de admitir pra vocês mesmos.

_Mas que grande piada...

_Não, não é piada. Pra mim vocês dois se gostam desde o primeiro dia em que se viram no expresso de Hogwarts. Vocês não sabiam o que sentiam, é claro, mas com o tempo eu tenho certeza que vocês foram percebendo um ao outro, assim como aconteceu comigo e com a Gina. Vocês se gostam tanto, que no quarto ano, quando teve o baile de inverno, o Ron quase explodiu de ciúmes te vendo com o Krum. E no nosso sétimo ano, você quase explodiu em lágrimas quando ele nos abandonou. Você foi uma das maiores razões por ele ter voltado; ele ouviu a sua voz dizendo o nome dele no Deluminador. Vocês dois têm um sentimento tão forte, Hermione, que tudo se torna grande quando ele está em jogo. E vocês amadureceram em relação a isso, porque os dois já aceitaram o que sentem, os dois já sabem o quanto isso é grande e os dois estão tentando enfrentar isso.

_Nenhum de nós está enfrentando nada! Nós sequer nos falamos!

_Mas os dois já aceitaram, Mione! Apesar de os dois estarem lutando contra esse sentimento, os dois sabem que ele existe e os dois sabem que é por causa dele que estão assim! Vocês amadureceram sim, e você não tem culpa se o que você sente pelo Ron é tão forte! Na verdade nenhum de vocês tem culpa pelo que sente... Só pelo que fazem em relação a esse sentimento. – Gina interveio.

_Eu não sei, não sei de mais nada... Se eu ao menos... Se eu soubesse a razão pela qual ele fez o que fez... Mas eu não. – ela abaixou a cabeça e respirou fundo, cansada. – Eu não sei. E provavelmente não vou descobrir. Eu não... Não vou ter tempo pra isso...

_Hermione, você tem que... – Gina parou de falar de repente. Ela também havia escutado o barulho que a porta da frente havia jeito, provavelmente. O rapaz ruivo adentrou a cozinha com um semi-sorriso estampado no rosto. Gina virou-se pra ele e disse:

_Ron, você não tinha ido arrumar suas coisas e também ido fazer não-sei-o-que no ministério?

_Eu ia, irmãzinha... – ele disse sarcasticamente. – Mas... Eu recebi uma ótima notícia. – ele disse olhando para Hermione de relance.

_E que notícia é essa, Ron? – Harry perguntou apreensivamente.

_Lembram que eu ia em uma semana para Paris?

_Claro que sim. – Gina disse secamente. – O que tem isso?

_Eu não vou mais em uma semana. – ele sorriu enquanto tomava um copo de água.

_Não vai mais? – Harry se espantou. Hermione se mantinha em silêncio, mas escutava atentamente.

_Não em uma semana. O ministro francês decidiu que eles precisam de um auror do meu nível o mais rápido possível... Parece que está havendo caso de assassinatos em massa, algo assim... Eles me querem lá no máximo amanhã cedo pra ler os relatórios e começar a agir.

_A... Amanhã cedo? – Hermione gaguejou, manifestando-se pela primeira vez, surpresa.

_Sim, amanhã cedo. – ele respondeu sem encará-la. – Tenho que ir arrumar minhas coisas. Espero que vocês possam se despedir de mim hoje à noite. Tenho uma chave de portal reservada no ministério para as nove horas de hoje. Vou arrumar as minhas coisas o mais rápido possível. – e dizendo isso, ele saiu da cozinha rapidamente.

Hermione sentiu o estômago afundar e matar as borboletas que costumavam habitá-lo quando ela estava perto de Ron. Ela olhou para Gina e para Harry e os dois a encaravam atônitos. Ela sentiu o nó que antes apertava a sua garganta, forçar ainda mais e não conseguiu mais conter o choro. Ela estava se sentindo patética, mas não conseguia segurar.

_Mione, calma... Eu... – Gina tentava acalmá-la, mas não adiantava; a garota soluçava.

_Eu... Não ia realmente... Voltar... O Robert... Sabe, eu até pensei... Contar... Mas... – ela fungava e soluçava enquanto falava entrecortadamente. – Agora... Paris...

_Mione, eu vou falar com o Ron. – Harry levantou da mesa decidido.

_Não, Harry! Não quero que... Você conte nada. Eu não quero que... Ele saiba. – seu tom era choroso, mas decidido.

_Eu não vou contar nada, mas vou descobrir o que aconteceu para vocês não casarem e pra ele te evitar tanto. Você não merece viver com isso, Mione.

_Eu não... Melhor não, Harry. Ele não casou comigo porque... Não me ama. Ele vai pra Paris pra ficar longe de mim. E eu... Vou superar isso porque sou Hermione Granger.

_Não me importa quem você é, Hermione! Você é minha amiga e olha o seu estado! Obliviada, grávida, chorando! Sem explicações! Eu vou falar com o Ron... Pode deixar que não vou interferir na história da gravidez, mas vamos descobrir tudo sobre o porque da separação...

_Harry, não... – mas quando ela tentou interferir, o garoto já havia dado meia volta e saído da cozinha. Hermione encarou Gina, que segurava James sem saber o que falar. O que Harry diria a Ron? E... O que Ron diria? A garota sentiu-se impulsionada a seguir Harry, a abrir a porta do quarto e a mandar o garoto lhe dizer o que sentia frente a frente, mas ela não tinha coragem. Encarou Gina e então uma idéia lhe ocorreu; ela secou as lágrimas e respirou fundo. Tinha que ser forte

_Gina... Você têm uma daquelas... - ela hesitou. – Daquelas orelhas extensíveis aqui?

_Pra que, Hermione?

_Eu vou ouvir essa conversa, Gina.

_Hermione, eu não sei se você...

_Você tem ou não tem?

_Eu tenho, mas...

_Onde estão?

_Mione, eu acho que...

_Eu não perguntei o que você acha, Ginevra! – ela assumiu um tom um pouco mais irritado do que pretendia, mas gostou do efeito. Gina a encarou, balançou a cabeça e encarou a amiga.

_Segura o James um pouco... – ela deu James para Hermione segurar e abriu uma das gavetas da cozinha, tirando um par de fios cor de carne de dentro dela. – Não que eu fique ouvindo as coisas, porque não preciso, mas... Sempre tenho-as comigo.

_Tá, ta... – ela entregou James de volta a amiga e pegou um dos fios, colocando-o na orelha. Gina fez a mesma coisa. Os fios escorregaram pela cozinha e começaram a subir as escadas. Hermione começou a ouvir algumas vozes...


_E você vai embora, Ron! Ela precisa saber pelo menos a razão pela qual você não se casou!

_Eu não posso contar, Harry!

_Cara, você ta acabando com o sentimento mais forte que eu já vi você sentir... Você ta acabando com a garota que você disse que te guiava...

_Ela me guia, Harry! – a voz de Ron soou tremida. – Ela me guia sempre... Tudo que eu faço é por ela, eu passo meus dias e noites pensando nela, eu me arrependo todas as vezes que eu a trato do jeito que tratei hoje!

_Então por que você faz isso?

_Porque ela tem que ficar longe de mim!

_Ela tem que ter o direito de escolher!

_Cara, você não entende... Eu não posso dar esse direito pra ela assim como eu não posso contar o porquê!

_Você está jogando fora a relação de vocês!

_Não, Harry! Eu não posso ficar com ela! Você não entende...

_Não, eu não entendo! Agradeceria se você contasse.

_Cara... – a voz de Ron soava falhada. – A única coisa que eu posso te dizer é que é caso de vida ou morte. Eu realmente não posso contar. Você acha que eu abriria mão da Mione de graça?

_Você ama a Hermione, Ron?

_Se eu amo? – ela ouviu uma risada rouca. – Harry, você pergunta? – ela ouviu um barulho de coisas sendo mexidas. – Olha isso.

_O que é isso?

_É o anel de casamento dela. Ta na minha mala desde o aniversário do James. Ele brilha, você vê?

_Claro, mas... O que tem isso?

_É uma pedra rara, Harry. Eu dei essa pedra e uma outra mais rara que essa pra Hermione no nosso aniversário de dois anos. Comprei na Irlanda. Essa representa nosso amor, mas ela não se altera mais. Ela tem um colar de estrela, que é onde há alterações. Digo... O anel não se apaga, pois ele representa nosso amor eterno, o amor do casamento. O colar representa o nosso amor enquanto ainda o sentirmos... Enquanto a estrela que existe no colar dela brilhar é porque nós nos amamos...


Hermione tirou a orelha extensível e colocou a mão no pescoço instintivamente. Não sentiu nenhum colar, nenhum pingente de estrela. Encarou Gina e viu que a amiga a encarava carinhosamente, como se dissesse: “Viu, eu sabia.”. Murmurou um ‘já venho’ e começou a subir as escadas rapidamente. Entrou no quarto sorrindo; apesar de tudo, Ron a amava. Mas... Por que ele havia dito que não podia ficar com ela? Por que ele havia dito que era caso de vida ou morte? Balançou a cabeça para afastar os pensamentos. Por algum motivo, tinha que encontrar aquela estrela.

Começou a procurar nas gavetas e no porta-jóias; não encontrou. Olhou embaixo da cama e dentro do malão que estava em um canto; nada. Abriu o armário e começou a tirar todas as roupas que estavam penduradas. Não estava em nenhum bolso, em nenhum cabide. Encarou o armário e viu um par de meias ao fundo, bem no canto. Reparou que as meias tinham um brilho tremeluzente. Pegou-as cuidadosamente, as mãos tremendo de leve. Abriu-as com cuidado, encontrando uma corrente prateada inicialmente e então um brilho. Um brilho muito forte. Os olhos de Hermione se fecharam e as tonturas voltaram. A garota se sentiu instável e aquele brilho parecia a ponto de cegá-la. Ela terminou de puxar o colar e a estrela balançou na frente dela, brilhando muito. Hermione sentiu a cabeça doer fortemente. As pontadas se fortaleciam a cada instante e parecia que quanto mais ela olhava a estrela, mais a cabeça doía. Ela olhou a estrela mais uma vez e então fechou-a na palma da mão. Sentiu o quarto rodar sob seus pés e fechou os olhos, desmaiando em seguida.




N.A:

Reta final minha gente! Daqui pra frente vocês vão descobrir tudo! Depois desse capítulo ai vai que vai!

AUSHAUShasuashuashasuashasuh

Queria agradecer mais uma vez pela paciência q vcs têm e também pela compreensão...

Acima de tudo eu quero agradecer os comentários e o apoio q vcs têm dado a fic! @_@

Obrigada, obrigada, obrigada MESMO¹³¹²³³

*-*

Pra vcs então, espero que vocês gostem, o capítulo nvoo!

Muito, muito, muito obrigada por todos os comentários!

E geeeente, agora só faltam dois!

Beijos ;*
Lau

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Comentários (1)

  • Mariana Berlese Rodrigues

    #MORRI  A-M-E-I <3 <3 <3  MUITOOOOOOOOOO LINDAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA *.* CHOREI AQUI :) Owwwwwwwwwwwwwwwwwwwwnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnn < 3 <3 <3 

    2012-12-20
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