Um Segredo Além do Brilho da E

Cap. XV - Um Segredo Além do Brilho da Estrela.

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Os olhos se abriram lentamente. Ainda estava caída no chão do quarto no Largo Grimmauld. Levantou-se lentamente, a cabeça doendo menos, o colar seguro nas mãos, a visão embaçada. Sentou-se na cama, ainda sentindo-se tonta. Colocou uma mão sobre a barriga e alisou-a, sentindo uma conexão com o filho que estava ali, sentindo-se leve. Ela se lembrava. Lembrava de Ron, lembrava da história dos dois. Lembrava de como tudo havia sido difícil pra eles e de como, mesmo apesar de tudo, aquela estrela brilhava. Ele a rejeitava, mas ele a amava. Apertou o colar com mais força e sorriu. Agora ela sabia com certeza; sabia que não era por ela que eles não estavam juntos. Não era porque ele não a amava e ele já havia lhe dito isso antes; não era porque ele temia estar com ela. Ele tinha motivos... Mas quais motivos podiam ser maiores que o que sentiam?

_ A única coisa que eu posso te dizer é que é caso de vida ou morte.

Era o que Ron havia dito para Harry. Havia algum motivo oculto, alguma peça que Hermione não estava conseguindo encaixar em tudo aquilo. Ela fechou os olhos para pensar... O que poderia separar o amor dos dois? O que seria forte a ponto de fazer Ron se negar a casar em pleno altar? Ela ouviu o barulho da maçaneta da porta e abriu os olhos. Harry estava entrando por ela e encarava Hermione com certa angústia:

_Mione, eu sinto muito... – ele baixou a cabeça. – Não descobri nada de útil... Ele só... – ele encarou a amiga e viu que ela sorria. – O que foi?

_Harry! Eu me lembrei!

_Você... Você o que?

_Eu lembrei! Lembrei de tudo!

_Mas... Como?

A garota abriu a mão e mostrou a estrela que jazia ali. Quando encarou o colar, Harry semicerrou os olhos devido ao brilho extremamente forte que ele emanava. Hermione colocou a corrente no pescoço e começou a dizer:

_Há alguma razão realmente forte, Harry...

_Sim, ele disse que era... – Harry continuou.

_Uma questão de vida ou morte. – disseram os dois em uníssono. Eles se encararam, ambos com uma ruga formada no meio da testa.

_O que mais ele disse, Harry?

_Ele não disse muita coisa... Ele disse sobre o seu colar, sobre ele não poder ficar com você, sobre ter que te afastar... Ele também disse algo sobre gripe draconiana, mas eu não encontrei ligação... Gripe draconiana não mata, mata? E ele não estava doente no dia do casamento, eu não sei o que poderia...

_Harry! Ele disse... Ele disse o que?

_Gripe draconiana... Ele disse isso depois que falou sobre o colar... “Se eu ao menos não tivesse tido aquela maldita gripe draconiana...”

_Ele disse essas palavras?

_Exatamente essas.

_Harry, eu não acredito!

_No que?

_Você sabe porque eu conheci o Robert? Ou como?

_Hermione, o que o Robert tem a ver com isso? Nós estamos falando de você e do Ron e...

_Não, Harry! O Robert pode ter muito a ver com isso! – ela se concentrou. – Eu só não vejo como...

_O que você quer dizer? Como você conheceu o Robert?

_Lembra aquela vez que o Ron ficou doente? Quando eu ainda estava com ele... Que ele foi parar no St. Mungus?

_É tão estranho você de repente se lembrar de tudo... – ele disse sorrindo sinceramente pra amiga. – Eu lembro, acho que sim.

_Aquela vez que ele estava com “gripe draconiana”! Ele ficou daquele jeito depois de uma missão que foi executar e passou tão mal quando estávamos em casa que tive que levá-lo ao hospital correndo...

_Sim, eu me lembro. E...?

_“E” que o Robert já trabalhava no departamento de infecções por vírus mágicos! Foi como nós o conhecemos... Eu estava esperando o Ron se consultar com o curandeiro chefe do lado de fora da enfermaria e ele apareceu; ele era só um curandeiro, ainda não era o chefe, mas ele apareceu por lá e perguntou se eu não era Hermione Granger... Ele sabia quem eu era por causa da guerra e... E nós começamos a conversar, ele achou que eu estava doente... Sim, estava me cantando aquele safado! E quando eu dei um fora nele porque estava com meu namorado ele não quis acreditar, ele se achava tão bom que não podia acreditar que estava levando um fora, eu acho. Quando o Ron saiu da enfermaria viu o Robert falando comigo... Você sabe como o Ron é... Ele quase explodiu de ciúmes e os dois se odiaram no mesmo minuto.

_Foi quando ele ficou internado?

_Foi... Ele teve uma crise de ciúmes... Ficou extremamente nervoso. Ele já estava mal por causa da gripe e acabou piorando... Por isso ele ficou internado, lembra?

_Claro que eu lembro!

_E naquele mesmo dia – o dia em que ele começou a odiar o Robert - foi o dia em que ele tinha gripe draconiana!

_E...?

_Harry, você não vê? Isso pode deve ter alguma ligação! “Se eu ao menos não tivesse tido aquela maldita gripe draconiana...”; O Robert sempre tentou... Coisas comigo. Mesmo quando eu ainda estava com o Ron!

_E o que você vai fazer, Mione?

_Eu vou tirar essa história a limpo Harry! Se o Robert tiver alguma coisa a ver com a minha separação ele vai... Ah, Harry, eu nem sei!

_Mas como você vai descobrir? O Ron não vai contar, ele...

_Alguém aqui disse que eu vou perguntar pro Ron?

_Não, mas...

__ A única coisa que eu posso te dizer é que é caso de vida ou morte. - ela repetiu. – Harry, você não percebe?

_Não! O que é pra perceber?

_Ah, esquece... Eu preciso confirmar essas suspeitas e não posso perder tempo te explicando... O Ron vai embora hoje às nove! Eu vou precisar da sua ajuda, Harry!

_Claro, no que eu puder ajudar, Mione!

_Você tem acesso a todos os tipos de poções lá na seção de aurores?

_Sim, claro...

_Então eu preciso que você pegue uma dose de Veritaserum e uma de Amortentia... Se você tiver Felix Felicis também seria bom, mas não tão necessária... Acho que posso fazer tudo sem ela.

_Tudo o que, Hermione?

_Você vai ver. Nós vamos descobrir o que aconteceu, Harry... Ou eu não me chamo Hermione Granger! De um jeito ou de outro... Nós vamos descobrir! Agora eu preciso que você me traga essas poções rapidamente, você consegue?

_Mione, lá na seção de aurores nós temos que pedir as poções com certo tempo de adiantam...

_Harry, isso é uma emergência! Eu aposto que o ministério tem um estoque de poções para os casos urgentes, não tem? – o garoto assentiu com a cabeça - É muito importante, você sabe que é! Harry, e se eu vivi três anos com um... – ela ficou boquiaberta. – Eu não quero imaginar... – ela disse, sacudindo a cabeça de leve. - Eu preciso dessas poções!

_Ok, você me convenceu. Não que eu tenha entendido alguma coisa, mas eu estou indo agora lá buscar. Eu trago pra você em menos de trinta minutos. Se arrume e avise a Gina... Vocês podem bolar alguma coisa... – e dizendo isso ele saiu do quarto.

Hermione pegou uma bolsa pequena e preta dentro do armário. Tirou também um vestido vermelho que ia só até a metade da coxa e um par de sandálias pretas. Se trocou rapidamente, jogando as roupas que estava usando anteriormente em cima da cama de qualquer jeito. Ela teria que seduzir Robert se ela quisesse descobrir tudo. Olhou no espelho e lembrou-se do filho que estava na barriga. Acariciou-a novamente e murmurou, como se ele pudesse ouvi-la:

_Nós vamos descobrir o que aconteceu, viu? E vamos recuperar o seu pai.

Ela sorriu novamente para o espelho e começou a fazer uma maquiagem leve, porém sensual. Destacou os lábios e penteou os cabelos de um jeito simples. Ela não queria parecer intencionada a nada, mas queria estar provocante pra que o loiro caísse na armadilha. Haviam se passado vinte e cinco minutos desde a hora em que Harry saíra; ele disse que precisava de meia hora. Ela não havia conseguido contar nada a Gina ainda, mas precisaria da amiga para segurar Ronald em casa o máximo que conseguisse. Ela desceu as escadas o mais rápido que podia sob as sandálias altas e entrou na cozinha ofegante. Olhou para onde a amiga geralmente ficava – na ponta da mesa, sentada com James ou lendo alguma coisa – e viu que ela não estava sozinha. Ronald estava sentado com a irmã, e eles conversavam e comiam um pedaço de bolo. O garoto olhou Hermione de cima a baixo, parando na estrela em seu pescoço. Ele encarou-a nos olhos. Ela sorriu, mas ele não disse nada, nem uma palavra sequer. Virou-se para o sobrinho e começou a brincar com ele, evitando olhar a garota. Hermione fez um sinal para Gina, que a acompanhou até o hall.

_Gin, eu não posso te explicar agora, mas eu acho que sei como descobrir o que aconteceu comigo e com o seu irmão... – ela dizia aos sussurros - Eu preciso que você o segure aqui o máximo que conseguir! Não deixe ele se adiantar para pegar aquela chave de portal! Agora são sete horas, Gina... Eu preciso que você o mantenha aqui pelo menos até oito e quarenta!

_Mione, o que está acontecendo?

_Eu não posso explicar, Gina! Eu só preciso que você faça isso pra mim, ok?

_Ok, mas... – nesse momento, a porta se abriu e Harry entrou apressado, assustando-se com as duas garotas no hall.

_Nem feche a porta, Harry. – Hermione disse. – Nós já vamos. – ela virou pra Gina e sorriu, dizendo: - Te explicamos quando voltarmos, eu juro. – saiu piscando para a amiga e seguindo Harry para fora do Largo Grimmauld. – Conseguiu o que eu pedi?

_O Veritaserum sim e a Amortentia também... Só a Felix que não consegui, o ministério só providencia ela com muita burocracia, não tive como pegar... Mas Mione, agora me explica o que você vai fazer...

_Não dá tempo, Harry! Me dá os frascos. – ela pegou os frascos de poção e colocou dentro da bolsa preta, o olhar atento. Encarou Harry e continuou. – Eu vou descobrir através do Robert o que aconteceu, Harry.

_Mas Mione, você acha realmente que ele vai contar?

_Com a Veritaserum ele vai contar, e com a Amortentia ele vai fazer o que eu pedir, inclusive me entregar alguns pensamentos, mas só se for extremamente necessário...

_Mas Mione, você não pode...

_Eu posso e eu vou, Harry! Primeiro eu vou pedir com jeitinho, mas se não adiantar eu vou fazer isso sim! Vamos, aparate comigo para a Dedosdemel.

_Dedosde...? – Harry tentou perguntar, mas não houve como. Hermione pegou a mão dele e aparatou sem dizer mais nada.

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_O que estamos fazendo aqui? O Robert não trabalha no St. Mungus?

_Harry, você por acaso acha que eu vou chegar no St. Mungus, tirar o frasco de poção do bolso e enfiar pela garganta do Robert assim, do nada? Eu tenho que ser convincente se quiser descobrir as coisas... Venha! – ela puxou o garoto para dentro da loja e comprou dois Bolos de Caldeirão (um de embalagem vermelha e um de embalagem verde) e também uma caixa de chocolates que explodiam de leve na boca. Pagou e saiu puxando Harry pela mão. O garoto parecia perdido.

_Harry, agora você vai me ajudar... Tome... – ela entregou o bolo de caldeirão embalado em papel vermelho para o amigo e o frasco de Veritaserum, e continuou – Agora pingue algumas poucas gotas da poção no bolo, enquanto eu faço isso com a Amortentia nos chocolates.

Os dois perderam alguns poucos minutos fazendo isso. Logo o bolo e a caixa de chocolates estavam como se nunca houvessem sido abertos. Hermione colocou-os na bolsa e disse:

_Agora, se você quiser, pode ir pra casa... Explique pra Gina sobre eu ter recuperado a memória e sobre o que eu vou fazer, eu não tive como explicar. Não quero que fale com o Ron; se eu descobrir alguma coisa eu mesma farei isso.

Harry a encarou carinhosamente.

_Você é muito corajosa, Mione.

_Foi isso que me fez Grifinória.

_Foi isso que fez você minha melhor amiga, minha irmã. – ele a abraçou e beijou o topo de sua cabeça. – Tenha cuidado, ele está em um hospital, mas você sabe que ele é brutal e que ele pode te machucar...

_Não, ele não pode Harry, porque no momento em que ele tentar ele vai receber um feitiço tão forte no meio da testa que não vai saber nem de onde veio. – ela sorriu e Harry também. – Bem, deseje-me sorte!

_Boa sorte! – ele sorriu e ambos aparataram, cada um com um destino diferente.

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Hermione olhava aflita a vitrine da velha loja em Londres onde o St. Mungus se escondia. Os manequins com perucas coloridas já não surpreendiam mais a garota, mas a sensação de talvez descobrir algo que poderia fazê-la mudar a forma como estava levando a vida a deixava daquele jeito. Entrou calmamente no hospital, focando no plano que tinha. Logo viu a recepcionista, e aproximou-se sorrindo.

_Boa noite, Estela! – disse. – Como vai?

_Muito bem. – disse a recepcionista, já conhecida da garota. – Veio se consultar, Hermione?

_Na verdade eu vim ver o Robert... – ela mostrou a caixa de chocolates e sorriu de canto. – Acho que vou reatar com ele.

A recepcionista fez uma careta de leve e disse grosseiramente que o Dr. Temtork provavelmente estava na sala dele. Hermione estranhou a reação de Estela, mas não tinha tempo para perguntar o que ela tinha. Encaminhou-se diretamente para a sala de Robert, parando antes de bater para respirar fundo. Tinha que ser forte e não podia ser descoberta. A oclumência agora iria ser fundamental e também ela precisaria ser uma boa atriz, mesmo sem saber se conseguiria. Bateu três vezes de leve na porta da sala e ouviu um “Entre” dito lá de dentro. Ela abriu a porta e colocou um pedaço da cabeça pra dentro da sala, sorrindo leve. Robert levantou na mesma hora sorrindo de lado a lado.

_Hermione? O que faz aqui? Entre, por favor. – disse de forma galante.

_Olá, Robert. – ela sorriu de novo e se aproximou dele, beijando-o na bochecha (e sentindo extremo nojo ao fazê-lo.) – Como está?

_Melhor agora. – ele riu de canto. – O que a traz aqui?

_Eu... – ela mordeu o lábio inferior. – Preciso falar com você, Robert.

_E qual o assunto?

_Hm... Eu... – Ela abriu a bolsa que levava consigo e tirou os dois bolos de caldeirão; um vermelho e um verde. – Vim trazer-lhe isso.

_Um bolo de caldeirão? – ele riu ironicamente. – E pra que eu iria querer um bolo de caldeirão?

_Bem... Eu... – ela estava ficando nervosa. Será que ele já sabia o que ela queria lá? Afastou a cadeira um pouco da mesa e cruzou as pernas, abanando-se com uma mão. – Está... Quente aqui... Não está? – e ela o encarou de novo com uma sobrancelha levantada.

Ela teve o efeito que esperava. Robert lançou um olhar para as pernas cruzadas e ficou encarando-as bobamente. “Homens.” - ela pensou. Ela levantou da cadeira, andando lentamente até Robert, tomando muito cuidado pra balançar bastante os quadris e os cabelos. Sentou na mesa dele e disse:

_Eu trouxe esses bolos como um tipo de símbolo de reconciliação, Robert. – ela falava isso bem perto do rosto dele, vendo o olhar dele direcionar-se para suas pernas, para o colo e parando nos lábios. – Acho que sinto sua falta.

Ele se aproximou para beijá-la, mas ela se afastou e desceu da mesa, pegando os doces que havia deixado do outro lado. Entregou o vermelho para ele e ficou com o verde. Abriu o pacotinho e mordeu o bolo da forma mais sensual que pôde imaginar. Robert também abriu o bolo e começou a comê-lo depois de afrouxar um pouco o nó da gravata que ficava por baixo do jaleco. Eles se encararam por alguns segundos até terminarem o doce, então ele disse:

_Então, Mione... – ele se levantou e foi até ela, sentando no braço da cadeira em que ela estava. – Acho que agora devemos começar de onde paramos antes de comermos esse bolo... – ele pegou o queixo da garota com uma mão e levou a outra até o seio dela. Ela se levantou, deixando ele cair na cadeira e postando-se atrás da mesma. Disse, tentando esconder a raiva:

_Antes tenho algumas perguntas, Robert... – sem ele ver, ela puxou a varinha e disse: - Incarcerous!

Cordas voaram da ponta da varinha da garota e prenderam Robert na cadeira. Antes que ele pudesse gritar ela disse: Abbafiato! e em seguida trancou a porta. Voltou até a cadeira onde Robert estava amarrado e sentou-se na mesa, de frente para ele.

_Muito bem, agora eu tenho algumas perguntinhas...

_Eu não vou responder a nenhuma delas! – ele disse; ela sorriu.

_Ah vai... Vai sim.

_Você... – ele a encarou surpreso. – Você não seria...

_Sim, eu seria capaz, Robert! Agora eu quero saber: foi você a razão por eu não ter me casado com o Ron?

Ela viu que ele tentou resistir enquanto ela fazia essa pergunta, mas assim que a pergunta foi finalizada o olhar dele se perdeu e ele respondeu em uma voz etérea:

_Sim.

Ela não sabia se ficava chocada, se ficava aliviada, se ficava com raiva. Decidiu por se controlar e continuar as perguntas.

_O que você fez para que eu não me casasse com o Ronald? – ela viu medo nos olhos dele, e então novamente o olhar perdido.

_Um voto. Um voto perpétuo.

Hermione se sentiu estarrecida. Ela levantou e deu um tapa na cara dele.

_E que voto foi esse? – ela perguntou com raiva. - Me conte os detalhes!

_Ele jurou não se casar com você e também jurou nunca contar a qualquer um sobre tal voto.

_Eu não entendo... Por que ele jurou isso pra você?

_Porque eu o ameacei.

_Você o que?

_O ameacei.

_Com o que?

_Eu tinha um capanga a postos para matar a sua mãe caso ele não o fizesse.

Hermione apontou a varinha para o coração de Robert, os olhos cheios de água e o coração na boca, cheio de raiva.

_Se eu não fosse uma pessoa correta Temtork, pode ter certeza que eu o enfeitiçaria aqui e agora! – ela lançou, os olhos flamejando. - O que aconteceu no dia do meu casamento? Vamos, conte tudo!

_ Eu cheguei a festa com tudo planejado. Estávamos eu e mais dois ajudantes meus lá. Um deles ficou encarregado de ficar perto da sua mãe não importasse onde ela fosse. – ele continuou no tom monótono. – O outro foi comigo até o quarto do Weasley. Nós entramos e tiramos a varinha dele. Ele ficou assustado no começo, mas é cético aquele Weasley. Ele simplesmente disse “Temtork” e se virou. Eu fiz com que ele me escutasse, ah, fiz! Disse tudo: que se ele casasse com você eu enfeitiçaria a sua mãe com a maldição da morte e que seria extremamente triste para a nova Sra. Weasley perder a mãe no dia do casamento e por culpa do noivo. Ele tentou resistir, mas eu mostrei meu capanga que estava a postos. Ele disse que faria o voto desde que eu não machucasse ninguém e te deixasse em paz. Ele não tinha saída. Fizemos o voto com o meu outro capanga de intermediador.

_O que mais?

_O Weasley me pediu pra que eu não a machucasse e nem a magoasse. Disse que você era a coisa mais importante na vida dele, o único bem realmente precioso que ele possuía. Disse que ele sabia coisas de você que ninguém sabia.

_E então...? O que mais ele disse?

_Disse que eu nunca a amaria como ele a amava e que eu nunca a conheceria como ele conhecia. Disse que você tinha seis sorrisos.

_Como assim ele disse? Você disse isso pra mim quando... – ela ficou boquiaberta. Robert a conhecer tanto havia sido um dos maiores motivos pra que ela tivesse dado chance pra ele se aproximar dela e, no entanto, sempre havia sido Ron.

_Eu copiei o que ele havia dito. Ele disse sobre seus seis sorrisos, disse que você era o guia dele e que eu nunca poderia ser feliz com um amor de outra pessoa. Disse que o amor de vocês era como as estrelas, só que mais infinito porque ele nunca acabaria.

Hermione sentiu os olhos quentes de lágrimas. Havia sido Ron! Sempre havia sido Ron! Ela precisava ir atrás dele. Levantou-se da mesa e secou as lágrimas. Robert havia recuperado o olhar normal e a encarava assustado.

_Hermione, não... Não me ode...

_Há mais alguma mentira sua que eu deva saber de quando fomos casados?

_Sim. – ele disse novamente com a voz monótona. – Eu te traia com a Estela.

Hermione riu secamente.

_Mais alguma coisa?

_Não. – ele respondeu.

A garota apontou a varinha para ele e soltou as cordas. Ele se levantou e ajoelhou-se aos pés dela, segurando-a pela canela, pedindo perdão.

_Robert, além de hipócrita e desgraçado, não faça o papel de ridículo. Presta atenção em uma coisa – ela disse – Eu já disse isso uma vez, e vou dizer só mais uma: se você chegar perto de alguém próximo a mim mais uma vez, eu vou te transformar em algo indistinguível, você entendeu? E eu não me importo de ir para Azkaban por isso. – e dizendo isso ela saiu.

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N.A:

heeeeey, pessoas!
Capítulo XV on! =]

Espero q vcs tenham gostado dele, não estou certa sobre isso ainda ^^"

Entao gente... na comunidade FFRHr falaram q a Mione ficou mto boazinha nesse cap.

Sim, ela ficou, mas é pq tem alguma coisa q ela sabe e q eles nao perceberam, ok? xD

No próx. cap isso vai ser esclarecido.

=D

Beeeijos e até o próximo! (e último ><)

;* Lau

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