John Montesqui
Alvo acordou bem cedo no dia seguinte, o sol ainda estava nascendo por detrás dos morros que ficam envolta do castelo. Ele estava muito ansioso por seu 1º dia de aula mágica. Sempre ouvira com inveja os comentários que seu irmão fazia sobre Hogwarts nas férias, e sabia que sua irmã compartilhava com seu ciúme, e ainda compartilha, pois ela só vira para Hogwarts em dois anos, mas enquanto não chega a hora, ela estuda em casa para aprender a escrever e ler.
Alvo pegou seu malão e começou a revira-lo em busca de suas meias e vestes. Quando achou tudo e colocou cada peça, afastou o cortinado de sua cama e foi em direção ao criado-mudo para pegar um copo de água, que ficava ao lado da janela. Quando olhou pela janela viu o sol nascendo e os passarinhos voando, saindo e entrando no meio da floresta proibida, mas algo chamou a atenção dele. Um garoto, coberto com capa e capuz pretos saíra correndo da floresta naquele estante e foi em direção as portas do sagão de entrada, olhando furtivamente para os lados para ver se Hagrid, o guarda –caça, não o pegava na corrida, bem rapidamente ele saiu do campo de visão de Alvo, mas ele não saiu da janela por uns 5 minutos, vendo se aquele garoto ou voltava, ou se sairia mais pessoas da floresta.
Será que era um professor? Ou um aluno? Mas o que qualquer um dos dois estariam fazendo a essa hora na Floresta Proibida? Se fosse um aluno devia estar fazendo algo ilegal, já que a floresta é proibida a todos os estudantes. Seu pai já lhe contará muitas hístorias sobre a Floresta Proibida e seus habitantes, inclusive a história de uma acromantula chamada Aragogue e seus filhotes.
Passados dez minutos, Alvo escutou um barulho a suas costas e viu que Tom estava sentado em sua cama, com os cabelos embaraçados e olhando diretamente para ele:
– Tudo bem, Alvo?
– Ah, o que?... Ah sim, tá tudo bem, só vim pegar um pouco de água.
Passados mais ou menos meia hora, em que Alvo voltou para sua cama, ele levantou novamente, já vestido e desceu com Tom para irem tomar cafá da manhã. Ao pé da escada estava Rose, já esperando por ele:
– Bom dia
– Bom dia
– Vamos logo – Disse Tom passando a mãe sobre a barriga – To morto de fome.
– É vamos, preciso contar uma coisa a vocês.
Mas antes que dessem 1 passo, Bellatriz desceu a escada do dormitório das menina e passou por ele dizendo “Bom dia” e dando uim sorriso, agora ela usava uma tiara cor de rosa junto com brincos da mesma cor. Alvo não tinha visto ela ser selecionada, por isso ficou surpreso de ve-la na Grifinoria, no momento de sua seleção ele devia estar distraído.
Juntos eles atravessaram o buraco do retrato da mulher gorda e seguiram para tentar achar o caminho correto que levava para o salão principal. No meio do caminho, Alvo contou aos dois sobre a pessoa que ele vira saindo da floresta proibida, ainda de madrugada, mas antes que terminasse, Rose o interrompeu:
– Você também viu, então? Achei que só eu estava acordada aquela hora.
– Quem que você acha que era? Funcionário ou estudante? – Perguntou Alvo
– Não sei – Respondeu ela franzindo a testa – De longe não deu pra ver direito, mas parecia ser um pouco baixo pra ser um funcionário, como o Filch ou outra pessoa.
– Bom, quem era eu não sei, mas devia estar fazendo alguma coisa proibida, ou não sairia para ir lá altas horas da manhã.
– Concordo – Falou Tom pela 1º vez – E outra, se tivesse algo a ver com as terras, ou algum bicho que tivesse morrido ou sei lá, quem deveria ver isso é o guarda-caça, não é? Aquele gigante...
– Hagrid – Disse Rose acenando afirmamente com a cabeça.
– Seja o que for, não vamos descobrir, então acho melhor tirar isso da cabeça... Andem, temos que achar o caminho pro Salão Principal.
Encontrar o caminho para o salão Principal foi um pouco mais difícil do que eles imaginaram, demoraram tanto, que na hora que finalmente acharam, a profº Zelda estava passado pela mesa distribuindo os horários, quando sentaram e começaram a comer, a Prof passou por eles e estregou o horário do 1º ano para cada um:
– Dupla de poções? Logo no 1º dia? Que horror... – Exclamou Alvo.
Tom concordou.
– Mas vocês nem conhecem a matéria, muito menos o professor.
– É, mas mesmo assim... Nunca gostei de poções, e outra... – Disse Tom, mas o que ele iria dizer eles nunca souberam, pois naquele momento escutaram um alvoroçar de asas, e quando olharam pra cima viram centenas de corujas descendo em direção as mesas, soltandos pacotes em cima do estudantes, Alvo ficou olhando para ver se sua coruja ou a da familia vinha lhe entregar algo, e a viu, mas ela não parou nele, mas continuou e deixou cair uma carta vermelha em cima do colo de seu irmão: um berrador.
Alvo ficou curioso pra saber o que seu irmão havia feito em tão pouco tempo, que causaria uma entrega de berrador vindo de casa para ele logo na primeira manhã.
Mas antes da carta começar a gritar, Thiago apontou a varinha para ela e disse: Lacrarum Inflamarus, a carta pegou fogo na hora, em segundos havia apenas cinzas sobre a mesa.
Alvo levantou e foi até ele:
– O que você fez dessa vez?
– Eu não fiz nada – Disse Tiago com um olhar super cínico – A carta veio por engano.
– Ah, claro... A coruja veio entregar um berrador da mamãe e do papai para outra pessoa, e ela se enganou e entregou acidentalmente bem pra você...
– É – Respondeu ele
– Olha aqui....
– Não, olha aqui você – Disse Tiago apontando o dedo para o rosto de Alvo – Você não é minha mãe, nem meu pai pra me mandar e ficar me vigiando. Não é só porque você ta aqui na escola que acha que vai me mandar.
Dizendo isso, pegou sua mochila e saiu andando pelo salão.
Quando voltou para seu lugar ao lado de Tom e Rose, ela lhe olhou com um cara seria:
– Você não devia ter feito isso.
– Por que?
– Deixa ele cuida da vida dele.
– Você não entende porque eu fui lá?
– Não.
– Eu acho que foi ele que nós vimos saindo da floresta hoje.
Tom e Rose olharam pra ele incrédulos e sem entender o porque da acusação.
– Não sei por que... – Falou Rose se servindo de salsichas.
– Pense. Ele saiu na calada da noite pra fazer alguma coisa na floresta, quando voltou foi pego, aí mandaram algum aviso para o papai e para mamãe, aí ele lhe mandaram um berrador agora.
– Peraí – Interrompeu Tom – Não acha que foi tudo muito rápido? Até o Filch avisar seu pais, até eles mandarem o berrador, e até ele chegar aqui... Sei lá, mas deve demorar um pouquinho, né?
– Não sei... Mas o aviso pode ter sido dado por outro jeito. Não necessariamente por correio-coruja. E que outro motivo papai e mamãe teriam para lhe mandar um berrador logo no...
– Chega – Falou Rose levantando do seu lugar e pegando sua mochila. – Vamos, temos aula de poções agora, temos que chegar nas masmorras.
– Mas...
– Chega. E para de correr com um babador atrás do seu irmão. Ele é maior que você, e quem devia ta fazendo isso...
Contrariado, Alvo se levantou do lugar e foi com eles em direção aquela escada ao lado esquerdo do saguão de entrada rumo as masmorras.
Após alguns minutos andando, finalmente acharam a porta que dava para a aula de poções. Na porta havia um letreiro que dizia: POÇÕES, e embaixo: Profº Horácio Slughorn. Já havia um pequena fila de alunos em frente a porta, e logo depois o sinal tocou indicando o inicio das primeiras aulas.
A porta se abriu de repente e um bruxo um pouco gordo e careca apareceu diante deles, sorrindo e sinalizando para entrarem e tomarem seus lugares. Ele usava vestes cor de vinho e tinha um bigode preto.
Alvo, Rose e Tom sentaram mais ou menos no meio da sala, em um mesa que dispunha de lugares para cinco pessoas, junto deles ficou um garoto da Grifinoria, que Alvo não conhecia, mas sabia que se chamava Éder e Bellatriz, a garota que haviam conhecido no barco a caminho de Hogwarts.
Quando todos os alunos sentaram, e Slughorn fizera a chamada, ele foi para a frente da sala e começou a andar contornando as mesas:
– Olá, sou o professor Horácio Slughorn. E com já devem saber, professor de Poções – Ele disse isso com um tom calmo e com um sorrisinho no rosto – A arte do preparo de poções, é uma coisa essencial a todos os bruxos e bruxas, ela pode servir para se curar doenças, enfeitiçar pessoas e até envenenar, mas é claro que vocês não irão aprender isso comigo – E deu uma longa risada, os três se entreolharam.
– No dicionário Trouxa – Continuou ele – Poção significa: "Produto farmacêutico que contém medicamento dissolvido ou em suspensão, administrado por via oral." Para nós, o conceito do que é uma Poção não é muito diferente, apesar de que nossas poções têm mais funções que a deles, e sem contar também que poção é uma combinação de ingredientes mágicos, depois de um tempo de cozimento. Alguns ingredientes básicos no preparo de poções são: Asfodelo, Losna, Acônitos, Essencia de Belladona, Urtigas secas, etc.
– Espero que vocês aproveitem e gostem da minha aula. – Novamente ele deu um sorriso aos alunos, e depois se virou para o quadro e apontou a varinha – Hoje nós iremos preparar um poção muito fácil, a poção para a cura de pequenos resfriados, como nós temos dois tempos hoje, poderemos termina-la. As intruções e os ingredientes estão no quadro – Dizendo isso, apareceram no quadro diversas frases de instruções e uma lista com os ingredientes para a poção – Qualquer dúvida não exitem em me chamar. Podem começar.
Depois disso, os alunos acenderam seus caldeirões, e começaram a praparar a poção. Após duas horas, somente Rose havia conseguido com que sua poção chegasse ao exato tom descrito na lousa, assim o Professor passou por todas as mesas, cheirando e olhando as poções de cada um, e deu parabéns a todos no fim da aula por sua tentativa, e deu 10 pontos para grifinória, por Rose ter conseguido fazer a poção corretamente. Alguns minutos depois, o sinal tocou sinalizando a última aula antes do almoço. Juntos eles arrumaram seus materiais e saíram.
A aula de História da Magia deu sono, O Profº Binns, um fantasma, falou 1 hora sobre as mais famosas e horrendas guerras que a bruxidade já havia presenciado, ninguém na aula estava prestando a mínima atenção nele ou no que ele dizia, e ele parecia não perceber, porque ficava flutuando alguns centimentros acima do chão, lendo seu livro, sem nem sequer olhar para a classe.
Logo depois ele voltaram ao salão principal para almoçar, depois ficaram um tempo passeando pelos jardins da escola antes de rumarem para as aulas da tarde.
A aula de Estudo dos trouxas fora bem leve, a Profº Zelda falou durante alguns minutos sobre seu método de ensino, e depois começou a explicar algumas coisas sobre a vida e alguns dos meios de transporte do trouxas, muitos alunos ficaram impressionados com o modo que os trouxas arranjavam para se locomover de um lugar a outro, sem usar nem vassouras nem aparatação.
Depois da aula, os alunos se acumularam sobre a porta que dava para a sala de Defesa Contra as artes das Trevas, aula que todos ansiavam demais, depois de alguns minutos, o Profº Montesqui veio em direção a eles e destrancou a porta com um aceno da varinha e mandou-os entrar.
A sala continha vários objetos, gaiolas, e coisas estranhas que alvo não conhecia, havia varias mesas com ocupação para 2 pessoas, Alvo e Tom pegaram uma bem na frente da sala, e atrás deles, Rose se sentou com Bellatriz.
Todos pegaram seu exemplar de “As Forças das trevas: um guia para sua auto-proteção”, e ficaram esperando o professor entrar na sala, quando ele colocou seus matérias sobre a mesa e fez a chamada virou-se para ele e os comprimentou:
– Olá, sou o Prof John Montesqui – Ele tinha um ar bem sereno e passava tranqüilidade a todos – Espero ensinar a vocês tudo sobre o combate das artes das trevas, feitiços de auto defesa, feitiços ofensivos, animais das trevas, etc.
– Hoje já entraremos na prática de feitiços, não gosto muito da teoria, sei que ela é de suma importância, mas prefiro a pratica. Agora vocês aprenderam um feitiço bem simples, o de desarmar – Quando ele disse isso Alvo riu, aquele era o feitiço preferido de seu pai – Peço que se levantem para eu poder afastar as mesas.
Com um aceno da varinha as mesas desapareceram, no meio da sala ficou um enorme espaço para poderem treinar os feitiços.
O Professor foi até o meio da sala e chamou um aluno da Corvinal para ajuda-lo na demonstração, Quando Betto ficou de frente para ele com a vainha em punho e com uma cara de assutado o professor disse:
– O feitiço para desarmar é muito útil e bem fácil de fazer. Você apenas precisa apontar a varinha para o oponente e dizer a forma cabalastica: Expelliarmus – Assim ele apontou a varinha para Betto, dela saiu um raio verde que atingiu a mão de Betto, a varinha dele voou pelos ares.
Todos ficaram impresionados e ansiosos para tentar, assim eles se dividiram em pares para praticar. Passados dez minutos, nenhuma dupla conseguiu desarmar seu oponente, o Professor continuava a passar pela sala para corrigir os alunos, mas mesmo assim ninguém conseguiu, após algum tempo ouviram um pequeno grito, viraram a tempo de ver Rose se recuperar de uma desequilibrada, parecia que o feitiço que sua parceira, Bella, havia sido tão forte que além de jogar a varinha de Rose longe, quase jogou Rose junto.
– Ótimo, ótimo – Exclamou o professor dando tapinhas nas costas de Bella – Parabéns, 10 pontos para Grifinoria, só que tente da próxima vez fazer com menos vontade – Ela meramente sorriu.
Perto do fim da aula, quase todos os alunos conseguiram desarmar seus adversários, verdade que muitos apenas tinham feito a varinha de seu amigo dar um pulo da mão, outro apenas fazer a varinha se mexer, mas enfim, essa era apenas a 1º aula.
O Professor deu 10 pontos para cada pessoa que fez o feitiço corretamente, no exato momento que o sinal bateu encerrando as aulas do dia. O Professor pegou seu material e saiu antes que muitos alunos, mas antes de fechar a porta completamente seu olhar encontrou o olhar de Alvo e ele lhe deu uma piscadinha.
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