Oportunidade



I'm sorry
(eu sinto muito)
I did not mean to hurt my little girl
(Eu não quis machucar minha pequena garota)
It's beyond me
(está além de mim)
I cannot carry the weight of the heavy world
(eu não consigo carregar o peso do mundo)
So goodnight
(então boa noite)
Hope that things work out all right
(espero que as coisas acabem bem)

(goodnight, goodnight - maroon 5)


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Capítulo 7 – Oportunidade

7. Há coisas que nenhum livro poderá te ensinar. Mas como nós somos legais e sabemos de suas limitações, vamos explicar nesse capítulo o que se deve fazer em relação a isso. A adivinhação é uma arte destinada a poucos e os grandes acontecimentos da vida se dão, em geral, quando menos se espera. Portanto, tenha algo em mente: aproveite as oportunidades. Não aja como se esse livro fosse um roteiro a seguir, cujas instruções definissem quem você é. Não deixe passar batido momentos, situações ou oportunidades inusitadas e inesperadas. Elas podem ser a chave para aquilo com que você sempre sonhou.

Ron não sabia dizer exatamente o que sentia quando se deitou no colchão pouco confortável e se enrolou no cobertor fino esparramado por sua cama. Tinha frio, essa era uma certeza. Várias partes de seu corpo também doíam, nas quais Hermione havia batido com excessiva força. Ele ainda podia identificar dentro de si uma leve onda de nostalgia – ainda que não tão forte quanto nos dias em que estivera em Shell Cottage -, uma saudade interna do tempo em que podia conversar com Hermione sobre gatos, ratos e livros que ele não havia lido.

Ainda havia uma barreira invisível entre ele e a garota, a qual ia bem mais além do que qualquer Feitiço Protetor lançado por Harry. Ele sabia que não desapareceria tão facilmente. Sabia que aquela parede estava lá por sua própria culpa e que só o que ele podia fazer era batalhar com todas as suas forças para destruí-la. Sabia que não seria fácil.

Ainda assim, não conseguia impedir seus lábios de formarem um sorriso toda vez que ouvia a respiração de Hermione tão próxima.

Ron não sabia exatamente o que estava sentindo naquele momento. Tinha certeza de apenas uma coisa: sentia a presença dela. E isso era razão suficiente para que ele continuasse a se deitar na cama dura, fria e desconfortável. Com um sorriso no rosto.

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A neve estava gelada, mas seu corpo já estava tremendo antes mesmo que seus joelhos afundassem no chão. O coração de Ron batia tão fortemente que lhe parecia violento demais para uma necessidade biológica. Era como se cada batida tentasse nocauteá-lo. A dor em suas costelas se espalhou pelo resto de seu corpo, encontrou a fraqueza que o fazia tremer dos pés a cabeça e culminou em um conjunto de lágrimas que escorreram pelos cantos de seus olhos.

Suas mãos foram até seu rosto, instintivamente. A Horcrux estava destruída, o fantasma de Riddle havia desaparecido, mas ainda assim Ron tentava se proteger das visões que pareciam ter permanecido no medalhão quebrado. Fechou os olhos e apertou as mãos em seu rosto ao perceber que ainda ali as imagens o perseguiam. A voz de Hermione, sarcástica e cruel, proferindo as palavras que ele sempre temera ouvir ecoava dolorosamente em seus ouvidos. A visão de seus lábios se encontrando com um Harry igualmente diabólico parecia estar estampada em suas pálpebras.

Uma mão encostou em seu ombro, e o calor dos dedos de Harry fizeram com que as batidas em seu peito diminuíssem um pouco a velocidade. A verdadeira voz do amigo chegou aos seus ouvidos como um resgate à realidade:

- Depois que você foi embora ela chorou por uma semana. Provavelmente mais, só que ela não queria que eu visse. Houve muitas noites em que nós nem nos falamos. Com você longe…

Longe. Enfim ele sabia o que havia acontecido e, apesar da intenção de Harry, o ruivo não conseguiu se sentir melhor com a descoberta. Houve uma melancolia desastrosa na maneira com que as palavras foram recebidas por Ron. Visões do seu pesadelo com Hermione chorando na chuva voltaram a sua mente, agora em meio às imagens da garota e seu melhor amigo entrelaçados em um beijo fantasmagórico.

- Ela é como uma irmã para mim – Harry continuou, com a voz baixa. – Eu a amo como uma irmã e eu acho que ela se sente do mesmo jeito em relação a mim. Sempre foi assim. Eu pensei que você soubesse.

Uma batalha dúbia entre a razão e a emoção de Ron era travada dentro dele. Por um ínfimo segundo se viu a desejar que Harry tivesse sido capaz de proteger Hermione da ausência dele. A imagem das lágrimas dela interrompidas por um flash de luz verde machucava seu peito e quase substituía o calor que lhe dera forças para atirar a espada de Gryffindor contra a Horcrux.

Houve um único segundo em que ele considerou desistir, seguir os conselhos malditos da voz cruel que saíra da Horcrux. Ele limpou os olhos na manga da camisa, quase mecanicamente, e Harry se afastou em direção ao lago onde encontrou a espada. Ron mirou a pedra em que o medalhão havia sido destruído e tudo voltou até ele, num redemoinho de lembranças velozes.

A Horcrux apertando seu peito. As palavras cruéis que ele próprio havia proferido. A chuva encharcando seu corpo enquanto ele se afastava da barraca. E, por fim, a voz de Hermione chamando seu nome.

O apelo em sua voz trazia junto angústia, tristeza e, acima de tudo, força. Uma certeza determinada de que ele jamais deveria sair de perto dela.

Ron também teve certeza. E se ela tivesse derramado lágrimas por causa dele, era seu dever enxugá-las.

Harry havia voltado, trazendo a mochila de Ron nas costas. Havia algo naquele gesto simples que aqueceu o peito do ruivo. Ele sabia que só havia uma maneira de começar o seu regresso.

- Me desculpe – as palavras saíram da boca de Ron como se finalmente se libertassem de uma prisão. – Eu sinto muito por ter ido embora. Eu sei que fui um…

A palavra exata o escapava, se é que existia algo forte o suficiente para descrever a sensação de culpa e arrependimento que o dominava.

- Você meio que compensou hoje – Harry não esperou que ele continuasse. – Pegando a espada. Destruindo a Horcrux. Salvando a minha vida.

- Isso me faz parecer bem mais legal do que eu fui.

- Esse tipo de coisa sempre soa mais legal. Eu venho tentando te dizer isso há anos.

Ron deu um passo até o amigo, que o encontrou com um abraço. Repleto de arrependimento e culpa, mas aquecido por compreensão e – Ron ousou achar, enquanto recebia um aperto no ombro – perdão.

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Hermione sempre se surpreendera com a capacidade que a simples visão dele tinha de afetá-la. Fosse para alegrá-la, tranqüilizá-la, irritá-la ou fazê-la sofrer, um turbilhão de emoções era o que sempre a acometia ao avistar Ron. No momento em que ela o viu de volta à barraca, ela sentiu-se tomada por uma poderosa combinação de todas as opções anteriores.

Uma parte dela sempre soube que Ron voltaria. Mas durante todo aquele tempo Hermione se forçou a substituir a esperança pela certeza dura e fria de que ele a havia deixado. Ela sempre teve a habilidade de jamais deixar que expectativas a cegassem.

A voz de Harry a chamou várias vezes até que ela acordasse de um sono tumultuado e cansado, que estava prestes a se tornar ainda mais turbulento. A simples visão de Ron entrando pela barraca - a postura arqueada e hesitante, os olhos vermelhos – a atingiu da forma mais forte que ela imaginava ser possível. Teve que controlar vários impulsos: correr até ele, abraçá-lo, beijá-lo, ignorá-lo, espancá-lo. Hermione sempre foi boa em controlar suas emoções. Mas as últimas semanas de angústia e sofrimento haviam esgotado todas as suas forças. Ela deixou seus sentimentos guiarem seu corpo – e foi a última opção que decidiu utilizar.

- Seu – otário – completo – Ronald – Weasley!

Ela ignorou completamente os apelos dele sob seus tapas. Suas mão se moviam por impulso, sem dar espaço para qualquer tipo de racionalização. Ele sempre tivera esse efeito nela: Ron Weasley era uma das poucas coisas que a faziam ignorar a lógica. Não havia lógica em gostar tanto dele, não havia lógica em se importar tanto com ele.

E definitivamente não havia lógica em sair do controle e deixar toda a raiva acumulada em dias dominar cada centímetro de seu corpo. Mas ela preferiu, novamente, não pensar no assunto. Precisava ao menos tentar fazê-lo entender o que ela enfrentara – o quanto ela havia se machucado. Ainda que a dor física não fosse o equivalente ideal, pareceu a solução mais apropriada no momento.

Um feitiço de Harry a atirou para trás e formou uma barreira invisível entre ela e Ron. De novo. A lembrança daquele dia doloroso a deixou ainda mais irritada.

- Eu corri até você! Eu te chamei! Eu te implorei para voltar!

- Eu sei. Hermione, eu sinto muito, eu realmente-

- Ah, você sente muito!

A voz dele a afetava da mesma maneira – como se não houvesse nada no mundo tão poderoso. Mas suas palavras não conseguiam penetrar o suficiente para alcançar sua razão. Sentir muito jamais compensaria tudo o que ela havia passado. Sentir muito era exatamente o que ela fizera durante todo o tempo sozinha: sentiu muito por não ter conversado mais com ele, por não tê-lo impedido de pendurar o medalhão ao redor do pescoço, por não ter percebido antes o mal que o objeto causava.

Sentir muito não era suficiente para que ela esquecesse o que acontecera. Não poderia apagar as marcas da ausência dele, suas culpas e arrependimentos. Nada o faria.

Hermione riu. De uma maneira que ela própria não identificou, mas que lhe parecia inteiramente apropriada à situação. Ron não podia mesmo achar que ela se esqueceria de tudo e o aceitaria de volta?

- Você volta depois de semanas – semanas – e você acha que tudo vai ficar bem se você simplesmente pedir desculpas?

- Bem, o que mais eu posso dizer?

Ele havia gritado de volta. Estava reagindo, e ela o agradeceu parcialmente por isso; era como um eco dos tempos em que seus maiores problemas eram escolher o par para o Baile de Inverno. Havia algo de reconfortante nisso, apesar de não estar próximo do suficiente.

Hermione não sabia o que ele poderia dizer. Ela não sabia se havia algo capaz de mudar o passado. Mas ela desejava que ele não a tratasse como uma amiga qualquer com quem havia combinado algo e não tivesse aparecido na hora.

Como se ela não significasse mais para ele, como se ele não lhe tivesse prometido estar sempre por perto. Ela desejava que ele finalmente dissesse o que ela sempre quis ouvir…

- Ah, eu não sei! Vasculhe seu cérebro, Ron, deve demorar apenas alguns segundos…

- Hermione – era Harry que a interrompia agora, quem parecia estar numa comprometida missão de intermédio. – Ele acabou de salvar minha…

- Não me interessa! Não me interessa o que ele fez! Semanas e semanas, nós podíamos estar mortos, pelo que ele sabia…

Hermione realmente não se importava. Não se importava com o que Ron havia feito, com qualquer amostra de coragem que ele tivesse dado. Ela sempre se admirava e, principalmente, o admirava por seus feitos, mas ela não podia se importar menos com eles no momento. Só o que martelava em sua cabeça e a assombrava por todos os poros de seu corpo era o fato de ele tê-la deixado.

Ron começou a explicar o que havia acontecido após desaparatar e como havia se desvencilhado de uma gangue de Snatchers. Hermione evitou seus olhos, abraçou as pernas com os braços e fez força para não demonstrar preocupação. Sua raiva começava a dar lugar, ainda que em pequenas partes, à dor por machucá-lo, mas ela continuou a adotar o tom sarcástico e cruel quando se dirigiu a ele, contando os acontecimentos de Godric’s Hollow.

Os olhos azuis de Ron se arregalaram em preocupação ao ouvir a história, mas ela não se abalou.

- Mas tem uma coisa que eu gostaria de saber, no entanto – ela demandou, sem encará-lo. – Como exatamente você nos achou hoje? Isso é importante. Quando soubermos, vamos poder garantir que nenhuma outra visita indesejada apareça.

O tom seco raspou por sua garganta, deixando um resquício de dor. Ela pôde sentir os olhos dele sobre ela, mas forçou-se a não encará-lo. Houve um momento em que Ron pareceu analisá-la atentamente, e então ele tirou do bolso o Deluminador que Dumbledore lhe havia deixado.

Ela até se esqueceu de carregar sua voz com o mesmo sarcasmo maldoso quando indagou, confusa, se estava vendo corretamente.

- Ele não só acende e apaga luzes. Eu não sei como funciona ou porque não funcionou antes, porque eu estive querendo voltar desde que fui embora. Mas eu estava ouvindo o rádio bem cedo na manhã de Natal e eu ouvi… eu ouvi você.

Ela pôde sentir o olhar dele novamente sobre ela, e tomou o cuidado de mirá-lo sem encontrar seus olhos azuis.

- Você me ouviu no rádio?

- Não, eu te ouvi saindo do meu bolso – ele levantou o Deluminador. - Sua voz saiu disso.

- E o que eu disse exatamente? – Hermione perguntou, tentando dividir seu tom entre a curiosidade que necessitava saciar e o desejo de não se deixar balançar.

- Meu nome. “Ron.” E você disse… algo sobre uma varinha…

Por um segundo ela esqueceu qualquer decisão de atacá-lo, e foi nesse exato instante que os orbes claros de Ron encontraram seus olhos castanhos. Ela abriu os lábios levemente e sentiu seu rosto corar com força. Nos momentos em que os dois se encararam ela pôde ver em seus olhos azuis um resquício daqueles momentos inocentes e despreocupados de anos atrás. Mas eles estavam encobertos por medo e dor.

Ron se pôs a contar como havia chegado ali, sendo interrogado por Harry a todo momento. Hermione não pôde impedir sua mente de relembrar a manhã de Natal: lágrimas haviam escorrido de seu rosto quando sua voz disse o nome dele. A certeza de que era inútil chamar por ele a havia golpeado violentamente pelo resto do dia.

Ele havia atendido seu chamado. Ela só não sabia se havia sido tarde demais.

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Deitada em sua cama, Hermione ainda tinha dificuldades em assimilar todos os acontecimentos de algumas horas atrás. Era muito a entender: a presença de Ron, seu rosto, sua voz, seu cheiro ou o barulho de sua respiração compassada na cama a alguns metros de distância. Uma novidade que ao mesmo tempo resgatava tantas memórias antigas.

O acesso de raiva havia culminado em uma calmaria tensa que deixou o travesseiro de Hermione encharcado de lágrimas. Silenciosamente se deixou chorar todo o misto de sentimentos contraditórios que tomou conta dela no momento em que vira Ron entrar na barraca.

O cansaço forçava suas pálpebras ao encontro de sonhos atordoantes que sempre terminavam em sustos despertos. Toda vez que acordava, sentia seu corpo se mexer quase que instintivamente. Apoiava-se no travesseiro e mirava, através da cabeceira de madeira, a cama onde um amontoado de cabelos vermelhos aparecia no meio do cobertor fino.

Confirmar que Ron estava ali era o mais fácil dos males, apesar de seu coração estar sempre aos pulos pela possibilidade de não encontrá-lo. Então ela pensava em como ele havia voltado. Ainda que seus pesadelos envolvessem, em sua maioria, a noite de chuva torrencial em que ela correra até Ron para vê-lo desaparecer subitamente, ela conseguia esquecer disso por alguns instantes e lembrar apenas em como era ouvir novamente sua voz.

Hermione acordou de mais um período de sono perturbado, sem saber há quanto tempo estava deitada na cama fria. Ainda que não lembrasse exatamente com que havia sonhado, sabia que o que a havia despertado também era o responsável pelas lágrimas que insistiram em se amontoar no canto de seus olhos. Respirou fundo, prestes a se virar para se certificar que os cabelos laranjas ainda estavam por perto, quando sentiu que algo perto de si se movimentava.

Ela não se mexeu, a primeiro momento, apenas apertou os olhos com mais força, para que as lágrimas não escorressem. Ela sentia que suas bochechas ainda estavam molhadas – com certeza não havia dormido muito desde que o último susto a havia despertado.

Foi quando sentiu que algo tocou seu rosto. O primeiro reflexo de Hermione foi levantar-se num pulo, mas um susto inicial foi rapidamente contido pelo sussurro conhecido que se seguiu.

- Eu sinto muito, Hermione.

Ela finalmente reconheceu o toque morno dos dedos que acariciavam sua bochecha levemente. Ela ignorou a aceleração das batidas em seu peito e manteve-se imóvel, de olhos fechados.

- Eu realmente sinto muito.

A voz de Ron era um murmúrio fraco. Estava rouca e baixa, mas emanava algo que ela jamais havia identificado em seu tom. Um tipo de sofrimento contido, carregado de raiva e arrependimento, unidos pela mais pura tristeza. Exatamente o que ela sentia desde que o vira reaparecer.

Ela sentiu o toque tremido de Ron acariciar suas bochechas, secando as lágrimas de algum tempo atrás. Hermione fez força para não deixar que novas escorressem de seus olhos.

- Eu…

O murmúrio rouco de Ron foi interrompido por um discreto soluço, e seus dedos tremeram com mais intensidade. Num movimento repentino, seu toque desapareceu, deixando apenas um resquício do calor em seu rosto agora seco.

Hermione continuou a fingir que dormia – não achou forças dentro de si para qualquer outro tipo de ação. Por alguns segundos ela ainda sentiu a presença de Ron ao seu lado até que, após sentir um afago leve em seus cabelos, ela ouviu seus passos se afastarem de volta à cama.

Ela ainda esperou algum tempo para se movimentar. Apoiou-se, novamente, no travesseiro para enxergar a cama de Ron. Seu rosto cheio de sardas descansava nas sombras, emoldurado pelos cabelos vivos.

Ela percebeu apenas quando deixou que o sono dominasse seus olhos e a obrigasse a deitar-se novamente encarando o teto da barraca, mas seu rosto continuou seco até o momento em que ela se entregou a um sono cansado, porém sem pesadelos.


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N/A: mil obrigados pelos comentários! Fico lufa ao extremo toda vez que leio um novo. ;]

Cenas do próximo capítulo: "Hermione gritou de dor, e quando a voz sumiu de sua garganta, sem fôlego, ela pôde distinguir perfeitamente seu nome através do silêncio."

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