Que Natal é esse hein??



Cap 7 – QUE NATAL É ESSE HEIN??

Rose abriu os olhos com dificuldade. A semana de provas sempre a deixava muito cansada, e quando finalmente podia relaxar, dormia como uma pedra. Assim que seus olhos se acostumaram com a claridade que adentrava pelas janelas, viu o dormitório vazio. Todas as suas colegas de quarto já deviam estar a meio caminho de suas casas naquele momento.

Sentiu um pequeno aperto no coração, só em pensar que não veria seus pais já a deixava para baixo. E pior, não teria a companhia de Mary e Alana para amenizar a frustração de ter que passar o Natal em Hogwarts.

Ela se levantou vagarosamente, se espreguiçou e pulou da cama para no instante seguinte descobrir que não deveria se espreguiçar de olhos fechados e sair andando desse jeito por aí no Dia de Natal, para o caso de haver, no pé de sua cama, uma pilha enorme de presentes natalinos enviado por sua normalmente grande família.

Rose se recompôs do tropeção que a jogou no meio dos embrulhos e continuou ali mesmo, no chão, abrindo os presentes.

Balançou a cabeça rindo ao rasgar o primeiro papel e ver que ganhou de Ron e Mione um par de pantufas de mini-pufe, roxas.

De Harry ela ganhou um livro com a visão trouxa sobre o Período da Inquisição com ênfase num tal de Catolicismo e de Gina ela ganhou Penas e Tintas Havaianas Coloridamente Coloridas. Jorge estava faturando bastante com essas.

De Molly, como o esperado, ganhou um suéter cor-de-rosa com um grande “R” bordado. De Alvo ela ganhou um caderno novo de anotações, de James ganhou alguns pacotes de fejãozinho-de-todos-os-sabores, Lily deu prendedores de cabelos graciosos, mas agarravam-se tanto aos cabelos que Rose quase chorou de tanto esforço feito para conseguir arrancá-lo do cabelo – ou talvez fossem apenas lágrimas de dor com os fios arrancados junto com a pregadeira.

Hugo a surpreendeu. Presenteou-a com um pedaço de pergaminho meio amassado que continha os dizeres “Feliz Natal RosiOne” com as letras tortas.

E não foi exatamente o Presente que a surpreendeu. Foi o Fato de Hugo ter lhe dado UM pela primeira vez. Talvez tenha sido a consciência pesada ao ver que todos se davam algo no Natal. Rose sacudiu os ombros, já acostumada às brincadeiras do irmão em relação à semelhança entre ela e a mãe.

Ela terminou de se trocar e desceu. Somente Alvo estava no salão comunal. Ele vestia um suéter preto com uma bonita letra “A” verde musgo no meio.

- Os outros já desceram. – Alvo informou se levantando da poltrona e andando em direção ao retrato da mulher gorda sendo seguido por Rose – James e Hugo estavam morrendo de fome.

- Novidade! – Disse Rose revirando os olhos – Você chegou a ver as meninas indo embora?

- Não. – Respondeu Alvo, sua voz ecoando no corredor vazio – Infelizmente.

Rose riu da resposta de Alvo, que fingiu não entender.

O salão principal que estava quase tão vazio quanto os corredores por onde haviam passado. E com tanto espaço sobrando, não era de se espantar que qualquer um que passasse pela mesa da Grifinória, notasse curioso, o grupinho de cabeças juntas que conversava tão baixo que era quase sussurro. Alvo e Rose aproximaram-se e sentaram junto a eles.

- As cervejas amanteigadas deixa comigo. – Disse Victoire abrindo espaço para Alvo ao seu lado.

Rose sentou-se mais na ponta e tentou não se interessar pelo assunto, uma vez que achava – não – tinha certeza de que a festinha esperada sairia pela culatra e não daria certo.

- E a comida? – Perguntou Hugo de frente a Vicky, ao lado de Devon e John que concordaram com a cabeça.

- Eu me viro com essa parte. – Apressou-se a dizer James – Não quero nenhum problema com a comida, e vocês podem se enrolar no meio do caminho. Vou eu e Al. – e se virando para Alvo – Você me ajuda? – perguntou.

- Claro – respondeu Alvo

- Mas precisaremos de muita comida, vocês acham que só vocês dois conseguem trazer comida o bastante para todos? – Perguntou uma quartanista.

- Claro que sim! – exclamou James.

- Vai ter música, não é? – Perguntou Victoire esperançosa

- Tem que ter! – Falou animada uma das amigas de Vicky – Isso deixa por minha conta!

- Então está beleza! – Falou um septuanista – Cada um faça sua parte. Às oito da noite todos no salão comunal porque a festa vai começar.

Eles desgrudaram as cabeças e se afastaram ao longo do banco para tomar o café da manhã.

- Meninos, isso pode dar errado, sabia? – Disse Rose agora para os que ficaram por perto.

- Rose, deixa de ser mala! Tudo para você é errado e nada para você dá certo! – Disse Hugo de dentro do prato de leite e cereal.

- Não é bem assim – Rose tentava se convencer de que o irmão não tinha razão – A gente pode se divertir sem quebrar as regras, não é?

- Por Merlin e Meméia, Rose, o que é a vida sem correr riscos? – Perguntou Hugo olhando para a irmã.

- Eu queria é saber o que é a vida sem ter que escutar vocês discutindo o tempo todo. – Desabafou Alvo cansado, sem olhá-los.

- Quem sabe se a gente nascer de novo. – Hugo voltou a comer.

- Eu vou para o salão comunal. – Disse Rose levantando-se – Mais tarde a gente se vê.

Alvo acenou a cabeça e Hugo apenas suspirou.

Rose foi andando em direção a porta do salão principal. Quando sentiu que alguém a seguia.

- Você por aqui, Weasley?– Disse uma voz conhecida - Achei que ficaria livre de você nesse feriado.

Rose olhou para trás e viu o garoto de cabelos extremamente loiros e olhos acinzentados que se aproximava. Seu coração deu uma palpitada a mais. Ela não entendeu porquê.

- O que você faz aqui, Malfoy? – Perguntou Rose com desgosto, continuando a andar – Papaizinho não te quis em casa esse ano? – desdenhou.

- Não. – respondeu Scorpius tentando acompanhá-la - Meus pais estão viajando a trabalho. Estão na Bulgária.

- O quê? – Rose parou e virou-se de repente, fazendo Scorpius trombar nela. – Seus pais estão lá também? – Perguntou desvencilhando-se dos braços desastrados do menino e o afastando de si rapidamente.

- Ai! ... Meu pai também esteve na guerra e é chefe dos curandeiros do St Mungus. – Disse Scorpius com um meio sorriso – Ele é tão importante quanto seu pai.

- Eu sei que ele lutou na guerra. – Rose o mirou e completou – A favor de Voldemort, não é? – Replicou ela e ele pareceu desconcertado.

- Você não sabe o que diz, garota. – Falou num tom de voz baixo

- Ah não? – Perguntou em tom de desafio – Seu pai tentou matar o ex-diretor dessa escola, estou mentindo? Ele colocou comensais da morte dentro da escola, não é? – Scorpius ficava cada vez mais desconcertado – Aliás, ele se tornou um comensal da morte ainda menor de idade, estou certa?

- CALE A BOCA! – Gritou ele e num ímpeto a segurou pelos pulsos e a imprensou na parede. – VOCÊ NÃO TEM IDÉIA DO QUE ACONTECEU. VOCÊ SÓ DIZ O QUE SEUS PAIS ACHAM QUE SABEM, MAS ELES NÃO SABEM DE NADA! – ele berrava a centímetros do rosto de Rose, que olhava assustada com areação do garoto.

- Você está me machucando – Rose sussurrou. Scorpius continuava a imprensando na parede, segurando seus pulsos com tanta força contra o peito, que suas mãos estavam querendo ficar dormentes.

Ele afrouxou o aperto, mas não a soltou. Estava ofegante por ter se exaltado daquele jeito. Perdera o controle. O que estava pensando? E o que estava fazendo? Por que ainda estava ali, tão próximo da garota que despertava nele tanta raiva?

Rose não se desvencilhou quando sentiu o garoto ceder o aperto em seu braço. Achava que mesmo que tentasse, não encontraria força para mover as pernas. Bambas pelo susto. Susto? Pensou mirando aqueles olhos cinzas na sua frente. É por isso que estou nervosa?

- Seu bracelete... – murmurou Malfoy de repente deslizando a mão sobre o pulso de Rose onde se encontrava a pulseira, agora verde. – Era marrom... –completou olhando para a menina novamente.

Rose abriu a boca para responder.

- LARGUE MINHA IRMÃ, SEU COVARDE! – Gritou Hugo empurrando Scorpius, que caiu no chão e quase trouxe Rose junto também.

Hugo tinha tamanho e força desproporcionais à sua idade. – Você é um imbecil, não se bate em mulher!

- Eu não ia bater nela. – Disse Scorpius se levantando e sacudindo as vestes – E não encosta mais em mim, Weasley.

- Se eu te ver com minha irmã de novo eu não vou só encostar. Vou virar você do avesso! – Falou Hugo ameaçador.

- Não me faça rir, pirralho... – Scorpius zombou

- Está acontecendo alguma coisa aqui? – James chegou com Alvo e notou o clima tenso, olhou de Hugo para Scorpius - ambos pareciam querer se matar num olhar - e de Scorpius para Rose, que permanecia encostada na parede segurando o pulso avermelhado pela fricção de momentos atrás.

- Nada. – Disse Hugo bufando – Malfoy estava desejando um feliz natal para a gente e já estava de saída, não é?

Scorpius não respondeu. E olhando para Rose uma última vez, saiu. Alvo e James ficaram olhando confusos para os outros dois.

Rose saiu com a cabeça abaixada e Hugo a seguiu, deixando Alvo e James mais confusos ainda.

- Rose! – Chamou Hugo alcançando a irmã no corredor a caminho da sala comunal – Ele te fez alguma coisa?

- Não – Disse Rose ainda de cabeça baixa – Não foi nada, Hugo.

- Ele estava te imprensando contra a parede. – Acusou Hugo – E seu pulso está vermelho. Minha vontade é socar aquele nariz em pé e...

- NÃO FOI NADA! – Gritou Rose fazendo Hugo se calar espantado. – Ele não fez nada. – Disse sentindo algumas lágrimas queimarem seus olhos.

- Se não fosse nada você não estaria quase chorando. – Hugo disse calmamente.

- E-eu... só me assustei com a reação dele. – Disse Rose sem poder conter uma lágrima que rolou por sua face – Eu o provoquei e ele reagiu, só isso.

Sem pensar, Hugo andou até Rose e a abraçou. Ela deitou a cabeça no ombro dele e ele acariciou seus cabelos.

- Que fique bem claro que eu só te defendi do Malfoy porque homem não deve bater em mulher – disse Hugo de repente – E só estou te abraçando porque você está assustada. – completou – Isso não significa que eu goste de você, Rosione.

– Eu sei disso – Rose riu da sinceridade do irmão e lhe deu um tapinha nas costas – Eu queria estar com a mamãe agora... – disse suspirando.






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O inverno castigava a Bulgária. A cidade de Sófia estava tomada pelo branco da neve. Mas nem isso tirava a empolgação dos búlgaros com a chegada do natal e com a expectativa de receber o famoso Harry Potter e seus amigos.

O ministro bruxo búlgaro conseguiu reservar um dos melhores hotéis, o Grand Hotel Sofia, para todos os convidados internacionais, que tinham acabado de chegar aquela manhã.

- Mione, você já viu o tamanho desse quarto? – Exclamava Ron impressionado, deitado na cama com a cabeça apoiada nos braços – O banheiro tem uma banheira incrível. E olha essa cama. É tão macia. – e passou a mão pelo colchão.

- Ron, você já descreveu esse quarto umas cinqüenta vezes desde que chegamos. – Disse Mione cansada, sentando-se ao lado dele na cama.

- Então... – Ele sorriu malicioso, puxando Hermione pelo braço, a fazendo cair deitada – Por que você não me faz fechar a boca por algum tempo, hein? – e rolou por cima dela capturando seus lábios num beijo apaixonado.

- É uma proposta tentadora. – Hermione, se desvencilhou, rindo da cara de desaprovação dele por ela tê-lo empurrado de cima dela – Mas não vai dar tempo, esqueceu que combinamos de sair para conhecer a cidade com o Harry e a Gina? E temos que comer alguma coisa. Me admira você não ter corrido para conhecer a cozinha no minuto em que botamos os pés aqui...

- Olha esse tempo, Mione! – Disse Ron apontando a Janela – A neve está forte, não dá pra sair de carro assim. E eu não estou com fome. – E tentou puxá-la de volta para a cama – Não quando tenho você assim, tão linda e cheirosa aqui, pertinho de mim, nesse quarto maneiro com esse tempo frio e essa cama fofinha de cobertas quentinhas.

Hermione fazia força para não ceder e segurava o braço que Ron puxava com força.

- Ron, você esqueceu que somos bruxos? Não precisamos ir de carro, a gente pode aparatar. – exclamou como se fosse óbvio – E você não está com fome? Duvido! – e de supetão arrancou o pulso das mãos do marido que caiu com tudo em cima da cama de novo.

- Não é que eu não esteja com fome. – Disse com a voz abafada pelos lençóis – agora uma bagunça – e levantando-se rapidamente desistiu de tentar arrastá-la e a abraçou pela cintura, fazendo com que sentisse um arrepio involuntário na espinha – Mas existem coisas muito melhores do que comida. – E aproximou-se mais dela para beijá-la de novo.

- Ron... – Mione murmurou tentando, embora não fizesse força alguma, se livrar do marido tão sedutor, mas parecia hipnotizada – A gente vai se atrasar...

- Eles esperam... – Ron a beijou longamente, e ela, dessa vez, não demonstrou nenhuma resistência.


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- Amor. – Gina observava a rua debruçada sobre a janela de seu quarto – Está parando de nevar, você acha que devemos sair agora ou esperar parar de uma vez?

- Vamos agora, Gi. – Disse Harry vestindo um sobre-tudo preto bem quente para enfrentar a geada do lado de fora do hotel – Senão nós não aproveitaremos o tempo que temos para conhecer os lugares interessantes. Por falar nisso, aonde a gente vai? – perguntou amarrando os sapatos, sentado na poltrona perto do minibar.

- Ah, tem o “National Theater” /Teatro Nacional/ aqui perto, e também a “City Art Gallery” /Galeria de Arte da Cidade/. – Disse Gina consultando um mapa que ganhara na recepção do hotel. – Nós podemos visitar um, voltar para almoçar e ir a outro. Vamos ver o que a Mione e o Ron acham.

Gina se dirigiu a saleta que conjugava com o quarto, colocou o mapa dentro da bolsa e já ia vestir sua toca e protetor de ouvidos quando levou um susto ao deparar com uma cabeça flutuante saindo da lareira. Ainda não se conformava com a falta de privacidade a que se submetia uma pessoa que possuísse uma lareira!

- Sr. Harry Potter? – perguntava o homem da lareira.

- Pareço com el... – Gina foi interrompida no meio da resposta malcriada por Harry, que já havia se aproximado ao ouvir seu nome.

Harry se aproximou e ele continuou – O Sr. Ministro, Kewiin Yastramzisc, manda lhe chamar ao Ministério. Muitos chefes de departamentos, inclusive o de aurores, querem conhecer o senhor. Poderá usar pó-de-flu se assim desejar, ou aparatar, mas como não conhece exatamente a localização do Ministério, é aconselhável que aparate em conjunto com o bruxo assistente que se encontra na recepção do hotel. – relatou o homenzinho num fôlego só e num inglês carregado com um forte sotaque búlgaro.

- M-mas... agora? – Perguntou Harry receoso, observando Gina de esguelha.

- Sim senhor, todos estão a sua espera. – confirmou o homem.

Harry estiou por um momento e então respondeu – Diga que já estou indo. – o homem acenou com a cabeça e sumiu.

- Gi... –Harry começou a falar, mas Gina o cortou.

- Eu ouvi, Harry. – Falou secamente, deixando a saleta.

- Eu não posso fazer essa desfeita com eles... – explicou Harry passando para o quarto também.

- Uhum. – Gina fez um muxoxo sem olhar para ele.

- Olha, você pode ir com Ron e Mione e eu volto na hora do almoço e saio com vocês a tarde – Harry se aproximou de Gina e tentou abraça-la. Ela simplesmente se deixou ser abraçada.

- Eles estão te esperando – Disse Gina sem mover um músculo para retribuir o abraço e o beijo que recebeu.

Harry pegou o pó-de-flu e sumiu na lareira.

Gina pegou seu casaco e desceu para o saguão do hotel onde iria esperar por Ron e Hermione.

Ela já esperava por mais de meia hora. Já tinha lido todas as revistas que estavam numa mesinha de vidro perto das poltronas, andado quatro vezes por toda a recepção do hotel admirando as pinturas dos quadros nas paredes e estava pensando em andar mais uma vez quando resolveu ir ao restaurante do hotel comprar alguma coisa para beber.

- Sozinha, Weasley? – Perguntou um homem muito loiro, com o rosto fino e um ar de superioridade – Ah, desculpa. Potter, agora.

- Está me vendo com alguém aqui, Malfoy? – Retrucou Gina secamente já arrependida de ter ido até lá.

Draco sentou-se na banqueta do bar ao lado de Gina e pediu ao barman uma bebida.

- Quanta agressividade. – Disse sarcástico. – E onde estará seu honorável marido?

- Não te interessa. – Respondeu Gina rudemente bebericando em seu copo.

- Mas que atitude baixa, não é? – continuou atormentando – Ele sai para gozar dos prazeres da fama e deixa a esposa passar o dia sozinha servindo de vela para seu irmão e sua cunhada. Tsc-Tsc – Draco sacudiu a cabeça numa preocupação fingida.

- Escuta aqui, Malfoy, eu não estou em um dia bom. Se você continuar de gracinha eu te azaro aqui mesmo. – Gina enfiou a mão no bolso do casaco e se pôs de pé na frente do homem, que vacilou por um instante e logo se recompôs.

- Você não muda, não é? – acusou ele – Vá em frente, pode me azarar no meio dos trouxas. Eles vão adorar a cena.

- Quem não muda é você Draco. Esperava que depois de tanto tempo, essa rixa já tivesse acabado, mas você não resiste, não é? – Gina não estava realmente se sentindo bem naquele exato momento. Talvez fosse a bebida agindo em seu estômago depois de ter virado tudo de um gole só em meio à discussão com Malfoy. Ela tirou a mão do bolso e se apoiou na bancada do bar.

- Weasley! Não precisa ficar tão mal. Não é para tanto, sabia? – Draco parecia assustado com o tom esverdeado que cobriu o rosto da moça. – O que você tem?

Gina cambaleou, tonta, se arrependendo amargamente de não ter comido nada desde o dia anterior.

Draco fez um esforço e superou todas advensas para – antevendo o que iria acontecer em breve – tomar Gina pelos ombros e guiá-la ao banheiro feminino no fundo do restaurante.

- V-vo-cê está me ajudando? – perguntou ela com esforço pela garganta embolada. Sentia-se um pouco constrangida por estar tão próxima e tão dependente daquele garoto, ‘homem’ pensou, que sempre fora seu inimigo. – Obrigada – disse sem jeito.

Draco apenas a olhou e continuou desviando das mesas e cadeiras. Mas não foram rápido o bastante. Gina não aguentou e se curvou para frente despejando toda a bebida e líquido, contidos em seu estômago por alguns momentos.

- Caramba, Weasley! Não acredito! Estávamos tão perto. Não dava para segurar mais um pouco? – Draco estava com a calça ensopada de vômito até os sapatos. Gina continuava curvada apoiada em seu braço.

- Draco?! – Uma mulher alta, de porte fino, com um olhar curioso se aproximava.
Draco com um gesto, deixou Gina apoiada na cadeira mais próxima e pôs-se a sacudir as pernas numa tentativa inútil de secar a calça.

- O que houve? Por que está aqui, com ela? – e apontou Gina com a cabeça. – Ela está bem?

- Desculpa o atraso, Gina. – Hermione vinha chegando com Ron e estacou no lugar onde estava – Aconteceu alguma coisa aqui? – Disse vendo Malfoy com cara de nojo sacudindo as pernas e a cara verde de Gina, agora sentada numa cadeira da mesa ao lado de Draco.

- Nada não, Granger, quero dizer, Weasley. Essas trocas de sobrenomes estão me confundindo. – Disse Draco – Estava apenas esperando minha esposa, que por sinal está aqui. Quando sua querida irmãzinha – e olhou para Ron – achou que podia segurar a barra bebendo um drink trouxa a essa hora da manhã.

- E pelo que vejo não conseguiu, não é Gi? – murmurou Hermione caridosa.

Ron se adiantou para a irmã e passou a examiná-la.

- Malfoy se eu descubro que você tem algo a ver com isso eu seri...

- Não é comigo que você deve se preocupar, Weasley. Agora, se me permitem, vou me trocar, pois tenho que sair, e... ao contrário de muitos maridos, eu sempre ando com a minha esposa. Tenham um bom dia – Disse simplesmente e saiu acompanhado de sua mulher que apenas observava a cena.

- O que ele quis dizer? – Perguntou Ron confuso amparando Gina em direção aos elevadores que a levariam até seu quarto.

- Harry teve que ir ao ministério. – Disse Gina com voz fraca – Só deve voltar para o almoço, por isso eu não vou com vocês agora, talvez eu vá depois.

- Ah, Gi... Queríamos que fosse assim mesmo! – Disse Hermione do outro lado – Mas nesse estado é melhor que fique aqui e descanse um pouco até a hora do almoço. Acho melhor todos ficarmos não é Ron? – e olhou seriamente para o marido.

- É, é, claro que sim – concordou Ron rapidamente.

- Obrigada, Mione – Disse Gina entrando no elevador e sorrindo – Mas para dizer a verdade, não precisam me acompanhar até lá em cima, e muito menos deixarem de passear por mim. Tudo que me enjoava já botei para fora nos pés do Malfoy. – Ron e Mione riram – Eu estou bem, só preciso de um descanso e comida! Mandarei subir daqui a pouco. Vão e divirtam-se! A única companhia que eu queria agora era a dos meus filhotes.






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- Você tem certeza de que sabe mesmo onde é, James? – Perguntou Alvo, seguindo James pelos corredores.

- Claro que sei! – James andava sorrateiramente, olhando para todos os lados – O tio Jorge me deu as instruções, e ele estava careca de vir aqui em baixo! Ah, estamos quase chegando. – exclamou excitado descendo uma escada de pedra e apontando para o fim do corredor, ‘que era sem saída’, notou Alvo.

- Nunca andei por esses lados – comentou Alvo descendo atrás dele e admirando as pinturas nos quadros.

- Eu já – Disse James – A sala comunal da Lufa-Lufa é aqui perto.

- E o que você fazia lá? – Alvo o mirou entre divertido e curioso.

- Eu não entrei, segui alguns Lufa-lufas só para saber onde era. – Disse James mudando de assunto – Chegamos. – anunciou parando em frente a um quadro com uma enorme fruteira de prata.

- E agora? – quis saber Alvo analisando o quadro, curioso.

- Cócegas na pêra! – Disse James rindo da expressão confusa de Alvo. E levando a mão ao quadro fez cócegas na enorme pêra verde, que começou a se contorcer e rir e, de repente, transformou-se em uma grande maçaneta verde. James olhou para Alvo – Faça as honras!

Alvo, inseguro, esticou a mão e girou a maçaneta. A porta se abriu.

Os garotos entraram na cozinha. Estavam abismados com a amplitude do aposento, grande como o Salão Principal, repleto de tachos e panelas de latão empilhados ao redor das paredes de pedra e um grande fogão de tijolos.

Um elfo de aparência jovem, com um nariz achatado, grandes olhos acinzentados e vestido com o que parecia ser um lençol verde, se aproximou deles um tanto excitado.

- Muito bom dia, Senhores. Em que Jumppy poderia ser útil aos senhores? Jumppy ficará muito feliz de ajudar! – O elfo se curvou numa profunda reverência aos dois e parecia estar mais implorando do que perguntando.

- Ah, claro! – Disse James embaraçado – Você poderia arrumar essas coisas para a gente, Jumppy? – pediu entregando uma pequena lista ao elfo.

- Claro que sim! O senhor pede, Jumppy obedece! – exclamou examinando a lista – Jumppy volta em um minuto. – O elfo fez mais uma reverência e sumiu em meio aos outros.

- Se a tia Mione nos visse agora... tsc-tsc... não quero nem pensar! – disse James sacudindo a cabeça, lembrando da obsessão de Hermione pelos elfos.

- James! – Alvo apontava empolgado para atrás de uma das mesas – Olha o Monstro! – Um elfo muito velho estava lá, e parecia não ter visto os dois.

– EI, MONSTRO! – Gritou James, chamando a atenção não só de monstro, mas de todos os elfos que estavam na cozinha.

- Senhores! – Disse Monstro se aproximando. Ele andava mais curvado do que nunca, fazendo com que o medalhão em seu pescoço quase tocasse o chão – Os senhores desejam alguma coisa de Monstro? – perguntou curvando a cabeça e não demonstrando ter reconhecido muito bem os filhos de seu último senhor.

- Jumppy já atendeu os senhores, Monstro! – o elfo voltava correndo com três enormes sacolas cheias de comida – Jumppy não vai deixar Monstro tomar a frente dele! – exclamou soltando as sacolas e empurrando Monstro com força, o fazendo desabar no chão.

- Monstro! – Exclamou Alvo correndo para ajudar o velho elfo.

- Você está maluco? – Perguntou James para Jumppy, que olhava assustado para ele – Ele é velho, você não devia ter feito isso!

- Perdoe o Jumppy, senhor. Jumppy não podia ter feito isso. Jumppy mau! Jumppy mau! Jumppy vai se castigar! – chorou o elfo pegando uma das panelas na parede e batendo na própria cabeça.

- James, o faça parar! – Implorou Alvo, que tentava fazer com que Monstro, além de velho, agora mais tonto que nunca, ficasse de pé.

- Pára com isso. Mandei parar. PÁRA! – Gritou James para Jumppy, mas o elfo batia cada vez com mais força. – Ele não está me obedecendo, Al, o que eu faço?

James parecia perdido, dividido entre piedoso e assustado.

- Caramba! Como ele se bate! Que força hein,rapazinho!


- Tem que tirar a panela dele! Não fique aí parado olhando! - Disse Alvo indo ajudar James. Mas o elfo escapou dos dois e saiu correndo ainda se punindo.


James e Alvo correram atrás de Jumppy pela cozinha toda. Jumppy era muito rápido e os meninos sofriam tentando alcança-lo. Os elfos começavam a reclamar, disfarçadamente, da bagunça que estavam fazendo, mas James e Alvo pareciam não notar e continuavam tentando pegar o elfo, que continuava tacando a panela em sua própria cabeça.

- James! Vá você por lá! Eu o cerco perto do armário! – berrou Alvo pulando por cima de uma mesa e caindo de pé do outro lado.

Alvo acabou por alcançá-lo. Mas infelizmente alcançou o armário de ingredientes também.

Vacilando sobre o peso ao pular de cima da mesa, escorregou na pasta de amendoim que Jumppy havia derramado ao passar sacudindo os bracinhos e a panela a toda velocidade, e foi dar direto de cara no móvel, fazendo as jarras de suco de abóbora tão cuidadosamente preparadas virem ao chão, passando primeiro por sua cabeça e o deixando lavado de suco de abóbora dos pés à cabeça!


A cozinha era um silêncio mortal. Todos pararam o que estavam fazendo e assistiam à cena assustados. Até mesmo Jumppy, com vários galos crescendo na cabeça, parou de se castigar e James aproveitou para arrancar a panela de sua mão.

Logo, todos os elfos estavam disfarçando as risadas contidas, só James ria abertamente.

- Não tem graça! – Esbravejou Alvo se levantando e espalhando suco para todo lado.

- Tem sim, Al! – exclamou James, que tinha lágrimas nos olhos de tanto rir – Você não tem idéia de quanta!

Alvo apenas bufou, e se encaminhando para a saída, pegou uma das sacolas de comida e James o seguiu carregando o resto com muita dificuldade devido a intensidade de suas gargalhadas.

- Cara... Foi irado!

- Cara... Nunca mais volto na cozinha!


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N/A: Oláááá!!

Tipo, eu não vou colocar os agradecimentos nesse cap não, vou colocar no próximo, num vai demorar msmo... heheh.. Começarei a escrever o 9 segunda (10/09).. vou ter uns dias de descanso, eu tava tão obcecada com esse cap q eu escrevia até 4:00 da manhã, minha mãe tava começando a reclamar.. .. hehe..

espero que vcs curtaam, e se puder comentar.. hehe

*********BIA**********

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N/²A: PESSOAL!!! ESPERO Q TENHAM CURTIDO!! ESSE CAPITULO FOI DIVIDIDO EM DOIS POIS ESTAVA FICANDO GIGANTESCO! HEHEHEH SABEM COMO É NÉ....A GENTE SE EMPOLGA E TAL.... RSRRS :D :D :D

MUITO OBRIGADÍSSIMA A TODOS Q AINDA ESTAO CONOSCO E MAIS AINDA AQUELES Q SE COMUNICAM CONOSCO ATRAVES DOS COMENTS!!! VALEU MESMO!! É MTO LEGAL SABER DE VCS, OUVIR DE VCS, LER DE VCS!!! RSRS

CAP. 8 JÁ ESTÁ QUASE NO FINAL!!!!

VIVAAAAAAAAAA!!!! :)

A TÃO ESPERADA FESTAA!! :D!

VAI SER SHOW!!!! :P

MIL BJUUUUUS!!! VALEU!! E ATÉ DAKI A POUCO!! MTO EM BREVE!!!

.................. :)LANA:) ...................


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