O Tempo responde
...............................CAP.6 "O TEMPO RESPONDE"..........................
Hogwarts ainda estava vazia quando Alvo, Rose, James e Victoire entraram pelas portas do salão principal. Na sala comunal tinha poucas pessoas que ainda esperavam pelos amigos para colocarem as novidades em dia.
Victoire avistou suas colegas de quarto e foi se juntar a elas, as novidades que a garota haveria de contar ali, nenhum Weasley sequer imaginava.
James achou John batendo altos papos com umas terceiranistas e logo foi com ele.
Rose e Alvo localizaram Mary, que correu até eles e lhes deu um abraço que quase derrubou Rose e fez Alvo perder o ar.
- Como foi o feriado de vocês? – Perguntou Mary afoita puxando-os para sentarem perto da lareira – O meu foi demais! Fui para a casa de uns tios trouxas, foi muito legal!
- O nosso foi bom. – Respondeu Rose se sentando na poltrona próxima à lareira.
- É – completou Alvo, que olhava toda hora para o buraco de entrada da sala. – Foi legal.
Rose o mirou, curiosa pelo descaso do menino.
- Minha mãe ficou feliz de sermos amigos, sabe. – continuou Mary sem prestar muita atenção à resposta dos amigos – Ela quer que eu convide vocês e seus pais para irem lá em casa nas férias. Disse que seria bom revê-los depois de tanto tempo.
- É talvez... – enrolou Rose pensando na resposta malcriada que sua mãe daria diante da possibilidade de levar seu pai para passar uns dias de férias na casa de Lilá.
- Olhem quem chegou! – exclamou Mary apontando para a entrada.
O estômago de Alvo deu pulinhos e cambalhotas. Uma menina de cabelos compridos e olhos grandes entrou sorrindo e veio até eles.
- Oi pessoal! – Disse Alana cumprimentando cada um com um aceno de cabeça e deixando-se cair sentada no sofá ao lado de Mary. O que deixou Alvo com um quê de desapontamento, pois se havia pego imaginando como seria a sensação de receber da menina um abraço tão apertado quanto o que Mary tinha dado.
– Trouxe presentinhos para vocês, não é grande coisa, mas é porque lembrei de vocês a maior parte do tempo, sabe. – contou tirando alguns pequenos pacotinhos da mala de mão que trazia e entregando um para cada.
- Obrigada, Alana! – Disseram Rose e Mary, que tinham aberto o pacotinho e viam uma pulseira de pedrinhas transparentes cada uma, que quando colocaram no pulso, foram mudando de tom e ganharam cores diferentes.
Olharam para Alana espantadas.
- A cor muda de acordo com o que a pessoa está sentindo. - Explicou passando para a mão das meninas um papel com instruções. – Aí está o que cada cor representa.
Rose reparou que a sua estava azul bebê “calma”, dizia o papel. A de Mary estava rosa choque “muito feliz”, como a de Alana.
- E este? O que é? – Perguntou Alvo olhando para o que parecia ser um pequeno porta-retrato vazio
- Bem, isso é a “Moldura de Heart”. Elisabeth Heart foi uma bruxa da que há muito tempo perdeu o amado, e tamanha foi a dor da saudade que a levou a criar esse “porta-retratos” vazio, que a permitia ver seu amado quando quisesse, se a concentração fosse suficiente. E daí por diante, não se pode ver apenas amados e amadas, mas amigos e familiares. Mas não se engane, o que você verá será apenas uma foto modelo bruxo, se mexe, mas é apenas uma foto. – explicou Alana. – É bom quando você está sentindo muita saudade de alguém. Mas a imagem não fica mais que alguns minutos.
- Obrigado, Alana, eu adorei! – Disse Alvo admirado, no que se levantou e deu um abraço na garota, a pegando de surpresa.
Rose consultou seu manual de cores na mesma hora. Passou os dedos procurando uma específica. Achou. Estava lá, “nervoso saudável”. Ela sorriu e levantou a cabeça a tempo de ver Alana e Alvo, embaraçados, separando o abraço. A pulseira de Alana continuava mudando rapidamente, passando de rosa choque para verde claro e finalmente verde.
- Ah! Que amor! – Disse James com voz fina se aproximando com John e Devon, no que Alvo se sentou rapidamente com o rosto vermelho.
- E então, Alana, como foi lá? – Perguntou John se colocando ao lado da menina.
Alvo cruzou os braços e se recriminou por não ter guardado o lugar vago ao lado de Alana em tempo de evitar que o espertalhão do John se apoderasse dele.
- É mesmo, como foi? – Perguntou Mary do outro lado da menina.
- Foi super interessante! – Respondeu animada. – Tem muita gente estranha lá e os feitiços então...
Eles ficaram lá até a hora do jantar, conversaram sobre o feriado de todos, riram das trapalhadas de Mary e concordaram que Devon não deveria mesmo ter pedido em namoro uma terceiranista, Jessy, e ter ficado com outra menina no natal.
O salão principal já estava lotado na altura em que resolveram atender o suplicante estômago de James e finalmente descer para comer.
Eles se sentaram à mesa ao lado de um James muito emburrado gritando para todos que quisessem ouvir que só ia ficar bem quando visse comida, e que aquilo não se fazia, ficar conversando bobeira enquanto ele estava “morto” de fome.
Foi quando viram uma cena tão anormal quanto James sem fome.
A menina ruiva de cabelos cheios vinha em direção a eles com suas amigas. Ela parecia sorrir amigavelmente e segurava o pingente do cordão em seu pescoço.
Assim que James percebeu levou instintivamente a mão aos cabelos, mas estes voltaram para o lugar como se tivesse acabado de pentear.
- Oi! – Ela se aproximou sorrindo abertamente ainda segurando o pingente.
- Oi Biazinha! – Disse James se levantando. – Como foi o feriado?
- Foi bom, mas não foi disso que vim falar. – a garota se aproximou mais - Todos gostaram do cordão que você me deu, sabe. – Disse ela balançando a mão que segurava o cordão no pescoço. – Eu achei muito legal da sua parte também.
- Sério? – James, abobado, levou inutilmente a mão ao cabelo mais uma vez – Fico feliz que tenha gostado.
- Ah sim, eu gostei! – e aproximou-se dele com uma carinha de anjo – assim pensou James na hora – Mas uma coisa me deixou intrigada. – e franziu a sobrancelha.
- O quê? – James chegou mais perto, mal acreditando na sorte.
- É que quando ganhei havia uma letra “B” no pingente. – Disse Bianca agora olhando fixo para ele. – ENTÃO POR QUE AGORA TEM UMA LETRA “J” NELE?
James fazia um enorme esforço para não rir. Bianca estava com uma expressão muito séria, parecia querer matá-lo. Suas amigas vinham se chegando, como se preparadas para segurá-la se necessário, não iriam deixá-la pagar um mico daqueles, voando no pescoço do garoto.
O cordão realmente tinha uma visível letra “J” pendurada, que brilhava tanto que doíam os olhos.
- Ah! – Disse James num tom sarcástico. – Diz que não está mais bonito assim?
- Quer saber? – Bianca arregalou os olhos desacreditando no que estava ouvindo - Toma de volta, não quero mais! – disse procurando desesperadamente o fecho do cordão.
- Não precisa devolver! – James rapidamente pegou a varinha e deu um toque no pingente. – Está aí o “B”.
- Mesmo assim. – a garota ainda agitava os braços procurando o fecho.
- Eu não aceito de volta! – Disse James simplesmente.
- Eu não quero saber se você quer ou não! – encontrando o fecho do cordão e agora lutando para abrí-lo.
- Por favor! – Disse James colocando sua mão sobre a dela para impedí-la de tirar a corrente – Eu quero que você fique com ele...
- Eu... – balançou afastando as mãos dele das suas – Não! – exclamou pensando melhor.
- Ai, Bianca! – Disse uma das amigas dela puxando-a pelo braço – Eu sei que na verdade você não quer devolver! Agora vamos porque eu estou com fome! – E a levou em direção a mesa da Lufa-Lufa, mas a garota se desvencilhou e voltou.
- Está bem, Potter. Eu vou ficar com ele porque foi a única coisa legal que você fez para mim desde que nos conhecemos. Mas isso não significa que gosto de você e nem que somos amigos, tudo bem? – ela o encarou e esperou pela resposta
- É um começo, não é... –ele suspirou e Bianca voltou com suas amigas para a mesa da Lufa-Lufa.
- Você não cansa disso não? – Perguntou Alvo rindo da situação juntamente com o resto da mesa toda que conseguiu ouvir a agradável conversa dos dois.
- Cansar? É legal, muito bom para dar umas risadas. – Disse ele se jogando no banco e todos riram. Mas o sorriso de James murchou quando viu que mais alguém vinha na direção deles.
- Oi pessoal! – saudou Ephram sentando-se entre Rose e Mary.
- Olá Ephram! – Disse Mary servindo-se de rins cozidos – Teve um bom feriado?
- Mais ou menos – respondeu começando a encher o prato – Tinha muitos amigos chatos do trabalho dos meus pais em casa.
- É? E eles trabalham em quê? – Perguntou Rose curiosa, no que Ephram pareceu ligeiramente perdido com a pergunta.
- Vou para o salão comunal, pessoal. – James levantou e saiu da mesa.
- Mas você não comeu nada! – estranhou Alvo.
- Não estou com fome. – Disse saindo do salão principal.
- Ele disse que não está com fome? – Perguntou Rose espantada.
- É por minha causa. – Disse Ephram tristemente se levantando também. – Não sei o que ele tem contra mim. Vou voltar para minha mesa, fico feliz de ter falado com vocês.
- Não sei por que James age assim com ele. Ele é tão simpático! – Disse Mary observando o garoto se dirigir à mesa da Sonserina.
- Esquece isso, vamos comer! – Disse Alana e todos concordaram.
Depois do jantar, Alvo, Rose, Mary e Alana atravessaram o salão em direção a porta. Eles iam conversando distraidamente e Mary falava muito empolgada, gesticulando muito, e num movimento brusco com o braço acabou por acertar alguém em cheio no rosto.
- Está maluca, garota? – Perguntou o menino de cabelos muito loiros esfregando o rosto que adquiriu um tom vermelho. – Fica sacudindo os braços como uma retardada e acaba fazendo besteiras!
Mary piscou abobada.
- Vê lá como fala com minha amiga, Malfoy! – Ameaçou Rose se colocando à frente de Mary.
- Tinha que estar envolvida nisso, não é Weasley? – Zombou Scorpius – Você adora bater nas pessoas.
- E saiba que não hesitarei em bater novamente se não pedir desculpas a Mary! – Rose estava séria e sua pulseira mudava rapidamente para verde musgo.
- Ela é quem me deve desculpas! – Defendeu-se Scorpius. – E saiba que se tentar me agredir de novo eu vou me defender!
- Ah é? – Rose provocou – Duvido!
- Não me provoca garota! – Disse ele sacando a varinha de dentro do bolso das vestes – Ou eu não respondo por mim!
- Se encostar um dedo na minha prima eu te arrebento! – Alvo deu um passo à frente, no que todos se espantaram e deram espaço.
- Que medo, Potter! – Disse Scorpius gozador - Acho melhor você segurar seu namorado, Andersen, ele está muito nervosinho.
Alana e Alvo coraram violentamente, ele ia pegar a varinha quando alguém se aproximou.
- Está acontecendo alguma coisa aqui? – Perguntou Chris Bruise se aproximando.
- Nada! – Responderam todos.
- Que bom que não está acontecendo nada porque se “nada” acontecesse haveria gente em detenção hoje. Agora vão, por favor.
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- Ai como eu o odeio! – Disse Rose se jogando em uma das poltronas no salão comunal.
- Calma Rose! – Alana ajoelhou-se ao lado da amiga.
- Alvo, o que aconteceu com você? – Perguntou Mary mirando o garoto. – Você é sempre tão calmo!
- É mesmo, Al. – concordou Alana. - Eu nunca te vi ameaçar um inseto!
- Eu ouvi direito? – Perguntou James se aproximando bem mais gentil desde a última vez que os garotos o haviam visto, quando ele voltou à mesa da grifinória para pegar comida pouco depois de Ephram ter se retirado. – Meu irmão ameaçou alguém?
- É – Disse Rose sorrindo. – Disse para o Malfoy que se me encostasse um dedo iria arrebentá-lo.
- Uau! – James assoviou espantado. – Queria ter visto!
- Esquece isso, gente. – pediu Alvo sem graça.
- Será que essas brigas vão durar muito tempo? – Perguntou Mary. – Quero dizer, nos próximos anos.
- Não sei. – Disse Rose vagamente. – Se depender de mim eu nem olho mais pra ele. Mas eu sei que as brigas de uns certos ruivos aí vai continuar. – Disse marota olhando para James.
- Não se depender de mim – James replicou. – E também sei que casais poderão se formar. – Disse olhando de Alvo para Alana que fingiram não notar o que o garoto havia insinuado.
- Quero ver quando Lily e Hugo entrarem, esses capetas vão colocar Hogwarts de cabeça para baixo! – Rose riu com a visão.
- Ai, gente, são tantos “serás”, “talvez”, “porquês”, que eu estou ficando tonto. Vamos deixar que o tempo responda. – Disse Alvo cansado.
- Tem toda razão, Al. – Disse James se dirigindo as escadas do dormitório, no que foi acompanhado por todos – O tempo responde.
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Alvo acordou naquela manhã fria pensando no quão chato seria aquele dia. Ele se levantou vagarosamente e viu que seus colegas de quarto ainda dormiam. Era bem cedo ainda.
Pensou que teria de ficar esperando mais uma vez aquelas três no salão comunal. Elas sempre se atrasavam.
Ele tomou banho bem devagar, se vestiu e desceu com o livro de Trato das Criaturas Mágicas para estudar mais um pouco enquanto esperava a hora do café.
Provas. Ainda bem que eram as últimas e logo estaria em casa.
Assim que ele desceu constatou que o salão não estava vazio como esperava. Uma Rose com profundas olheiras estava sentada em uma das poltronas com um livro aberto e a cara enfiada nele.
- Rose? – Alvo se aproximou e tocou o ombro da garota. – O que você está fazendo aqui tão cedo?
Rose se sacudiu, estava tão concentrada que nem sentiu o primo chegar –Ah, Al... Acordei mais cedo para estudar. – disse esfregando os olhos - Aquele professor de DCAT está no nosso pé, não posso vacilar, nem você! – Rose lia tão rápido que era difícil ver seus olhos.
- Eu estudei bastante e você também, Rosinha. Pára agora, isso não faz bem! – pediu Alvo preocupado.
- Não adianta! – Disse um primeiranista ruivo de cabelos cacheados que descia a escada e se juntava a eles – Ela não vai parar.
- Era para você estar estudando também, sabia? – Disse Rose olhando com impaciência para ele.
- Dá um tempo, Rose! – exclamou o ruivo sentando-se ao lado dela – Eu estudei o bastante.
- Eu nem te vi estudar, Hugo! – Disse Rose o encarando.
- E quem te disse que eu tenho que estudar para você ver? – Perguntou Hugo mandando-lhe a língua.
- Ele estudou sim – afirmou uma menina também ruiva descendo as escadas. – Eu estudei com ele.
- Se você diz, Lily, eu acredito! – Rose se voltou para sua leitura.
- E por que você não acredita quando eu digo? – Hugo parecia ofendido. Ou apenas fingia.
- Porque eu te conheço. – falou Rose o cutucando e voltando a atenção para o livro
- Vocês não se cansam de brigar? – Perguntou Alana descendo com Mary.
- Não. – Responderam os dois simplesmente.
- Oi Mary! – cumprimentou Hugo olhando sonhador para a menina. – Como você está bonita hoje.
- Estou como sempre, Hugo, nada demais. – Mary – com uma expressão de “eu-mereço” no rosto - se desvencilhou do garoto dando tapinhas na cabeça dele e saindo junto com todos.
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- Rose quer parar! – Disse Alvo – Come alguma coisa, pelo menos uma torrada!
- Já, já, estou acabando! – enrolou Rose com a cara enfiada no livro.
Alvo sacudiu a cabeça e continuou a comer seu mingau. Rose virou a página do livro, mas perdeu a concentração quando ouviu um rumorejo de asas, no alto, e uma centena de corujas entrou descrevendo círculos no salão e deixando cair cartas e pacotes entre os alunos.
Uma carta caiu em cima de seu livro, agora de Trato das Criaturas Mágicas. Ela viu que seus irmãos e primos também receberam. Abriu:
Rose,
Sei que é estranho mandar uma carta hoje já que amanhã eu iria com sua mãe buscar você e seu irmão na estação, mas surgiu um imprevisto. Infelizmente (infelizmente mesmo) eu, sua mãe e seus tios teremos que ir para a Bulgária para uma confraternização de natal ou coisa parecida, que o Ministério de lá está organizando. Nem preciso dizer que não quero ir, mas infelizmente não tenho outra alternativa. Coisa do Ministério.
Então eu queria que você não ficasse triste ou chateada, mas como você e seu irmão não poderão ir e como seus avós vão para a Romênia visitar o Charlie, vocês terão que ficar em Hogwarts. O natal aí não é tão ruim, vocês vão se divertir mais do que eu, garanto.
Vou entrar em contato com vocês assim que possível, prometo. A mamãe também manda beijos.
Com amor,
Ronald B. Weasley.
P.S: Mandei uma carta igual para seu irmão, pois sei que ele encheria o saco se você recebesse e ele não.
Rose acabou de ler incrédula. Como assim teria que ficar em Hogwarts? Não que não gostasse, mas era natal, ela realmente queria ficar com a família.
Ela olhou para os primos e viu que todos tinham a mesma expressão que ela. Seus pensamentos foram cortados por uma furiosa Lily.
- MEU PRIMEIRO ANO AQUI, EU QUERIA IR PARA CASA E CONTAR COMO ME SAÍ ESSE SEMESTRE, MAS NÃO POSSO PORQUE PAPAI E MAMÃE RESOLVERAM SE DIVERTIR SEM A GENTE! – Gritava ela com James e Alvo, que pareciam assustados.
- É-é coisa do ministério Lily, a gente não pode fazer nada! – Disse Alvo num sussurro – E pára de gritar!
- Mas antes de fazer parte do ministério eles são meus pais! – Disse Lily enfurecida.
- Na verdade não. O papai já era do ministério antes de você nascer – consertou James risonho.
- Cala boca, James. Vamos Hugo, temos uma prova pra fazer. – Disse puxando Hugo, que pegava todos os biscoitos que sua mão alcançava, e saíram pela porta do salão principal.
Todos ficaram em silêncio. Rose ia abrir novamente o livro, mas alguém a impediu.
- Chega Rose, Você já estudou demais. – murmurou Alana guardando o livro dela em sua mochila.
- Não estou bem preparada, aquele professor vai dar um jeito de me ferrar, eu sei disso! – Disse tentando pegar a mochila das costas de Alana. – Só – mais – uma – lidinha – em – DCAT! – ofegava para alcançar o livro que Alana tirava dela fazendo com que Alvo risse e se emburrasse ao mesmo tempo, pois reparou que John observava a menina com um sorriso bobo na cara.
- Eu realmente não sei por que o professor Bruise não gosta de vocês. – Disse Mary
- Também queria saber. – suspirou Alvo.
Alvo, Rose, Alana e Mary chegaram a sala de DCAT e sentaram próximos um ao outro.
Os alunos não falavam muito. Rose olhou em volta e viu Scorpius, que a olhou de volta, mas ela desviou. Já se passara dois anos, mas eles continuavam discutindo como da primeira vez. Não tanto como da primeira vez. Nenhum deles havia manifestado novamente o desejo de socar o outro, pelo menos.
Rose afastou Scorpius de seus pensamentos fez menção de pedir seu livro a Alana, mas antes que pudesse abrir a boca, um professor alto, magro, negro e com uma expressão muito dura entrou na sala e olhou para todos nas carteiras.
Chris Bruise andou entre os alunos e parou em frente aos quatro.
- Quero vocês quatro separados. – ordenou com desprezo.
- Mas por quê? – Perguntou Alvo desafiador.
- Eu não te devo explicação alguma, Potter. – Disse o professor Buise sem olhar para Alvo. – Agora é melhor vocês se mexerem porque o tempo está passando.
Os quatro mudaram de lugar se espalhando pela sala e o professor distribuiu as provas.
Por longos minutos só se ouvia o som das penas arranhando os pergaminhos. O tempo acabou e com um feitiço Accio, todas as provas voaram para a mesa do professor.
Os alunos saíram da sala e correram para o salão principal para almoçar antes de se dirigirem para a próxima prova.
Rose estava cabisbaixa, como em todas as aulas do professor Neil Bruise, ele sempre dava um jeito de deixar a garota triste.
- Não fica assim, Rose – Disse Mary passando o braço pelos ombros dela. – Ele não pode mudar sua nota e eu tenho certeza que você se saiu bem.
- Com medo, Weasley? – Scorpius passou por ela lançando um olhar intrigante à menina.
Rose não respondeu. Simplesmente ignorou. Aquilo pareceu desconsertar o garoto, que a olhou confuso e sorrindo se afastou no meio da multidão de estudantes.
- Esquece isso, Rose! – Alvo mirava a prima com cuidado, imaginando que bicho mordeu a garota para que esta não pulasse no pescoço de Scorpius pela gozação – Temos Trato das Criaturas Mágicas agora, vamos pensar no Hagrid!
Para a surpresa de todos, a prova de Trato das Criaturas Mágicas seria prática.
Todo terceiro ano foi para a entrada da floresta proibida , ali eles teriam que procurar tronquilhos e responder à algumas perguntas que Hagrid faria conforme eles achassem os bichinhos.
No fim do dia, os alunos correram para o salão principal esfomeados, depois de uma tarde trabalhosa.
À mesa da Grifinória, James, já sentado com John e Devon, assistia curioso à conversa aparentemente agradável de duas pessoas mais afastadas das mesas dispostas no lugar.
- Está melhor agora?
- Estou sim. E obrigada por me acompanhar a enfermaria hoje cedo.
- Não foi nada. Eu já havia terminado minha prova de Tratos das Criaturas mesmo.
Lily lembrava muito bem daquele garoto intrigante que conhecera na estação de Kings Cross dois anos atrás. Não havia tido uma conversa tão longa com Ephram até aquela manhã, quando acidentalmente o professor Neville, na tentativa de recolher as provas com um Accio, fez um regador cheio de poção anti-vermes voar pela estufa e dar direto na testa da menina.
Com a testa inchando rapidamente e adquirindo uma cor arroxeada, o prof. Neville pediu ao primeiro aluno que vinha passando de volta ao castelo da aula de Hagrid para acompanhar a srta. Weasley à enfermaria.
Ephram realizou a tarefa com prazer. Nunca tinha realmente falado com a menina mais nova dos seus amigos “quase-todos” ruivos, mas sempre a observara e gostava do que via, ela era brincalhona e muitas vezes a que arrancava boas gargalhadas do grupo.
Ele desejava constantemente poder fazer parte definitivamente daquela turminha inseparável. Mas sabia que não era assim tão fácil. Não podia se envolver emocionalmente com nenhum deles. E ainda havia James, que nunca confiara nele, e ele nem sabia por quê. Instinto talvez? Como o pai? Quem sabe.
Lily agradeceu mais uma vez e desejando um Feliz Natal adiantado ao garoto, saiu para se juntar aos amigos na mesa do jantar.
Ephram ficou ali, parado, observando os longos cabelos vermelhos da garota balançarem enquanto ela caminhava. E como quem sai de um transe, sacudiu a cabeça e foi sentar em sua mesa para comer.
Estavam no salão comunal. Todos já estavam comemorando o feriado no dia seguinte. Nem todos.
- Eu ainda não acredito que terei que ficar aqui. Todo mundo está indo embora! – Rose estava indignada.
- Nem fala. Vai ser ruim ficar aqui sem minha ruivinha. – James suspirou e se esticou no tapete perto da lareira.
- Pois é. Vamos ficar aqui sem nossas garotas – Disse Hugo olhando sonhador para Mary, que revirou os olhos disfarçadamente.
- Ai gente, são só alguns dias. – Disse Alana estirada no chão de bruços – Daqui a pouco a gente volta!
- Dias que vão parecer uma eternidade sem você, quer dizer vocês! –Alvo consertou rapidamente a frase, ficando da cor dos cabelos de Lily.
Alana vacilou o peso nos cotovelos e bateu com o queixo no tapete, se recompondo na velocidade da luz e corando levemente por baixo das madeixas negras que lhe caíam no rosto.
- A Vicky também vai ficar? – Perguntou Lily olhando para a prima, que conversava com as amigas sendo observada por quase todos os garotos de salão comunal.
- Vai! – Disse Rose da poltrona – Falou que prefere ficar aqui, já que a gente está aqui e ela não vai poder ver o Teddy mesmo...
- Pelo menos eu não vou ter que ver o Ephram – exclamou James e observou Lily indagador – ele vai para casa com certeza.
Lily fingiu não notar que James a mirava curioso. E isso vinha acontecendo desde a hora que a garota se sentou à mesa para jantar e deu um corte no irmão assim que percebeu que ele ia começar a implicar com a sua nova amizade. Ela bem sabia que James não era fã de Ephram e não imaginava sequer um motivo para tal atitude.
- CLARO! – Hugo deu um pulo da poltrona em que estava sentado. – EU SOU UM GÊNIO! – Sorriu subindo na poltrona e arrancando risadas de todos.
- Gênio? Você? – exclamavam uns.
- PESSOAL! – E todo salão comunal olhou para ele – Quantos de vocês vão ficar aqui?
Poucas pessoas ergueram as mãos e Hugo continuou.
- Isso aqui vai ser um saco! Eu tenho certeza que todo mundo queria estar em casa ou num lugar mais animado. – Ele estava cada vez mais empolgado com a atenção que todos estavam dando. – Aqui só vai ter um jantar de natal que vai acabar cedo porque temos que dormir. Assim não dá!
- Quer ir direto ao ponto! – Falou um quintanista cansado.
- Tudo bem, tudo bem! O que eu quero propor a vocês, é que façamos a NOSSA festa de natal! – Falou Hugo com um brilho nos olhos.
Todo salão comunal permaneceu em silêncio por uns segundos observando Hugo e de repente todos começaram a gargalhar.
- Está louco? – Perguntou Rose puxando-o para baixo pelas calças – De onde você tirou essa idéia? É proibido!
- Dá um tempo, Rose! – Disse emburrado se desvencilhando da irmã – É uma boa idéia, não é?
- Claro que não, pirralho! – Falou o quintanista rindo – Sua irmã tem razão, isso nunca daria certo.
- É perfeito! – Disse Victoire se levantando e fazendo com que todos instantaneamente olhassem para ela – Uma festa aqui no salão comunal amanhã a noite!
- Claro que é uma boa idéia! É perfeita!– Falou o quintanista se levantando e sorrindo bobo para Victoire. – Quem concorda?
Todos os garotos se levantaram concordando, esperando um olhar de aprovação de Victoire, que só jogou seus cabelos para trás, fazendo grande parte deles caírem sentados de novo.
- Então está certo pessoal! – Disse Hugo radiante subindo na poltrona novamente – VAMOS DAR UMA FESTA!
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N/A: Hello pessoal. Pow, passamos de uma festa para outra.. heheh. Mas foi necessário! Quero agradecer muito a todos, eu sinceramente não imaginava que tanta gente iria ler e gostar. Fiquei muito feliz! Quanto cenas de ação, aventura, Ron/Mione e Harry/gina só tenho uma coisa a dizer: A fic está apenas começando...
***Bia***
N/²A: PEOPLE!! SAIU!! FINALMENTE! ESPERO QUE GOSTEM E NÃO SE PREOCUPEM QUANTO A PITADA DE AÇÃO, COMO A BIA JÁ EXPLICOU, ESSE É APENAS O COMEÇO! TUDO QUE ESTAMOS ESCREVENDO É NECESSÁRIO, SENÃO, A HISTÓRIA FICARIA MEIO QUE BOIANDO NO NADA. HEHE :P
BOM, OBRIGADA MESMO AO PESSOAL Q TÁ ACOMPANHANDO E DANDO SUA OPNIÃO NOS COMENTS! E O 7 JÁ ESTÁ EM PRODUÇAO!!! BJAOOO POVAOOO ; )
:)LANA:)
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AGRADECIMENTOS (agora organizado) – by Bia
Bjuss a todos q leram!!
Comentários (1)
melhor fic que ja li é a 5ª vez q eu to lendo
2012-07-24