Natal Na Toca
CAP. 5 – "NATAL NA TOCA"
A toca estava vazia. Molly havia passado o dia todo arrumando tudo para o natal, queria que tudo estivesse perfeito para receber sua família e amigos.
Já havia passado anos, mas ela nunca se acostumara com a casa vazia, afinal, criara sete filhos.
Estava tão acostumada a ter todos eles correndo de um lado para o outro pela casa, que não conseguia pensar que já tinham sua própria família e vidinha.
Com a exceção de Percy e Charles, que embora não estivessem casados, moravam longe.
Arthur voltou para a toca mais cedo naquele dia e estava ajudando a esposa a terminar de arrumar tudo.
Apesar de ter a ligeira impressão de que estava atrapalhando mais do que ajudando, uma vez que Molly já havia gritado com ele três vezes, limpado por cima dos móveis novamente após ele terminar e tirado os pratos de sua mão, indo ela mesma colocá-los à mesa comprida e forrada com a melhor toalha.
Depois de muito vai e vem, gritos, encontrões e escorregões, a comida ficou pronta e a casa limpa e arrumada.
Ao cair da tarde, os Weasleys e seus amigos mais íntimos começaram a chegar.
- Mamãe, Papai! – Saudou Bill entrando com Fleur e Victoire – Acho que chegamos cedo. Olá, Fred! – Disse olhando para o grande quadro de Fred pendurado no meio da sala.
- Olá Bill! – Respondeu Fred e sorriu, acenando.
- Olá, filho. – Arthur se aproximou deles para dar abraços em todos. – Vicky cada vez mais linda! Deve estar dando trabalho essa minha neta, não é?
- Você não sabe o quanto. – Murmurou Bill olhando apertado para a filha. – Sabe se o Ted vai vir, pai? – completou curioso.
- Ah não, papai! Você não vai f... – Começou a falar Victoire, enfurecida.
- E como vão as coisas em Gringotes? – Perguntou Arthur cortando Victoire antes que começassem uma discussão.
Mas antes que Bill pudesse responder, mais pessoas chegaram ao quintal da toca.
Jorge, sua esposa Alicia e seu pequeno filho Fred, e seu sócio Lino Jordan entravam na toca.
O pequeno Fred estava nervoso no colo da mãe. O menino, que tinha dois anos, se contorcia com força querendo ser colocado no chão.
- Boa noite família! E aí Fred! – Sorriu acenando para o quadro do irmão – Alicia, por favor, põe esse menino no chão! – Disse ao ver o esforço do Freddy tentando descer.
- Está bem. Mas depois não me culpe se ele destruir a casa! – Disse Alicia colocando o pequeno Fred no chão, que saiu correndo pela sala com suas perninhas fofas e curtinhas.
- Ah, querida, não se preocupe! Deixe meu netinho esticar as pernas um pouquinho. – disse Molly chegando à sala e cumprimentando a todos, feliz, não tirava os olhos do neto.
- Saca só a velocidade do Fredzinho! – exclamou Fred de seu quadro admirado – Tão ansioso e esperto quanto o titio aqui! Hehe – completou orgulhoso.
- Como vão os negócios, filho? – Perguntou Molly deixando de “secar” o pequeno Fred quando este saiu de seu campo de visão.
- De vento em popa! – Respondeu Jorge animado.
- Melhor do que o esperado! – Disse Lino. – Achei que depois que o Ron saísse, ia cair um pouco, pois por incrível que pareça, ele realmente tinha boas idéias!
- Ei! Não falem mal do meu tio, não! – Disse James de repente, sorrindo.
- James?! – Perguntou Arthur assustado olhando em volta – Como você entrou aqui sem que ninguém visse?
- Entrei pela porta, ué! – Disse simplesmente espojando-se no sofá e fazendo um “paz e amor” para Fred no quadro – Papai, mamãe, Lily e Al já vêm, estão esperando papai estacionar o carro, mas eu não estava a fim de esperar tanto tempo!
- Não sabia que Harry era ruim de roda. – Admirou-se Lino gozador.
- Não posso falar muito sobre isso, sabe – James disse, completando depois pensativo – É ele quem me dá presentes. E para falar a verdade, ele não é tão ruim, mas se sai melhor enfrentando bruxos das trevas! – Disse sorrindo maroto.
- Obrigado pelo elogio, James! – Harry entrou com Gina, Lily e Alvo. – Continue me elogiando desse jeito e vamos ver que presente você vai ganhar. – Disse divertido
- BUUUUUM!
- AAHH! – exclamaram Moly, Gina, Fleur e Lily.
– Veio da cozinha! – exclamou Fred apontando. – E saiu ligeiro para seu quadrinho na cozinha.
Todos correram para lá. E ao chegarem, uns caíram na gargalhada e outros pareceram assustados com a cena.
A geladeira parecia ter explodido, pois ela estava inclinada para frente e a porta estava torta e chamuscada.
Todas as coisas que se encontravam dentro desta, agora estavam espalhadas no chão e o pequeno Fred estava, muito feliz, sentado, todo sujo e com um pote de sorvete entre as perninhas.
- A-amor, pega ele do chão, por favor! – Jorge, que estava rindo tanto que mal conseguia ficar em pé, fez sinal para Alicia.
- Eu? – Disse Alicia com os braços cruzados, dividida entre o riso e a raiva. – Eu avisei que isso ia acontecer, agora você pega ele e você limpa tudo!
- Não se preocupe, querida. – Disse Arthur rindo, levantando Fred do chão. – Eu limpo tudo. Pega ele Molly. – Estendeu para ela o pequeno Fred, que deu um gritinho de protesto por terem tirado o pote de sorvete de suas mãos.
Depois do susto e das risadas, todos foram para a sala, com exceção de Arthur que ficou na cozinha agitando a varinha e limpando tudo.
Com o passa das horas, mais pessoas iam chegando.
Neville chegou com sua noiva, Emma Martinez, que ele conheceu em uma excursão do curso de herbologia no México.
Foi um pouco difícil cumprimenta-los, já que traziam tantos embrulhos de presentes – a maioria umas plantas de aspecto esquisito.
Mas o que chamou mais a atenção de todos foi Luna, seu marido Ralph Scamander e sua pequena filha Luana, que entravam naquele momento pela porta da toca.
Os três tinham as roupas muito parecidas, um vermelho berrante com pequenas penas que variavam nos tons de vermelho, púrpura e amarelo.
A pequena Luana, que tinha a mesma idade de Fred, estava no colo de Luna e olhava para um ponto fixo no teto com muita curiosidade.
- É sim, Luana. – Disse Luna ajeitando os cabelos muito loiros da filha – Está cheio de ‘cupinelus africanos’ no teto!
- Nossa Luna! – Sorriu Gina se aproximando e tirando Luana do colo da mãe – Como ela cresceu!
- É mesmo. – Disse Luna – O Ralph e eu descobrimos que se colhermos as abóboras às oito e quinze da noite os ‘diatevits’ vão ter acabado de despejar seus sucos nelas naquele momento, deixando-as assim com o dobro de vitaminas, ajudando no crescimento das crianças.
- Ah sei. – Disse Gina apenas para ser educada - já que não tinha entendido nada do que a garota havia falado - colocando a pequena Luana no chão.
- TEM ALGUÉM AÍ? – Gritava alguém da lareira.
- Percy! – Disse Sra. Weasley deixando o pequeno Fred, que chupava um pirulito no chão e correndo para a lareira no canto da sala. – Como vai, filho? Está muito quente aí?
- Está sim mamãe. A América do Sul é realmente quente. – Disse ele. – Mas por melhor que seja esse calor eu queria estar aí com vocês.
- Ah filho! – Disse Sra. Weasley a beira de lágrimas. – Por que não liberaram você para o Natal?
- Não dava, mamãe. Estou tendo muito trabalho aqui! – Disse cansado.
- Deixe os outros falarem com ele, Molly! – pediu Arthur se aproximando. – Está se dando bem com o ministro daí, filho?
- Ele é bom. – explicou Percy. – Mas fala demais, estou sentindo falta do Kingsley.
- Mas você está aí a mando dele, não é? – Perguntou Harry chegando mais perto.
- É... não estou reclamando. – Percy apressou-se a dizer, querendo tirar qualquer impressão de estar questionando o Ministro. – Bem, tenho que ir. Não posso voltar pra casa, mas pelo menos vou sair com um pessoal do ministério que conheci aqui. Feliz Natal a todos! – E sumiu da lareira, deixando uma Molly triste mirando para as pequenas chamas que restaram.
- Não fica assim, mamãe. – Disse Gina dando tapinhas no ombro de Molly. – Pelo menos ele apareceu pra desejar feliz natal.
- É... – Respondeu Molly fungando.
Um “crack” nos jardins chamou a atenção de todos mais uma vez. Um rapaz alto, com o rosto em forma de coração, olhos castanhos claros e cabelos arrepiados rosa-berrante entrava na toca.
Bill cruzou os braços e fechou a cara. Victoire deu um sorriso enorme que murchou ao se deparar com o olhar do pai.
Ted entrou na toca, sorrindo, mas acabou tropeçando no tapete da entrada.
- Tapete idiota! – Esbravejou, se levantando rapidamente e sacudindo a roupa.
- Oi, Teddy! – Riu Harry indo até ele e quase sendo atropelado por seus filhos, que travavam uma batalha para ver quem falava primeiro com o primo. – Você demorou. E que cabelo é esse?
- Desculpa o atraso padrinho. Eu estava com minha avó, ela foi para um orfanato passar o natal com as crianças. E sobre meu cabelo – Disse depositando Lily no chão depois de um abraço apertado, enfiando a mão no bolso e pegando um pedaço papel. – Achei uma foto da minha mãe, ela estava com essa cor de cabelo. – falou baixando um pouco a voz.
Harry pegou a foto e viu Tonks acenando ao seu lado, de Ron e Hermione na sede da ordem há quase 23 anos atrás.
Ele se lembrou de quando tiraram essa foto. Foi no dia que ele foi julgado pelo ministério, Tonks disse que queria registrar aquele momento, pois um sortudo enfrentou um jurado inteiro contra ele, e ganhou.
Harry devolveu a foto para Teddy, que estava distraído, olhando para Victoire que sorria para ele sob o olhar matador de Bill.
Aproveitando a deixa, Harry puxou Teddy para um canto.
- Ted... filho, – Começou Harry sem jeito. – Você e a Vicky...
- Eu não sei exatamente. – apressou-se a responder o garoto - Nós saímos algumas vezes. E eu acho que gosto mesmo dela, sabe. Ela é muito bonita e muito legal, não tem como não gostar dela. Eu sei que fomos criados como primos e tudo mais, mas o que eu posso dizer? Aconteceu. – Disse de uma vez num fôlego só.
- Isso é bom! – disse Harry atrapalhado - Embora vocês tenham sido criados como primos, vocês não são realmente, fica tranqüilo.- e completando - Mas ela é muito novinha, você não acha? – Perguntou.
- Bem, é eu sei. – Disse meio sem graça. – Mas o que eu posso fazer? Eu não escolhi gostar dela. – exclamou olhando Harry desafiador.
- Por mim tudo bem. – encolheu os ombros - Eu confio na educação que eu e sua avó te demos, você não faria nada de mal a ela, tenho certeza. – Disse sorrindo – Mas Bill não tem...
- Ele não está gostando nada dessa história, não é? – Perguntou Ted olhando para Bill, que permanecia com os braços cruzados olhando pra ele.
- Nem um pouco. – suspirou Harry – Você vai ter trabalho... É com um Weasley ciumento que está lhe dando... Eu tive que me virar com seis um dia, sabe... – completou em um tom consolador.
- Vai valer a pena. –Ted olhou confiante para Victoire.
Neville e Emma estavam tendo trabalho para separar os presentes que não eram plantas, já que eles embrulharam e se esqueceram de colocar nomes.
Serem observados de perto pelas crianças, que tentavam saber o que ganhariam e toda hora metiam as mãos para sacudir os pacotes, não estava ajudando muito.
Luna estava muito empolgada sentada no tapete da sala contando para todos as novas descobertas que ela e o marido haviam feito e sobre a nova edição d’O Pasquim.
- Então os ‘girassóis da patagônia’ quando bocejam, soltam um polém que produz uma poção do sono e poções calmantes bem diferentes das poções comuns. – Dizia ela para os atenciosos amigos, que embora olhassem para ela, não se podia dizer que estavam realmente prestando atenção no que ela falava.
Pareciam estar mais interessados no esforço que ela fazia tentando botar Luana para dormir.
A menina não parecia estar com sono, continuava olhando o teto e puxava o cabelo da mãe cada vez com mais força. Até que ela desistiu e a colocou no tapete ao lado do pequeno Fred, que observava Luna concentrado, sem se mexer, com o pirulito parado na boca, fazendo assim com que ficasse todo babado. Ele tinha o olhar vidrado e parecia hipnotizado com as penas na roupa dela.
Ficaram conversando por algum tempo até que ouviram uma pequena discussão do lado de fora, no que Fred sorriu de seu quadro e anunciou alegre:
- O Roniquinho e sua grande família de boxeadores chegou!
A porta da Toca se abriu e todos puderam tomar parte na discussão que Granger-Weasleys trouxeram para dentro.
- É claro que foi culpa sua, Hugo! – exclamou Rose irritada – Se você não tivesse me dado um banho de catchup a gente já teria chegado!
- Se você não tivesse demorado uma hora tomando banho, a gente já teria chegado! – rebateu Hugo vitorioso.
- Parem com isso, por Deus! – pediu Hermione cansada jogando os embrulhos de presentes em cima do aparador perto da porta – Vocês vieram falando a mesma coisa desde que saímos de casa até aqui!
- Mas é verdade, mamãe! – Disse Rose e se virou para Hugo de novo. – Eu demorei porque tinha catchup por todas as partes do meu corpo graças a você e inclusive no meu cabelo graças ao papai!
- Você é muito fresca! – Disse Hugo rindo.
- Eu não sou fresca! – Rose deu um passo em direção a ele.
- Da-lhe os boxeadores! Que chegaram para animar a festa! Vai Rosie, vai Rosie, vai Rosie! – Fred parecia ter começado uma pequena dança da chuva em seu quadro.
- Vai me socar como fez com aquele garoto? – Perguntou Hugo desafiador, escondendo o nervosismo.
- Você duvida? – Perguntou Rose se aproximando mais.
- JÁ CHEGA! – Gritou Ron e eles pararam na hora, olhando para o pai.
Para Ron gritar daquele jeito, eles estavam passando mesmo dos limites – Não sei se vocês já perceberam, mas nós já chegamos, já entramos e todos estão assistindo à ceninha ridícula que vocês estão fazendo, então se vocês não querem passar o natal de castigo, juntos, é melhor pararem com isso!
Os dois abaixaram a cabeça. Todos ficaram imóveis olhando de Ron para eles. Menos o pequeno Fred, que enfiava quase seu pirulito inteiro na boca de Luana, mas a menina não demonstrava reação alguma, apenas continuava observando o teto.
Hugo e Rose foram se juntar a Alvo e Lily que jogavam uma partida de snap-explosivo no outro canto da sala desde que chegaram, tendo parado apenas para desembrulharem presentes, rirem das plantas esquisitas de Neville e da roupa dos Lovegood que agora eram Scamander.
- Olá pessoal! – Uma cabeça flutuante na lareira os tirou da situação estranha que se encontravam. – Que caras são essas?
- Charlie! – Disse Arthur se ajoelhando perto da cabeça do filho – Como vai tudo?
- Vai muito bem! Nossa, a casa está cheia! – falou com uma pontinha de inveja. – Aqui só estamos eu e a Katie.
- E quando você vai trazer a Katie aqui?- Perguntou Molly esperançosa – Vocês podiam ter vindo pra cá hoje.
- Teremos que trabalhar amanhã, mamãe, e ficamos até ainda a pouco na casa dos pais dela. Ano que vem eu tento ir e... Teddy?! – exclamou - Desde quando você usa cabelo rosa? – Perguntou surpreso.
- Desde hoje – Respondeu rindo sem graça – Gostou?
- Na sua mãe essa cor era legal, sabe... Ela era mulher e bonita... E você não! – disse gargalhando – Por falar em mulher bonita, Teddy, estou sabendo de um romance aí e... – Mas o olhar mortal de Ted o fez se calar. Tarde demais.
- Era exatamente sobre isso que eu queria falar. – Disse Bill e no que Ted e Victoire perderam a cor, ficando mais brancos do que já eram. – Eu sinceramente não gosto muito desse namoro de vocês!
- Bill, porr favorr... – Fleur tentou intervir, mas Bill continuou.
- Ela só tem quatorze anos, Ted e você tem dezenove! – explicou Bill – Você é um homem e ela é uma criança!
- Eu não sou uma criança! – Victoire se levantou.
- Eu não sou um homem! – Ted se levantou também e todos o olharam assustados.
- Quero dizer... Ah... Vocês entenderam... – gaguejou atrapalhado – eu sou mais um adolescente, sabe.
Bill sacudiu a cabeça e continuou para Victoire.
- É uma criança sim! Ele tem um ritmo diferente do seu, Vicky, ele quer coisas diferentes do que você quer!
- Calma aí, Bill – Disse Harry entrando na conversa. – Acho que você está exagerando, o Teddy é um bom rapaz. Eu confiaria minha vida a ele, tenho certeza que ele não fará nada de mal à Vicky.
- Pelo menos nada que ela não queira – Falou Gina, mais para ela mesma que para os outros. E Hermione lhe cutucou as costelas.
- É verdade Bill. – Disse Mione entrando na conversa. – Ele é um ótimo menino, não teria genro melhor que ele. Mesmo ele sendo um pouquinho mais velho que ela.
- Esses Lupins e a mania de mulher mais nova... – Disse o quadro de Fred fingindo indignação.
- Eu voto para que eles fiquem juntos! – Disse James, seguido de vários “eu também” de seus irmãos e primos – que agora prestavam bastante atenção no assunto – e de Charlie na lareira.
- Já está decidido. Ela é muito nova para namorar. Se daqui algum tempo ela quiser ficar com ele por mim tudo bem. Mas agora, com quatorze anos não. – Disse definitivo.
- Eu tinha quatorze anos quando comecei a namorar. – Disse Gina na defensiva.
- Mas seu namorado não tinha dezenove anos, tinha? – Perguntou Bill a mirando inquiridor, no que Gina riu debochada.
- Eu espero. – Disse Ted de repente cortando os dois – Espero o tempo que for necessário.
- Ótimo então, assunto encerrado. – finalizou Bill.
Victoire olhou de Ted para Fleur esperando que ela falasse alguma coisa. Como não falou nada ela se virou e saiu para os jardins da toca.
Todos ficaram se olhando, apreensivos, por um tempo e Ted se virou e saiu para os jardins também. Bill fez menção de seguí-lo, mas foi impedido por Fleur, que o segurava firme pelo braço.
- Não, Bill. Deixe el’s conversarrem.
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- Vicky? – Disse Ted se aproximando cauteloso, pois estava com medo de tropeçar de novo, já que a menina havia escolhido um canto particularmente cheio de mato e arbustos para se sentar.
- Vai embora! – Disse ela de trás da árvore com a voz trêmula e secando as lágrimas – Quando eu “crescer” você vem falar comigo!
- O que você quer dizer? – perguntou agora mais perto
- Você disse para meu pai que ia esperar eu crescer, não é? – Victoire levantou –se e bateu na roupa com a mão para tirar a terra - Então fique esperando. – Disse virando de costas para ele.
- É... eu falei. – sussurrou Ted receoso a abraçando pelos ombros. – Mas eu não sei se realmente quero esperar... não sei se consigo.
- Mas você disse que ia, quero dizer, você quer continuar saindo comigo escondido? – Perguntou surpresa e olhando o garoto de esguelha para ver sua reação.
- Não, na verdade não. – a menina pareceu murchar.
- O que eu quero na verdade, é que você seja minha namorada. – completou Ted fracamente - Contando que seu pai não saiba. – apressou-se a dizer - Você quer? Você aceita ser minha namorada secreta?
- E - eu... É claro que eu quero! – exclamou ela virando-se de frente para ele e pulando em seu pescoço. – Você está me induzindo a mentir, senhor Lupin?
- Ah, eu sou um herdeiro direto de um maroto, não é? – Disse sorrindo e abraçando-a mais apertado. - E mentir é muito forte... omitir é melhor. – brincou juntando seu rosto ao dela.
- Teddy não! – brigou ela se afastando – Se meu pai sair e nos vir, vamos ter que terminar e esse vai ser o namoro mais curto da história.
- Ele não vai sair. – murmurou a puxando de volta para seus braços – Todos acham que nós estamos discutindo o melhor modo de esperar você crescer. – E a abraçou. – O que não é mentira. – sussurrou acabando com os centímetros que os separavam e selou seus lábios nos dela.
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- Eu estou com fome! – Disse James, que estava no antigo quarto de Ron com seus irmãos e seus primos.
- Você está sempre com fome. – Disse Alvo, que disputava uma partida – perdida – de xadrez bruxo com Hugo.
- É, mas a gente poderia já estar comendo se não tivesse que esperar a conversa dos dois lá fora! – Disse James apontando a janela que dava para os jardins. – Isso se estiverem mesmo conversando, o que eu duvido.
- E o que eles estariam fazendo então? – Perguntou Lily, distraída, lendo uma revista de quadribol que achou jogada no chão.
- Nada Lily, nada. – Disse Alvo lançando um olhar mortal para James.
- Claro que estão! – exclamou Rose do chão onde estava deitada alternando entre ler um livro de Defesa Contra as Artes das Trevas e assistir a partida de xadrez – Eles acabaram de ter que terminar!
- Se eu tivesse uma namorada como a Vicky, eu não terminaria – suspirou James se jogando na cama.
- Eu nem ligo se eles vão se casar e ter filhos ou não. – Disse Hugo se levantando e se espreguiçando, agora que tinha vencido Alvo gloriosamente – Eu sei é que eu também estou com fome e vou pegar algo na cozinha.
- Hugo, não inventa! – Disse Rose largando o livro de lado. – Ninguém vai te dar nada pra comer antes do jantar, e se você pegar e descobrirem vão brigar. E para mim já chega de bronca nesse Natal. E no próximo e no próximo também.
- Ai ,Rose, você é muito chata. – Disse Hugo abrindo a porta. – Quem vai comigo?
Todos se levantaram e saíram com Hugo. Rose continuou sentada por um tempo e se levantou. “Eu sei que não vai dar certo!” pensou.
Eles passaram agachados pela sala onde todos estavam, mas ninguém pareceu notar a presença deles. Entraram na cozinha e viram todas as comidas e sobremesas que iriam ser servidas. Hugo pegou o pote de biscoitos e dividiu com todos.
- Achei que você não queria, irmãzinha. – zombou Hugo mostrando a língua.
- Cala a boca! – Respondeu Rose faminta pegando mais um biscoito.
Enquanto comiam distraídos, o pequeno Fred, cansado de tentar contato com uma Luana decididamente viciada em “tetos”, entrou na cozinha.
Ele olhou para o seu pirulito - que por mais que ele chupasse e Luana desse umas pequenas lambidelas - continuava do mesmo tamanho e em seguida olhou para os meninos comendo biscoito.
Ele largou seu pirulito no chão e andou até Rose.
- “Oto, oto!” – Disse Fred apontando para a mão de Rose.
- Eu acho que ele quer biscoito, gente. – Disse Rose. – Dou pra ele?
- Melhor não. – advertiu James. – Ele pode não querer jantar depois, daí a tia Alicia mata a gente.
- Então não vou te dar, desculpa. – Disse Rose dando tapinhas na cabeça dele.
Fred olhou para a cara de cada um ali, como viu que ninguém iria fazer o que ele queria começou a chorar e a gritar.
Conforme ele ia gritando todas as coisas que estavam na mesa começaram a levitar e o pote que estava na mão de Hugo estourou, fazendo um grande corte na sua mão e os biscoitos levitarem junto com os talheres e a metade das comidas.
Fred, que chegara ao seu quadrinho na cozinha atraído pelo barulho, olhava admirado e assustado toda a cena.
Rose tentava acalmar o pequeno Fred, que gritava cada vez mais alto e fazia mais pratos levitarem. Logo, todos, inclusive Ted e Victoire, que já tinham entrado, apareceram na cozinha correndo.
Eles olhavam desacreditados a cena e até mesmo Luana, no colo de Luna, pareceu finalmente desviar o olhar dos ‘cupinelus’ no teto e riu gostosamente para Freddy.
- O que está acontecendo aqui? – Perguntou Molly, que fez um floreio com a varinha fazendo tudo voltar para o lugar e salvando a ceia.
- O que aconteceu com sua mão, Hugo? – Disse Hermione, tirando com dificuldade a varinha da bolsa e puxando ele para perto. – Episkey – Disse apontando para o corte, que se fechou.
- E o que aconteceu? – Perguntou Jorge, que havia pego um sorridente Fred no colo.
- A gente estava com muita fome e como vocês adultos não parecem ter fome nunca, resolvemos comer alguma coisa. – Disse James tentando encerrar o assunto.
- Foram comer besteiras sabendo que iam jantar? – perguntou Gina – Mas eu ainda não entendi como tudo foi parar no ar.
- Foi o Freddy, não demos biscoito a ele com medo de lhe arruinar o apetite e ele fez tudo voar e o pote de biscoito explodir. – explicou Rose de uma vez.
Alvo e Lily agacharam-se catando os pedaço de biscoito que ainda estavam no chão.
- Ele gosta de fazer coisas explodirem, não? – Perguntou Harry divertido.
- Lá em casa quase tudo já explodiu. – Disse Jorge orgulhoso.
- Podemos comer agora? – Perguntou James esperançoso.
- Falou Ron - o retorno. – Disse Bill e todos riram.
Toda a família e amigos foram para a mesa de jantar que estava posta nos jardins da Toca.
Fred saiu de seu quadro na cozinha, passou pelo da sala e se dirigiu para uma moldura que estava pendurada do lado de fora da Toca, na parede perto de onde se encontrava a mesa.
Todos comeram e beberam, conversaram e riram, sob o céu milagrosamente estralado para aquela época.
Até guerra de comida teve durante o jantar, sendo incitada por Fred, iniciada por James e terminada por uma irritada Hermione.
A única coisa que intrigou a todos ali, foram Ted e Victoire.
Eles estavam felizes demais para quem acabou de ser forçado a terminar um namoro.
Brigas, discussões, explosões, risadas e diversão.
Realmente foi um digno Natal na Toca.
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- Noitibus não, papai! – Suplicou Alvo – Aparata com a gente.
- Deixa de ser bobo, filho! – Disse Harry – Não é tão ruim assim, não é, Ron?
- Quer mesmo que eu responda? – perguntou Ron lembrando-se de quando andou pela primeira vez naquele ônibus bruxo.
- Se não fosse tão ruim a mamãe e a tia Mione teriam vindo também, mas disseram que TERIAM que ficar com Hugo e Lily em casa. – acusou James emburrado. – como se eles precisassem de babás.
- É mesmo, nem o tio Bill e nem a tia Fleur quiseram vir acompanhar a Vicky. – ajudou Rose.
- Eu estou louca para andar! – Disse Victoire animada.
- Você diz isso agora! – Disse Ron – Isso está mais para um liqüidificador ambulante do que para um meio de transporte.
Harry sorriu e estendeu a varinha para a rua. Quase que no mesmo momento um ônibus enorme roxo berrante se materializou na frente deles.
- Bom Dia! – Disse um bruxo jovem, alto e gordinho. – Bem vindos ao Noitibus Andante, o transporte de emergência para bruxos e bruxas perdidos. Sou Roger Herek e serei seu condutor. Para onde vocês... Espera, você é Harry Potter! – Disse sorrindo bobamente para Harry.
- Nós queremos ir para Hogwarts – Disse James, desviando o olhar de Roger.
- Ah claro! – e voltou ao que estava fazendo – São onze sicles cada um, mas se derem...
- A gente sabe, a gente sabe! – Disse Ron impaciente – Não queremos escovas de dente. Vão subindo. – Disse para as crianças.
Harry e Ron pagaram e subiram com as malas. Eles sentaram no fundo do ônibus.
- É melhor se segurarem. – Disse Ron que tinha uma expressão tão assustada quanto a dos outros, com exceção de Victoire, que parecia ansiosa.
Eles viram Roger se sentar ao lado do motorista e com um estampido o Noitibus começou a correr. A cada curva eles eram jogados no chão. Alvo e James estavam agarrados cada um em um braço de Harry, Ron parecia estar ficando verde e Rose parecia ter batido a testa em algum lugar, pois tinha um galo se formando lá.
Apenas Victoire estava se divertindo. Ela tentou ficar em pé, mas como caiu, agora ela se limitava a tentar não se segurar.
Alvo e James estavam agarrados cada um em um perna de Harry, já que não conseguiam mais sair do chão, ficaram por lá mesmo.
O Noitibus parou fazendo mais uma vez todos irem ao chão. Eles desceram em frente à estradinha que guiava ao portão de Hogwarts.
- Nunca mais! – Disse Rose saindo esfregando a testa, que agora tinha um visível e vermelho galo.
- Eu acho que não estou bem... – Disse Ron fracamente e decididamente verde.
- Eu quero ir de novo, isso é demais! – Gritou Victoire alterada, e todos olharam espantados para ela.
- Esse feriado passou tão rápido. - Disse James observando o portão de Hogwarts se abrir para eles.
- É melhor vocês entrarem logo. – Disse Harry puxando James e Alvo para um abraço.
Ron deu um beijo em Rose e brincou enquanto a garota se afastava com os primos – Nada de socos esse período, ok?! – Ela riu e sinalizou que sim com a cabeça.
Todos deram um tchauzinho com as mãos.
Harry e Ron viram os portões de Hogwarts se fecharem.
- É isso aí! – suspirou Harry.
– Vamos nós! – completou Ron.
E com um “crack” desaparataram.
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AGRADECIMENTOS: By Bia ( Agora completos )
Daniela Paiva – Pois é, o mistério de ephram.. heheheh.. Que bom que vc está gostando! Continua acompanhando! Bjusss
Mione Malfoy – Eu aaaamo escrever sobre os adultos.. heheh.. Que bom que vc ta gostando.. continua vindo! Bjusssss
Nyna Black – Muito obrigada! Que bom q vc gostou! Pois é, não dá pra não se inspirar nas brigas de R/Hr. hehe.. Continua acompanhando, tá? Bjusss
Luisa k. Malfoy {N} – Que boom que vc gostou!! :D. Que bom q vc arranjou um tempo d ler.. hehe.. agora arranja um tempinho pro cap novo! :D.. Bjusss
Chris Black – Q booom q vc ta gostando! Como a Lana já disse, o ator q faz o Ted é o jake gylenhaal. Bjããão!! Continua acompanhando!! Ah. E é claro q vc pode fazer uma fic parecida.. hehe. Já tem outras pela floreios! Ah, só te peço para não usar os P.O’s, td bem? bjussss
veronica malfoy – Simplesmente maravilhosa? Desse jeito eu fico metida.. hehehe. Continua acompanhando, please!! Bjusss
Flá – Q bom q vc gostou! Eu amo escrever sobre o Ron.. eu aamo o ron.. *-*.. A intenção do james é essa msmo, meio fofo, meio safado.. hehee. Bjooo e continua acompanhando!
Madalena – Ta ae o proximo!! :D Q bom vc gostou!! Continua acompanhando, tá? bjuuu
*Lari Forrester Black* - kkkkkkk Amei seus coments!! Qnt a capa, méritos mais uma vez da Lana. Eu ia ajudar a fazer, mas sabe o q aconteceu? Ela me expulsou da casa dela pra eu terminar de escrever o capitulo!! Kkk.. Má ela, não? Qnt as perguntas.. se eu responder perde a graça! Hehe. Bjus e continua vindo!!
Ginny potter – Que bom q vc gostou!! Ta ae a continuação. Continua acompanhando! Bjussss
Alexandra Zabini – Q bom q vc ta gostando... Eu comecei a ler a sua, por enquanto eu to adorando! Vou continuar acompanhando e vc continue tb! Bjusss
Laira – Poxa, obrigada! E q honra, a 1ª... Fico feliz q tenha gostado. Continua acompanhando! Bjusss
andressa domingues - Nossa! Q bom q vc gostou tanto! E q honra ser a 1ª fic vc le dpois d DH, fico feliz! Continua acompanhando! Bjuss
Renata – Q bom q vc gostou e tá ae o 5. Eu amo escrever sobre eles, O ron e a Mione são d+ cara, eu os aaamo!! *-*.. bjus e continua acompanhando!
J. M. Flamel - Q bom q vc gostou! Eu adoro seus coments, são tão proficionais... hsuahsuahs..
Eu já fui dar uma olhadinha nas suas fics, mas ainda não decidi por qual começar. Hehe. Em breve eu terei lido todas! :D. Bjusss
Alícia Spinet – Ta ae o cap novo, e Fico feliz q vc tenha gostado! Continua vindo, tá? bjusssss
Marykye – Huahuahua.. pod dxar q eu num vo dxar ele sofrer não, eu tb o amo.. hehehe!! Bjusss
ribeiro – Q bom q vc gostou, pod dxar q assim q der darei uma passadinha lá! Bjusss
Michelle Freire – vlw!! \o/. assim q der passo na sua. Bjussss
**André Pessoa** - Obrigada pelos elogios a fic, fikei toda boba... heheh... Perguntas pipocam, é? Hehehh.. continua acompanhando q em breve eu respondo td... :D:D. bjusssss
Continuem comentandooooo!!!!!!!!!!!! bjusss
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