C’est Magique!



Gina acordou após um tranqüilo sono. Era bom dormir tão bem, e o vinho da noite anterior também havia ajudado. Abraçada ao enorme e fofo travesseiro, quase não acreditava que estava naquela cama maravilhosa. Sentia-se como uma princesa. Só lhe faltava sua filha ao seu lado. Sabia que a menina adoraria estar ali. Levantou-se e foi logo abrir as pesadas cortinas. Deparou-se com o sol delicado, brilhando por detrás da Torre Eiffel. Era um paraíso realmente. Imaginou o quão burra teria sido se tivesse negado ir para aquele incrível lugar viver aquela extraordinária experiência. Como Draco avisara, naquele dia teriam apenas uma reunião à tarde. Era a oportunidade perfeita para conhecer a cidade. Pegou um vestido branco e, como o tempo parecia um tanto frio, pegou também um suéter rosa e foi se arrumar. Caminhou alegremente até o banheiro e parou na porta, olhando para dentro. Aquela banheira não se comparava à de seu humilde apartamento. Na verdade, nada ali se comparava. Então, tinha que aproveitar. Abrindo a porta do pequeno armário, não pensou duas vezes antes de pegar os sais de banho. Naquele clima, a idéia de se mergulhar na água quente era extremamente tentadora. Preparou o banho e, vendo que a água estava na temperatura ideal, despiu-se e rapidamente entrou na banheira, deixou somente a cabeça para fora. Poderia adormecer ali mesmo. Só depois de quase meia-hora saiu. Foi um sacrifício horrível para ela, mas infelizmente não poderia ficar ali pelo resto do dia, por mais que quisesse. Vestiu-se rapidamente antes que congelasse. Pegou a escova de cabelo e voltou para o quarto. Pegou o celular que estava em sua bolsa. Queria muito falar com a filha. Nunca passara tanto tempo longe dela. Ia começar a discar quando escutou um estranho barulho vindo da lareira, logo atrás dela. Virou-se rapidamente e viu uma estranha chama surgir, que aos poucos foi tomando a forma do rosto de Hermione. Aproximou-se.
- Gina! Como você está?! – A imagem de Hermione com um enorme sorriso perguntou.
- Ótima! Eu ia ligar pra sua casa agora.
- Rony ficou com medo de acabarmos errando o quarto, mas conseguimos. Diana quer muito falar com você.
- Eu também! Eu quero vê-la. – dizia ansiosa. Hermione desapareceu e Diana, ainda com os cabelos desarrumados e vestindo sua camisola rosa surgiu, com um gigante sorriso. – Meu amor!!
- Mamãe! Tô com saudades, como você tá? É bonito aí? E o Draco? Cadê ele?
- Calma, amorzinho. Eu também estou com saudades. Aqui é muito bonito sim, um dia trago você aqui. Draco está no quarto dele.
- Fala que eu mandei um beijo, tá? – A menina sorridente dizia, sem conseguir parar de se mexer, quase elétrica. Parecia estar se divertindo muito.
- Ok, eu mando o beijo. Você está se comportando direitinho?
- Como sempre, mamãe.
- Eu acredito. – Fez cara de desconfiada, sorrindo. – Chame a sua tia para mim, sim?
- Tá bom. – Colocou uma das mãozinhas sobre a boca, beijou-a e depois esticou o braço para frente, lançando um beijo para a mãe. – Tchau, mamãe.
- Tchau, anjinho. – Fez igual à filha, mandando um beijo para ela.
- Pode falar, Gina. – Hermione falou ao aparecer novamente.
- Como está Rony? Ainda está chateado comigo? – perguntou, parecendo agora chateada, lembrando do que acontecera no dia anterior.
- Não. – A morena olhou para os lados e pareceu se aproximar mais. – Ontem Harry esteve aqui, os dois conversaram e ambos parecem melhores. – continuou em voz baixa, não querendo que ninguém escutasse. – Você tem que voltar logo. Harry tem grandes surpresas pra você.
- Boas? – indagou, curiosa.
- Bem, – começou, um tanto hesitante. – eu acho que sim, mas só você poderá dizer. Tenho que ir, as crianças nem tomaram café ainda. Fique bem e juízo. – Sorriu, com um olhar mais sério, sabendo muito bem ao que se referia, e Gina também o sabia.
- Eu sei. Tchau. – Deu um leve aceno e a imagem de Hermione, após sorrir, desapareceu junto com as chamas que se apagaram. – Juízo... – repetiu para si mesma, muito pensativa.
Após ter falado com a filha, guardou o celular que a pouco havia pegado e, pegando a escova de cabelo que trouxera do banheiro, foi até o espelho e começou a pentear os cabelos, imaginando a que surpresa de Harry Hermione se referira. Não tinha idéia do que poderia ser, mas, de qualquer forma, só saberia quando chegasse. Terminava de se pentear quando escutou batidas na porta. Colocou a escova sobre uma mesinha e foi abri-la. Ficou surpresa ao ver a figura de Draco, com um meio sorriso nos lábios.
- Bom dia. – Ele a cumprimentou, as mãos repousadas no bolso.
- Bom dia. – Sorriu, vendo o homem que vestia uma calça escura, uma camisa azul e um pesado casaco preto. Para ela, era estranho e ao mesmo tempo agradável vê-lo sem o terno e a gravata que o deixava tão sério, como ela estava costumada.
- Vim te convidar para tomar café em um pequeno restaurante aqui, e depois posso te levar para conhecer a cidade. O que acha?
- Ok. – concordou, sem saber ao certo o porquê. De fato, não seria ruim conhecer a cidade com alguém que já a conhecia, mas passear por Paris com Draco não parecia uma idéia muito sensata. De qualquer maneira, já havia aceitado e não voltaria atrás. Encarou-o por alguns segundos. – Um minuto. – Entrou, deixando a porta aberta. Pegou a escova e voltou para o banheiro. Deu um retoque no cabelo, passou um batom, coisa que antes não pretendia fazer. Voltou, pegando sua bolsa e a chave do quarto. – Vamos?
Ele concordou, dando espaço para que ela passasse primeiro. Os dois desceram pelo elevador até a recepção. Tentaram disfarçar, mas logo no corredor, ao sentirem o perfume um do outro, lembraram-se da noite anterior, cada um ao seu modo. Quando chegaram ao térreo, desceram do elevador e saíram rapidamente antes que algum conhecido os visse e atrapalhasse seus planos.
Caminhando pelas ruas calmas da manhã de Paris, com o Sol tão suave que apenas iluminava, os dois conversavam sobre coisas triviais, como o trabalho e comentários soltos sobre o lugar. Eram palavras quase mal pensadas, afinal, os dois mantinham o pensamento muito distante. Pensamentos que acabavam por se encontrarem na satisfação de estarem juntos em um lugar tão bonito, mas também na tristeza por saberem que estavam tão distantes, mesmo estando tão perto. Era uma situação muito complicada que nem ao menos os dois podiam entender ou explicar.
- É aqui. – Draco apontou para uma pequena locação entre dois grandes restaurantes, onde tinha uma entrada de madeira e algumas mesinhas também de madeira do lado de fora. – É um lugar muito especial. Quando entrar e conhecer vai entender porque, sendo tão pequeno, sobrevive entre dois dos maiores restaurantes da cidade.
Draco abriu a porta para que ela entrasse primeiro e foi logo atrás. Olhando, Gina não achou nada demais. Havia apenas uma bancada com duas moças atendentes e algumas mesas. Viu, mais ao fundo, uma porta de vidro com uma palavra em francês que ela não entendeu.
- Sabe falar francês? – Ela perguntou rindo. – Porque eu não entendo nada e não vou saber pedir.
- Não vai precisar. Venha comigo. – Puxou-a pela mão até próximo da porta, encontrando um velho senhor, com a cabeça muito branca, a pele clara e grandes óculos sobre seu nariz fino. O idoso viu Draco e apertou os olhos, como se fizesse força para poder enxergar melhor e reconhecê-lo.
- Draco Malfoy! – O velho exclamou, passando por Gina e envolveu Draco em um abraço saudoso. – Quanto tempo, rapaz!
- Como o senhor está? – indagou, parecendo mais retido que o homem.
- Feliz em revê-lo. – Olhou para o lado e viu a ruiva, que olhava distraidamente em volta, com os braços cruzados sobre o corpo, sentindo-se constrangida. O velho encarou Draco após fitá-la e levantou os ombros e as mãos, como se perguntasse quem era.
- Ela pode entrar comigo. – afirmou, dando uma piscadela. Gina, voltando a atenção aos dois, não entendeu o gesto. – Esta é Ginevra Weasley.
- Muito prazer, eu sou Frank Marientidis, o dono daqui. Seja bem vinda a freqüentar nossa área reservada. – Apontou para a porta logo atrás, que antes Gina vira, fazendo com que a curiosidade da ruiva só aumentasse. – Allez de nouveau au travail! – O velho gritou de repente para detrás dos dois, que se viraram rapidamente para verem o que era. Gina viu as duas moças, que estavam apoiadas no balcão muito distraídas entre suspiros observando Draco, levantarem rapidamente. Ela as encarou furiosa. “Bando de oferecidas!” pensou aborrecida e voltou-se para o velho. – Sempre é assim. É só Draco aparecer aqui que essas meninas não conseguem mais trabalhar. Mas também, um rapaz tão formoso... E todo rapaz belo sempre encontra uma moça bela. – Referiu-se com uma piscadela a Gina, que, muito envergonhada, apenas sorriu e acenou negativamente.
- Não, Frank. Ginevra trabalha comigo apenas.
- Ahm... – Pareceu um pouco desapontado, mas logo depois abriu um sorriso. – Mas entrem, escolham uma mesa e eu pessoalmente irei atendê-los. – Abriu a porta para que eles passassem.
Gina, ao entrar, ficou muito surpresa. Observou o lugar que por fora mal parecia caber mais de duas mesas, mas era enorme. Havia mais de vinte mesas, com alguns bares em torno e uma enorme bancada principal. Também tinha mais ao fundo mais de quatro lareiras. Já naquela hora do dia estava muito cheio. Metade das mesas estavam ocupadas e muitas outras pessoas estavam de pé, escutando o piano tocar sozinho enquanto alguns elfos corriam para atender todos.
- Entendeu agora por que ele é especial? – Draco perguntou, vendo a admiração da ruiva.
- Com certeza...
Sentaram-se numa mesa próxima do piano encantado. Poucos segundos depois Frank apareceu.
- O que vão querer? – perguntou com uma caderneta na mão e uma caneta na outra.
- Um bom café da manhã com direito aos seus pães para entrarmos no clima da cidade.
- Sei muito bem o que tem em mente. Já volto.
O homem deu uma piscadela e se afastou, entrando por uma porta, onde parecia ser a cozinha. Gina rodou o olhar mais uma vez pelo local. Era agradável estar no meio de tantos bruxos, sem ser sua família, depois de tanto tempo. Observou o piano que tocava uma música animada. Ali era um bom local para se começar o dia. Todos pareciam se conhecer, mas, curiosamente, poucos realmente pareciam franceses. Quando viu na lareira um labareda verde surgir seguida de um homem, entendeu. Todos deviam passar por ali enquanto viajavam. Viu Draco brincar distraidamente com um palito. Quis falar algo, para puxar conversa, mas não tinha idéia do que falar. Sua garganta parecia fechada e seus lábios teimavam em não abrir. Quando sentiu que estava prestes abrir sua boca com as próprias mãos, um elfo se aproximou com duas bandejas flutuantes que pousaram na mesa dos dois. Gina agradeceu mentalmente pelo fim daquele silêncio. A comida havia chegado numa boa hora.
- Aqui está. – O pequeno disse timidamente. – Bon appétit.
- Obrigada. – Gina sorriu muito simpática e passou a mão carinhosamente na cabeça do elfo, que sorriu muito feliz também e saiu pulando. Ela sempre tivera simpatia por aquelas criaturas e gostava de vê-los quando eram elogiados.
- Sempre educada... – Draco comentou, sem olhá-la, ao pegar a xícara de café ao lado da cesta de croissants.
- Sempre mesmo. – Ela disse e pegou a outra xícara, lançando-lhe um sorriso. Provou o café e, fazendo uma careta, pegou o açúcar e pôs alguns torrões. – Você ainda tem algo contra elfos, Malfoy? – indagou provocativa ao tomar um gole de seu café.
- Nunca tive nada contra elfos, desde que estejam no lugar deles. – Bebericou a xícara e pegou outro pequeno croissant, enfiando-o na boca.
- Ah, Malfoy. – Revirou os olhos e também pegou um pão.
Após tomarem o café em silêncio, terminaram de escutar a música que tocava e se levantaram. Estavam se encaminhando para a porta quando Frank apareceu.
- Já vão? – perguntou, quase indignado.
- Sim. Quero levar Ginevra para conhecer a cidade e a tarde ainda temos uma reunião. – Draco falou e meteu a mão no bolso, pegando sua carteira.
- Ah, non. Foi por conta da casa. – Frank se apressou em dizer e quando viu que Draco ia contestar, continuou. – Draco Malfoy, vá embora e volte para jantar depois. Aí sim, se quiser, pode pagar. – Voltou-se para Gina e estendeu a mão. Ela fez o mesmo e ele lhe beijou levemente a mão, muito cavalheiro. – Mademoiselle, foi um prazer conhecê-la. Espero que volte sempre aqui.
- O prazer é meu. – Ela disse com um sorriso tímido.
- Frank, pare de ser tão galanteador. Ela é muito nova para você. – disse rindo e abriu a porta para que a ruiva passasse, e ele logo atrás.
- E por que só você pode? – O velho brincou, fechando a porta atrás dele. – Não demore a voltar rapaz.
- Oui Monsieur. – Apertaram as mãos e depois deram um forte abraço. Gina logo percebeu que pareciam ter um carinho muito grande um pelo outro. Foram em direção à porta. Antes de sair, Draco acenou para a bancada onde as atendentes o fitavam encantadas. – Au revoir.
- Au revoir, Draco. – As duas disseram em uníssono, com um forte grave na última sílaba de seu nome.
Antes de sair pela porta que Draco segurava, Gina deu mais uma olhada fuzilante para elas. “Oferecidas!” pensou indignada com as francesas, e saiu irritada, andando na frente do homem. Quando ele se aproximou, respirou fundo. Não poderia demonstrar o que sentia. E, além do mais, estava em Paris e a última coisa que queria era ficar chateada. Abraçou a si mesma sentindo um vento frio bater.
- Você é bem conhecido aqui. – Ela comentou, ainda abraçada a si mesma, olhando para um chafariz mais à frente, onde havia duas crianças brincando. Sorriu ao se lembrar da filha.
- Estive aqui algumas vezes, e Frank se tornou um grande amigo. – disse com o olhar perdido, lembrando-se de quando Frank o ajudara com o francês na primeira vez em que esteve na França para fechar um contrato e de todas as outras vezes que o velho o ajudara com tudo que ele precisou. Era bom ter um amigo sincero como aquele. – Bem, onde gostaria de ir agora? – perguntou, parado frente a ela.
- Você conhece o lugar. Diga-me você. – Começou a andar lentamente e ele a acompanhou.
- Imagino que queira conhecer a Torre Eiffel. – Encarou-a e ela acenou afirmativamente com a cabeça, sorrindo. – Amanhã não teremos compromisso à noite e a Torre é muito mais bonita à luz da Lua. – terminou com um tom quase poético e Gina riu. – Tem muitos lugares interessantes para se conhecer aqui. O Arco do Triunfo, o Museu do Louvre, o Jardins das Tulherias e, uma das praças mais belas de todo o mundo, Place des Vosges. – voltou com o ar poético.
- Uhm... parece maravilhoso. Se pudesse, iria a todos eles.
- E quem disse que não pode?
- Caminhando não conseguiremos fazer isso apenas pela manhã.
- Mas eu tenho uma idéia que vai ajudar. – falou animado e olhou em volta, procurando por algo. Quando pareceu encontrar, puxou a ruiva até o outro lado da pequena praça. Pararam perto de um rapaz com um uniforme azul, parado na porta de uma grande loja. – Espere-me aqui.
Gina concordou e viu-o se aproximar do rapaz e falar-lhe algo que ela não entendeu. Ele assinou um papel e recebeu uma chave. Quando ela começou a entender, viu o loiro acenar para ela, pedindo para que ela fosse até ali.
- Pronto. – Ele falou apontando para uma vespa preta que o rapaz trouxe de dentro do estabelecimento. – Não é um dos melhores veículos, nem mesmo uma vassoura, mas vai nos ajudar. – Ele subiu na motocicleta, deu a partida e pegou os capacetes que o rapaz lhe entregou. – Vamos?
Gina o encarou com um sorriso hesitante. Sentia vontade de rir da cena. Jamais imaginaria ver Draco Malfoy numa vespa em Paris justamente com ela. Mas, por mais que fosse engraçado, não era o que havia planejado. Aproximou-se dele, mais séria. Ele logo percebeu que ela falaria algo não muito bom.
- Draco, não sei se devemos. Estamos aqui a trabalho e eu, bem, eu não quero que nós...
- Eu já sei o que você quer dizer. – Fitou-a com um certo desânimo e desligou a moto. Olhou para baixo, procurando as palavras certas e depois a encarou. – Eu entendo, mas não se preocupe. Só vamos conhecer a cidade. Eu já entendi que entre nós não pode ter mais nada e que você tem sua vida com o Potter. Não vou tentar fazer nada, não vou te pressionar a nada. Mas não é por isso que a gente não pode se aproximar um pouco. Mais do que seu chefe, eu sou o pai da sua filha. Vamos tentar pelo menos sermos amigos.
Gina o mirou com um sorriso e os olhos marejados. Nervosamente olhou para o lado, depois para baixo, numa tentativa de segurar aquele choro. Não sabia se aquelas palavras a deixavam tranqüila ou triste. Ele desistira dos dois definitivamente e, no fundo, ela se sentia triste por aquilo. Mas era algo que ela havia buscado e tinha que aceitar. Encarou novamente aqueles olhos azuis que pareciam muito sinceros. Agora tinha certeza que, se em algum momento ele a amou, não amava mais. Como ele mesmo disse, deveriam ser amigos. Sorriu para ele, querendo chorar, e estendeu a mão.
- Como amigos? – perguntou com a mão na direção de um dos capacetes que ele segurava.
- Como amigos. – afirmou e entregou a ela o capacete.
Sorriram um para o outro e Gina subiu na moto, acomodando-se atrás dele e colocando o capacete na cabeça com cuidado para não bagunçar os cabelos.
Draco colocou o capacete sobre suas pernas, de um jeito que ele não caísse, e ligou a vespa. Deu-se conta de que havia falado o que tentara falar para ela desde o dia anterior. E nem sabia como o havia feito, apenas que lhe restava agora convencer a si mesmo do próprio discurso. Sentiu os braços de Gina envolvê-lo pela cintura, para se segurar. Perguntava-se como conseguiria ser amigo dela. Não tinha idéia de como faria, mas tentaria.
- Vamos? – Draco indagou, mostrado uma animação um tanto forçada, quase falsa.
- Não vai pôr o capacete?
- Capacete? Tá brincando...
Procurando esquecer o que haviam falado há pouco, dirigiram-se ao Arco do Triunfo. Gina ficou impressionada com a construção. Enquanto Draco falava sobre a obra, Gina observava cada detalhe, encantada. Depois, foram para o Museu do Louvre. Iam entrar, mas sendo o local tão grande, não conseguiriam ver todas as obras em apenas uma manhã. Decidiram voltar quando tivessem mais tempo, mas não deixaram de apreciar a bela pirâmide de vidro na entrada. Contudo, o lugar que Gina mais admirou foi a Place des Vosges. Jamais estivera em uma praça tão bonita quanto aquela. O Sol parecia aparecer entre as nuvens para iluminar apenas aquele lugar. Entre as flores e as famílias reunidas sobre o gramado, algumas para um gostoso piquenique, muitas crianças corriam e outras pedalavam em suas bicicletas. Era um local tão familiar que só desejava que Diana estivesse com ela. Draco e Gina caminharam até o centro da praça e se sentaram à beira de uma bela fonte. Quase ao mesmo tempo, os dois tiraram seus casacos, pois, diferentemente do início da manhã, o tempo parecia mais quente. Gina se virou para a fonte e passou a mão distraidamente pela água, brincando com algumas folhas que boiavam. Não percebeu que Draco a observava atento. O loiro ia dizer algo quando uma senhora, segurando uma cesta pelo braço, se aproximou com um enorme sorriso e um grande chapéu na cabeça. Gina se virou rapidamente para ela.
- Bon jour! – cumprimentou os dois. Pegou uma das rosas de sua cesta. – Voulez acheter s'est rose pour vous amour? – perguntou a Draco, que arregalou os olhos, surpreso. Aliviado, viu que Gina parecia não entender que a mulher perguntara se ele desejava uma rosa para sua amada.
- Non, non. – Acenou negativamente com a cabeça e com as mãos.
- O que ela disse? – Gina perguntou rindo, vendo a reação de Draco.
A senhora encarou os dois com um sorriso, vendo que falavam inglês.
- Sabem de uma coisa? – Ela perguntou num tom muito baixo, surpreendendo os dois. – Paris é mágica.
Gina e Draco se encararam com um meio sorriso. A ruiva, simpatizando-se com a senhora, voltou a atenção para ela.
- E por que é mágica? – perguntou interessada, sabendo que a senhora diria algo muito bonito.
- Porque faz discórdias desaparecerem e grandes amores ressurgirem. – terminou com um olhar misterioso. Pegou mais uma rosa e entregou uma para cada um. – Um presente da cidade. Au revoir! – disse e, com um aceno, se foi, deixando os dois sozinhos, encarando as rosas que tinham nas mãos.
Draco olhou para o lado disfarçadamente e viu que Gina começava a ficar tão vermelha quanto o seu cabelo. Decidiu que estava na hora do passeio terminar.
- Bem, acho que está ficando meio tarde...
- É verdade. – apressou-se em concordar. Depois daquela senhora, não teria mais cara para ficar perto de Draco num local tão romântico. – É melhor irmos.
Levantaram-se num pulo e procuraram o portão de saída da praça, onde a vespa estava estacionada.

Após a reunião, todos foram para o auditório do hotel, onde haveria uma palestra. Draco sempre detestara aquele tipo de coisa, pois acreditava que era inútil e que ele não precisava de palestras para saber como administrar sua empresa. De qualquer forma, para ser educado, foi com todos os outros. Tal palestra só teve fim à noite. Draco não teria mais nenhum compromisso naquele dia, e a única coisa que desejava, depois daquelas três horas exaustivas, era comer e relaxar. Na saída do auditório encontrou Gina, que havia se sentado próxima de outras secretárias.
- Gostou da palestra? – A ruiva perguntou, segurando uma pasta que trouxera da reunião.
- Péssima... – respondeu, revirando os olhos em tom exausto. – O terno do palestrante era o mais vagabundo possível, a peruca mal cobria a careca dele, e ainda por cima seus dentes estavam sujos. – terminou caminhando em direção ao elevador, seguido pela secretária.
- Nossa... que mau humor. – Gina comentou, mais para si mesma.
- Não me obrigue a ver outra palestra idiota e não me verá mais assim. Eu me sinto como se estivesse na aula de McGonagal ou do Binns. Um grande saco. – Deixou espaço para que Gina entrasse no elevador antes dele e apertou o botão do andar.
Gina apenas o fitou, rindo. Nos últimos tempos ele nunca lembrou tanto o antigo Malfoy quanto naquele momento: chato, mal-humorado e engraçado. Ao chegarem no seu andar, Draco novamente deu espaço para que ela passasse antes. Mesmo mal-humorado, não deixava de ser um cavalheiro. Quando se aproximavam da porta do quarto de Gina, ela se virou para ele.
- Boa noite. – disse com um pequeno sorriso e rapidamente desviou o olhar do dele.
- Não irá jantar?
- Não estou com muito apetite.
- Eu não posso dizer o mesmo. Aulas sempre me deram fome, e hoje não foi diferente. – disse rindo num tom meio debochado. – Se mudar de idéia, estarei no restaurante. – Ela concordou com a cabeça. – Boa noite.
- Boa noite. – Deu-lhe as costas e entrou no quarto rapidamente.
Trancou a porta e jogou as chaves sobre o criado-mudo. Olhou-se de relance pelo espelho e notou um teimoso sorriso em seu rosto. Suas bochechas estavam coradas e seus olhos pareciam brilhar mais. Era difícil admitir, mas passar todo aquele tempo com Draco, sem brigas ou discussões, estava lhe fazendo muito bem. Seria ainda melhor se não fosse como amigos. Ao se lembrar da conversa que tiveram naquela manhã, jogou-se na poltrona e abraçou a almofada. Amigos... Parecia uma grande brincadeira. Infelizmente, sabia que aquilo era o melhor. Viu a rosa, que ela colocara em um copo sobre o criado-mudo antes do almoço, logo que ela e Draco chegaram do passeio. Pegou-a e, aproximando-a de seu rosto, sentiu seu gostoso aroma. Aquela senhora do parque os havia deixado numa situação muito embaraçosa. Olhou para o relógio. Ainda estava cedo para o jantar. Com um meio sorriso, colocou a rosa no copo novamente, levantou-se num salto e correu para o banheiro. Resolveu jantar com Draco aquela noite. Tinha que aproveitar com ele aquele momento tão especial e terminar bem aquele dia maravilhoso. Após o rápido banho, pegou um vestido rosa, um pouco mais casual, e se vestiu. Em pouco tempo já estava pronta e com os cabelos soltos bem arrumados. Após fitar-se no espelho e conferir seu reflexo, olhou o relógio e deduziu que, provavelmente, Draco já havia descido. Resolveu correr. Chegando no restaurante do hotel, viu que estava certa: Draco já havia chegado e estava se encaminhando para uma mesa. Ela caminhou em passos apressados até ele.
- Resolvi vir. – falou, sem tirar o sorriso do rosto.
- Vai me fazer companhia? – Ele perguntou também com um sorriso animado, seus olhos brilhando. Não podia conter a alegria que queimava em vê-la querendo estar com ele.
- Se não for incômodo. – terminou num tom brincalhão.
- É claro que não. Vamos nos sentar?
- Está bem.
Os dois foram até as mesas perto das enormes janelas que davam para os quiosques e bares próximos das piscinas. Enquanto esperavam seus pratos chegarem, conversaram um pouco mais do que de costume. Pareciam já não ficarem tão incomodados na presença um do outro. Gina comentava que estava com saudades da filha, assim como Draco, mas que estava gostando da experiência de conhecer um lugar como aquele. E, quando começava a se formar aquele silêncio que os envolvia aos poucos, tratavam logo de começarem um outro assunto, mesmo que não importante. E conversaram animadamente até que seus pedidos chegaram. Ao terminarem de comer, um garçom se aproximou, perguntando se eles comeriam alguma sobremesa ou beberiam algo. Draco ia pedir uma garrafa de vinho quando olhou para o lado e teve uma idéia.
- Não, não, obrigado. – disse, e quando o garçom se foi ele se voltou para Gina. – Vamos tomar algo no bar? Os drinques dali são ótimos.
- Está bem. – Ela não podia discordar. Tudo que ele dizia parecia ser especialmente encantador para ela.
Foram, então, para um bar logo ali perto, que ficava bem próximo de uma das maiores piscinas do hotel. O lugar era muito iluminado, com uma decoração um tanto tropical, e uma música agradável tocava. Havia muitas pessoas sentadas nas mesas em volta, e todas conversavam alegremente.
- E então, o que vai beber? – Draco perguntou com um dos braços apoiados sobre a bancada do bar.
- Eu não sei, não gosto de beber. – Gina disse hesitante, olhando para as diversas e numerosas garrafas de bebidas que estavam nas prateleiras do bar. Não estava acostumada com aquele tipo de coisa.
- Gina Weasley, você não muda, não é? – falou rindo após sacudir a cabeça, não acreditando. – Continua apenas nos sucos de amêndoas e nas cervejas amanteigadas? – perguntou, rindo ainda mais.
- Não! – Ela deu um leve tapa no ombro dele e fingiu estar ofendida. – É que eu tenho uma filha pequena e tenho que dar o exemplo. Não vou sair por aí enchendo a cara.
- Está certíssima, mas Diana não está aqui. E além do mais, é só hoje. Posso dar uma sugestão?
Ela encarou-o com uma sobrancelha arqueada e um olhar desconfiado e suspeito, depois riu.
- A vontade.
Ele sorriu com o consentimento, virou-se para o homem que estava dentro do bar e pediu as bebidas. O homem assentiu com a cabeça e foi preparar os drinques.
- Eu não sei se é uma boa idéia. – Gina continuou receosa, mas sem conseguir tirar o sorriso do rosto. Aquele teimoso sorriso que a incomodara durante todo o dia.
- Ah, Weasley, aproveite a vida por um momento. Nunca se sabe quando será seu último drinque, então temos que aproveitar. – disse em tom quase sábio, mas divertido.
- A sabedoria do bêbado, não é? – concluiu rindo. – Está bem então, vamos aproveitar. – disse sem realmente concordar com aquilo, mas queria de fato aproveitar aqueles minutos. Não sabia quando estaria assim com ele novamente.
- Ah, sim... – Draco falou ao pegar os drinques e dar um para Gina – A noite começa agora. – falou muito animado.
- Draco Malfoy, não vá me embebedar.
- Eu jamais faria isso, ao menos que você quisesse. – Ergueu as sobrancelhas num tom maroto seguido de um sorriso.
- Você não tem jeito... – Ela ria. Encarou a taça em sua mão, com uma bebida branca salpicada com algo em cima e uma cereja a borda, decorando. – O que é?
- Um Alexander. Não se preocupe, não é muito forte. Tem cacau, conhaque e um pouquinho de canela.
Gina o encarou surpresa, maravilhada.
- Eu amo cacau e...
- Canela. – Ele completou com um meio sorriso nos lábios, fitando-a especialmente diferente. – Eu sei.
- É... – Não conseguia deixar de mirá-lo e muito menos conter aquele sorriso na boca. Como ele conseguia se lembrar daquilo e ser tão atencioso? Abaixou o olhar, muito pensativa.
- Vamos nos sentar ali na beira da piscina? – Draco falou, percebendo aquele terrível silêncio se aproximar novamente. – Que nem fazíamos escondidos no lago de Hogwarts?
- Vamos. – A ruiva levantou o olhar novamente e concordou com a cabeça.
Os dois chegaram mais perto da piscina. Gina colocou a taça no chão para tirar as sandálias e mergulho os pés na água incrivelmente quente. Draco se lembrou imediatamente de Diana, no dia em que foram fazer o piquenique à beira do lago. Era incrível como as duas eram tão parecidas. Sentou ao seu lado, mas se contentou em apenas observar a água. Bebericou seu drinque, seguido por Gina.
- É delicioso. – A mulher falou, e deu um outro pequeno gole na bebida. Encarou Draco e viu o loiro beber todo o seu drinque de uma vez, sem tirar os olhos dela. Depois ele fechou os olhos, apertando-os, como se a bebida tivesse descido realmente quente. – Eu disse para você não me embebedar, mas você também não pode.
Ele riu e colocou a taça ao seu lado.
- É apenas um Hennessy Martíni. Nada demais. De forte apenas o conhaque para esquentar.
- O que não é má idéia, já que está começando a esfriar. – Ela falou ao ver os galhos das árvores se balançarem com o vento. Envolveu os braços em volta de si mesma para se proteger do frio.
- Tome. – Draco se apressou em tirar seu paletó preto e colocá-lo nas costas da ruiva.
- Obrigada. – agradeceu, olhando para o homem, agora só com uma camisa verde escura.
Gina levantou o olhar distraidamente e encarou a Lua. Fechou os olhos por alguns segundos, sentindo apenas a brisa bater em seus cabelos e escutando a música mais ao fundo. Não percebeu que Draco não tirava o olhar dela. Um olhar fixo, quase hipnotizado. Só o homem sabia a força que fazia para não beijá-la naquele momento mesmo. Perdendo o controle, ele foi se aproximando até que ela abriu os olhos e o encarou com um sorriso. Ele parou e apenas sorriu de volta, com o ritmo de seu coração acelerado.
- Draco, você não sente falta do nosso mundo? – Gina perguntou sem tirar os olhos de uma estrela. Ele apenas se virou para o lado, muito sério.
- Não. – falou duramente e também encarou o céu. – De alguns confortos talvez, mas me acostumei muito bem no mundo trouxa. – Você sente?
- Às vezes sim. – Sorriu melancolicamente. – Principalmente de meus pais. Queria muito estar perto deles.
- Você tem alguém pra sentir falta. – Ele deitou-se e apoiou a cabeça sobre os braços cruzados. – Eu não tinha amigos e meus pais... nem preciso dizer. Eu não tinha ninguém lá, exceto você. – Olhou para ela carinhosamente. Gina sorriu constrangida e ele voltou o olhar para o céu. – Não me restou nada lá. Frank é o único amigo, quase um tio pra mim; ele é bruxo, mas vive praticamente no mundo trouxa também. Está tudo aqui. Meu trabalho, minha filha...
- A Susan. – disse um tanto chateada, com o olhar perdido na piscina azul, iluminada por luzes internas.
- Quem? – Draco encarou-a confuso.
- Susan.
- Ah sim, Susan... – Voltou o olhar para cima, reprovando-se por ter esquecido por um momento quem era Susan. Passara todo aquele dia e não se lembrara da namorada. Ignorou. Não pensaria nela naquela hora.
- Ela sabe que você é bruxo?
- Não e nem pretendo contar. Não tenho motivos pra isso.
- Você não pode ter segredos com ela, Draco. – disse observando o homem deitado e não pôde deixar de reparar como a blusa e a posição em que ele estava marcava seus músculos do braço e seu abdome. Desviou o olhar rapidamente para controlar o que estava sentindo. Desejava-o mais do que qualquer coisa, e naquele momento estavam tão próximos. Como conseguia ser tão fria ao ponto de dar conselhos para ele a respeito de Susan?
- Ela não se importa. – disse rindo. Virou-se para ela. – Fiquei surpreso por seu amado Potter não ter vindo atrás de mim com uma Maldição Imperdoável por causa da viagem. – terminou com seu sorriso sarcástico, incontrolável ao falar de Harry.
- Ele entende muito bem. Harry é ótimo. – falou rapidamente sem olhá-lo, mexendo descontroladamente os dedos. Não sabia mentir muito bem, nunca soubera.
- Se você diz... Mas acho que se fosse assim seu irmãozinho ruivo não teria dito aquelas coisas.
Ela o encarou com raiva por ele ter escutado aquela conversa, depois sorriu, ignorando. Era lógico que ele ouvira os berros de Rony. E não adiantava enganar Draco.
- Ele não gostou muito, mas vai entender.
Os dois voltaram a encarar o céu, perdidos em pensamentos. Gina terminou de tomar sua bebida, colocou o paletó de Draco ao lado da taça e se deitou ao lado de Draco, do mesmo jeito que ele estava. O loiro, vendo-a, riu.
- A Lua está linda, não? – Ela indagou encarando o céu e sua imensidão.
- Perfeita... – comentou encarando a mulher fixamente.
Draco, não suportando mais ficar ali com ela sentindo apenas o seu perfume, não conteve o impulso de seu coração. Ergueu-se ligeiramente e, chegando mais perto, parou com os olhos na direção dos dela, com os lábios muito próximos. Segurou delicadamente um lado de seu rosto. Permaneceu naquela posição, apenas fitando os olhos castanhos da ruiva. Gina, muito surpresa, sentindo seu coração bater descompassado e sua respiração pesar em seu peito, não conseguiu se mover, nem ao menos piscar. Seu olhar estava preso no dele. Não conseguia reagir. Sabia que deveria afastá-lo e sair dali o quanto antes, mas depois de todos aqueles momentos com o homem, já não tinha forças para resistir e se opor a tudo aquilo que seu corpo e seu coração imploravam. O loiro abriu ligeiramente os lábios, ameaçou dizer algo, mas apenas levou o olhar à boca dela e depois ao seus olhos, quase examinando-a. Viu-a, sem forças, fechar os olhos, com seu peito arfante encostado ao dele, completamente vulnerável. Ele levou seus dedos carinhosamente num passeio pela doce face dela e acariciou seus lábios. Tinha-a completamente. Ia aproximando seus lábios dos dela, as bocas já em um tênue contato, quando se deu conta do, para ele, erro que estava prestes a cometer. Respirou fundo, não acreditando que estava tendo uma crise de consciência justamente naquele momento. Ergue-se, afastando-se dela.
- Está tarde, boa noite. – falou com um enorme pesar que só ele conhecia, e, num salto rápido, pegou sua taça e saiu andando.
Gina arregalou os olhos ao escutar a voz dele. Não o encontrando, levantou-se rapidamente e, virando-se para trás, viu-o deixar sua taça sobre a bancada do bar e se dirigir para a o prédio. Sentiu seu corpo ainda trêmulo. Não acreditou no que havia acontecido. Eles, por muito pouco, não estiveram juntos, e não havia sido por culpa dela que aquilo não acontecera. Passou a mão nervosamente pelo rosto, depois pelos cabelos. Olhou em volta, já não havia quase ninguém no bar e nem na parte exterior do hotel. Com um longo suspiro, levantou-se, colocou as sandálias e pegou o paletó que ele esquecera com ela. Ia embora quando viu sua taça no chão. Não pensou duas vezes antes de pegá-la e se dirigir ao bar novamente.
- Qualquer coisa com muito álcool, por favor. – pediu ao homem do bar ao colocar a taça com força sobre a bancada.
Ele assentiu e, encarando-a de rabo de olho, foi preparar uma bebida com rum e conhaque. Dois minutos depois veio com uma outra taça e a entregou para a ruiva.
- Obrigada... – Ela agradeceu ao desviar o olhar da piscina onde estivera. Ao pegar o drinque viu que sua mão ainda estava trêmula.
Sem nem ao menos ver o que era, tomou toda a bebida de uma só vez, olhando para a entrada do hotel e ver o caminho que Draco fizera ao deixá-la sozinha, daquela maneira tão cruel. Não sabia do que tinha mais raiva: se de ter se deixado levar e estar a ponto de se entregar a ele novamente, ou por ele ter ido embora e não ter terminado o que começara a fazer.


N/A: Oiiiii!!! Gente, tô tão feliz por que consegui postar mais rápido dessa vez! Espero que o próximo capítulo venha bem rápido também xD E por favor, não, não me matem por ter terminado o capítulo dessa forma... mas a verdade é que eu não resistoo xD hauhauhauha! E aí? O que acharam do último livro de HP? Como eu não tenho muito tempo só li o último capítulo e o epílogo hauhauhauh e gostei x) E as fanfics, será que vão continuar firme e forte? Por mim sim porque eu ainda tenho muuuuuitas idéias x) Geeente, minha próxima prova tá chegando, então torçam por mim o/
~Tattyy Potter ( Agora e para sempre ): tá aí o novo capítulo! espero q goste e brigada pelo comentário o/
~Diandra Black: brigada e pode deixar q qnd eu for ler vou na sua fic!
~Tai Malfoy: brigada linda xD espero q goste do novo capítulo!
Ah gente, como eu tenho vontade de conversar com cada um de vcs. Bem, tá aí o meu MSN, pra quem ainda não tem: lilydepp5 (arroba) hotmail (ponto) com. Escrevi td errado assim pra ver se dessa vez o FF não some com o meu MSN como ele sempre faz ¬¬ De qq forma dá pra entender neh, Tô esperando vcs me add x) Muito obrigada por deixarem comentários que me ajudam muito e me dão um ânimo incrível o/ Bem, já vou, logo logo o próximo capítulo tá aí ;) Bjão pros lindos que comentaram e também pros que não comentaram, desde que comentem agora! Hauhauha! Espero MUITAS reviews!!! BjOk'S da LiKa ;*

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