Capitulo 7



CAPÍTULO VII


Hermione revia os acontecimentos daquela noite, e o desejo não a abandonava.Cada vez que pensava em Harry, seu corpo começava a palpitar.Essas novas sensações a amedrontavam, por serem tão inesperadas, sentia vontade de fugir, mas tudo o que queria estava ali, no Rancho Três Forçados.

Berta andava para lá e para cá, arrumando o café da manhã. Ela levantou os olhos, sorrindo, quando Hermione entrou na sala, usando calça de brim e uma blusa tricotada.

-Bom dia, beleza.O dia não está lindo?

-Sim - respondeu Hermione.

Ela olhou para a cadeira vazia na cabeceira da mesa, e a tia, percebendo o olhar, disse:

-Ele voltará em um minuto. Parece uma nuvem de tempestade está manhã, todo agitado, e distraído.Também ficou olhando para o topo da desta escada desde que desceu - acrescentou maliciosamente.

-Vou ajudá-la a trazer os pratos para a mesa - Hermione disse depressa, evitando a piscadela de divertimento.

Tinha começado a comer quando Harry voltou.Ele parecia cansado, mas seu rosto se iluminou ao ver Hermione.

Sorriu sem querer e jogou o chapéu num canto da mesa, antes de sentar.Sua calça de brim estava empoeirada e a camisa xadrez azul um pouco desalinhada.

-Eu já me lavei - disse a Berta antes que ela pudesse abrir a boca. - Tive que ajudar a tirar um touro de uma vala.

-Como ele foi pra dentro da vala? - Hermione perguntou curiosa.

Harry sorriu.

-Tentando pular a cerca para chegar a uma de minhas novilhas.É espantoso como o amor afeta a mente, não?

Hermione corou, Berta deu uma risadinha e Harry recostou-se em sua cadeira, observando-a comer ovos mexidos com um prazer forçado.

-Não quer comer alguma coisa patrão? - perguntou Berta.

-Não estou com muita fome... Mas acho que vou comer torradas com café.Dormiu bem, Mione? - perguntou ele, quando a governanta lhe passou o café.

Hermione levantou os olhos.

-Claro. E você?

Ele balançou a cabeça sorrindo levemente.

-Não consegui pregar os olhos.

Hermione perdeu-se no olhar verde e sentiu sua força.Levou alguns segundos para se dominar e, mesmo assim seu coração batia loucamente.

Harry a observava com evidente prazer, encantado com a novidade de ver uma mulher reagindo daquela maneira a sua provocação.Tudo era novo com Hermione, mesmo as coisas comuns, como tomarem o café da manhã juntos, assumiam novas dimensões.

Descobriu que gostava de olhá-la.Especialmente agora, que sabia exatamente como ela era por baixo das roupas, seus olhos escureceram com a lembrança.

Hermione sentia o olhar penetrante dele em todo o corpo, e correspondia da mesma forma.Harry era o homem mais sensual que já havia visto. Tinha uma presença muito viril, e atordoava seus sentidos.O simples fato de estar perto dele a incendiava.

Queria se levantar e tocá-lo, colar a boca na dele, sentir aqueles braços fortes apertando-a como se nunca mais fossem soltá-la.

O garfo tremia em seus dedos, e ela corou, embaraçada, quando ele percebeu seu nervosismo.

-Vamos dar um passeio a cavalo - disse de repente.

Ela levantou os olhos para ele.

-Agora?

Ele deu de ombros.

-Berta pode atender ao telefone.Não há nenhum assunto urgente hoje, por que não?

-Isso mesmo, por que não? - Berta concordou prontamente - Podem ir, eu cuidarei de tudo.

Hermione concordou sem pensar.Por que fingir? Queria ficar a sós com ele, e ele sabia disso. Seus olhos procuraram os dele ardentemente, tudo muito claro e franco em seu rosto oval.

Ele se sentia explosivo, jovem novamente. Um rapaz com uma garota especial.

Harry levantou-se, esperando que sua impaciência não transformasse demais.

-Vamos - disse.

Hermione segui-o. Seguiria Harry Potter até o fim do mundo, amava-o e se a quisesse, ela se entregaria.

Ele selou dois cavalos em silêncio e quando ajudou Hermione a montar seus olhos estavam escuros e possessivos.

-Você fica bem sobre um cavalo, querida - disse.

Ela o olhou e sorriu, sentindo o calor do peito dele.

-Acha mesmo? – perguntou com a voz rouca de desejo.

-Eu quero você, Hermione, não pensou em outra coisa a noite toda. Portanto não me provoque, está bem? Hoje eu quero conversar. Apenas conversar. Quero conhecê-la melhor.

Isso era lisonjeiro e um pouco surpreendente, mas ela queria muito mais que conversar, só não demonstraria, portanto continuou sorrindo.

-Eu gostaria muito - afirmou.

Harry não queria afugentá-la, não sabia como ela reagiria quanto ao que tinha em mente, mas sabia que não podiam continuar daquele jeito.As coisas tinham que ser resolvidas, e logo.Ele andava aéreo e se irritava por perceber como era vulnerável.Essa obsessão tinha que acabar.

Montando em seu cavalo, mostrou o caminho pela longa trilha que circundada o rancho.Observava os homens trabalhando, e sentiu-se orgulhoso de seu rancho.

Hermione olhou-o curiosa quanto a expressão satisfeita em seu rosto sério e moreno. Perguntou-se que pensamentos estavam lhe dando tanto prazer.

-Aqueles velhos instintos nunca me deixaram na mão - murmurou Harry, de repente. - Acho que seria capaz de encontrar petróleo com meu nariz.

-O quê?

Ela a olhou.

-Ah! Eu estava pensando no rancho, e no petróleo que encontrei nas terras de Draco Malfoy. Foi um risco danado, mas certamente valeu a pena.

Então eram os negócios que o faziam se sentir tão bem, não sua companhia, pensou ela.

-Os negócios são seu único prazer em sua vida? - perguntou, um tanto magoada.

Ele deu de ombros.

-Acho que é o único duradouro. Houve tempos bem difíceis por aqui quando eu era criança. Oh, sempre tivemos bastante comida, sabe. Esta é uma das vantagens de se viver num rancho, mas não tínhamos muito no sentido de coisas materiais. As roupas eram de segunda mão, e eu usei botas com furo na sola durante a maior parte de minha infância. Isso não era tão mau, mas acho que fiquei um bocado aborrecido por causa de minha mãe.

-Isso é compreensível. Acho que tive mais sorte, afinal meus pais sempre foram bons para mim. Nós sempre nos demos bem.

Harry estudou-a em silêncio, e então comentou:

-Aposto que você era uma menina levada.

Hermione riu, resolvida a não levar seu amor por ele tão a sério.

-Era sim. Eu jogava bola, subia em árvores e brincava de guerra.Só havia uma menina em minha rua, e ela e eu tínhamos que ser duronas para sobreviver a todos os meninos. Eles não brigavam conosco porque éramos meninas.Mas nós nos divertíamos todos juntos.

-Eu gostava de brincar de cowboy e índio.Tinha meu próprio cavalo.

-O que você era?

Ele riu.

-Geralmente índio, dizem que tive um ancestral oroquês.

-Você é muito moreno.

-Isso é só por causa do sol, não é herdado, passei muito tempo trabalhando com equipamentos quando era mais novo, e ainda ajudo de vez em quando, mas você não toma muito sol, toma?

-Não, moro em apartamento, e trabalho o dia inteiro, não tenho chance de tomar banhos de sol.

-Então, aqui você precisa se proteger.A minha pela é como couro.A sua pele macia como seda...

Hermione tocou sua montaria para frente, embaraçada.

Ele a alcançou facilmente e disse:

-Não fique envergonhada, pequena.

-Acho que devo parecer muito ingênua para você.

-Hum,hum! E eu gosto disso.

-Eu nunca tive muitos namorados.Meu pai era muito severo.

-Como era ele Mione?

-Oh! Muito alto e forte... E teimoso. Era terrivelmente bravo, mas eu amava a ambos. Perder minha mãe foi duro, mas perder os dois foi realmente difícil.

Harry estudou seu perfil e comentou;

-Eu, pelo menos tive minha avó e Belinda.Embora com vovó tenha sido uma luta a vida toda.Ela é parecida demais comigo.

-Como é sua irmã?

-Como vovó e eu ela é outra Potter cabeça-dura

-Ela se parece com você?

-Não muito. Temos os mesmos olhos verdes, mas ela é mais bonita, é pequena, baixinha.Eu puxei ao meu pai.

-Ele também trabalhava com petróleo?

Harry assentiu com um gesto de cabeça.

-Ele vivia procurando “aquele” poço - seus olhos de repente assumiram uma expressão distante - Foi bem ali que o encontramos caído, sob aquele arvoredo. Mal havia uma marca nele. Parecia estar dormindo.

-Eu sinto muito.

-Isso foi há muito tempo.

Ele virou seu cavalo, entrando por uma trilha que descia para o rio.Então desmontaram, e Hermione, observando o rio raso, comentou:

-É engraçado, eu nunca pensei que o Texas fosse assim. A região é tão deserta, excerto por uma árvore ou outra. Mas junto dos rios, parece uma floresta, isso não é nada do que eu esperava. É tão... grande.

- A Geórgia não é assim? - perguntou ele, deitando-se à sobra de um grande carvalho e fitando-a.

-Não.Acho que só o sudoeste da Geórgia é parecido com isto aqui. Eu já vi até cactos crescendo lá, e existem cascavéis naquela parte do estado. Eu tinha uma tia-avó que morava lá.

Recostando-se no tronco da árvore. Harry encolheu uma perna e cruzou os braços.

-Já está com saudades de casa? - perguntou.

-Não, realmente.Eu sempre quis visitar um rancho de verdade.Acho que realizei meu desejo.Acha que tia Berta ficará bem agora?

Ele riu.

-Sim,acho. Alias, ela está se divertindo muito conosco. Você não lhe contou que sabemos da verdade a respeito um do outro, contou?

-Não, eu não quis desapontá-la,mas nós realmente deveríamos contar.

-Ainda não. - ele deixou os olhos percorrerem o corpo dela e seu sangue começou a esquentar. - Venha cá.

Hermione mordeu o lábio inferior.

-Eu não acho uma boa idéia...

-Isso não é verdade! Você não dormiu ontem à noite tanto quanto eu, e aposto que seu coração está tão descompassado quanto o meu.Você me quer, Hermione.E Deus sabe como eu quero você.Estamos sozinhos.Não existe olhos curiosos,ninguém para ouvir o que fizermos juntos.Faça amor comigo.

A mente dela continuava dizendo não. Então,por que suas pernas a levaram para ele? Ela não conseguia ouvir a voz da razão.

Harry abriu os braços, e ela se aninhou no peito forte.Ele rolou na grama,levando-a consigo até que ela ficou deitada de costas à sombra da grande árvore. Cativa pelo olhar de Harry,observava-o desabotoar a camisa até o torso ficar nu.A mão dele foi então para a sua blusa.

Hermione segurou-lhe o pulso,mais isto não o deteve.Ele enfiou a mão por baixo dela,abrindo com facilidade o fecho de seu sutiã.

O corpo de dela tremia com o leve roçar dos dedos dele.

-Por que não consigo lutar com você? - queixou-se.

-Porque aquilo que significamos um para o outro desafia a razão. - ele olhou para a sua boca enquanto os dedos se aproximavam cada vez mais do bico intumescido de seu seio. - Virgenzinha,você me excita demais,sabia?Posso sentir o que isto faz com você. Aqui. - o dedo indicador dele tocou no bico rígido, e ela arquejou e estremeceu sob ele, com os olhos sombreados pelo desejo - Você não imagina o que isso faz comigo.Saber que sou eu quem está causando essa reação em você.Saber que você sente fome de mim.Se eu a tomasse agora mesmo, você gritaria, Hermione. Você estremeceria e gemeria e eu não seria capaz de me conter.

Enquanto falava, Harry deixou que ela sentisse seu corpo compartilhando toda sua excitação. Então, a mão dele subiu suavemente, envolvendo seu seio, enquanto a boca encontrava seus lábios suavemente, provando sua doçura com fome abrasadora.

Os quadris dela se mexeram e ele gemeu roucamente. Hermione abriu os olhos e perdeu-se nos dele.

Harry murmurou roucamente:

-O que você sente está aumentando a cada minuto.Se começar a mexer os quadris,vou perder o controle.Está disposta a correr esse risco?

Hermione estava.Seus sentidos clamavam por satisfação queria sentir as mãos dele por todo seu corpo,queria as roupas fora do caminho, a fim de que pudessem se tocar.Queria alisar os músculos duros de suas costas e das pernas, e senti-lo no abraço mais íntimo de todos.

Harry gemeu ao olhá-la nos olhos.Conduziu as mãos dela,puxando-a para seu corpo, amoldando-as contra sua virilidade.

Hermione recuou ante essa intimidade, e isto o trouxe de volta á razão.

Harry rolou para o lado, tentando se controlar. Hermione olhou para os cabelos dele enquanto prendia o fecho do sutiã e puxava a blusa para baixo.Juntos,eles eram um par explosivo. Ela o amava loucamente. Será que ele sentia o mesmo?

Será que tinham alguma chance juntos? Por que ele havia parado?

Levantou-se desajeitadamente, nervosa e encabulada, percebendo que chegara a hora da verdade.

Ele levantou os olhos, prendendo a respiração ao ver a beleza de seu rosto.

-Eu quero você – finalmente ele respondeu.

-Sim, eu sei.

Ele sorriu francamente.

-Sim, acho que você sabe mesmo.

-E?

Levantando-se lentamente, ele disse:

-Nós não podemos continuar assim. Você entende, não?

-Hum, hum!

-Qualquer dia destes, vou perder o juízo. Isto podia ter acontecido agora há pouco. Nós, quero dizer os homens, ficamos instáveis quando tomados pela paixão.E eu sou apenas como qualquer outro homem cheio de desejo.

-E o que você quer fazer a esse respeito? - ela perguntou suavemente.

Ele enfiou as mãos nos bolsos e olhou-a com um suspiro cansado, parecendo vencido após uma longa batalha:

-Eu vou montar um apartamento para você, para começar.Vou abrir uma conta bancária em seu nome e lhe dar o que precisar. Podemos dizer a Berta que você arranjou um emprego na cidade.Não em Ravine, obviamente, talvez em Victoria. Não é longe demais para eu ir até lá, e é suficientemente grande para não despertar a curiosidade das pessoas.

-Mas fica tão longe do rancho... - começou ela, perguntando-se porque após o casamento teriam que viver separados.

-Longe o bastante para evitar que as pessoas comentem. Eu não quero que você fique exposta a mexericos.

-Mexericos?!

-Você sabe como me sinto a respeito de minha liberdade. Eu não posso desistir dela. Mas você terá uma parte de minha vida que nunca compartilhei com mais ninguém. Você nunca vai precisar de nada. E não haverá outra mulher. Nunca. Apenas você. Procurarei arranjar tempo para nos mantermos felizes quando estivermos juntos.

-Está propondo que eu... seja sua... amante?

-É só isso que posso lhe dar, Hermione. O casamento não é algo que eu queira. Eu já provei um compromisso que quase me deixou louco. Nunca mais correrei esse risco.

-E você acha que eu posso ficar satisfeita com esse tipo de arranjo? - falou magoada, percebendo o pouco que ele queria lhe oferecer.

-Vai ficar satisfeita sim. Vou satisfazê-la até a raiz do cabelo, virgenzinha.

-E ... Tia Berta?

Ele se mexeu pouco à vontade. Quando decidira tudo, na noite anterior, fora tão simples. Agora, Harry deva-se conta de que não havia pensado nos sentimentos das outras pessoas envolvidas. - Berta nunca precisará saber.

-E se eu ficar grávida? Nada é infalível.

Ele encheu o peito de ar. Filhos, não havia pensado que dessa ligação pudessem resultar filhos. Ele estudou-a perguntando-se, de modo ausente, se podiam ter um filho. Seu corpo se agitou de uma maneira nova e inesperada. Sua reação chocou-o.

-Grávida... - repetiu, experimentando a palavra.

-Isso acontece,sabe? Ou será que você nunca teve esse problema? - acrescentou ela, perguntando-se quantas mulheres haviam passado pela vida dele. E tomando consciência do pouco que significava para ele.

-Eu nunca fiquei desesperado o bastante para me comprometer com alguém assim. Nunca quis uma coisa tanto como quanto quero você.

Ela se pôs ereta, indignada por ser tratada como uma mercadoria.

-Eu sinto muito. Lamento que pense tão depreciativamente sobre mim, a ponto de me fazer uma proposta dessas. Creio que lhe dei motivos para pensar que eu aceitaria, e também lamento por isso. Nunca pensei que você me considerasse uma mulher tão vulgar, a ponto de se vender por uma polpuda conta bancária e um apartamento.

O rosto dele tornou-se triste. Ele sentiu o coração pesado.

-Vulgar? Hermione, não é nada disso!

Ela riu através das lágrimas de desesperança.

-Não mesmo? Aposto que você já fez tanto esse discursinho até sabê-lo de cor. Você só pensou sem si próprio, esqueceu-se de que talvez eu tivesse algo a dizer sobre esse seu convite sórdido!

Harry ficou boquiaberto. Nada estava saindo como ele imaginara. Nada estava dando certo. Havia lágrimas nos olhos dela.

-Hermione,não... - começou, estendendo as mãos para segurá-la.

Ela se esquivou.

-Não toque em mim, Harry Potter. Eu fiz papel de boba, e acho até que lhe dei motivos para pensar que eu aceitaria esse tipo de... de arranjo. Só que eu quero alguém que me respeite, que se importe comigo, como pessoa, não como objeto de prazer, como um brinquedo que se usa quando quer e depois se larga.

-Ouça... - ele começou a vir novamente em sua direção.

Instintivamente, Hermione evitou-o, empurrando-o. Virou-se e correu em direção ao cavalo, quando ouviu o baque surdo do corpo pesado caindo no rio.

Só que, desta vez, ela não chamou socorro e tampouco esperou para ver como ele estava.

Com toda a dignidade, que ainda lhe sustentava, montou em seu cavalo e partiu a galope, sem olhar para trás.



Obs: Espero que tenham gostado!!!!Quem sabe amanhã tem mais um...Vou pensar seriamente na possibilidade!!!!hehehe...Bjux!!!!

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