Novo Membro no Corpo Docente
Os pios soavam como uma música mal composta. Talvez fosse porque as pobres corujas foram acordadas ao alvorecer. Havia somente uma coruja que não acordou mesmo com os gritos de um humano e os pios dos demais animais. O responsável pelo despertar das corujas ali estava procurando por sua própria.
Correu os olhos por todo extensão do corujal até que enfim achou o animal adormecido, parece que o barulho e os pios incessantes das outras não chegaram aos ouvidos dele. Alí estava Pichí,dormindo feito um trasgo. Rony tentou acordá-lo de vários modos: sussurros, gritos, safanões... E nada! Resolveu tirar uma pena do animal. A resposta foi instantânea. - AI!!! – Berrou Rony que olhava o animal com desaprovação.
A coruja, porém, o encarava com desprezo. Se Pichí pudesse falar, certamente estaria usando palavras de baixo calão para com Rony. Não era para menos, ninguém gosta de ser acordado ainda mais pelos métodos no qual Rony usou em Pichí. Os protestos da coruja não impediram Rony de atar um rolo de pergaminho em sua pata.
- Leva para Fred e Jorge. – Disse por fim. Para sua surpresa a coruja não se mexeu. Ali estava ela, olhando para seu dono, ainda irritada por Rony tê-lo despertado de seu mais profundo sonho se é que corujas sonham... A recusa do animal em levar a carta não era desconhecia.
- Vamos Pichí - disse Rony desesperado - Entrega esta para Mione... ...Seus esforços para convencer a coruja a entregar seus recados foram em vão... Rony sacudiu a cabeça ao modo de parar os flashbacks. O que está havendo com Pichí? Ainda assim, recusando a mandar meus recados? - Pelas Barbas de... HARRY! - Bom, ainda não estou famosoassim pra esse tipo de expressões... – disse divertido.
- Muito engraçado! Hahaha! – disse sarcástico.
Harry agora ria abertamente e Rony também.
- Então? – indagou Harry. - Então, o quê? - A urgência de mandar carta há essa hora... - Oh! ‘Tava tentando mandar essa carta pro Fred e Jorge, mas essa coruja inútil ainda se recusa! Às vezes tenho dúvida de quem é o animal aqui! Novamente, Harry não conteve os risos. Harry admirava isso em Rony. Como ele conseguia ser dramaticamente engraçado.
Tudo bem que Rony não gostava de ser alvo de risos, mas não tinha como permanecer sério com tais comentários. O humor do amigo era semelhante a uma comediante de rádio: Renata Status. Sem dúvida era a maior revelação no ano. Harry ainda se escondia dos Durleys para ver televisão, enquanto eles assistiam ao noticiário. E certa vez, conseguiu pegar um episódio do programa “The Status’s Zone”. Seu tio Válter não gostara do programa, achava uma verdadeira perda de tempo. - Piada sem graça essa! Minhas piadas são melhores não é, Petúnia? – indagou após ouvir uma piada sobre um londrino conservador. - Ah, sim, querido! Harry abafou o riso, não poderia ser pego ali vendo televisão escondido. Tentava ficar o mais invisível possível dos Dursleys. Harry achou a piada engraçada ao contrário do seu tio que detestava coisas anormais. Seu tio prezava coisas normais e conservadoras e uma piada sobre tal assunto ou denegrindo o conservadorismo seria algo não aceitável e muito menos engraçado. - Pensei que pichí tivesse ok.
- Eu também, mas não tinha tentando mandar nenhuma carta depois daquela vez que mandei para você e Mione.
- Se quiser pode usar Edwiges. - Valeu, cara! - Rony desatou o pergaminho da pata de pichí e colocou-o em uma das patas de Edwiges que olhava-o aborrecida, ela também não gostara de ser acordada por Rony, mas não era de sua natureza recusar-se a enviar pergaminhos.
- Vai me contar porque e pra quem ‘tá mandando recados com tanta pressa? Rony espirou fundo e contou ao amigo tudo que acontecera. O episódio da briga com Allan, o motivo pela aproximação do trouxa com Mione e que, quem estavam por trás de tudo eram os gêmeos.
Harry ficou surpreso pelo fato de Fred e Jorge usarem Hermione desse jeito e tudo por dinheiro. Sem dúvida eles haviam passado dos limites. Edwiges olhava-os como se entendesse o que diziam olhava de Rony pra Harry e vice-versa. O animal tinha um olhar que se confundia com surpresa e curiosidade. Harry notando a ansiedade do animal em enviar o pergaminho a instruiu a fazê-lo.
- Edwiges leve isso pra Fred e Jorge. - E de uma bela bicada neles por fazerem isso com a Mione. – Edwiges balançou a cabeça em sinal de entendimento e levantou vôo. Minutos depois Edwiges estava desaparecendo. Ambos ficaram ali a vendo distanciar-se. Ficar quase que transparente naquela névoa que combinava harmoniosamente com suas penas. Segundos depois não se via mais o animal. Só via-se a névoa de tom branca e gélida que envolvia o céu ao redor da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
O corredor que leva para o salão principal estava amarrotado de alunos. Obviamente, estavam indo ter a primeira refeição do dia: café da manhã. A medida que Harry e Rony iam corredor afora, olhares o seguiam e risos eram emitidos. O ruivo sabia o motivo dos cochichos: Ele! Ou melhor, sua testa onde ainda jazia o “Sou Mentiroso.” No dia anterior, Rony notou os dedos que lhe eram apontados por causa de sua testa. Sem dúvida, Draco Malfoy se encarregou de espalhar a “novidade”. Por alguns instantes, Rony arrependeu-se por não ter dado uns bons socos em Draco quando ele teve essa chance lá no Beco Diagonal. A dúvida de Rony era até quando duraria esta gozação toda. Mas, parecia que levaria um bom tempo! Mas, até lá teria de agüentar os risos e tudo mais. - Enquanto Mione, não me perdoar vou ter isso aqui! – apontou para sua testa.
- Paciência, cara. Rony bufou. Até agora, Rony tinha se controlado, mas a qualquer momento poderia se complicar e entrar em uma briga e conseqüentemente levando uma detenção. As gozações se seguiram no decorrer do dia, no corredor e nas aulas também. Várias vezes a professora McGonagall teve que pedir por silêncio.
O dia foi preenchido com duas aulas de transfiguração seguidas, história da magia, herbologia e poções. Rony estava incrédulo como em um único dia, no primeiro dia de aulas, os professores poderiam passar tantos trabalhos. Tudo em visto que naquele ano, eles teriam que se submeter aos N.I.E.M.s (Níveis Incrivelmente Exaustivos de Magia). Passaram o dia inteiro, ouvindo a importância do N.I.E.M.s. Dois anos atrás tiveram o N.O.M.s (Níveis Ordinários de Magia), até que Rony não fora tão mal .Mas, os N.I.E.M.s exige muito mais! Aquele seria seu ultimo ano na escola! Rony não estava dando muita bola, sempre recorria a Hermione nessas ocasiões o problema é que a garota estava com raiva do ruivo. Agora, ele teria de se virar sozinho, sozinho não, ter de se virar na companhia de Harry, já que Hermione não emprestaria as anotações para Harry, pois sabia que ele as daria para Rony.
Hermione estava feito louca, fazendo anotações. No termino das aulas, foi para a biblioteca estudar e voltou com uma torre de livros deixou cair alguns ao esbarrar em Neville no salão comunal. - Nem pede desculpas... – disse Rony ao ver a distração da garota.
- Não tem problema... – disse Neville - Da um desconto, ela ta ansiosa pro causa dos N.I.E.M.s. – disse Harry. - Espero que compartilhe com a gente essa ansiedade, e nos empreste as anotações depois...
*
Rony desatou o pergaminho da pata de uma coruja desconhecida. Pensou que eram de Fred e Jorge, mas enganou-se. Contudo a caligrafia era familiar...
Rony, sabemos que não fez por mal. Que não pretendia fazer isso com a família, em nos expor dessa forma. Conhecemos a língua ferina de Rita Skeeter, e arte que ela possui de manipular as histórias. Estamos com você Rony! Gui & Fleur
A carta desencadeou lembranças em Rony. Lembrou-se do episódio do artigo que Rita Skeeter escreveu com ajuda dele. De como, deixou-se envolver por uma oportunidade de estar sob os holofotes. Pena, que foi tarde para o ruivo notar que fama não é tudo. Pagou um preço: Exposição dos Weasleys em um escândalo!
- Aposto que Fleur não deve ter gostado de nada disso. – disse Rony.
- Não é para menos... Ela foi apontada como vilã da história. Se relacionando com dois irmãos... – comentou Hermione.
- Essa vaca Skeeter!!! - Bom, de qualquer forma, eles disseram que estão com você, que acreditam em você, Rony. – apontou Hermione.
- É! – foi somente isso que saiu dos lábios de Rony. Estava um pouco emocionado e grato por ter recebido o recado de Gui Weasley. Sim, era confortante ter e saber que seu irmão não o culpava. E, que fizera questão de dizer isso, mesmo por via de uma carta, que tinha o apoio de seu irmão mais velho, que foi junto com Rony, alvo de Rita Skeeter. Rony fitava o pergaminho em suas mãos e cuidadosamente enrolou-o.
Ele, não tinha só o apoio de Seu irmão, mas também de toda sua família! No dia Gina se irritou com o ruivo, mas foi passageiro. Enfim, Rony também tinha Harry e Hermione. Mesmo ele, não estando às boas com Hermione, ela permanecia ali, ao seu lado. Não precisava dizer nada! Pois, o nada era o tudo.
Rony e os outros tomaram o café da manhã e ficaram ali. Não foram para a sala de Defesa Contra a Arte das Trevas, porque pensaram que não teriam aquela disciplina naquele ano. Dedução feita sobre o fato da cadeira do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas estava vazia no jantar de boas vindas. Professora Mcgonagall não comentou nada a respeito. Então, se presumiu que ficariam com essa folga nos seus organogramas. Por muito tempo, essa matéria foi comentada. Motivo? Nenhum professor permanecia no cargo. Passava-se um ano e um novo professor era posto na função.
Contudo, a tal lacuna nos horários dos estudantes não foi posta em prática. A voz da diretora, Minerva Mcgonagall, invadiu o salão principal. “Alunos do sétimo ano queiram dirigir-se para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. O professor de vocês os aguarda.”
Os garotos se entreolhavam na expectativa. Quem era o professor de Defesa Contra a Arte das Trevas? A curiosidade de saber quem ele seria era tanta que parecia que os garotos tinham aparatado dentro de Hogwarts, talvez tivessem feito isso, mas na escola continha o anti-feitiço de aparatação. Ninguém poderia aparatar ali ou desaparatar. Mais um ano se passou, e a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, mudou novamente sua decoração. Mais um novo professor!
Os Alunos entraram e ficaram surpresos com o fato de que não se tratava de um professor como a diretora lhe disse, mas sim, uma professora. A mulher tinha traços finos: cabelos que se confundiam com negro; tinham tom de castanho bem escuro. Olhos tristes e profundos. E era de estatura baixa. Não vestia trajes bruxos. Estava dentro de vestes inconfundivelmente trouxas! Ela os olhava divertida. - Quem é essa? – indagaram todos, quase que em uníssono. E a pergunta ficou no ar. Quem era aquela mulher? Por que não esteve presente no jantar, por que a Mcgonagall não a mencionou? Qual seria seu nome?
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