A melhor enfermeira: Sra. Gand



Àquelas horas passaram como um raio, mas Sirius não percebeu. Desmaiado, a primeira coisa que ouviu foi seu amigo Tiago, discutindo com a enfermeira, desolado por não poder ter seu amigo no time de quadribol. Afoito para dar no mínimo um pequeno sinal de vida, Sirius tenta levantar o braço, para chamar a atenção do amigo, mas estava em um estado perigoso de coma, e não conseguia se mexer, devido à grande perda de sangue.
Quando finalmente abriu os olhos, a primeira coisa que Sirius fez questão de ver foi à janela de mogno ao lado de sua cama hospitalar e, muito triste, percebeu que já tinha anoitecido: Provavelmente eram três horas da madrugada. Black, se segurando para não chorar, se virou novamente e afundou a cabeça no travesseiro - Mais um ano sem quadribol, mais um ano sem diversão. -, mas foi parado por uma mão, que ele reconheceu imediatamente. Agora ele havia escutado os gritos da enfermeira. Com uma rápida abastecida na sua esperança, rapidamente o garoto se vira de barriga pra cima, e encontra cerca de vinte garotos, vestidos com roupas vermelhas-e-douradas, cada um com uma vassoura em mãos, com cara de preocupados.
- Quem... Quem são vocês? - Pergunta Sirius, esfregando os olhos. Provavelmente o remédio que ele tomara causava miopia temporária.
- Não nos reconhece mais, Black? - Caçoa Tiago, segurando o amigo pelo pescoço, enquanto os outros soltavam suas vassouras num armário velho, em frente à janela, diante de gritos eufóricos da enfermeira, que continuamente avançava sobre as vassouras tentando, de algum modo, tira-las do armário.
- SAIAM DAQUI! - Grita a velha senhora, em protesto. - No máximo, dois visitantes por vez!
- Que estresse, minha amada Sra. Gandy. - McKenzie se aproximava da velha senhora como se tivesse pisando em nuvens. - Você tem que tirar umas férias. - Completa ele, colocando a cabeça de Gandy em sua cabeça, começando um cafuné.
Enfezada, a enfermeira rapidamente tira a cabeça dos ombros do capitão e o dá um tapa nos ombros, empurrando cerca de quinze jogadores para a porta da enfermaria, sobrando apenas às pessoas que Sirius desconhecia, como primeiranistas e secundaristas.
- Er... - Tiago tenta voltar, mas é interrompido por Gandy que, enfurecida, continuava a empurra-los ferozmente. - Ele não conhece aqueles pirralhos! - O garoto de óculos redondos tenta começar uma revolta, mas é rebatido com uma mão especial. Agora, a enfermeira empurrava com uma mão quatorze alunos e, com a outra, apertava fortemente o pescoço do garoto.
- Então por quê eles estariam aqui? - Pergunta ela, como se a resposta fosse óbvia. - Provavelmente porque conhecem o garoto cabeludo.
- Eles são... - Começa McKezie, no instante em que Gandy fechava a porta, fazendo o nariz do capitão do time sangrar, sujando todo o seu uniforme. - SUA VELHA! VOCÊ SUJOU MEU UNIFORME!

*Dentro da enfermaria*
- Você merece morrer, Black. - Comenta maldosamente o secundarista, puxando sua varinha. - Você interrompeu o teste de quadribol!
- Sério? - Sirius agora entrava em sua utopia. Ele poderia jogar no time ainda neste ano. - Que ótimo!
- Ótimo, é?! - O primerianista, enraivecido, pula no pescoço de Black, apertando-o fortemente. - VOCÊ BEM QUE MERECEU! - Completa ele, se dirigindo para a porta da enfermaria, junto com seu colega.
- Muito bem, mais dois. - Já reconstituída de sua fúria, a enfermeira abria a porta para a saída dos dois "pirralhos", deixando passagem para seus amigos Mckenzie e Tiago. Potter fazia cara de preocupado, mas Mckenzie sorria.
- Nossa, os ferimentos foram fundos! - Comenta o garoto dos óculos redondos, ficando preocupado. - Onde você conseguiu esses cortes?
- Foi uma coisa bem séria. - Comenta Sirius, ficando sério. Percebendo a situação, Tiago e McKenzie apenas se sentam para o Garoto de olhos compridos começar a contar. - O capitão da sonserina, ele tomou a poção polissuco...
- SÉRIO?! - Grita o capitão, ficando furioso e se levantando da cadeira, dando socos no ar. - Preciso acertar as contas com ele!
- Você nem sabe o motivo, seu idiota. - Brada Tiago, forçando Mckenzie voltar a se sentar novamente. - Se foi sério, primeiro vamos ouvir tudo que o Sirius tem a dizer.
- Então, ele bebeu a poção polissuco e se transformou no nosso querido capitão. - Sirius tenta descontrair, mas não obtém sucesso. Pelo jeito, Tiago e Mckenzie tinham só agora percebido a seriedade da situação. - E me levou até o vestiário masculino...
- AQUELE TRAÍRA! - Brada Mckenzie, dando um soco na cama e, por acidente, acerta a perna de Sirius, que dá um grito desesperado, mas é rapidamente segurado por um forte abraço do capitão da grifinória, tentando fazer a perna parar de doer. - Desculpa, amigo! Foi sem querer!
- Vai dizer que ele achava que você era gay? - Pergunta Tiago, não segurando o riso. - E esses cortes foram da unha dele, aquele sadomazoquista?! - Ele dá uma grande gargalhada e é acompanhado por Sirius e Mckenzie. Finalmente agora conseguiram acalmar os ânimos. - Então, o que aconteceu de verdade? Nos conte tudo, não nos esconda nada!
- ...Ele me levou até o vestiário, fingindo que era o Mckenzie, mas quando chegamos lá, o efeito da poção acabou, acho que era porque ele gastou muito tempo pra me achar. - Sirius faz expressão de alívio. Nunca ele ficaria calado diante de um ataque do verdadeiro capitão da grifinória. - Ele me disse que estava fazendo aquilo, porque teria mais chances de ganhar da Grifinória sem eu no Time. Na verdade, ele tem medo do time da grifinória. - Completa ele, se achando a última bolacha do pacote.
- Como você conseguiu estes cortes, garoto? - Mckenzie sentia que aquela história ainda estava muito mal contada, mas Sirius não estava com muitas condições de responder. Ele se sentia fraco de pouco em pouco tempo, mas lutava para continuar acordado até a saída dos seus amigos, para que eles não ficassem muito preocupados com a sua situação. A enfermeira Gandy, apesar de ser muito carrancuda, era uma ótima enfermeira, mas trocou o cargo de direção do St. Mungus pela vaga na enfermaria de Hogwarts. "Segundo ela, ela adora crianças"
- Bem... Um feitiço bem forte dos sonserinos. Me parece que ele gritou "Setcuprasem", não prestei atenção no que ele falava. - Sirius começa a se lembrar, mas sente que ele tinha muito medo daquele feitiço e que era melhor enterra-lo na mais profunda das lembranças.
- E o que o feitiço faz? - Tiago havia acabado de se interessar pelo tal feitiço, sua expressão, já muito conhecida por Sirius, foi detectada no exato momento: "Seria muito bom usar esta azaração no ranhoso."
- Como se espadas invisíveis cortassem meu corpo por um tempo determinado. Deve existir alguma substância que não deixa o sangue coagular. A última imagem que eu me lembro era do sonserino sorrindo, mas pude sentir uma grande poça de sangue sob mim. Foi terrível, cara. Nem no pior dos meus inimigos eu faria isso. - Tenta argumentar Sirius, mas não é escutado por Tiago, que ainda tentava fazer um plano maligno contra o seu "melhor amigo" - Aliás, pelo que o sonserino me disse, essa maldição foi a ele ensinada por o próprio Snape. - Sirius faz cara de preocupado, enquanto Tiago voltava a Terra. - Estou mais preocupado com você do que comigo. Eu estou na enfermaria. Ela é segura, mas você está livre para levar feitiços.
- Não se preocupe, eu sei me defen... - Começa Potter, mas é calado por Gandy, que já os empurrava para a porta. - Espera aí! Eu não fiz nada!
- Eu sei, Sr. Potter, mas ele perdeu muito sangue, está cansado e muito dolorido. Ele pode desmaiar a qualquer instantes, então é melhor não existir nenhum aluno para incomodá-lo durante sua recuperação. Por isso, volte amanhã para ver seu amigo.
- Então, até mais Sirius. - Se despedem Tiago e Mckenzie em coro, mas logo o capitão continua: - Te vejo no novo teste de quadribol semana que vem, na mesma data e no mesmo horário.
Contente, Sirius se aconchegou em sua cama e dormiu rapidamente. Tudo de bom havia acontecido com ele. Ele confiava na enfermeira de Hogwarts, então a sua única preocupação agora era: Se preparar para o Teste de quadribol. Consciente de que sairia no outro dia e de que teria um laudo de quinze dias, ele fechou os olhos e dormiu um sono tranqüilo...
*No quarto dos marotos*
- E então, como está o Black? - Pergunta Lupin, vendo que Tiago entrara, tirando o livro "Runas Antigas: Um passo para o futuro." - Ele está bem?
- Relaxa, ele está bem. - Tiago cumprimenta o amigo de longe e se atira em sua cama, que começa a ranger.
- A Sra. Gandy é uma ótima enfermeira, não é?! - Pergunta Pedro, com seu humor eufórico(como sempre)
- Claro que é. - Confirma Lupin, pegando alguma coisa comestível em seu malão. - Maldito Sirius. Perdemos o jantar por causa dele.
- É mesmo! - Tiago se lembra e soca a própria mão. - Tenho que acertar as contas com aquele maldito, mas primeiro vou acertar as contas com outro amiguinho meu.
- Ei! Eu estou com fome! - Grita Pedro, também se lembrando de que não jantara. - Preciso comer alguma coisa!
- Pega aí. - Lupin atira um pacote de feijõezinhos de todos os sabores para Pedro, que fica totalmente entretido, comendo o doce, soltando exclamações de "Gostoso!", ou de "Blergh! Que horrível!"
- Tem diabinhos de pimenta aí? - Indaga Tiago, mostrando a mão para Lupin que, estressado, puxa seu malão, atirando outro pacotinho com pirulitos vermelho-fogo. - Não pode se estressar. Nós elegemos o seu malão o maior, portanto os doces que pegamos na dedosdemel.
- Não me interessa se vocês me elegeram. - Desconversa Lupin, voltando a seu livro. - Eu votei no malão do Pedro.
- Ah, tanto faz, desde que não seja o meu. - Brinca Tiago, deixando Lupin um pouco alterado.
- Vamos dormir, já é bem tarde. Não posso me atrasar pra aula de Herbologia, à primeira hora. - Olhando para os lados, Remo percebe que os dois não estavam fingindo não escutar. Ele inspira uma grande quantidade de ar e grita em uma voz altíssima - VOCÊS TAMBÉM NÃO VÃO SE ATRASAR!
A força do grito era tanta que Tiago, o garoto dos cabelos arrepiados, conseguiu deixa-los mais rebeldes ainda, enquanto Pedro havia simplesmente se escondido embaixo da cama.
- Ta, ta. Já entendemos. - Comenta Potter, chateado.
Os três puxam suas cobertas e aproveitam a pequena noite, mas logo são novamente acordados pelo despertador gritante de Lupin. Muito cansado e quase não conseguindo se levantar, Tiago apenas se dá o trabalho de atirar uma almofada na cara de seu amigo que, em resposta, atira o despertador na cama de Potter, fazendo com que ele desse um grande pulo da cama e batesse a cabeça na madeira em cima da mesma.
- Mais um dia que começa... - Tiago se senta novamente na cama e acaricia a sua testa, que havia acabado de ficar vermelha. - Obrigado pelo despertador, Remo. - Bravo, o garoto de óculos aperta o botão secreto do despertador e o atira em uma mochila. - Agora eu ficarei livre de suas tiranias, seu espertalhão!
- Está de noite ainda, gente. - Pedro olha para a janela e contempla um céu estrelado. - Não é para menos que mal ficamos em pé.
- Por que você nos acordou há essa hora, seu desgraçado? - Pergunta Tiago, mais enfurecido ainda, preparando sua varinha.
- Por que você nos acordou há essa hora, seu desgraçado? - Pergunta Tiago, mais enfurecido ainda, preparando sua varinha.
- Você sabe muito bem que, por causa do acidente do Sirius, esqueci de fazer o dever de astronomia. - Ele pega seu malão e tira um pergaminho, um tinteiro e uma pena. - Vocês, pela primeira vez, vão fazer o dever de casa, olha que legal.
- Faz pra gente, depois a gente copia. - Tiago tenta se deitar, mas é atingido por um feitiço que causa cócegas lançado por Lupin, que obriga Potter a se levantar.
- Astronomia é no segundo horário. A profª Fridget nunca deixaria você fazer outra coisa que não mexer com plantas na aula dela. Afinal, ela adora você.
- Você tem razão... - Começa Tiago, mas logo esfrega os olhos e se acorda de verdade. - PERA AÍ! Eu tava dormindo! Por mim, tanto faz fazer ou não os deveres.
- Tiago, tu não vais perder pontos tão suados da Grifinória por simples birra. - Ameaça Lupin, puxando o garoto para a janela.
- Vamos lá, então. - Vencido, o garoto pega sua pena, pergaminho e tinteiro e começa a anotar tudo que Lupin escrevia. Remo até percebeu que o garoto estava copiando todas as suas anotações, mas resolveu fingir que não havia se dado conta, pois para ele, a responsabilidade aumenta com a prática. Ele havia tido esperanças de que os garotos se tocariam e voltariam a estudar, mas quando se virou para Tiago, viu que ele cochilava.

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