Finalmente, a volta ao mundo m



Tiago ajustou seus óculos, que estavam tortos e entrou no trem, que já apitava fortemente, enquanto uma forte fumaça era liberada. Aos berros, o maquinista gritava que era hora de partir. O garoto rapidamente começou a andar por todos os vagões, à procura de seus amigos. Quando chegou ao primeiro vagão, reconheceu-o rapidamente: Aquele tinha sido o vagão em que os quatro amigos se conheceram, aquele tinha sido o vagão que tinha dado a ele os melhores amigos do mundo. Em um pequeno momento de nostalgia e transe, Tiago pode se ver novamente com onze anos, ansioso, tímido e sem nenhum conhecido, jogado às traças em uma das cabines, quando viu seu melhor amigo, Sirius Black, vindo com Lupin, à procura de um vagão.
"Ah, a amizade." - Pensa o bruxo, soltando um sorriso bobo, enquanto olha o nada.

- Achou uma gatinha, Potter? - Pergunta uma voz conhecida, batendo com o malão na batata-da-perna do garoto de óculos, que rapidamente abre um grande sorriso.

- Sirius?! - Potter se vira pra trás e vê o amigo. Ele estava como tinha saído, mas com os cabelos mais longos. - Vai deixar o cabelo crescer, é?

- Como vai, camarada? - Sirius cumprimenta o amigo e ambos vão caminhando lentamente até o fim do primeiro vagão. - Vou sim, acho legal ter cabelos compridos.
- Respondendo a sua pergunta... - Começa Tiago, procurando Pedro ou Remo em uma das cabines. - Eu estava só me lembrando que foi aqui que a gente se conheceu.

- Ah, pobrezinho. - Sirius dá uma forte gargalhada, dando um tapinha nas costas do amigo, enquanto chegavam ao segundo vagão. - Ou você está com febre, ou as férias te fizeram muito mal.

- Há-Há-Há. - Tiago mostra um sorriso amarelo a Sirius, fazendo-o sorrir.
Os dois finalmente chegam à segunda parte do terceiro vagão. Tiago puxava com todas as suas forças seu malão, enquanto Sirius olhava de cabine em cabine, para procurar os dois amigos que faltavam.
Opa! - Sirius segura o ombro de Tiago, que para imediatamente, perguntando o motivo da freiada. - Olha aquela garota, cara.

- Seus hormônios estão em excesso, cara. - Ironiza Tiago, soltando risadas forçadas, quando vê uma menina ruiva, vestida com um suéter verde e branco, que conversava alegremente com as amigas. - Peraí. Você está falando da Evans?

- Não, seu monstro. - Cochicha Sirius, tomando a pergunta como uma ofensa. - Estou falando da amiga dela, a Mégara. - O garoto parece ter ficado paralizado ao ver a bruxinha do lado de Lílian Evans, Mégara Dodson.

- Vamos procurar o Lupin e o Pettigrew ou vamos ficar aqui olhando as garotas, Sr. Black? - Pergunta Tiago, cansado de tanto segurar malões pesados.

Liberto da corrente de paralisia, Sirius retoma a consciência e segue seu amigo, até o quarto vagão, onde os esperavam Lupin e Pedro, que estavam sem nada para fazer, com os arteiros(Sirius e Tiago) fora de um perímetro de dois metros. Ao avistarem os dois amigos, Pedro já solta um sorriso de esperança, se levantando do banco e abrindo a cabine para os dois entrarem.

- Obrigado, Pedro. - Tiago faz uma pequena reverência, logo entrando e se atirando em um dos bancos, enquanto Sirius fica parado na porta, olhando um grupo de garotas da corvinal passarem.

- Pode entrar, Sirius, a gente não tá cobrando. - Brinca Lupin, fazendo Pedro cair na risada. Sirius apenas olha para Lupin com um olhar mortal e se senta, ao lado do colega.

- Eu já estava com saudade das brincadeiras. - Comenta Pedro, sorrindo. - É tão legal participar dos marotos.
- Pessoal, tenho uma coisa pra mostrar pra vocês. - Fala Tiago, com voz de mistério, puxando a velha caixa de latão, que estava em cima de seu malão. - Essa caixa aqui...

- Para de segredo, Potter. - Sirius puxa a caixa e a abre, puxando a capa cheia de cores escandalosas. - PUXA! É seu traje de rigor, Tiago? - Todos da cabine riem, inclusive Tiago.

- Você vai ficar de boca aberta quando souber o que a minha capa MÁGICA faz. - Tiago puxa sua capa e a envolve em seu braço, fazendo só um de seus membros ficar invisível, enquanto Lupin e Sirius ficavam de boca aberta e Pedro, encantado, batia palmas frenéticamente.

- Que truque é esse, Tiago? - Pergunta Pedro, ainda não recuperado do que acabara de ver.

- Não é truque. - Começa Lupin, puxando um livro do malão.

- Lá vem ele... - Interrompe Sirius, emburrado.

- Continuando... - Lupin procura um parágrafo do livro e começa a lê-lo. - "...Existem capas extremamente raras com a capacidade de deixar quem as veste invisível, que são chamadas de Capa de Invisibilidade. Elas são feitas com a pelagem de animais encontrados no Extremo Oriente, chamado Seminvisos, que tem a capacidade de ficarem invisíveis, tornando muito caro o preço de seus pelos. - Lupin fecha seu livro e Sirius bate palmas freneticamente, gritando "ele é o melhor!", fazendo Tiago e Pedro rirem.

- Bem, vejo que esse ano aprontaremos MUITO em Hogwarts, não é mesmo? - Sirius pega a capa das mãos de Tiago e a testa no próprio braço, para ter certeza de que aquilo não era um truque. - Incrível! De onde você tirou essa capa?

- Meu pai me deu. - Tiago tira as capas das mãos de Sirius, a põe na caixa e a tranca magicamene. - Ele a usava quando era garoto pra aprontar no castelo.

- E ele lhe deu para seguir a tradição... - Lupin parece começar a entender o motivo da capa. - Seria ele um dos Demônios de Hogwarts?

- Como você sabia, Remo? - Pergunta Tiago, pasmo com a dedução rápida do amigo.
- Ele SEMPRE sabe de TUDO, cara. Você ainda não se acostumou com isso, não é mesmo? - Sirius olha para Lupin, que se orgulhava de sempre ter uma resposta imediata. De repente, uma coruja aparece na janela da cabine do vagão. Era uma bela coruja prateada com os olhos extremamente negros. - Olha, Tiago. É o Eddie.

- Eddie? - o garoto de óculos abre a janela e deixa sua coruja entrar. Eddie entra, dando um calculado rasante no ombro de Tiago, dando uma bicada forte em seu pescoço. - Seu babaca! - Grita Tiago, enquanto a coruja parecia rir. O bruxo tira a carta dos pés de Eddie e a abre.

- Ei, é o Profeta Diário! - Sirius puxa o jornal das mãos de seu companheiro e começa a ler. - "Volta dos alunos a Hogwarts... bláblábláblábláblá... Na foto: Sirius Black, aluno do terceiro ano e sua mãe. - Termina ele, com cara de quem comeu e não gostou. - Nossa, cara. Ainda não acredito que eles publicaram essa foto.

- E a sessão de esportes? - Pergunta Tiago, enquanto o garoto com cabelos compridos folheava o jornal, em busca dos jogos de quadribol. Lupin espicha o pescoço e começa a ler:

- "Cannons vencem time do Peru" - Comenta ele, como se fosse uma coisa banal. - Aqui! Jegger Houston foi contratado pela Nimbus para projetar uma nova vassoura! - Lupin ficou em êxtase com a notícia, enquanto Tiago ainda não acreditava que os Chudley Cannons tinham conseguido vencer. Sirius dobra o jornal e o coloca no colo, quando Pedro pede para lerem a sessão de piadas(Ele nunca soube ler direito), e os quatro ficam se divertindo por horas com as piadas bestas de jornal.

Horas depois

-Hora de vestir os uniformes, meninos. – Avisa um dos monitores da Grifinória, que havia batido no vidro da cabine.

-Certo... – Lupin abre seu malão e puxa suas vestes, enquanto os outros também fazem o mesmo. – Não acredito que Hogwarts sempre vai usar o mesmo uniforme.

-Por que você diz isso, Remo? – Pergunta Sirius, sem entender.
-Minha mãe acha que não precisa me dar roupas novas, enquanto o uniforme continua o mesmo, então até novas vestes chegarem na lista de materiais, vou ficar com as roupas apertadas.

-E as vestes de Rigor?

-Usadas. – Lupin pega sua veste, que parece ser do século passado. – Vestes à rigor são muito caras, meu caro Sr. Black.

-Minha mãe me comprou dois pares, Remo. – Tiago puxa suas duas vestes e atira uma no colo de Lupin. – Pode usar uma.

-Que Merlim te dê em dobro, meu caro companheiro. – Remo agradece aos céus por não ter de usar uma veste tão ridícula.

-Hora de descer! – Grita um “Garoto” de cerca de 5 metros de altura, enquanto os marotos conseguiram descer do Trem e tocaram novamente no chão de Hogwarts.

-Ê terreno sagrado. – Fala Tiago, beijando o chão, enquanto os outros três cumprimentavam Hagrid.

-Feliz por estar de volta, idiota? - Um garoto de cabelos no ombro, extremamente sujos e sebosos tinha aparecido ao seu lado. Ele usava as vestes padrão de Hogwarts, com gravata, distintivo e detalhes em verde. – Achava que eu não o veria mais aqui.. é claro que isso é uma utopia. ‘Vaso ruim não quebra’. – Fala ele, quando Tiago fez sua expressão de aconchego mudar rapidamente para raiva. Ele já sabia de quem se tratava.

-Ranhoso. – Tiago se vira de frente para o garoto, tirando a varinha do cós das calças. – Você também está aqui. Senti falta de azarar você nas férias.

-Eu sei que você me ama, Potter. – Começa o garoto, soltando uma risada amarela. – Mas me chame de SNAPE. – Fala ele, se virando de lado para Tiago, que começa a fazer movimentos com a varinha, mas é parado por Lupin.
-Não vale à pena, cara. – Fala Remo, segurando a varinha de Tiago.
-Claro que vale, eu transformaria ele num sapo, e eu gosto de humilhar ele. – Explica Tiago, guardando a varinha.

-E já perderia pontos para a Grifinória, além de ganhar uma bela detenção. – Lupin fala rispidamente, tendo uma idéia. – Ta aí. Achamos uma utilidade para sua capa.
-Santo Lupin! – Fala Potter, juntando as mãos. – Grande idéia!

-O Lupin seria o gênio das traquinagens, se não tivesse tanto medo de detenções. – Sirius comenta, desgostoso.

-Ah, não vem com essa, Black. – Lupin começa a andar em direção de uma das carruagens, enquanto é acompanhado por seus amigos. – Vamos ir para o castelo?

-Claro, meu amigo. – Tiago sobe na carruagem, acompanhado dos outros dois, enquanto Remo se acomodava no canto esquerdo do banco.

A carruagem rapidamente começou a se mover em uma velocidade normal, e o ritmo da mesma dava para se constatar que o animal invisível que puxava aquilo era uma espécie de cavalo. Remo ficou cuidando meticulosamente o que havia à frente dele, mas não conseguiu ver nada, então deduziu que fosse apenas um animal invisível.

Vinte minutos depois, a carroça finalmente estacionou, e Tiago parou de contar sobre a jogada de quadribol que seu pai o tinha ensinado, para descer e começar a subir as escadarias do castelo.

Era uma noite tempestuosa, e os pingos de chuva caíam como tiros de revólver sobre o gramado extremamente verdes dos jardins da escola, fazendo um barulho extremamente agradável. Os raios caíam, rompendo o céu com uma luz muito forte, assustando muitos dos alunos que saíam descansados das carruagens. Tiago e seus amigos finalmente haviam chegado ao início das escadas que levavam ao castelo.

-Hora do desespero! – Grita Sirius animado, arrancando gargalhadas de Tiago e Pedro, enquanto Lupin ficou sério.

-A escadaria é de mármore, e quando molhada fica muito escorregadia. – Fala ele, subindo o primeiro degrau. – Isso pode causar acidentes.

-Fica calmo, Sr. Certinho. – Fala Tiago, rindo. – Ninguém vai se machucar, somos providos de mágica, esqueceu?

-Mágica não é tudo, Sr. Potter.

-Poisé. Bem que o Ranhoso podia escorregar e quebrar o pescoço. – Comenta o garoto de óculos redondos, com um sorriso maligno no rosto.
-Você e suas brincadeiras de mal gosto. – Lupin faz cara de desgostoso, enquanto Pedro quase escorrega, fazendo Tiago e Sirius caírem na gargalhada.

Os quatro seguem subindo cautelosamente as escadas, para não ganharem alguns hematomas, e após poucos minutos, conseguem chegar vivos em frente ao portão.

-Graças! – Diz Sirius, levantando as mãos para os céus. – Nunca pensei que essas escadarias fossem tão escorregadias.

-O Dumbledore podia colocar um feitiço anti-derrapante, não é mesmo? – Sugere Pedro, ainda tremendo após quase ter caído em cima de um lufano do sexto ano. – Seria bom não ter medo destas escadas.

- Talvez ele até queira se divertir com crianças caindo pelos degraus. – Fala Remos, rindo gostosamente.

-Então, hora do banquete? – Pergunta Pedro, colocando as mãos na barriga. – Pela primeira vez, não compramos nada no expresso, estou morrendo de fome.

-Pra variar... – Sirius revira os olhos, enquanto Lupin tentava acabar à força com seu repentino acesso de riso.

-Sabem... Eu já estava com saudades até das reclamações de fome do nosso colega Pettigrew. – Tiago dá uma palmadinha no ombro de Pedro, que sorri, com os olhos brilhando.

-Bem, vamos entrar então? – Lupin tenta avistar os barcos dos primeiranistas, até que vê que os barcos já estavam até ancorados. – Os novatos já estão chegando. – Comenta ele, enquanto Sirius e Tiago soltavam risadas malignas, pensando qual azaração iriam treinar nos novatos.

-Adoro novatos. – Potter agora caminhava, com um sorriso no rosto. – Eles são bons para experimentarmos nossos feitiços.

-Tsc. – Lupin lança um olhar de desprezo a Tiago, que fica assustado. – Você e seus hobbies afrodisíacos.
-Ah, nem vem, Remo. – Sirius chega por trás de Lupin e pula em suas costas, fazendo-o quase cair. – Esse hobbie do nosso camarada é bem divertido.

-É, é bem divertido ver os primeiranistas com a pele verde! – Lembra Pedro, em um momento nostálgico. – Lembram aquele garoto... Teo Addams, que vocês transformaram em um dragão rosa?

Os marotos caem na risada, mas quando iam falar mais do tal garoto, foram interrompidos por uma estressada Fridget.

-E aí, professora! – Fala Tiago, colocando um braço no ombro de sua professora de Herbologia. Fridget Mannathon era a vice-diretora de Hogwarts, diretora da lufa-lufa e adorava Tiago. Nesta noite, ela trajava uma capa extremamente negra, com um chapéu de bruxo preto com detalhes em amarelo. Abaixo da capa, percebia-se um suéter branco. No pescoço, havia um bonito colar de ouro, com um H em preto. – Como vão os preparativos para a seleção?

-Tiago! – A professora se vira, com um sorriso agradável no rosto, enquanto abraçava o garoto. – Como foram as férias? Não, não... depois conversamos, estou muito ocupada.

-Até mais, professora! – Se despede o garoto, abanando Fridget, que seguiu a passos rápidos para falar com o diretor da escola. Minutos depois, um banco aparece magicamente à frente da mesa dos professores. Tiago, que já sabia o que iria acontecer, começou a ver se o salão principal tinha mudado alguma coisa. As quatro mesas gigantescas feitas para os alunos se sentarem continuava a mesma. Todas rústicas feitas de mogno, com uma bonita toalha branca em cima da mesma, com bordados da cor de cada casa. (No caso da de Tiago, com bordados vermelhos). Ele olhou para cima e notou que como sempre, também haviam várias velas acesas flutuando, para iluminar o local. O teto do salão principal, que era invisível, mostrava várias nuvens negras sob o castelo. A tempestade estava cada vez mais forte, e o barulho de chuva aumentava gradativamente.
Ele descansou a cabeça nos braços, cruzados apoiados sob a mesa e guardou alguns segundos para ouvir o calmo barulho de chuva. Ele fechou os olhos, sem perceber que os alunos do primeiro ano estavam entrando. Ele se pôs a tentar achar em sua memória por alguma coisa que guardasse a junção de todo aquele sentimento de paz, alegria e ternura. A primeira coisa que veio à sua mente foi a imagem do lindo rosto da garota que ele tinha avistado no trem, Lílian Evans.

Assustado com a própria imaginação, ele rapidamente se recompôs e se sentou normalmente, sob os olhares assustados de seus companheiros, achando que ele tinha enlouquecido de vez. Os primeiranistas já haviam formado uma fila indiana ao lado do chapéu, enquanto ele terminava de cantar sua bonita canção, e todos batiam palmas, sem ao menos ouvir uma única palavra cantada pelo chapéu.

-Agora, vamos dar início à cerimônia de seleção! – Fala graciosamente o diretor Armando Dippet, ficando de pé. – Profª Fridget, por favor?

- A profª Fridget é meio atrapalhada demais, não é mesmo? – Pergunta Remo, ao ver a professora tentar tomar a palavra, quando tropeça nas próprias vestes e quase tomba no chão.

-É, mas é uma pessoa legal. – Tiago olha para a professora, já recomposta pelo susto do pseudo-tropeço. – Espero que tenhamos aulas com ela, este ano. O garoto de óculos redondos olha para um dos primeiranistas sentados com o chapéu seletor na cabeça, enquanto ele dizia firmemente: “CORVINAL!”, e os corvinais batiam palmas e assoviavam, dando calorosas boas vindas aos seus novos alunos.
-Ei, pessoal! Vocês se lembram do dia da nossa seleção? – Pedro agora tinha se intrometido na conversa, já cansado de tanto falatório próximo à mesa dos professores. – Foi bem legal, não é mesmo? – Todos se param a lembrar do que havia acontecido em tal dia.

Flashback de Sirius Dia da Seleção

Sirius Black, um garoto muito pequeno e magricela, estava em uma fila única indiana, esperando sua vez de se sentar. Ele usava vestes extremamente compridas e muito molhadas. Aquele dia também era um dia chuvoso, como o de hoje, portanto todos os primeiranistas estavam extremamente molhados.

Ele não agüentava mais esperar a sua vez, enquanto se lembrava de sua mãe, que dizia que o tiraria da escola se ele não entrasse para a casa de seus antepassados, a Sonserina. Antes, ele não teria nenhum motivo para criar uma reação ao monopólio das ordens de sua família, ele sairia de Hogwarts sem problemas. Sirius, aos onze anos, era extremamente fechado, e tinha poucos amigos, mas desta vez, ele não podia decepcionar sua mãe, pois ele agora tinha encontrado verdadeiros amigos. O garoto olhou para trás, procurando vestígios de seus novos companheiros, até que fitou seus olhos em um garoto que usava óculos extremamente redondos. Ao ver que Sirius estava o olhando, o garoto soltou um sorriso amistoso e o abanou. Sirius retribuiu o sorriso e seguiu com os olhos, até parar seu olhar em outro garoto, que tinha o rosto marcado por uma série de cicatrizes, e um olhar cansado. O garoto das cicatrizes encontrou seu olhar com o de Sirius, e o deu uma piscadela, sorrindo. Sirius piscou e seguiu até o último membro da fila, onde se encontrava um garotinho gorducho, que tremia de frio. Sim, aquele desajeitado era o último membro do quarteto, Pedro. Um garoto medroso, assustado e gorducho, que havia caído no lago, ao ver a lula gigante emergir das águas. O menino gorducho, muito assustado, olhava para todos os lados, menos para Sirius. Desistindo de ser visto, Black se virou para frente, esperando sua vez chegar.
Desistindo de ser visto, Black se virou para frente, esperando sua vez chegar. Nunca tinha visto uma fila tão demorada. Ele olhou à sua frente, na mesa da sonserina, encontrou seu irmão Régulo, outro medroso que havia, por sorte, entrado na casa tão adorada de sua mãe.

-Black, Sirius. – Falou a Profª Fridget, totalmente atrapalhada. Sirius se dirigiu ao banco e vestiu o chapéu na cabeça, pedindo muito para o chapéu o colocar na sonserina. Por pensamento, o chapéu o fez uma pergunta:

“Prefere ficar na mesma casa de seus amigos ou seguir o que sua mãe diz?” – Fala o chapéu na mente de Sirius, fazendo o garoto refletir por alguns segundos. Com firmeza, Sirius pensou:

“Prefiro ficar com meus amigos a seguir os mandamentos rígidos de minha mãe.” – Ao terminar de pensar, o chapéu solta um sorriso amarelo e rapidamente brada: “GRIFINÓRIA!”

O garoto, extremamente feliz e confiante de que seria colega de seus amigos, é aclamado calorosamente pelos seus colegas da Grifinória, enquanto era seguido pelo olhar de desprezo de seu irmão, mas ele não se importava mais com isso. Apesar de saber que enfrentaria poucas e boas com sua mãe, tinha sido sua escolha. Quando ele finalmente se acomodou e voltou a olhar para a grande fila, avistou seu amigo Lupin vindo em sua direção, feliz por estarem na mesma casa. Rapidamente, todos os quatro haviam se juntado, até mesmo rabicho, o medroso.
Fim do Flashback de Sirius Dia da seleção
-Oh, sim, nos lembramos. – Diz Tiago, soltando uma gargalhada. – Foi bom aquele banho, não foi, Pettigrew?

-Nem me fale. – Fala Pedro, olhando para a fila dos primeiranistas e vendo que a seleção já estava quase no fim. – Peguei um resfriado por causa daquela lula nojenta.

-Mas foi divertido te ver quase se afogando naquele lago, cheio de medo da lula tão inofensiva. – Comenta Sirius, enquanto o diretor Dippet se levantava para começar seu tão curto discurso.

-E então, vamos escutar nosso amado diretor ou continuaremos com o papo? – Pergunta Lupin, já adivinhando a resposta. – Vamos continuar, não é mesmo?

-Aprendeu rápido, o nosso colega. – Comenta Tiago, rindo. – Aliás, quem são os novos monitores da grifinória? – Tiago, quando já ia meter o rosto no meio da mesa e olhar para os lados, para procurar distintivos, uma jarra, que apareceu repentinamente, bateu em sua nuca, fazendo-o dar um berro de dor, atraindo atenção de praticamente todos.

-Oh, parece que o Sr. Potter não percebeu que o discurso do diretor já terminou! – Tenta falar Sirius, entre grandes gargalhadas.

-Cale a boca, idiota. – Brada Tiago, vermelho, passando a mão na nuca.

Finalmente Tiago já estava voltando à sua rotina predileta. Já com seus amigos, o garoto dos óculos redondos finalmente havia voltado ao mundo fantástico em que habitava por nove meses, com seus amigos, com muitas aventuras, muitos deveres e MUITA coisa pra aprender. O magnífico banquete de Hogwarts, que, dito por Pedro, o que mais o fazia sentir saudades da escola, passou rapidamente, enquanto todos conversavam sobre times de quadribol, copas das casas e, como exceção, Lupin tentava inserir os deveres ao assunto, mas sem sucesso. Lupin resolveu desistir, pois pelo menos um dia de Hogwarts, ele precisava relaxar e viver o momento, que era muito agradável.
Vendo que Lupin tinha levantado bandeira branca, Tiago, Sirius e Lupin começaram a introduzir o garoto na conversa, começando a especular que novos feitiços e azarações aprenderiam neste novo ano, arrancando palavras de terror e de alegria de Pedro, que prestava sempre muita atenção no assunto do trio.

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