capítulo 14



Draco havia bebido quatro cervejas amanteigadas, assim como Hermione. Eles brigaram uma pequena e divertida briga para decidir quem beberia a última. Draco venceu. A dose de álcool contida numa simpels cerveja amanteigada era pequena, mas tendo bebido quatro delas, com o estômago vazio, fez Hermione sentir-se sonolenta e um pouco tonta.

- E se o idiota do seu namoradinho nunca mais voltar?_ perguntou Draco abatido – Ia ser muito embaraçoso para mim morrer dentro de meu próprio closet!

- Ele não é meu namorado!_ disse Hermione automaticamente – E ele vai voltar.

Draco olhou-a severamente de sua cerveja amanteigada.

- Por quê?_ ele perguntou.

- Porque Harry não nos deixaria aqui para morrer._ respondeu Hermione, assustada – Ele pode estar chateado comigo, mas ele não é homicida, ou você acha que ele é?

- Não_ disse Draco – Eu quis perguntar por que ele não é seu namorado?

- Hermione descobriu que ela estava tendo um pouco de problema focalizando seus olhos nos de Draco.Claro, era mais ou menos quaatro da manhã, e ela não dormia havia vinte horas.

- Porque..._ ela disse soturna – Ele não gosta de mim desse jeito. Ele já me disse isso.

- Garoto idiota!_ disse Draco num tom trivial – Eu acho que ele não sabe o que quer.

- O que ele está sentindo agora?_ perguntou Hermione a despeito de si mesma.

Draco pensou por um momento.

- Tristeza_ ele respondeu.

- Você sabe do que eu vou sentir saudades?_ perguntou Hermione sentindo algo esquisito, como se ela estivesse dormindo sem estar cansada.

- Estar rodeada por tanto Armani?_ sugeriu Draco.

- Não_ disse Hermione – De você. Sendo assim. Quando tirarmos o feitiço de você e de Harry, você vai voltar a ser detestável e horroroso, não vai?

- Mas há o lado bom_ disse Draco, tentando parecer leve – Harry provavelmente vai deixar de ser um babaca.

- Não xingue ele!_ disse Hermione, mas seu protesto parecia mais automático do que sentimento verdadeiro.

- Você sabe do que eu vou sentir saudades?_ perguntou Draco, que não estava olhando para ela, mas sim para um ponto fixo acima de sua cabeça.

- Do quê?

- De ter você como amiga._ ele disse muito rápido – Quero dizer... mesmo quando você achava que eu era Harry, foi bom... eu tenho amigos, você sabe, como Crabbe e Goyle, mas eu nunca senti que eles fossem morrer por mim. Bem, eles podem morrer de mim, como se eu os mandasse tomarem veneno, eles iriam provavelmente obedecer, mas isso é mais idiotice do que lealdade, na minha opinião._ ele suspirou – Mas você morreria pelo Harry, não é?

- Sim!_ disse Hermione – Embora eu ache que eu morreria dele._ ela adicionou, e Draco deu um sorriso torto.

Hermione deitou para o lado, e então, ela estava descansando sua cabeça no ombro de Draco. Ele estava sentado e imóvel, ela podia ver o seu perfil, parecendo muito sério e famílias sob a luz da varinha.

- Eu vou sentir muito quando você começar a se barbear._ ela disse sonhadoramente (ela estava completamente tonta agora) – Eu adoro esse jeito translúcido da sua pele, eu sempre adorei. E quando você passar a lâmina para raspar a barba que um diz você há de ter, essa translucidez irá para sempre.

Ela inclinou a cabeça e o beijou na bochecha.

Ele olhou para ela. Seus olhos estavam a polegadas dos dela.

- Hermione_ ele disse – Com quem você está falando?

- Eu não sei!_ ela respondeu, e dessa vez o beijou na boca.

Qualquer receio que ele devia ter sentido não foi mostrado. Ele a pegou pelos ombros e a beijou com força, e qualquer ilusão que ela podia estar tendo de estar beijando Harry, desapareceu. Ela nunca havia beijado Harry, mas ela sabia que se ela o beijasse um dia, não seria assim. Isso era beijar um estranho, ou um quase-estranho; cada toque dos lábios dele nos dela eram raios de uma excitação temível, vigoravam nas terminações de seus nervos. Ele também não cheirava como Harry, ele cheirava como Draco: suco de limão, pimenta, ar frio da noite.

Mas quando ele disse o nome dela, foi na voz de Harry.

Ela não ligava. Eles rolaram de um lado para o outro, se beijando, esbarrando nos limites do armário, batendo nos lados, tão despreocupados, que nem perceberam que alguém estava abrindo a porta do armário, e deixando a luz de fora entrar. Tão despreocupados, que não pararam até que uma voz falou e acabou com o estado de desligamento do mundo em que eles se encontravam, com uma aguda e furiosa finalidade:

- O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO?_ perguntou Harry aos gritos.




**



Hermione estava completamente infeliz. Harry não estava falando com ela, e parecia que ele havia decidido nunca mais falar com ela de novo. Estranhamente, ele continuava falando com Draco, mesmo que não com grande entusiasmo.

Draco e Hermione se soltar no momento que eles ouviram a voz de Harry, mas já era tarde. Hermione caiu para fora do armário, meio histérica e ainda meio molhada por causa da cerveja amanteigada e pelos beijos, e tentou segurar o braço de Harry, mas ele só olhou para ela como se ela fosse um verme que estava preso à manga de sua camisa, e disse, numa voz muito vazia, fria e definitiva:

- Não-Me-Toque.

Depois Harry virou-se para Draco:

- Saia do closet, Malfoy. Eu preciso falar com você.

Draco engatinhou para fora do closet, apreensivo, aparentemente certo de que Harry ia lhe dar um soco. Mas Harry não deu. Harry parecia convencido de que a pessoa que fez algo de errado fora Hermione, que estava agora infeliz sentada no canto da cama de Draco, assistindo aos dois garotos traçarem um plano para tirar Sirius do calabouço.

- Nós dois teremos que ir._ disse Harry categoricamente.

Ele havia explicado a situação de Sirius, e agora ele e Draco tinham suas cabeças curvadas para um mapa recém-desenhado por Harry, da mansão e suas passagens subterrâneas.

- Você precisa ir comigo lá embaixo porque eu preciso de alguém com o sangue Malfoy para abrir as portas. Nós dois cabemos na capa da invisibilidade, mas será melhor que só você a vista e eu vá um pouco depois de você, já que se as portas começarem a ser abertas sem ninguém por perto, vão achar muito estranho. E fique debaixo da capa... você é o Inimigo Público Número Um, aqui, do jeito que você está, sendo eu.

Draco concordou com a cabeça.

- É melhor irmos logo._ ele disse – Em breve, eles estarão esperando Harry Potter aparecer, e se você não...

- Sim!_ disse Harry resumidamente – Acho melhor irmos agora mesmo.

- ótimo plano._ disse Draco – E Hermione?

Harry deu a Hermione um olhar longo, frio e hostil.

- Vamos deixá-la no armário._ ele sugeriu.

- Eu não vou ficar no armário!_ disse Hermione terminantemente – Eu vou com vocês!

- Não, você não vai._ disse Harry, sem olhar para ela – Isso será muito arriscado, e eu não posso ficar constantemente preocupado com você fazendo algo estúpido que arrisque sua segurança.

- Você sabe muito bem que eu não faço coisas estúpidas!_ disse Hermione, furiosa.

- Acho que você acabou de provar que faz._ disse Harry, sem sequer tentar esconder seu desprezo.

Sem parar para pensar no que estava fazendo, Hermione deu cinco passos até Harry e deu um tapa na cara dele. O mapa caiu da mão dele e ele olhou para ela, mais surpreso do que ficaria se sua varinha pulasse de seu bolso sozinha e começasse a cantar o hino nacional.

Draco estavam sorrindo.

- Você deve querer sentar-se, Harry._ ele disse – A última vez que ela fez isso em mim, eu vi estrelas por dias!

Harry e Hermione olharam para Draco ao mesmo tempo.

- CALE A BOCA, MALFOY!_ os dois gritaram.

- Muito bem!_ disse Draco – Eu vou sentar aqui.

E ele andou até a parte mais afastada do quarto. Ele parecia ressentido, mas Hermione achou ávido da parte dele deixá-la a sós com Harry para conversarem.

- Eu não vou pedir desculpas._ ela disse a Harry num tom gelado – Você mereceu isso.

- Claro!_ disse Harry, ainda chocado. Ele aceitou o conselho de Draco e sentou-se na ponta da cama – Eu acho que eu não tenho nada a ver com isso!

Ele parecia infeliz, Hermione se sentiu culpada.

- Harry... eu sei o que você deve estar pensando...

- Não, você não sabe!

- Eu sei que você não gosta do Draco...

- Não gosto dele?_ o tom de voz de Harry dava a impressão de que ele tinha acabado de ouvir Hermione dizer que ia sair para jantar com Voldemort – Esse é Draco Malfoy, Hermione, você se deu conta de que estamos falando de Draco Malfoy? Aquele que tentou mandar Hagrid para Azkaban um milhão de vezes? O cara que te chama de Sangue Ruim? O cara cujo pai fez o pai de Ron ser demitido do Ministério da Magia...

- Eu não sabia disso!_ a voz de Harry veio do final do quarto.

- Cale a boca!_ Harry gritou, sem tirar os olhos do rosto de Hermione – O Draco Malfoy que queria te ver morta? Você lembra disso, Hermione?

- Ele está diferente agora._ ela protestou, sabendo o quão idiota isso parecia – Ele está mudado!

- Mudado?_ repetiu Harry, agora dando a impressão em seu tom de voz que ela havia acabado de contar que ia sair para jantar com Voldemort e levar uma garrafa de vinho bom.

- O que Ron diria se ele soubesse que você estava se agarrando dentro de um armário com o filho do cara que fez o pai dele ser demitido e praticamente levou a família inteira à bancarrota? Se não fosse pela loja de brincadeiras de Fred e Jorge, eles estariam morando debaixo da ponte, e você sabe disso.

- Isso não é justo!_ disse Hermione, ofendida pela menção ao nome de Ron – Isso foi Lúcio, e não Draco.Eu não te culpo pelo que os Dursley fazem, eu te culpo?_ ela mudou sua voz para um sussurro – Harry..._ ela disse de novo – ele está diferente agora. Quando nós estávamos tentando chegar na casa pelo lado de fora, ele pulou na frente de uma flecha que estava mirada em mim! Ele salvou minha vida! Isso não significa nada?

Harry olhou para ela. Seus olhos castanhos estavam arregalados e seus lábios estavam tremendo.

- É a Poção Polissuco, Hermione._ ele disse – Você sabe disso. Você parece Hagrid, adotando um monstro horrível e insistindo que ele é bem-comportado. Qualquer dia ele vai morder sua mão. Tanto quanto tirarmos o feitiço da poção dele quanto antes.

- Como você sabe que é a poção, Harry?_ perguntou Hermione, lançando um olhar ansioso a Draco.

- Porque..._ Harry começou, parou e olhou para ela. Ela podia dizer que ele estava decidindo se contava ou não algo para ela. – Porque eu posso sentir o oposto em mim, está certo?

- Você quer dizer... você pode ouvir o que ele está pensando?

Ele balançou a cabeça.

- Não. Algo mais._ ele tirou sua varinha do bolso e fez um gesto para que ela se aproximasse – Assista a isso, Hermione!_ ele disse, e apontou a varinha para um par de aranhas, que estavam fugindo por um buraco na laje. – Cruoris!_ ele sibilou.

Hermione sentiu seus olhos arregalarem.

- Harry_ ela disse, aflita – Isso foi... Magia Negra, não foi?

- Isso não foi nem o pior dos feitiços!_ disse Harry, inexpressivo, olhando para a aranha restante, que estava agora bem mais gorda do que antes, correr pelo quarto – A maioria é bem pior!

- Mas você nunca fez Magia Negra na sua vida!_ disse Hermione, chocada – E é preciso muita prática...

- Eu nunca fiz!_ disse Harry – Mas ele já._ e ele apontou sua cabeça para Draco – Agora você entende?

- Oh, Harry..._ ela disse, e sentou-se ao lado dele na cama.

Ela podia ver o quão triste ele estava, e podia sentir o seu próprio coração se despedaçando. Ela havia prometido a si mesma que não se sentiria culpada por ter beijado Draco no armário, mas agora, ela se sentia. Isso não fazia sentido, ela não devia nada a Harry, ele provavelmente sequer gostava dela daquele jeito, mas mesmo assim ela se sentia culpada e não podia fazer nada para se sentir melhor. Silenciosamente prometendo que nunca mais beijaria Draco de novo, ela disse ferozmente:

- Nós vamos sair disso, Harry. Nós vamos tirar Sirius do calabouço, e nós vamos tirar o efeito da poção de você, e tudo voltará a ser como antes.

- Como eu posso ser bom para Sirius assim?_ perguntou Harry, triste – Esse eu ficar louco e mau de repente? E se o efeito da poção nunca passar?

- Então quando tudo acabar, podemos ir ao Ministério._ disse Draco, que já havia voltado para perto de Harry e Hermione e estava olhando Harry com irritação – Você pode parar de sentir pena de si mesmo, Potter? Você não vai ficar louco e mau, você tem um pouco de mim em você, e não um pouco de Voldemort.

- Mesma coisa_ disse Harry, olhando para o chão.

- Certo_ disse Draco - Me diga: quando foi que o menino que sobreviveu virou o menino que encheu o saco?

- Ah, muito engraçado!_ disse Harry – É uma pena que nenhum dos sonserinos estejam aqui para rir da sua piada, Malfoy!

- Eu também não escolhi ter poderes Gêmeos Maravilhosos com você, mas eu não fico fazendo essa cena ridícula._ disse Draco resumidamente.

- Não_ disse Harry, bem sarcástico – Seu método de resolver problemas agarrando Hermione está fazendo maravilhas. Você trata as crises do seu jeito, Malfoy, eu as trato do meu.

- Meu jeito é mais divertido!_ Draco salientou.

- O seu jeito_ disse Harry – vai fazer você pagar com a própria cabeça.

- Agora sou eu falando, sou eu!_ disse Draco, agradado – Eu reconheço o mau humor!

Harry não parecia sequer ter energia para mandar Draco calar a boca. Ele simplesmente olhou para Draco, pegou o mapa, e disse:

- Se temos que ir, é melhor irmos agora.

Eles foram, Draco pegando a capa da invisibilidade, Hermione pegando sua varinha, que havia caído dentro do armário, na confusão. Quando o trio andou até a porta, Harry chegou perto de Draco e sussurrou, bem baixo, para que só Draco o ouvisse, e Hermione não:

- Ela só gosta de você porque você tem a minha aparência.

Draco parou de sorrir.



nota da ‘autora’: primeiro lugar: 1940461902645102348798735 desculpas para quem acompanha a fic e que ficou esperando que nem louco pelo próximo capitulo que não veio. Bem, é uma looooooooonga história que agora eu não vou contar pois estou com pressa pra postar logo esse capítulo. De novo desculpas, um bejao pra todos!

e Mary, cadê o seu coment?bejao.

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