Cloud Nine {2° capítulo}
(Acho que não era real, depois de tudo)
Guess it wasn't real after all
(Acho que nunca foi real)
If I fall and all is lost
(Se eu cair e tudo estiver perdido)
Its where I belong
(É onde eu estarei)
Narcissa caminhava lentamente. De cabeça erguida e expressão superior, exatamente como uma Black deve ser. Ela esfriava por dentro a cada passo. Era como se corresse o risco de se machucar, como se a cada passo ela chegava mais perto do final. Do final de sua felicidade, mas do começo de sua vida amaldiçoada. Desistira de tudo, de seu amor, de suas chances de ser feliz. Ela seguiria seu destino, seguiria sua maldição. Todos olhavam para ela, com a falsidade estampada em seus rostos. Aquelas falsas expressões de felicidade, falsos votos, falsos sentimentos. Tudo era falso, como aquela família. O casamento não passava de um acordo, não era real. A luz da lua entrava pelas janelas e iluminava seu rosto alvo, lívido e falso. Um falso sorriso estava em seu rosto, e ela olhava para o homem com quem seria obrigada a viver por toda a vida. Ela não o amava, mas teria que fingir que sim. Torcia para que, com o tempo, ela começasse a amá-lo. Esqueceria seu passado, e se dedicaria à família. Como uma verdadeira Black. Afinal, Lucius era extremamente doce e cavalheiro. Sabia que cada marido que tinham, correspondia a cada mulher. Bellatrix casara com um homem forte, arrogante e frio, assim como ela. Pelo menos, ela parecia não sofrer tanto com o casamento. Sua irmã era fria e não amara ninguém. Às vezes Cissy pensava que ela tinha mais sorte. Pelo menos ela não teve de desistir de um amor, não teve de machucar seu coração. Às vezes, queria ser como a irmã, uma ‘Rainha de Gelo’. Pelo menos era o que Bellatrix mostrava. O que ela realmente sentia, nem mesmo Narcissa era capaz de saber.
(Se você quer viver, deixe viver)
If you want to go, let go
(Se você quer ir embora, liberte-se
I'm never gonna be your sweet,
(Eu nunca serei sua doce,)
Sweet surrender
(doce redenção)
Bellatrix observava o triste caminhar de sua irmã pelo salão, e conseguia ver exatamente seu falso sorriso, enquanto era levada pelo pai ao altar. Era triste que elas tinham esse destino, mas elas o seguiriam, elas seriam Black’s. Narcissa caminhava para sua maldição, para enfim, começá-la. Lembrava do que teve que abrir mão para seguir seu caminho, lembrava de seu próprio casamento.
“ Ela caminhava pelo salão, observada por todos. ‘O casamento mais esperado de toda a comunidade bruxa’ foi como as estúpidas colunas sociais chamaram aquele acordo. Olhava por todo o aposento, vendo todas aquelas pessoas, tão encantadas com sua beleza e sua força. Achavam Rodolphus perfeito para ela, pois possuía as mesmas características. Ela havia se casado, havia concretizado sua maldição. Perdera seu amor pela doutrina Black. Toujours Pur. Ela sempre a levara tão a sério, e sempre a respeitou, desprezando os mestiços e sangues-ruins. Até que um dia, se apaixonou por um. Tom Riddle a encantou com sua frieza, com sua inteligência. Via o poder em seus olhos e sabia que ele se despontaria dos outros. Ele agora se intitulava como Lord Voldemort, e desde o primeiro dia em que ele pisou na Mansão Black, mesmo que fosse apenas para ter negócios com seu pai e seu tio, ela sabia que ela seria inteiramente dele. Mas logo, veio a derradeira informação. Ele era mestiço. Não poderia nunca casar-se com ele, e logo soube que ele tinha outros planos, bem longe do casamento. Sentiu-se uma boba, pois pela primeira vez não conseguira o queria, mas sabia que conseguiria de qualquer outro jeito. Acharia uma forma de ficar perto daquele homem, tinha certeza.
Agora, Rodolphus a convidava para dançar. Não recusou, ele infelizmente tinha esse direito. Ele era um bom dançarino, e a conduzia por todo o salão, seguidos pelos olhares admirados de todos os convidados. Em um relance, Bellatrix viu seus pais, com enormes sorrisos nos rostos. Ela havia honrado seu nome, seu sangue. A infelicidade era um preço a se pagar. A música finalmente acabara, e eles agradecem aos aplausos. Flashes apareciam por toda parte, e os dois fizeram leves reverências. Estava na hora de o ‘feliz’ casal se retirar para a noite de núpcias. Logo de manhã viajariam à Paris, mas por essa noite, eles ficariam na Mansão para ‘aproveitar’ a primeira noite. Dirigiram-se para as grandes escadas e as subiram rapidamente, com extrema classe. Quando ainda subia as escadas, Bella dirigiu um olhar sarcástico a seu primo, Sirius Black, que olhava tudo aquilo, incrédulo. Eles adoravam provocar um o outro, e isso ainda não acabara. Mas ela temia por Narcissa, que estava sendo lentamente seduzida pelos olhos cinzentos e o jeito maroto do primo. Acontecesse o que acontecesse, ela não deixaria que ele estragasse a vida de Cissy.
Chegando finalmente ao quarto, ela teve uma surpresa. O quarto que costumava ser negro e sombrio havia sido tingido de escarlate, e pétalas de rosas espalhavam-se por todo o aposento. Aquilo devia ser coisa de sua mãe, sem dúvida nenhuma. Rodolphus a olhou, encantado com sua perfeita esposa. Sem esperar nem um segundo a mais, ele lhe beijou sedutoramente, provocando intensos arrepios nela. Ela tinha que admitir que ele deixava qualquer mulher louca de amores. Mas ela não era qualquer mulher, e não se renderia tão fácil. Ele encostou-a na parede, passava uma mão por sua coxa, e a outra estava em sua cintura. Olhava maliciosamente para todo o corpo de Bellatrix e demorou-se um pouco em seu decote. Realmente, ela era estonteante, até mesmo ela admitia. A levou até a cama, e a deitou, ficando de pé em sua frente. Quando estava prestes a colocar seu corpo em cima do dela, ela o parou, encostando seu pé no peito dele. Olhou maliciosamente para ele, que tirou sua meia, aproveitando a cada oportunidade que tinha de passar a mão para algo além de sua perna. Logo ela retirou o pé, mas ainda não se rendendo, colocou o outro, e recebeu um olhar desafiador de Rodolphus. Eles brigariam pelo comando, já que os dois eram extremamente arrogantes, mas Bella tinha certeza de que ganharia aquele joguinho de sedução. Quando Rodie acabou de tirar a segunda meia, ela sentou-se na cama. Agarrou-o pelo colarinho e o jogou na cama. Levantou-se á sua frente, e tirou calmamente o vestido, revelando uma lingerie negra e provocante. Aproximou-se perigosamente dele, e prendeu o tronco entre suas pernas. Debruçou-se sobre ele e lhe deu um intenso beijo. Ao terminar o olhou maliciosamente e sorriu. Pronto, ele já estava rendido. Fora até mais fácil do que ela pensara.”
(Num sonho você dará seu amor pra mim?)
Beg my broken heart to beat
(Orar para que o meu coração partido bata)
Save my life, change my mind
(Salve minha vida, mude meus pensamentos)
Sirius olhava tristemente o lento caminho de Narcissa até o altar. Escondido atrás de flores e tecidos, ele olhava o casamento de sua amada de longe. Era injusto o que Cissy fazia aos dois. Desistira do amor, se tornara um deles, fora envenenada por eles. Tudo por essa maldita Família Black. Essa arrogância e toda a prepotência que enojava a Sirius. Se ao menos ela desistisse e viesse correndo para seus braços. Desistisse da vida falsa que levaria com Malfoy e percebesse que ele ainda a esperava. A última gota de esperança ainda não havia se esvaído e ele a olhava, esperançoso, esperando que ela voltasse para ele. E ela realmente havia pensado que aquela conversa antes do casamento o havia convencido. Ela apenas inventara uma desculpa, para que tornasse tudo mais fácil. Ela só não sabia que tornava as coisas mais difíceis desse jeito. Porque ouvi-la falar que não o ama, o machucou. Mesmo que ele saiba que é uma mentira. Vê-la desistindo assim, tão covarde e fraca, o faz querer saber o que aconteceu com a viva e sincera Cissy que ele conhecera. A cada passo, uma fisgada machucava seu coração, e um vislumbre de que ela olhara para ele. Meros vislumbres, alucinações, falsas esperanças. A jaqueta surrada e as chaves de sua moto, todas presentes, prontas para partir. Mas ele não queria, queria ter certeza de que tentara até o final. Certeza de que aquilo não era um pesadelo, de que, infelizmente, ele não acordaria suado e assustado em sua cama daqui a poucos minutos. Talvez, se ele não fosse escolhido para a Grifinória, ele teria conseguido se casar com Cissy. Se fingisse que era como eles, como ela fingia. Mas ele não tinha como saber que isso mudaria sua vida. Que sua felicidade, um dia, dependeria disso. Falsas promessas, falsas lembranças.
“Ele caminhava tranqüilamente pelo jardim. Os pensamentos vagavam, e os lábios formavam um discreto sorriso. Andava em círculos em volta das roseiras, mas ele nem percebia. Um certo rosto loiro e pálido invadia sua mente, e nada mais importava. Uma presença inesperada se fez sentir ao seu lado, e o amado rosto apareceu bem à sua frente. Num beijo apaixonado e inesperado, ele calou a mulher que estava prestes a falar. Ao término do beijo, um sorriso iluminou as feições dos dois, e uma voz foi ouvida.
- Vim te chamar para o jantar Six – a bela mulher sorria, um sorriso divertido. Ela se afastava, mas não tirava os olhos do belo rapaz. Num último segundo, ele soltou palavras que estavam estranguladas em sua garganta.
- Case comigo Cissy. – ele disse numa esperança que chegou a parecer um tolo.
- Vamos ver Six, quem sabe... – ela finalmente desapareceu entre as flores, mas o sorriso divertido e apaixonado ainda não deixara a mente do rapaz.”
(Acho que não era real, depois de tudo)
Guess it wasn't real after all
(Acho que nunca foi real)
N/A:
segundo cap...
realmente desculpa a demora, mas desanimei um pouco..
cap super curtindo, só para narrar a entrada da Cissy no casamento..
não sei sobre a proxima musica..mas provavelmente será
No one needs to know - Shania Twain
é isso aee!! diversidade nas fics!! não adianta ficar só colocando Evanescence..tem muitas outras músicas lindas por aii..
por enquanto, é só isso.
beijos,
e obrigada por lerem..
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!