No one needs to know {3° capít
(Eu estou sonhando ou sou idiota?)
I think I've been hit by Cupid
(Acho que fui atingida pelo cupido)
But no one needs to know right now
(Mas ninguém precisa saber disso agora)
Andrômeda olhava calmamente para a face adormecida do marido. Ted Tonks, era incrível aos seus olhos. Mas não era tão bem recebido em sua família. Nada disso importava. Andrômeda se preocupava com Narcissa, que a essa hora já teria desistido de sua felicidade. Não lutara como Andrômeda, não foi atrás de seu amor. Ela congelou seu coração e se fechou no seu mundinho de mentiras, assim como Bellatrix fizera. Se ao menos ela quisesse lutar pelo amor, o amor que um dia, Andy conheceu na forma de um trouxa.
“ A bela bruxa andava a esmo pelas ruas. Não tinha direção, apenas tentava fugir de sua casa. As irmãs já eram mais do que crescidas, mas as brigas aconteciam a todo momento. Sua mãe e sua tia lhe empurrando qualquer pretendente a todo tempo já estava acabando com sua paciência. As ruas pareciam belas, iluminadas pela luz escarlate do pôr-do-sol. A esperança de achar alguém que realmente ame, enchia seu coração. Mas ia embora toda vez que lembrava do que passava todos os dias na maldita mansão. Sua salvação eram as irmãs. Bellatrix era arrogante e fria, mas ela sabia que havia algo de bom nela, pelo menos era despertado quando estava perto das irmãs. Já Narcissa era inocente, e temerosa. Sempre a mais fraca, precisava ser protegida a todo o tempo, coisa que Bella e Andy se encarregavam. Ela, Andrômeda, era a ovelha negra. A única que não concordava com a doutrina da família, e motivo de muitas discussões, por sua recusa a se casar com um homem que não amava. Bellatrix já se envolvera nisso, e era noiva de Rodolphus Lestrange. Narcissa, ainda era jovem, mas ela desconfiava dos olhares que a loira lançava a seu primo, Sirius. Os olhos cinzentos eram realmente irresistíveis. Característico dos Black. Já Andy, era uma legítima mistura de famílias. Os cabelos negros dos Black e os brilhantes olhos azuis, uma feição dos Rosier. Parecida, mas ao mesmo tempo, diferente. Perdera a noção do tempo, e percebeu que a lua já aparecera, e a escuridão cobrira as úmidas ruas. Não se importava, pois sua ausência com certeza seria bem recebida. E ela não queria voltar para as brigas, para os pesadelos. Passou distraidamente por um pequeno café. Parecia ser trouxa, mas o que ela mais queria era sentar-se e tomar algo quente. Entrou no sombrio lugar, e viu que poucas pessoas ali estavam. Um casal de velhinhos, que conversava apaixonadamente, uma mulher de meia-idade que parecia estar se recuperando de algo, e um jovem, cansado e desanimado em sua mesa. Sentou-se pesadamente numa mesa vazia, e esperou que a garçonete viesse anotar seu pedido. Ela veio, e a única bebida trouxa que Andrômeda pôde pensar foi num quente e doce chocolate quente. Sem pensar duas vezes, debruçou-se sobre a mesa, e soltou um pesado suspiro. Foi despertada de seus pensamentos por alguém que estava de pé, ao seu lado.
O belo rapaz sorriu tristemente e olhou para Andrômeda. Ela não entendeu o gesto, mas supôs que era um típico ato trouxa.
- Posso me sentar? – ele disse gentilmente, com um sorriso doce.
- Claro, não me importo. – ela respondeu, ainda um pouco surpresa.
- Espero que não esteja te atrapalhando em nada.
- Não se preocupe, eu estava apenas pensando.
- Sei pelo o que está passando.
- Ah! – ela soltou um sorriso cético – Pode acreditar que não sabe.
- Me deixe adivinhar... – ele coçava o queixo levemente – Problemas com o namorado talvez?
- Passou longe! Não tenho namorado para me criar problemas. – ela sorriu timidamente – Problemas familiares mesmo.
- Exatamente o que eu passo! Viu... – ele sorriu, maroto – eu disse que sabia pelo que estava passando.
Ela sorriu, e olhou para o interessante rapaz à sua frente. Mas foi interrompida pela garçonete que trazia seu chocolate quente. No primeiro gole, a bebida esquentou seu corpo de imediato, como cerveja amanteigada.
- Mas, então... – ela interrompeu o gole – quais são os seus problemas?
- Clássicos. Minha família quer que eu me torne advogado, mas eu acabei de prestar o vestibular para Veterinária. Estou me sentindo um pouco culpado, com a consciência pesada, pois meu pai só queria o meu bem. Enfim, pelo menos eu corri atrás do meu sonho.
- Vestibular? Advogado? Veterinária? O que é tudo isso?
- Ai meu Deus! Por onde você andou no último século?
- Bem longe daqui, pode apostar.”
(Eu encontrei um homem alto, moreno e bonito)
And I've been busy makin' big plans
(E estive ocupada fazendo grandes planos)
But no one needs to know right now
(Mas ninguém precisa saber disso agora)
“Andrômeda chegou em casa por volta da meia-noite. Encantada e fascinada com o momento que vivera. Sua boca ainda tinha o calor de Ted, e ela entrou na grande sala da mansão sorrindo. Uma desagradável surpresa a esperava. Bellatrix ainda estava acordada, e começava a subir as escadas com um copo de água na mão.
- Ah! Andy! Por Merlin, por onde andou?
- Por aí Bella. – ela tentou demonstrar calma, enquanto o coração explodia em seu peito.
- Você não me engana! – Bella levantou uma sobrancelha, incrédula – Por favor, apenas não me diga que está envolvida com grifinórios, já basta Sirius na família. Druella te mataria e...
- Não fale bobagens Bella! Eu apenas fui dar uma volta.
- Parece que você começou a andar demais nas últimas três semanas. Eu e Narcissa não acreditamos mais nas suas desculpas.
- Vocês são umas bobas – ela deixou escapar um singelo sorriso.
- Você é que é, se pensa que vai conseguir esconder isso por muito mais tempo.
- Eu vou dormir Bella. Sonhe com os anjos.
- Você sabe que isso nunca acontece. – Bellatrix deixou escapar um sorriso sarcástico.”
(Vou dizer a ele algum dia, de algum jeito)
“Andrômeda andava abraçada com Ted Tonks. Nos últimos tempos era fácil de vê-la assim. Já fazia quatro meses desde a primeira vez que se encontraram, e Andy estava muito feliz desde então. Mas a cada momento ficava mais difícil de esconder o romance da família e de esconder quem realmente era do homem que tanto amava. Isso passava por seus pensamentos a todo tempo, e era difícil de mentir para ele. A história de que era de uma família rica, com quem vivia em conflitos fora uma adaptação de sua condição. As palavras estavam apertadas em sua garganta, e chegou um momento em que não poderia segurar isso por muito mais tempo.
- Sabe Ted, há uma coisa que eu preciso lhe contar. – ela fez com que ele parasse e olhou em seus olhos.
- Fale Andy. – ele sorriu curiosamente.
- Eu sou uma bruxa. – as palavras saíram rápidas cortantes, como se isso fosse diminuir o valor delas.
- Ah sei. Acho que ainda não chegou o Halloween.
- Não, realmente. Sou uma bruxa, minha família é preconceituosa, tenho até uma varinha. – ela falava desesperadamente, esperando ouvir o mais rápido possível que isso não importava, que não importava que ela houvesse mentido. Que ele a amava de qualquer jeito. Mas isso demorou a ser ouvido. Tirou a varinha do bolso, e mostrou a Ted.
- Que legal Andy! Onde arranjou uma dessas?
- Não! Você não entende. – ela olhou assustada. Chacoalhou a varinha por um momento, e com um feitiço não-verbal fez com que um cachorro que passava se tornasse um belo coelhinho e viesse se postar aos seus pés. Mas não se importou em olhar para ele, olhava diretamente para Ted.
- O que... – ele parecia confuso.
- Eu estou te dizendo Ted, eu sou uma bruxa. Perdoe-me por ter ficado tanto tempo sem lhe contar, mas tem que entender que eu tinha medo de não me aceitar.
- Você é realmente... – ele hesitou e se afastou dela – uma bruxa? – a olhou com horror.
- Me perdoe Ted. Eu não conseguia mais viver com esse segredo. Achei que seria melhor te contar.
Mas ele nada mais disse. A olhou com nojo, e se afastava mais a cada instante. Logo, saiu correndo, deixando uma Andrômeda em prantos, aparatar sozinha para casa.”
(Meu coração estava determinado, meus pés molhados)
“Andy entrou correndo no grande salão da mansão. Quase toda a família estava reunida, exceto por Regulus que estava em uma viagem. Ela estava molhada, tomada de surpresa pela pesada chuva que agora caía lá fora. Um largo sorriso lhe enchia a face, e os olhos azuis brilhavam mais do que nunca. Bellatrix e Narcissa foram as primeiras a se aproximar, e a voz de Druella pôde ser ouvida.
- Por Merlin Andrômeda! Olha só o seu estado!
- O que houve Andy? – ela ouviu Narcissa perguntar.
Sem pensar nem mais um minuto, abraçou as duas irmãs forte, e ao se soltar, anunciou a todo o resto dos presentes aquilo que mudaria sua vida para sempre.
- Vou me casar!
- E quem será o sortudo? – ouviu Sirius gritar.
- Ted Tonks!
Alguns sussurros foram ouvidos, e Cygnus se dirigiu a ela, com confusão.
- Não conhecemos nenhuma família digna dos Black, chamada Tonks.
- Tem razão, Cygnus. Pois ele não é bruxo. Ele é um trouxa. – as últimas palavras foram ditas lentamente, como para aproveitar os olhares horrorizados que surgiam entre todos que assistiam àquela declaração.
- Você não vai sujar nosso nome mocinha! – dessa vez era a voz de Walburga que cortava o aposento.
- Pode apostar que vou. – ela nem sabia de onde havia saído tanta coragem, mas ao olhar para suas irmãs, não viu a reação esperada. Narcissa olhava com tristeza para Andrômeda, e Bellatrix a encarava com desprezo, como todo o resto.
- Não estão felizes? – Andy se dirigiu a elas.
- Como pode fazer isso com nós Andrômeda? Como pode sujar o nome da família com um trouxa? É realmente desprezível. – Bellatrix cuspiu cada palavra como se fosse veneno. A irmã do meio não acreditava no que ouvia. Bella havia finalmente se tornado um deles. Congelou-se para sempre. Narcissa olhava para o chão o tempo todo, parecia incapaz de dizer uma palavra sequer. Lágrimas foram vistas nos olhos de Andrômeda naquela noite, e ela deixou a mansão, para nunca mais voltar."
(Eu não estou mais sozinha de noite)
And he don't know only only he can make it right
(E ele não sabe que ele é o único que pode fazer isso dar certo)
N/A: Me perdoem pela terrível demora.
O quarto capítulo já está saindo.
Quanto ás fotos, parece que houveum problema no photobucket, e eu não estou com vontade de resolver. =/
então, acho que vai ficar pra depois.
não deixem de dar suas opiniões.
obrigada por lerem.
ps. música No one needs to know por Shania Twain.
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