Sussurros perturbadores e grit
Na manha do dia seguinte, Harry e Rony se levantaram e foram direto ao salão principal para tomar café como todos os dias. Harry se sentia melhor do que no dia anterior. Tudo voltara a ganhar vida e cor novamente. Menos Rony, que parecia mais pálido do que ontem.
-O que você tem?
-Nada de mais. Fiquei acordado a noite toda pensando na...
Rony parou de repente corando violentamente e balbuciando coisas para tentar fugir do assunto.
-Pensando em que?
-... Bem... Em... Fiquei pensando na... Na aula de poções. Como será agora?
-Não faço idéia, mais concerteza muito melhor do que era. Mas não era nisso que você estava pensando.
-Claro que era! Em que mais seria?
-Hermione.
-Não, claro que não – Rony olhou para Harry que olhava pra ele com cara de quem não acreditava em nada. – Tudo bem, tem haver com ela sim. Mais depois eu conto, depois do café. Estou morrendo de fome.
Enquanto seguiam por entre as mesas do salão, viram Ginna e Mione sentadas na mesa da grifinoria conversando com outras garotas. Os dois pararam.
Harry deu um sorriso, e seguiu em direção a Ginna. Mas Rony permaneceu parado olhando Hermione de longe.
“E agora? O que eu faço?”
-Vá ate lá. – a voz da senhora baixinha ecoou por trás de uma cortina. Porem só Rony a ouviu.
“Eu não te perguntei nada!”
-Você não vai querer conversar sobre isso agora vai? A srta. granger também me ouve sabia. Conversou comigo ontem à noite. E se você resolver esticar essa conversa ela vai ouvir tudo.
Observando com mais atenção, Rony notou que Mione olhava para os lados procurando algo, Concerteza a voz do quadro.
-Vamos, não seja covarde. Vá falar com ela.
“Eu não sou covarde. E vou lhe provar!”
Rony seguiu por entre as mesas e se sentou ao lado de Hermione.
-Ola – disse o garoto com um sorriso provocativo. – você esta melhor?
-Estou sim – Hermione notou o sorriso e se sentiu sem graça por isso. – hum e você, como esta? Esta melhor? Esta um pouco pálido!
-Estou bem sim. Só demorei pra dormir, ontem não foi um dia muito agradável.
-É... Hum... É melhor você comer, para melhorar essa aparência.
-Você ta parecendo a minha mãe.
Os dois riram juntos. Harry e Ginna se olharam e abafaram as risadas.
Depois do café, os quatro rumaram para o jardim, iam visitar Hagrid.
Enquanto desciam as escadas de mármore, conversavam um pouco mais alegres. Ginna e Harry estavam juntos, felizes.
No ultimo degrau da escada, um sussurro agoniado ecoou pela parede de pedra:
-Harry Potter! Socorro... Preciso de ajuda!
Harry encostou o ouvido na pedra fria. Era uma voz de mulher. Era aguda e desesperada.
Rony, Hermione e Ginna se olharam. O costume de ouvir vozes pelas paredes de Hogwarts era somente de Harry, mas dessa vez todos ouviram.
Tentando alcançar a voz Harry seguiu com o ouvido colado na parede. No fim do corredor se deparou com a Professora Minerva.
-Algum problema Potter?
-Não, não senhora. Estava seguindo uma trilha de formigas.
-Formigas?
-É. Formigas. Sempre gostei de Formigas.
A professora o olhou com desconfiança.
-Muito bem. Esqueça as formigas e siga o seu caminho. Aqui esta interditado.
Sem notar Harry estava perto das masmorras, onde ficava a antiga sala de Snape.
-Ok.
Os quatro seguiram pelo corredor ate a saída em silencio.
-Formigas? – disse Rony.
-Foi à primeira coisa que me veio à cabeça. – completou Harry dando um sorriso sem graça e indo a direção a cabana de Hagrid.
Quando bateram na porta, Hagrid a abriu depressa e puxou Harry pelo braço e o abraço desesperado.
-Hagrid... – disse Harry sem conseguir respirar. – me solta.
-Estava tão preocupado. Como passou a noite? Dormiu bem? Você...
-Hagrid, Hagrid eu estou bem. Dormi bem. Não tem nada de errado comigo. Porque a preocupação?
-Tive um sonho terrível esta noite. – disse o gigante se levantando e espiando pra ver se não tinha ninguém ouvindo do lado de fora. Em seguida fechou a porta.
-Vocês querem chá?
-Eu aceito – disse Ginna.
-Nos também – disseram Mione e Rony juntos.
-Como foi seu sonho Hagrid?
-Bem, foi horrível. “Você estava em uma salinha escura sendo torturado por... por... Valdemort. Gritava muito, mais ninguém te ouvia!”
Depois de contar o sonho, os cinco permaneceram em um silencio profundo na cabana.
-Temos que ir Hagrid. – disse Mione colocando sua xícara na mesa – temos que almoçar. Obrigada pelo chá.
Ao saírem, Rony olhou para Harry e não se controlou em perguntar:
-Será que esse sonho tem a ver com a voz que nos ouvimos no corredor?
-Não faço idéia. Mais espero que não.
Os quatro subiram a colina no mesmo silencio da cabana. Sem ao menos se olharem.
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