Carinho
Depois de enterrar Dumbledore, todos rumaram para o castelo. Estava tudo tão triste, tão sombrio. Harry sentia a sensação de que o mundo que ele tanto amava, agora era cinza. Ate os cabelos vermelhos - vivo de Rony, pareciam tristes com a situação.
Harry se dentou em uma poltrona no salão comunal e olhando para o fogo da fogueira acesa, começou a se lembrar do diretor que tanto gostava e de Snape. Ele sempre soube que Snape não valia nada. E que Dumbledore pagaria caro pela confiança que depositava nele. E o pior, pagou com a própria vida. Ainda voando em seus pensamentos, Harry viu Ginna entrar pelo quadro da mulher gorda. Harry a amava, e vê-la daquele jeito era de lhe cortar o coração. Estava com as vestes de Hogwarts, tinha os olhos fundos e vermelhos e estava pálida. Seus cabelos estavam sem vida como os de Rony.
-Harry – a garota disse baixinho ao se aproximar de Harry – você esta bem? Esta melhor?
-Estou melhorando. Mais nada me faz esquecer que ele morreu pra me salvar. Sempre desconfiei de Snape. Se eu pudesse voltar e...
-Harry para. Agora não adianta. Sei que você esta sofrendo, mas agora não há mais o que fazer.
A garota o abraço e acariciou deu cabelos bagunçados de forma doce e carinhosa.
Do outro lado da sala comunal, Hermione estava sentada em uma cadeira com um livro em cima da mesa. Rony entrou pelo quadro da mulher gorda e parou de repente fitando a garota que parecia concentrada no livro. Porém, Rony se surpreendeu quando Hermione apoiou a cabeça nas mãos e começou a chorar sem se importar em molhar as paginas do livro. Rony ia a sua direção, mas pensou melhor. “O que ela vai pensar se eu for lá?” “ e se ela me mandar ir embora?”
-Ora garoto – uma voz aguda o chamou – pare de pensar e vá consola - la.
Rony se virou e viu uma mulher baixinha e pálida no quadro ao lado da entrada.
-Quem é a senhora para me disser o que fazer?
-Sei que não podia, mais escutei algumas conversas suas com Potter. E sei que...
-Você não sabe nada – disse o ruivo dando as costas para o quadro e se dirigindo a mesa em que Hermione estava.
-Mione...
A garota ergueu a cabeça e secou os olhos com a manga das vestes.
-Mione você esta bem...?
-Há Ronald... – a garota caiu no choro novamente e abraçou Rony – queria dizer que sim. Mas não consigo me concentrar nem nos livros. Porque esta acontecendo tudo isso?
-Também gostaria de saber. É tudo tão ruim. Mas vai acabar ok? É uma promessa.
Por mais que achasse muito constrangedor ser visto naquela situação com Mione, Rony se sentia bem. Não sabia direito o porquê, mas se sentia bem em estar abraçado a ela e dar carinho e apoio à garota que ele...
“Não é possível. Eu apaixonado por Hermione Granger? Não...” Rony pensava enquanto ouvia os soluços baixos de Hermione e suas lágrimas molharem suas vestes.
-Mione, esquece esse livro. Vá se deitar... Esta tarde.
-Você também deveria ir. Esta com uma cara horrível.
-Vou sim. Mas vou ficar aqui um pouco.
-Tudo bem. Boa noite. – a garota se levantou e deu um beijo no rosto do ruivo que corou levemente.
Enquanto subia as escadas, Hermione lembrava dos minutos que passara nos braços de Rony. No final da escada parou e fitou o garoto que ainda estava sentado no mesmo lugar folheando o livro que ela deixara.
“Mais o que há comigo? Ele não serve pra mim. Mas o que estou pensando? Ele é perfeito!”
-É melhor dormir srta. Granger. Precisa refletir. – disse a mesma mulher baixinha e pálida que passeando por entre os quadros acompanhou Hermione em seus devaneios.
-Como sabe o que estou pensando? Como se atreve...
-Senhorita, não precisa ser nenhum mago para notar e a srta. e Sr.Weasley estão apaixonados. E se me permite dizer, formam um lindo casal.
Hermione se calou e abaixou a cabeça. Deu um sorriso de canto. Quando retornou de seu estado de graça, Hermione mirou o quadro em que estava a mulher.
-A senhora...
Mas ela havia sumido.
-Melhor assim. Vou dormir.
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