Capitulo cinco
- Vou me formar como primeiro do grupo. – Comentei a meio caminho do nosso prédio.
- Sério? – exclamou ela abrindo um sorriso. – Sei que queria muito isso. Parabéns! – ela parecia feliz com a noticia. – Deve ter sido bastante excitante conversar com o ministro sobre isso. – Comentou divertida.
Eu ri desdenhoso.
- Muito excitante! Foi sempre ótimo e divertido conversar com Scringeuor acompanhado do meu chefe por três horas seguidas e ser tratado como o criador da terra preocupado com minha melhor amiga que havia saído do ministério misteriosamente sem ninguém saber onde foi e com quem foi embora!
- Ah Harry. Me desculpe, eu realmente esqueci de te mandar um memorando. É como disse...
- Tudo bem, Mi. Apenas tente lembra de mandar um da próxima vez. – disse divertido mostrando a ela que realmente estava tudo bem.
Atravessamos a rua e viramos uma esquina
- Você parece um pouco distante. – murmurou ela.
Um silêncio caiu sobre nós. A buzina de dois carros soaram de um lugar distante da rua em que estávamos. Eu ainda refletia sobre dizer ou não dizer.
- Hoje quando eu estava saindo do ministério conheci uma garota... Voldemort matou os pais dela. – Optei por dizer, afinal, quando foi que escondi algo de Hermione? Até mesmo porque era quase impossível esconder algo dela.
- Harry, você matou Voldemort. Por mais que ainda não saiba como. Você o matou.
- Sei que sim, Mione. – murmurei. – Mas nós somos iguais, entende...? Voldemort também matou meus pais. E sabe... eu não sei... mas ela me lembra alguém. Ainda não sei quem, mas sei que é legal ficar perto dela.
Hermione pareceu refletir alguns segundos. Não demorou muito para ela começar a rir. Eu não entendi.
- Harry, você acabou de terminar com a Gina.
- Ela mereceu, mas... O que isso tem haver?
Ela riu mais alto.
- Esquece Harry! Você mesmo vai descobrir.
- Hei! Agora você fala!
Ela balançou a cabeça negativamente.
Insisti que ela dissesse até chegarmos em casa, as resposta sempre era a mesma: não! Não nego que fiquei curioso, afinal, esse sempre foi meu ponto mais fraco. Engraçado que se não fosse esse meu ponto fraco nunca teria conhecido Hermione, Rony, nunca teria passado por tudo que passei em Hogwarts, e principalmente, nunca teria matado voldemort. Alguns dizem que a curiosidade é defeito, mas como tudo comigo sempre é o oposto, a curiosidade é uma grande qualidade.
*-/-*
Hermione sempre tem razão. Isso é uma coisa que eu ainda não admito. Eu estava começando a gostar da Mel, aquela dos olhos castanhos do ministério. Eu comecei a encontrá-la mais vezes nos corredores do ministério quando não estava em treinamento. Acabei por convidá-la a ir à minha formatura de auror e foi lá que eu a beijei. Talvez por ter olhado demais nos olhos dela. Sei que quando me separei dela apenas ouvi um “Por que fez isso?”, e eu respondi: “Não sei”. Ela ficou com raiva, mas depois de eu ter lhe pedido desculpas ela disse que me amava, disse que tentou lutar contra isso, mas estava se tornado impossível tentar me tirar de sua cabeça. Num impulso eu a pedi em namoro. E bem, namoramos, mas eu ao menos sabia o por quê.
Mas isso também não durou muito tempo. Mel odiava Hermione. Ela simplesmente não conseguia ficar em nosso apartamento por mais de cinco minutos, ela não aceitava a idéia de eu poder andar livremente sem camisa pela casa, ainda mais na frente de Hermione. Não aceitava que ela pudesse usar camisola na minha frente. Odiava quando nos encontrava de mãos dadas andando pela rua, e principalmente, detestava a idéia de que Hermione soubesse mais sobre a minha vida do que ela. E uma coisa que me deixava completamente irritado era que ela fazia questão de ficar se agarrando comigo quando Hermione estava por perto. Era extremamente melosa, e isso levou a queda do nosso “relacionamento” que não era nem um pouco a dois.
Fui me distanciando de Hermione aos poucos, e quando me dei conta nem nos corredores do ministério nós não nos falávamos mais. Esfriou-se de forma tão rápida e digamos que imperceptível que só fui perceber quando vi que faltava algo em mim, estava com saudade de algo, algo ao qual eu sempre precisei.
Com três pesados meses de ativo trabalho consegui duplicar a quantia do meu cofre em gringotes, porem aquilo não me trazia felicidade, ainda não havia descoberto que a distancia entre mim e Hermione que estava acarretando o vazio que sentia. Me perguntava as vezes o porque de tantas fotos dela em meu escritório.
Logo fui submetido a uma missão não muito complicada, aparentemente. Talvez não gerasse muito lucro, não pra mim. Mas mesmo não tendo muito contato com Hermione eu não deixava de pensar na minha querida amiga ao menos um segundo. O desaparecimento de elfos no norte da Inglaterra talvez pudesse acarretar um maior valor ao departamento de fundo de apoio libertação dos elfos caso trabalhássemos em conjunto. Expus isso ao meu chefe, apresentei bastantes argumento convincentes de que a ajuda do departamento do F.A.L.E pudesse nos ajudar bastante a encontrar a solução para um caso não muito complicado. Will, meu chefe, convencido, mandou-me ao departamento, já sabendo que eu tinha certa ligação com a diretora. Realmente não seria difícil convencer Hermione de que aquilo iria ajudar muito seu departamento. E algo que me deixava realmente feliz era que eu faria um trabalho em conjunto com ela, e era algo ao qual certamente me fazia muita falta.
Andar pelo ministério sempre foi um grande desafio. A quantidade de corredores era incrivelmente assustadora, se tornava uma espécie de labirinto. Chegar a sala de Hermione era mais complicado ainda! O quarto andar era dividido em tantos departamentos que quem não conhecesse bem o local se perderia na certa.
As vozes distantes de um possível discussão a dois enchia meus ouvidos a medida que aproximava-me da sala dela.
- Eu nunca tive com caso com ele! – Era a voz de Hermione. – Por Deus! De onde tirou isso? Eu jamais seria capaz!
- Diga a verdade, Hermione! – O tom choroso da Mel invadiu meus ouvidos. Isso não era um bom sinal, mas uma discussão entre Mel e Hermione. Mas geralmente isso acontecia em minha presença para que eu certamente cortasse as duas.
Meu senso de curiosidade aflorou mais uma de suas milhares de vezes. Limitei-me a abrir a maçaneta da porta da sala.
- Eu estou dizendo, Mel! – parecia sem paciência. – Eu nunca tive um caso com ele, é meu melhor amigo!
- MELHORES AMIGOS NÃO SE TRATAM COMO VOCÊS SE TRATAM! – gritou Mel irritada. Por que ela sempre insistira nesse mesmo assunto?
Eu solte um gemido de trás da porta. Mel não costumava gritar, ou melhor, ela nunca gritara, pelo menos não em minha frente. Ela costumava ser paciente, escutar a todos, ver os dois lados do problema, ouvi-la gritar me causou certo espanto e medo de até aonde aquela discussão poderia chegar.
Um baque forte fez a cena de Hermione batendo na mesa e caminhando vir a minha cabeça, assim como sua face vermelha e cheia de raiva.
- Ok! EU CANSEI! – exclamou – CANSEI! – repetiu pausadamente. – Cansei dos seus shows! Cansei de te ver agarrada com o Harry! Cansei de ter que abrir mão da minha amizade com o Harry pra não buscar conflito entre vocês dois! CANSEI! – uma pausa. – Quer saber? – a voz dela saiu fraca e tremula. – EU perdi meu melhor amigo por sua causa! Desde que começou a dar essas crises de ciúmes eu não posso ao menos falar com ele na sua frente! Por Deus! O que se passa em sua cabeça? Por que custa em acreditar que eu nunca tive nada com Harry?
Eu abri a porta naquele momento. Encontrei Hermione com os olhos brilhando e Mel banhada em lagrimas. As duas me fitaram curiosas e assustadas.
- O que esta havendo aqui? – perguntei. Nenhuma das duas responderam algo sequer. – Eu perguntei o que está havendo aqui!
Hermione fechou a cara e segurou uma lagrima.
- Pergunte a sua namorada! – ela disse firme. Pegou sua bolsa em cima da mesa, jogou no ombro direito, tirou seu casaco de trás da própria cadeira e o pendurou no braço. Passou por mim a passos seguros e saiu da sala.
Virei-me e encarei a Mel.
- Ainda custo acreditar que veio aqui para fazer Hermione dizer algo ao qual nunca existiu.
- Harry, eu... eu apenas...
- Não fale. – eu a interrompi. – Olha, eu gosto muito de você pra te fazer sofrer. Eu sei que me conhece o suficiente e sabe muito bem o que está entalado em minha garganta, apenas digo que não esta dando certo Mel. Não com você assim. – conclui saindo da sala tentando alcançar Hermione. Não foi nada difícil encontrá-la no final do imenso labirinto de corredores. – Hermione! – disse num tom suficientemente alto para que ela pudesse escutar.
Ela parou. Virou-se e me encarou. Tudo bem que os olhos dela brilhavam e que eu era capaz de ver algumas lagrimas por trás deles. Ainda sim não sabia por que queria chorar. Aproximei-me sem saber o que dizer, não queria brigar com ela por ter dito tudo o que disse a Mel, aquilo apenas serviu para que eu abrisse meus olhos e visse o quão distante esta da melhor pessoa do mundo por causa de umas crises de ciúmes de alguém que entrou na minha vida autorizada por mim mesmo de um modo que nem eu sabia o porquê fizera.
Estava meramente perdida nos olhos dela quando fui surpreendido por um abraço. Nossa!Como fazia tempo que eu não a abraçava. Percebi o quanto sentia falta daquele cheiro doce natural que exalava dela, aquele abraço apertado, e o modo como bagunçava meu cabelo quando estávamos sorrindo e brincando. E eu consegui perceber isso tão tarde... Tão tarde? De onde eu tirei tão tarde? Tão cedo! Eu sabia que teria de escolher entre Mel e Hermione, e ainda estava cedo para isso, eu não tinha me envolvido tanto com Mel. Eu na verdade não me sentia seguro para aprofundarmos o relacionamento, você também não se sentiria se começasse a namorar uma pessoa sem nem ao menos saber o por que. Sendo bastante sincero eu não iria abrir mão de Hermione. Mel poderia ser uma ótima pessoa, ela para falar a verdade era a cópia viva de Hermione. O jeito como começava uma brincadeira, o modo como coçava a cabeça quando pensava, até mesmo a maneira como virava a pagina de um livro! O seu andado, a forma culta como falava, o jeito como maneava a cabeça em um “sim” e em um “não”, a caligrafia, o modo como procurava entender os outros, era como Hermione! Porem, Hermione tinha vantagens, Mel nunca passara tudo que eu passei com Hermione, isso fazia ela se roer por dentro. Hermione praticamente deu a vida por mim no meu sétimo ano. Ela estava ao meu lado mesmo com tudo de ruim que lhe acontecera, ela estava lá sorrindo pra mim, bagunçando meus cabelos e dizendo que tudo iria acabar bem, ela me fazia pensar que tudo não passava de apenas um sonho ruim e que no final tudo ia dar certo, ou então vinha com conversar de “O bem sempre vence, Harry! Nunca leu ficção?”. Ela me fazia sorrir nos piores momentos. Ela me ajudara e foi a única pessoa que me vira chorar por tudo que estava passando no meu ultimo ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. Eu realmente não abriria mão dela, não mesmo!
- Sinto sua falta Harry... – ela sussurrou soluçante próximo o meu ouvido.
- Desculpe ter me afastado tanto. – murmurei a afastando e limpando uma lágrima que escorrida em sua bochecha rosada.
Ela fitou os próprios pés pos alguns segundos. Ergueu a cabeça, eu vi que ela realmente estava querendo chorar, porem, como sempre fora tão teimosa segurava o choro.
- Eu quero meu melhor amigo de volta... – ela disse roucamente. Eu sabia que um nó se formava em sua garganta e que ela lutava para engoli-lo.
Eu abri um sorriso. Agora eu entendia o porquê queria chorar.
- Hermione Jane Granger, eu realmente gostaria que não segurasse o choro! – eu disse num tom falsamente ríspido. Ela riu, um sorriso triste. Eu a puxei para mais um abraço e dessa vez ela realmente chorou. – Eu nunca quis que fosse assim, Mione. – murmurei. – Eu nunca quis me afastar de você por causa desse relacionamento.
- A culpa não foi sua, Harry! Eu sei que nunca quis que nos afastássemos. Isso aconteceu despercebido, me dei conta a algum tempo e percebi como a vida é difícil tendo você ao meu lado mas sem nem ao menos poder olhá-lo.
- Eu jamais pensei que Mel pudesse ser tão ciumenta. Ela praticamente travou uma batalha. Hermione Granger X Meline Smith.
Hermione sorriu se afastando. Seus olhos vermelhos, mas não deixava de ficar linda mesmo chorando.
- Com quem fica Harry Potter. – ela completou risonha.
Eu ri.
- Eu realmente sinto por ela, mas eu nunca abrirei mão de você por causa das crises dela. E acho que ela já sabe disso. - eu falei sério passando a mão nos cabelos de Hermione.
Hermione abriu um sorriso radiante. Talvez não por ter ganhado a batalha Hermione X Meline, e sim por saber que eu nunca a trocaria por nada.
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N/A:
Gente....desculpa e demora....
e desculpe pelos erros de português, é como eu disse, to precisando de um beta urgentemente urgente!!
A fic já tá quase terminada, e eu to dando mais atenção na comunidade pois lá tem mais gente...lá eu já estou postando o capitulo onze...
Mas eu não vou esquecer daqui não! fiquem tranquilos quanto a isso, vou começar a postar mais rapido aqui, mas os comentários estão tão poucos
=/
mas Tudo bem, nem que tenha um leitor, vou estar aqui postando!!
bjão gente!!
COMENTEM!!!
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