JoyStation
Capítulo 1 - JoyStation
Assim que a porta da cozinha voltou a se fechar após a passagem dos garotos, Gina respirou fundo e disse com a voz mais calma:
-Eu realmente não quero me irritar hoje, Draco. Se você veio pensando em estragar esse dia, é melhor reconsiderar, porque se você fizer isso, eu juro a você que eu vou lhe lançar tantos feitiços que quando eu terminar, você não verá diferença alguma entre um inseto rastejante e você mesmo. – terminou ela abrindo a porta da cozinha e indo se sentar junto aos outros.
Draco Malfoy suspirou e se sentou resignado na ponta da mesa, em silêncio.
***
-Harry, eu estava com vontade de pescar um pouco... – começou Lupin. – Não gostaria de me acompanhar?
-Pescar? – indagou Harry. – É claro que sim Remo, por que não?
-Ótimo, realmente ótimo. – respondeu Lupin animado.
-Eu tenho tralha de pesca no porão, vou ver se encontro. – murmurou Harry se levantando e se dirigindo à uma porta próxima.
-Certo. – retrucou Lupin.
Aquela tarde estava ótima. Haviam acabado de almoçar a pouco e a tarde prometia um pouco de descanso à beira do lago.
-Ei Remo... não está lá embaixo. – disse Harry voltando do porão. Ele fez uma careta como se tentasse se lembrar de algo, mas por fim desistiu. – Vou perguntar à Mione.
-OK. – confirmou um sorridente Lupin.
-Ah... droga, você me venceu de novo Sirius. Assim não vale.
-Ora, que culpa tenho eu que você é péssimo no Jan-Ken*? – justificou o moreno, dando de ombros.
(*N/A: nome em japonês para o famoso 'pedra, papel e tesoura'[Jan-Ken-Po]).
-Ah, eu desisto. Prefiro o meu iô-iô. – respondeu o jovem Malfoy, retirando um iô-iô prateado do bolso e começando a brincar.
Remo sentado próximo aos garotos apenas sorriu. Minutos depois, Harry entrou rapidamente na cozinha onde Remo e os garotos estavam. Ele segurava um pergaminho aberto.
-A Hermione disse que os equipamentos de pesca estão no sótão e não no porão. Que distração a minha. Sirius, você pode levar o Remo lá em cima, no sótão, para ele pegar as coisas, por favor? Eu até faria isso... mas tenho que responder a essa carta imediatamente.
-Claro, tudo bem. – respondeu Sirius se levantando, acompanhado de Chris. – Vamos por aqui Professor Lupin.
-Ora o que é isso Sirius. Pode me chamar de Remou ou Lupin, afinal não estamos em Hogwarts, né?
-Certo. – respondeu o garoto enquanto subia as escadas.
Não demoraram muito e já adentravam o sótão escuro. As paredes estavam abarrotadas de caixas de papelão. Com um movimento de varinha, Lupin abriu as janelas, permitindo que a claridade solar iluminasse o ambiente.
-Ali está. – apontou Sirius para uma caixa na base de uma pilha, onde se via a ponta de uma vara de pescar.
-Esperem... não... – tentou avisar Lupin, mas tarde demais. No segundo seguinte uma pilha de caixas e todo o seu conteúdo caíram rolando pelo chão.
-Opa... – murmurou Sirius, olhando de esguelha pra Lupin e corando.
Remo não pôde deixar de rir da cara do garoto. Ele lhe lembrava nitidamente Tiago. O mesmo olhar de quem aprontou e o mesmo sorriso inocentemente maroto.
Em alguns minutos a maior parte das coisas voltara a sua respectiva caixa e esta voltara para seu respectivo lugar na parede. Lupin acabara de guardar uma das ultimas caixas e quando se virou, notou que os garotos mexiam em uma das caixas. Aproximou-se curiosamente:
-O que estão olhando? – indagou ele.
-É um JoyStation. – explicou Chris, retirando uma caixa plástica de dentro da caixa de papelão. Lupin reconheceu assim que o viu. Era o vídeo game JoyStation, que ele conhecia muito, muito bem. – Esse modelo é antigo, mas tem muita gente que ainda tem.
-É um vídeo game? – indagou Sirius.
-Aham. – concordou o loiro, abrindo uma tampa e olhando o local vazio onde seria inserido o jogo. – De quem será que é?
-É meu. – afirmou Remo, se ajoelhando ao lado dos garotos e pegando o objeto retangular e meio pesado.
-Seu... Lupin? – perguntou Sirius se sentando no chão de madeira.
-Bem... não exatamente meu. Era do padrinho do seu pai... – disse à Sirius. – E do seu avô e meu também. Eu já contei a vocês sobre os Marotos, não? – perguntou Aluado, no que os garotos concordaram. – Era nosso. Dos Marotos.
-Que legal. Mas não é um vídeo game trouxa?
-Na verdade não. Esse modelo era e é só para bruxos. Ainda tem muita gente que têm, pois há certos jogos que só rodam nessa versão do JoyStation, como o Greed Is... – deixou escapar Lupin. – Deixa pra lá.
-Ah não... agora fala. – insistiu Chris impaciente pela interrupção do professor.
-Eu só estava dizendo que tem certos jogos que só rodam nessa versão antiga, como por exemplo, o Greed Island**.
(**N/A: Ilha da Ambição)
-Greed Island? – perguntou Sirius sem entender.
-Uau... você mora em uma caverna? – indagou Chris, se virando para Sirius em tom de brincadeira. – Greed Island é um dos jogos de vídeo game mais raros e famosos que existe. E pelo que eu soube é só para bruxos.
-É?
-Aham. Eu até pedi pro meu pai me comprar no meu aniversário a uns dois anos, mas ele disse que é muito caro.
-É verdade. O pior é que é realmente muito caro. – concordou Lupin.
-Quanto é? – perguntou um Sirius curioso, pensando seriamente em pedir um daqueles no próximo natal.
-Bem, agora eu não sei, mas dois anos atrás quando eu fui ver o preço com o meu pai, ele estava custando cerca de 5,8 milhões de galeões.
-O QUÊ? – berrou o moreno, sentindo seu queixo ir ao chão.
-Aham... eu sei. – concordou Chris, balançando a cabeça.
-Por que é tão caro? – perguntou o garoto.
-É porque só fabricaram 100 cópias desse jogo. Por isso ele é considerado muito raro. – explicou Lupin. – Ele foi lançado em 1977... então já faz uns 37 anos que ele está por aí e até hoje ninguém conseguiu terminá-lo. – calculou rapidamente.
-Ninguém conseguiu? Como isso é possível? – perguntou um Chris surpreso.
-Não é um jogo que qualquer um possa jogar e muito menos terminar. Nós Marotos não facilitamos...
-Como assim?
-Ah... eu não disse a vocês? Esse jogo foi feito por nós, os Marotos. E acreditem quando eu digo a vocês garotos: essa foi um dos maiores e melhores planos que bolamos. E creiam em mim quando lhes digo: valeu a pena por cada feitiço conjurado.
-Mas... como é esse jogo, explique direito. – suplicou Sirius, curioso.
-Sinto muito. Não dá pra explicar. Tudo o que eu tenho a dizer é: vale a pena pagar por cada nuque gasto.
-Ora vamos Lupin... nos explique como é esse jogo, por favor. – pediu o moreno, com a mesma cara de cachorro sem dono que Almofadinhas fazia.
-Sinto muito, garotos... eu não posso, mas se eu me lembro bem, existe um folheto de propaganda...
-Onde podemos encontrar um? – cortou Chris, curiosamente.
-Bem... se estiver certo, cada um dos Marotos ficou com uma cópia extra do jogo, com um dos anéis e com um folheto, sem falar no vídeo game também, é claro... – enquanto Lupin falava, os garotos se lançaram sobre a caixa, jogando tudo o que havia dentro no chão, para verem. Por fim encontraram uma pequena e fina revista, com um anel dourado e grosso preso. Na capa havia um logotipo preto com as duas letras "GI" em branco. Abriram a revista velozmente, sendo observados por um sorridente Lupin. Na primeira página, havia uma foto de dois JoyStation's, ligados a dois monitores sobre uma mesa e na frente do JoyStation havia um flash de luz. Na imagem seguinte o monitor mostrava a mensagem "Now Load". Viraram a página rapidamente e viram a imagem de um garoto em uma sala preta e branca, cheia de formas geométricas. Logo ao lado, uma foto mostrava o mesmo garoto andando por um corredor marcado pelas mesmas formas estranhas. Viraram outra página e puderam ver o mesmo garoto em uma nova sala, com uma mulher ruiva de cabelos compridos sentada uma cadeira flutuante com um computador acoplado. A mulher dizia "Seja bem-vindo a Greed Island".
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N/A: Bem... Aqui está o novo capítulo pessoal (se é que alguém lê isso aqui)... Espero q gostem e comentem se gostarem...
Abs
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